ARTIGOS ORIGINAIS
Cláudio Tarta
- TSBCP
Cláudio Rolim Teixeira
Vinícius Duval da Silva
César Chiele Neto - TSBCP
João Carlos Prolla
Pedro Gus - TSBCP
RESUMO: Em adição aos sistemas de estadiamento clinicopatológicos comumente utilizados, fatores de risco para a recorrência no carcinoma colorretal têm sido investigados. Entre estes a quantificação da angiogênese e de peptídeos angiogênicos têm demonstrado aplicação clínica na avaliação da sobrevida e recorrência. A angiogênese é o crescimento de novos capilares, estando associada tanto ao desenvolvimento tecidual pré e pós-natal, cicatrização e reprodução como em doenças inflamatórias e neoplasias. Além de permitir o crescimento tumoral, evidências experimentais demonstram que a angiogênese associa-se com o processo metastático, pois maior é a superfície vascular para o escape de células neoplásicas, o que também pode ser facilitado pela imaturidade dos novos vasos. Neste artigo de revisão discute-se o processo de formação de vasos capilares, associado ao crescimento tumoral e ao surgimento de metástases hematogênicas, bem como uma revisão de literatura abordando angiogênese e carcinoma colorretal e o seu papel como um possível alvo terapêutico.
UNITERMOS: Carcinoma colorretal, metástases hematogênicas, angiogênese
No carcinoma colorretal, um dos tumores sólidos
mais comuns, fatores de risco para a recorrência, em adição
aos sistemas de estadiamento clinicopatológicos comumente
utilizados, têm sido investigados. Entre estes, a
quantificação da angiogênese e de peptídeos angiogênicos têm
demonstrado aplicação clínica na avaliação da sobrevida
e recorrência (1).
A angiogênese é o crescimento de novos capilares
(2-4). É uma etapa essencial no desenvolvimento tecidual pré e
pós-natal e também participa na cicatrização, reprodução,
doenças inflamatórias e degenerativas, distúrbios metabólicos
e neoplasia. A angiogênese associada aos tumores sólidos
é um processo em que novos capilares são formados no
estroma tumoral a partir de células endoteliais do hospedeiro
(2,4-6). Isto permite o crescimento do tumor além de 2-3mm,
através da perfusão de oxigênio e nutrientes e remoção
de metabólitos tóxicos, ao invés da simples difusão no
espaço extracelular que mantém o tumor restrito e com uma
pequena população celular
(2). Evidências experimentais
demonstram que a angiogênese também contribui com o
processo metastático, pois à medida em que há expansão
da vascularização, maior é a superfície para o escape de
células tumorais na circulação, o que também pode ser
facilitado pela imaturidade dos novos vasos formados
(5-8). Desde a demonstração pioneira por Folkman
(9), em 1971, o crescimento tumoral é considerado angiogênese-dependente,
a partir do isolamento do "fator de angiogênese do
tumor". Desde então, numerosos fatores angiogênicos
têm sido identificados e os mais freqüentemente encontrados em
tumores são o fator de crescimento fibroblástico básico (bFGF) e
o fator de crescimento endotelial vascular
(VEGF)(10). Estes são liberados pelas células tumorais, células endoteliais
ou pela matriz extracelular. A formação de novos
vasos sangüíneos requer a inibição dos fatores inibidores
da angiogêsese, tais como: thrombospondin-1, fator
plaquetário 4, inibidores teciduais das metaloproteinases,
prolactina, angiostatina, bFGF soluble receptor, fator transformador
de crescimento b (TGF-b), interferon a e placental
proliferin-related protein (2).
O papel da angiogênese na progressão do tumor
primário e sua associação com metástases hematogênicas
e sobrevida tem sido extensamente estudado _
principalmente no carcinoma de mama _ com a maioria dos estudos
publicados em tumores de pulmão, trato gastrointestinal
e genitourinário demonstrando associação
estatisticamente significativa entre a intensa neovascularização e pior
prognóstico(11-20).
É de fundamental importância na investigação
da angiogênese a metodologia de quantificação
microvascular e a seleção de pacientes, com pequenas variações intra
e inter-observador, permitindo, assim, a comparação de
resultados. A partir de secções histológicas em parafina
e coradas com hematoxilina-eosina, os microvasos intratumorais (capilares e pequenas vênulas) são
identificados por imunohistoquímica. Entre os
numerosos anticorpos primários endotélio-específicos disponíveis
destacam-se o anticorpo anti-CD 31 que é superior em
secções de parafina, com a segunda melhor opção
(sensibilidade/especificidade) entre o anti-CD 34, anti-FVIII (fator
de Von-Willebrand) e o BW200. Utiliza-se o método
de quantificação microvascular introduzido por Weidner et
al. (15) e recentemente modificado conforme Consenso
Internacional de avaliação da angiogênese em tumores
sólidos humanos(21). A secção histológica é primeiramente
analisada em pequeno aumento a fim de identificar áreas
com mais intensa neovascularização _ as chamadas "hot
spots" _ que apresentam maior densidade de coloração de
tonalidade marrom (anticorpo primário). Nessas áreas,
localizadas principalmente na margem tumoral invasiva,
realiza-se a contagem microvascular em grande aumento.
No carcinoma colorretal foi encontrada uma
associação significativa entre a elevada contagem microvascular e
redução da sobrevida por análise univariada em nove
estudos retrospectivos (22-30). Realizando-se análise
multivariada em seis desses estudos, demonstrou-se o valor
prognóstico da contagem microvascular em cinco destes. Engel et
al. (22) demonstraram que a contagem microvascular
elevada, após análise multivariada controlada para o
estadiamento de Dukes, associa-se significativamente à
recorrência tumoral e ao intervalo de tempo de sua ocorrência.
O primeiro estudo prospectivo realizado em
carcinoma colorretal confirmou o valor prognóstico da
contagem microvascular, previamente demonstrado em estudos
retrospectivos (31). Nesse estudo, combinado à
determinação semiquantitativa da expressão do p53, a
contagem microvascular elevada foi associada significativamente
à redução de sobrevida e aumento da incidência de
metástases hematogênicas, após análise uni e
multivariada.
Embora a maioria dos autores tenha demonstrado o
valor prognóstico da contagem microvascular em
carcinoma colorretal avançado, há alguns resultados discordantes.
Bossi et al. (32) não encontraram associação entre
contagem microvascular e sobrevida no câncer colorretal, e
outro estudo demonstrou uma associação significativa entre
a contagem microvascular elevada e maior sobrevida,
após análise uni e multivariada
(33). As razões para estes achados não são inteiramente compreendidas, mas a
metodologia empregada variou consideravelmente do método de
contagem microvascular originalmente introduzido por
Weidner et al.(15) e recentemente
modificado(21). Banner et al.
(34) encontraram contagem microvascular mais elevada em
pacientes portadores de carcinoma colorretal com
maior sobrevida, porém sem associação estatisticamente
significativa. Pavlopoulos et al.(35), avaliando
parâmetros morfométricos da microcirculação, associados à
contagem microvascular, encontraram significância prognóstica
somente com o padrão de ramificações vasculares e a
área vascular total na margem invasiva de carcinomas
colorretais avançados.
A angiogênese também é investigada em lesões que
antecedem o adenocarcinoma colorretal invasivo,
incluindo os adenomas exofíticos e planos. Bossi et al.
(32) com o objetivo de determinar o início da angiogênese e o
seu papel na progressão tumoral, encontrou
contagem microvascular significativamente mais elevada conforme
à progressão tumoral: mucosa normal
(42±10); adenomas (36±10); mucosa transicional
(89±23) e carcinoma colorretal (115±39). Esses achados sugerem que
a angiogênese é estimulada precocemente na
tumorigênese colorretal, alcançando a máxima intensidade
no adenocarcinoma. Esse estudo também demonstrou que
a contagem microvascular foi significativamente mais
elevada na mucosa transicional, porém esta foi
significativamente menor quando comparada ao adenocarcinoma.
Possivelmente a angiogênese, a partir de seus mediadores,
tenha seu estímulo máximo na superfície tumoral, os quais
também são passíveis de difusão aos tecidos adjacentes.
Confirmando tal achado, Fox et al. (36) encontraram
densidade microvascular na margem histológica equivalente
à neoplasia em carcinomas colorretais em estádio T3 e
T4. Pavlopoulos et al.(35) realizando imunohistoquímica em
106 carcinomas colorretais e 17 adenomas
excisados endoscopicamente, encontraram contagem
microvascular nos carcinomas colorretais em estádio A duas vezes
maior em relação aos adenomas; subseqüentemente houve
um decréscimo com a progressão do estadiamento.
Demonstrou-se que a angiogênese não é somente um evento
precoce na carcinogênese, mas que alcança seu nível
máximo no crescimento tumoral precoce. Um decréscimo
similar na contagem microvascular com a progressão tumoral
foi previamente demonstrado em modelos experimentais
animais. Isto pode refletir a influência de fatores inibidores
da angiogênese, inadequação de mecanismos angiogênicos
para suportar o rápido crescimento neoplásico ou à gradual
redução de necessidades metabólicas tumorais. Aotake
et al.(37) estudaram a apoptose celular tumoral, proliferação
e angiogênese na seqüência adenoma-carcinoma
colorretal demonstrando aumento do potencial apoptótico,
paralelamente ao incremento da proliferação, em adenomas
com baixa displasia, mas diminuído quando adenomas
progrediram de baixa displasia a displasia acentuada e
câncer. Um incremento gradual da densidade microvascular foi
observado durante a progressão com um aumento durante
a transição de baixa displasia a displasia acentuada e
câncer. Rubio (38) investigou a associação de colágeno
e microvascularização entre 35 adenomas exofíticos e
38 adenomas planos, demonstrando aumento moderado a
intenso de colágeno e microvascularização em
adenomas, mas ligeiramente aumentados nos adenomas planos.
PERSPECTIVAS
A descoberta do interferon a-2a como droga antiangiogênica levou a sua utilização com sucesso no
tratamento de hemangioma pulmonar em uma criança de 7
anos em 1988 (39), incrementando a pesquisa da terapêutica
anti-angiogênica. Tal abordagem tem sido possível devido
ao melhor conhecimento do processo angiogênico e dos
fatores que o regulam. Especificamente, o potente fator
angiogênico VEGF tem sido intensamente pesquisado e a inibição
deste fator ou de seus receptores leva a pronunciados efeitos
negativos no desenvolvimento tumoral em experimentos
animais. Apesar destes resultados favoráveis obtidos em
estudos animais, é necessário estabelecer se tumores
humanos, os quais podem apresentar-se em estado de
relativa quiescência, respondem ao tratamento anti-VEGF como
tumores de rápido crescimento habitualmente utilizados
em experimentos animais(40). Drogas anti-angiogênicas estão
sendo utilizados em ensaios
clínicos(41) (tabela 1) e novas
gerações de drogas antiangiogênicas potentes tais como
a endostatina e angiostatina podem ser utilizadas na
regressão tumoral . Esta abordagem parece apresentar melhores
resultados quando administrada precocemente no
tratamento adjuvante e, preferencialmente, associada à
terapêutica citotóxica convencional, necessitando ser administrada a
longo prazo (meses ou anos) porque a regressão do leito
vascular é um processo mais lento do que a lise celular tumoral.
Isto requer monitorização para a toxicidade a longo-prazo
(processos fisiológicos normais que necessitam angiogênese
podem sofrer alterações, como por exemplo: cicatrização,
regeneração endometrial, e a resposta à isquemia cardíaca
ou vascular periférica) (2,42).
Tabela 1 - Agentes anti-angiogênicos (potenciais e de uso clínico) |
|
Angiostatina | Inibidores da protease (Batimistar, Marimistat) |
Fator plaquetário 4 | Anticorpos aos fatores angiogênicos específicos |
Antagonista receptor aos fatores angiogênicos específicos | Cm 101 |
Tetraciclinas | Endostatina |
Talidomida | Interferons |
TNP-470 | Inibidores da quinase (suramin, genestein) |
Embora seja reconhecido o papel central da
angiogênese na progressão do tumor primário e sua relação
com metástases hematogênicas, o estádio atual de
conhecimento ainda não permite a utilização clínica rotineira da
terapêutica antiangiogênica. Porém, entre as diferentes
terapêuticas biológicas utilizadas em ensaios clínicos no
carcinoma gastro-intestinal _ incluindo manipulação
hormonal, imunoterapia e terapia gênica _ encontram-se
perpectivas bastante favoráveis e promissoras em relação ao
leito vascular tumoral como um alvo terapêutico importante.
SUMMARY: In adittion to clinicopathologic stages usually used, risk factors to recurrency on colorectal carcinoma have been investigated. Among these, angiogenesis quantification and angiogenic peptides have been demonstrated clinical applicability in the assessment of recurrence and survival. Angiogenesis is the growth of new capillars, being associated to pre and post-natal tecidual development, wound healing, reproduction, and also to inflamatory diseases and neoplasia. Besides allowing tumoral growth, angiogenesis has been proved - according to experimental evidences - to be linked to the metastatic process, since it provides a wider vascular surface to release neoplastic cells and this one can be facilited by imaturity of new vessels. The present article discusses the process of formation of new capillar vessels, associated to tumoral growth and the hematogenic metastasis. It also reviews the literature concerning angiogenesis and colorectal carcinoma and its role as a possible therapeutic target.
KEYWORDS: Colorectal Carcinoma, Metastasis, Angiogenisis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Chung YS, Maeda K, Sowa M. Prognostic value of angiogenesis in
gastro-intestinal tumors. Eur J Cancer 1996;32:2501-5.
2. Folkman J. Clinical applications of research on angiogenesis. N Engl
J Med; 1995;333:1757-1763.
3. Saclarides, TJ. Angiogenesis in colorectal cancer. In Surg Clin of
North America. New and Controversial Issues in the Management of
Colorectal Diseases 1997;77:253-260. Editor: Theodore J. Saclarides.
4. Dickinson AJ, Fox SB, Persad RA, Hollyer J, Sibley GNA, Harris
AL. Quantification of angiogenesis as an independent predictor of
prognosis in invasive bladder carcinomas. Br J Urol 1994;74: 762-6.
5. Liotta LA, Kleinerman J, Saidel GM. Quantitative relationship
of intravascular tumor cells, tumor vessels, and pulmonary
metastasis following tumor implantation. Cancer Res 1974; 34:997-1004.
6. Liotta LA, Kleinerman J, Saidel GM. The significance of
hematogenous tumor cell clumps in the metastatic process. Cancer Res 1976; 36: 889-94.
7. Liotta LA, Steeg PS, Stetler-Stevenson WG. Cancer metastasis
and angiogenesis: an imbalance of positive and negative regulation.
Cell 1991;64:327-336.
8. Folkman J, Watson K, Ingber D, Hanahan D. Induction of
angiogenesis during the transition from hyperplasia to neoplasia.
Nature 1989;339:58-61.
9. Folkman J. Tumor angiogenesis: therapeutic implications. N Engl J
Med 1971;285:1182-6.
10. Bresalier RS. The biology of colorectal cancer metastasis.
Gastroenterol Clin NA 1996;25:805-820.
11. Bosari S, Lee AKC, Delellis RA, Heatley G, Wiley B, Silverman
ML. Microvessel quantitation and prognosis in invasive breast
carcinoma. Hum Pathol 1992;23:755-61.
12. Horak E, Leek R, Klenk N, Lejeune S, Smith K, Stuart N, Greenall
M, Sptepniewska K, Harris A. Angiogenesis, assessed by
platelet/endothelial cell adhesion molecule antibodies, as indicator
of node metastasis and survival breast cancer. Lancet
1992;340:1120-1124.
13. Kaldjian E, Jin L, Lloyd R. Immunohistochemical analysis of breast
carcinomas: correlation of estrogen and progesterone receptors,
proliferative activity, tumor vascularity and lymph node metastasis. Mod
Pathol 1992;5:14ª.
14. Sneige N, Singletary E, Sahin A, El-Nagger A. Multiparameter analysis
of potential prognostic factors in node negative breast cancer
patients. Mod Pathol 1992; 5: 18A.
15. Weidner N, Semple JP, Welch WR, Folkman J. Tumor angiogenesis
and metastasis - correlation in invasive breast carcinoma. N Engl J
Med 1991;324:1-8.
16. Weidner N, Folkman J, Pozza F, Bevilacqua P, Allred EN, Moore DH,
Meli S, Gasparini G. Tumor angiogenesis: a new significant and
independent prognostic indicator in early-stage breast carcinoma. J Natl Cancer
Inst 1992; 84:1875-1887.
17. Yamazaki K, Abe S, Takekawa H, Sukoh N, Watanabe N, Ogura S,
Nakajima I, Isobe H, Inoue K, Kawakami Y. Tumor angiogenesis in human
lung adenocarcinoma. Cancer, 1994; 74:2245-2250.
18. Macchiarini P, Fontanini G, Hardin MJ, Squartini F, Angeletti CA.
Relation of neovascularization to metastasis of non-small-cell lung cancer.
Lancet 1992;340:145-6.
19. Chung, YS, Maeda K, Sowa M. Prognostic value of angiogenesis in
gastro-intestinal tumors. Eur J Cancer, 1996;32:2501-5.
20. Weidner N.Intratumoral vascularity as a prognostic factor in cancers
of the urogenital tract. Eur J Cancer 1996;32:2506-2512.
21. Vermeulen PB, Gasparini G, Fox SB, Toi M, Martin L, Mcculloch P,
Pezzella F, Viale G, Weidner N, Harris AL, Dirix LY. Quantification of
angiogenesis in solid human tumours: an international consensus on the
methodology and criteria of evaluation. Eur J Cancer 1996; 32:2472-2484.
22. Engel CJ, Bennett ST, Chambers AF, Doig GS, Kerkvliet N, O'malley
FP. Tumor angiogenesis predicts recurrence in invasive colorectal cancer
when controlled for Dukes Staging. Am J Surg Path 1996;20:1260-5.
23. Takebayashi Y, Akiyama S-I, Yamada K, Akiba S, Aikou T.
Angiogenesis as an unfavorable prognostic factor in human colorectal carcinoma.
Cancer 1996;78:226-231.
24. Saclarides T, Speziale N, Elizabeth D, Szeluga DJ, Rubin DB.
Tumor angiogenesis and rectal carcinoma. Dis Colon Rectum 1994;37:921-6.
25. Choi HJ, Hyun MS, Jung GJ, Kim SS, Hong SH. Tumor angiogenesis as
a prognostic predictor in colorectal carcinoma with special reference to
mode of metastasis and recurrence. Oncology 1998;55:575-81.
26. Tomisaki S-I, Ohno S, Ichiyoshi Y, Kuwano H, Maehara Y, Sugimachi
K. Microvessel quantification and its possible relation with liver
metastasis in colorectal cancer. Cancer Supplement 1996;77:1722-8.
27. Tanigawa N, Amaya H, Matsumara M, Lu C, Kitaoka A, Matsuyama
K, Muraoka R. Tumor angiogenesis and mode of metastasis in patients
with colorectal cancer. Cancer Res 1997;57:1043-6.
28. Takahashi Y, Tucker SL, Kitadai Y, Koura AN, Bucana CD, Cleary KR,
Ellis LM. Vessel counts and expression of vascular endothelial growth
factor as prognostic factors in node-negative colon cancer. Arch
Surg 1997;132:541-6.
29. Takebayashi Y, Akiyama S, Yamada K, Akiba S, Miyadera K, Sumizawa
T, Yamada Y, Murata F, Aikou T. Clinicopathological and
prognostic significance of an angiogenic factor, thymidine phosphorylase, in
human colorectal carcinoma. J Natl Cancer Inst 1996;88:1110-17.
30. Frank RE, Saclarides TJ, Leurgans S, Speziale NJ, Drab E, Rubin DB.
Tumor angiogenesis as a predictor of recurrence and survival in
patients with node-negative colon cancer. Ann Surg 1995;222:695-9.
31. Vermeulen PB, Van den Eynden GG, Huget P, Goovaerts G, Weyler J,
Lardon F, Van Marck E, Hubens G, Dirix LY. Prospective study of
intratumoral microvessel density, p53 expression and survival in colorectal cancer. Br
J Cancer, 1999;79:316-322.
32. Bossi P, Giuseppe V, Lee AKC, Alfano RM, Coggi G, Bosari
S. Angiogenesis in colorectal tumors: microvessel quantitation in
adenomas and carcinomas with clinicopathological correlations. Cancer
Res 1995;55:5049-5053.
33. Lyndmark G, Gerdin B, Sundberg C, Pahlman L, Bergstrom R, Glimelius
B. Prognostic significance of the microvascular count in colorectal cancer.
J Clin Oncol 1996;14:461-6.
34. Banner BF, Whitehouse R, Baker SP, Swanson RS. Tumor angiogenesis
in stage II colorectal carcinoma _ association with survival.
AJCP 1998;109:733-7.
35. Pavlopoulos PM, Konstantinidou AE, Agapitos E, Kavantzas
N, Nikolopoulos P, Davaris P. A morphometric study of
neovascularization in colorectal carcinoma. Cancer 1998;83:2067-2075.
36. Fox SH, Whalen GF, Sanders MM, Burleson JA, Jennings K, Kurtzman
S, Kreutzer D. Angiogenesis in normal tissue-adjacent to colon cancer.
J Surg Oncol 1998;69:230-4.
37. Aotake T, Lu C-D, Chiba Y, Muraoka R, Tanigawa N. Changes
of angiogenesis and tumor cell apoptosis during colorectal
carcinogenesis. Clin Cancer Res 1999;5:135-142.
38. Rubio CA. Differences in angiogenesis and collagenasis between
exophytic and flat adenomas of the colorectal mucosa. Anticancer Res
1997;17:737-742.
39. White CW, Sondheimer HM, Crouch EC, Wilson H, Fan LL. Treatment
of pulmonary hemangiomatosis with recombinant interferon alfaa-2a. N
Engl J Med 1989;320:1197-1200.
40. Leenders WP.Targetting VEGF in anti-angiogenic and anti-tumour
therapy: where are we now? Int J Exp Pathol 1998;79:339-46.
41. Ellis LM, Walker RA, Gasparin G. Is determination of angiogenic
activity in human tumours clinically useful? Eur J Cancer 1998;34:609-618.
42. Harris AL.Anti-angiogenesis therapy and strategies for integrating it
with adjuvant therapy. Recent Results Cancer Res 1998;152:341-52.
Endereço para correspondência:
Cláudio Tarta
Rua Mostardeiro, 157 sala 403.
CEP 90430 001. Porto Alegre _ RS.
E-mail: tarta@ez-poa.com.br
Trabalho realizado no Curso de Pós-Graduação em Cirurgia e nos Departamentos de Cirurgia e Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul _ UFRGS.