ARTIGOS ORIGINAIS
Thaisa Barbosa-Silva
Eduardo Eustáquio S. Carvalho
Johnson Emílio Gabriel O. Campos
Rodrigo Gomes da Silva
Sérgio Alexandre da Conceição
Antônio Lacerda-Filho- TSBCP
RESUMO: O tratamento mais adequado para o paciente portador de carcinoma colorretal localmente invasivo é a ressecção alargada, com retirada em bloco do tumor e vísceras acometidas, com margens cirúrgicas livres da lesão. O presente trabalho é um estudo retrospectivo envolvendo 45 pacientes nessas condições, submetidos à ressecção alargada. Vinte e um pacientes foram classificados como Dukes C e 24, como Dukes B. A invasão neoplásica dos órgãos retirados em bloco com o tumor, confirmada pelo estudo anatomopatológico, ocorreu em apenas 14 pacientes (31%). Vinte e cinco pacientes apresentaram complicações pós operatórias (55,5%) e 02 pacientes faleceram em decorrência do tratamento cirúrgico. A morbidade da ressecção alargada não foi influenciada pela idade do paciente. A média de sobrevida global foi de 32 meses, aumentando para 50,5 meses quando consideramos os pacientes sem invasão linfonodal.
Unitermos: câncer colorretal localmente avançado, ressecção alargada, invasão tumoral
INTRODUÇÃO
O carcinoma colorretal é uma causa
importante de óbito entre as doenças malignas existentes.
Cerca de 5 a 12 % são diagnosticados em estádio
avançado, localmente invasivos, envolvendo órgãos adjacentes
por contigüidade, mas sem metástase à distância.
Nesses casos, o tratamento mais adequado é a
ressecção alargada, com retirada em monobloco do tumor
e vísceras acometidas, devendo resultar em
margens cirúrgicas livres.
Sugarbaker, em 1946, publicou o primeiro trabalho envolvendo um número considerável
de pacientes com câncer colorretal localmente
invasivo, com bons resultados a longo prazo após
ressecção alargada5. A suspeita pré-operatória
de envolvimento linfonodal não contraindica a ressecção
alargada, embora reduza a sobrevida global desses
pacientes2,3,4.
A sobrevida a longo prazo, quando é feita
a ressecção alargada, depende mais do
acometimento linfonodal do que do grau de invasão local, segundo
a maioria dos autores, com média de sobrevida de
76 meses para os casos em que não há invasão
linfonodal e de 18 meses para aqueles com linfonodos
acometidos3.
Os objetivos do presente trabalho foram determinar os principais órgãos acometidos por
invasão direta do tumor (contigüidade), a porcentagem
de invasão neoplásica dos mesmos, confirmada
pelo estudo anatomopatológico, e a sobrevida global
dos pacientes com e sem invasão linfonodal, em um
grupo de pacientes portadores de câncer colorretal
(CCR) localmente invasivo submetidos à ressecção alargada.
PACIENTES E MÉTODOS
Foram analisados retrospectivamente 45 pacientes com neoplasia maligna colorretal
localmente invasiva, classificados como Dukes B ou C
(T4N0M0 e T4N1Mo), tratados no Serviço GEN-CAD no
período entre fevereiro de 1979 e dezembro de 1999. Todos
os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico
com ressecção alargada. Os dados foram colhidos
dos prontuários médicos de cada paciente e os
contatos foram feitos por telefone e/ou carta. Atenção
especial foi dada à descrição da cirurgia para definição do
grau de invasão local macroscópica e ao
resultado anatomopatológico, confirmando-se ou não a
invasão neoplásica dos órgãos retirados em bloco com o
tumor. Em nenhum caso foi realizado, durante a cirurgia,
o exame de corte de congelação do local de invasão
para evitar a disseminação tumoral. Também não foi
feita nenhuma tentativa de desfazer aderências, mesmo
as mais frouxas, para não comprometer a
radicalidade oncológica.
Além da anamnese, exame físico geral
e proctológico, em 42% dos casos, um método de
imagem (Tomografia Computadorizada e/ou Ultra-som abdominal) foi realizado para estadiamento do tumor.
Vinte e quatro pacientes foram submetidos à
terapia adjuvante, com a associação de radioterapia
e quimioterapia em 50% desses pacientes.
Os resultados foram analisados de acordo
com o teste t de Student e as proporções foram
comparadas usando o teste do Qui-quadrado e exato de Fisher.
Os valores de sobrevida foram calculados de acordo
com o método de Kaplan-Meier, sendo analisados usando
o teste log-Rank. Valores de p <0,05 foram aceitos
como estatisticamente significativos.
RESULTADOS
Dos 45 pacientes com câncer
colorretal localmente invasivo, em apenas 32 pacientes
foi possível colher as informações completas. O tempo
de seguimento médio foi de 27,3 meses. A idade
dos pacientes variou entre 32 e 89 anos ( média = 58,4
anos), sendo 34 do sexo feminino (75%) e 11 do
sexo masculino (25%). O tempo de internação
hospitalar variou de 06 a 90 dias (média = 29 dias ). A
distribuição das lesões no cólon e reto pode ser observada na
figura 1. Vinte e dois pacientes apresentaram a lesão no reto
e junção reto-sigmóide (49%), 8 no sigmóide (18%),
5 no cólon direito e ceco (11%), 5 no cólon
esquerdo (11%) e 5 no transverso (11%).
Figura 1 - Distribuição anatômica dos tumores em 45 pacientes submetidos a ressecção alargada por CCR. |
A média de duração dos sinais e sintomas
desde o seu aparecimento até a realização do diagnóstico
foi de 9,3 meses. As manifestações clínicas mais
freqüentes foram: emagrecimento (71%), dor abdominal (65%)
e hematoquezia (65%). Anemia estava presente em
52% dos pacientes, hiporexia em 23% e massa palpável
em 26%. Do total de pacientes, apenas 16%
apresentavam tenesmo e 10%, perda de muco nas fezes.
Dois pacientes eram portadores de polipose colônica
familial malignizada.
O adenocarcinoma foi o tipo
histológico predominante, ocorrendo em 44 pacientes
(97,8%), sendo feito o diagnóstico de linfoma em 01
caso. Quanto ao grau de diferenciação, 57,1% dos
casos foram considerados moderadamente
diferenciados, 35,7% bem diferenciados e 7,1% pouco diferenciados.
Todos os 45 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico com ressecção em bloco
dos órgãos envolvidos por contigüidade pelo tumor.
A colectomia esquerda foi feita em 11 pacientes, a retossigmoidectomia em 09, a amputação
abdominoperineal em 06, a colectomia transversa em 05,
a colectomia direita em 05, o abaixamento endoanal
em 05, a sigmoidectomia em 03 e tumorectomia em
01 paciente (Quadro 1).
Quadro 1 - Tipo de cirurgia realizada em 45 pacientes submetidos a ressecção alargada por CCR.
Tratamento Cirúrgico | n | % |
Retossigmoidectomia | 11 | 21,4 |
Colectomia Esquerda | 9 | 20,0 |
Amputação Abdominoperineal | 6 | 13,3 |
Abaixamento Endoanal | 5 | 11,1 |
Colectomia Direita | 5 | 11,1 |
Colectomia Transversa | 5 | 11,1 |
Sigmoidectomia | 3 | 6,7 |
Tumorectomia | 1 | 2,2 |
Os principais órgãos ressecados devido à invasão direta pelo C.C.R. foram os anexos uterinos em 28 casos, o útero em 10, a bexiga em 08 e o intestino delgado em 06 (Quadro 2). Invasão neoplásica dos órgãos retirados aderidos ao tumor foi confirmada em 14 pacientes (31%), apresentando o restante (69%) apenas reação inflamatória. Vinte e um pacientes (46%) apresentaram metástase linfonodal e 24 pacientes (54%) não apresentaram acometimento linfonodal.
Quadro 2 - Órgãos e estruturas ressecadas
em monobloco com o CCR e porcentagem de
invasão neoplásica em 45 pacientes submetidos à
ressecção alargada.
Órgãos | n | Invasão Neoplásica |
Anexos | 28 | 4 (14,3%) |
Útero | 10 | 3 (30,0%) |
Bexiga | 8 | 5 (62,5%) |
Intestino Delgado | 6 | 3 (50,0%) |
Vagina | 5 | 3 (60,0%) |
Estômago | 4 | 1 (25,0%) |
Próstata / Vesícula Seminal | 3 | 2 (66,6%) |
Parede Abdominal | 3 | 3 (100,0%) |
Ureter | 2 | 1 (50,0%) |
Apêndice | 2 | 0 (0,0 %) |
Baço | 1 | 0 (0,0 %) |
Vinte e cinco pacientes apresentaram complicações no pós operatório, com uma
morbidade de 55,5% (Quadro 3). As complicações
incluíram obstrução intestinal, infecção de ferida
cirúrgica, abscesso pélvico, fístula anastomótica e pneumonia.
Quadro 3 - Complicações pós-operatórias em
pacientes com CCR submetidos à ressecção alargada
Complicações | n |
Infecção de ferida operatória | 8 |
Fístula vesical / colônica | 4 |
Obstrução intestinal | 3 |
Sepse | 2 |
Evisceração | 2 |
Abcesso Abdominal | 2 |
Pneumonia | 1 |
Trombose venosa profunda | 1 |
Deiscência de sutura | 1 |
Íleo funcional | 1 |
Morbidade Operatória: 25 casos (55,5%) |
Dos 09 pacientes do estudo com idade
superior a 65 anos, apenas 03 apresentaram complicações
no pós operatório. Quando comparamos com os
pacientes de idade inferior ou igual a 65 anos, não
encontramos diferença estatisticamente significativa em relação
à morbidade (p = 0,67).
A mortalidade operatória (até 30 dias após
o procedimento cirúrgico) foi de 4,4% (2 casos).
Um paciente apresentou pneumonia e outro sepse de
origem abdominal.
A sobrevida dos pacientes foi avaliada a
partir da data da cirurgia até maio de 2000 (data da
conclusão desse estudo), incluindo a mortalidade operatória.
A sobrevida global dos pacientes variou
entre 0 e 135 meses, com média de 32 meses.
Quando consideramos a classificação de Dukes, os
pacientes com Dukes B apresentaram uma média de
sobrevida de 50,5 meses e os pacientes Dukes C de 15,2 meses
(p < 0,05) (Figura 2). Nos 24 pacientes com Dukes
B submetidos à ressecção alargada com
finalidade curativa, a média de sobrevida do grupo com
invasão inflamatória dos órgãos adjacentes foi semelhante à
do grupo com invasão neoplásica (p = 0,98). Na
análise da curva de sobrevida de Kaplan-Meier, 81%
dos pacientes Dukes B estavam vivos em 12 meses, enquanto para os pacientes Dukes C essa
porcentagem foi de 50% no mesmo período. No grupo dos
pacientes Dukes B, 50% dos pacientes ainda permaneciam
vivos em 28 meses; por outro lado, mais de 90% dos
pacientes Dukes C tinham falecido no mesmo período.
Survival Probabilities |
Figura 2 - Curva de probabilidade de sobrevida em 45 pacientes com CCR submetidos a ressecção alargada. |
DISCUSSÃO
Embora o câncer colorretal localmente
invasivo seja com frequência associado a metástases à
distância, há um grupo bem definido de tumores que
têm comportamento biológico diferente, invadindo
órgãos adjacentes por contigüidade, mas sem evidência
de metástases à
distância13. Na maioria das vezes,
é impossível avaliar com segurança, no transoperatório,
se a infiltração é causada por aderência inflamatória
ou neoplásica. Por causa disso, nenhuma tentativa
de desfazer aderências potencialmente causadas
por invasão neoplásica deve ser feita. Isso
poderia comprometer a radicalidade oncológica
do procedimento e definir, de forma desfavorável, o
prognóstico do paciente.
O acometimento tumoral varia entre 16% e 84%
1,3,4,6,8,11. O Quadro 4 mostra as incidências
de invasão neoplásica observadas em diversas séries.
No presente estudo, a invasão neoplásica dos
órgãos ressecados em bloco com o tumor foi confirmada
pelo estudo anatomopatológico em 31% dos pacientes.
O melhor tratamento e o único com
intenção curativa para esse tipo de paciente é a
ressecção alargada. A retirada em bloco do tumor e dos
órgãos invadidos por contigüidade deve resultar em
margens cirúrgicas livres, sem evidência de tumor
residual1-6,9. Butcher e Spjut relataram 5% de sobrevida em 05
anos em pacientes submetidos à ressecção limitada
para tumores localmente invasivos, contrastando com
33% de sobrevida nos tratados com ressecção
alargada9. Hunter et al avaliaram retrospectivamente
pacientes com neoplasia colorretal submetidos a
tratamento cirúrgico. A sobrevida em 05 anos para os
pacientes submetidos a colectomia padrão, ressecção alargada
e colectomia com separação dos órgãos aderidos foi
55%, 61% e 23% respectivamente, com um alto índice
de recorrência local para o último grupo
(69%)10.
Quadro 4 - Porcentagem de invasão neoplásica de vísceras e estruturas adjacentes em pacientes com
CCR submetidos a ressecção alargada.
Autores | Período de | Número de | Aderência (% ) | Mortalidade | Morbidade | |
Estudo | Pacientes | Inflamatória | Neoplásica | Operatória (%) | (%) | |
Kelley et al. | 1957 - 1972 | 66 | - | - | 9 | - |
Pittam et al. | 1962 - 1978 | 44 | 67 | 33 | 13 | - |
Eldar et al. | 1964 - 1980 | 84 | 32 | 68 | 6 | 28 |
Eisenberg et al. | 1964 - 1980 | 58 | 16 | 84 | 1,7 | 31 |
Mcglone et al. | 1972 - 1976 | 24 | 34 | 66 | 8 | 25 |
Hunter et al. | 1975 - 1979 | 28 | 61 | 39 | 1,7 | - |
Izbicki et al. | 1986 - 1993 | 83 | 46 | 54 | 1,2 | 44 |
Presente est. | 1979 -1999 | 45 | 69 | 31 | 4,4 | 55,5 |
O acometimento linfonodal e o comprometimento tumoral das margens cirúrgicas são
os fatores prognósticos de adversidade mais
importantes nesses pacientes. Não se sabe, porém, se a
linfadenectomia radical pode melhorar a sobrevida.
Apesar de o envolvimento tumoral de órgãos adjacentes
parecer influenciar o prognóstico, a ressecção radical
faz desaparecer essa diferença 4.
No presente estudo, os pacientes sem
invasão linfonodal submetidos à ressecção alargada
apresentaram sobrevida média semelhante aos pacientes com
invasão neoplásica e inflamatória, mostrando a importância
da ressecção em bloco nos tumores localmente
avançados. Esses resultados também foram encontrados por
Kelley e McGlone6. Em contraste, Heslov e Frost
encontraram um alto índice de recorrência locorregional em
pacientes com adesão carcinomatosa comparados com os
pacientes com adesão
inflamatória12.
No presente trabalho, a média de
sobrevida global foi de 32 meses, sendo maior nos
pacientes classificados como Dukes B (p < 0,05).
Eisenberg encontrou média de sobrevida de 100 meses
nos pacientes sem invasão linfonodal submetidos
à ressecção alargada, com 0% de sobrevida em 05
anos para os pacientes com Dukes C4.
Izbicki publicou os resultados de 83
pacientes submetidos a ressecção em bloco, com média
de sobrevida global de 44 meses, sendo os
principais fatores de mau prognóstico o acometimento
linfonodal e a presença ou não de tumor residual. Nos casos
onde foi constatada a presença de tumor
residual microscópico, a sobrevida média foi de 14
meses3.
A distribuição das lesões foi semelhante
à encontrada nos trabalhos bibliográficos já publicados,
com a maioria dos casos ocorrendo no reto e no sigmóide.
A morbidade de 55,5% pode ser considerada elevada em relação à literatura que oscila em torno
de 31%1,3,4. Além disso, a idade mais avançada
não aumentou a morbidade e mortalidade operatórias,
não sendo, portanto, contraindicação para a
ressecção alargada. A mortalidade operatória de 4,4% está
de acordo com os resultados publicados na literatura,
que têm oscilado entre 1,7 e
13%1-4.
SUMMARY: Multivisceral resection has been accepted as the best treatment for patients with locally advanced colorectal
carcinoma. We present our experience of 45 patients with locally invasive colorectal lesions that have been treated surgically with excision
en bloc of the adjacent organs.
Carcinomatous invasion of the resected contiguous organs was confirmed in 14 patients (31%). The operative
morbidity and mortality rates were 55% and 4,4% respectively. The morbidity was not influenced by the age. The mean survival time for
all patients was 32 months, but in patients without lymph node metastase it was 50,5
months.
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15. Gall FP, Tonak J, & Altendorf A. Multivisceral resections
in colorectal cancer. Dis Colon Rectum 1987;30:337-41.
Endereço para correspondência:
Antônio Lacerda-Filho
Rua Juiz de Fora 1268/1103 - Santo Agostinho
30180-061 Belo Horizonte _ MG
Email: alacerda@medicina.ufmg.br
Tel.: (31) 3297-7695
Tel/Fax: (31) 3291-9878
Trabalho realizado no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais/ Grupo de Coloproctologia do Serviço de Gastroenterologia, Nutrição, Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo (GEN-CAD), Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais.