RELATO DE CASO
Sérgio Eduardo Alonso Araújo TSBCP
Paulo Jacques Gherardi Goldstein
Lucas Yugo Shiguehara Yamakami
Frederico Ferreira Novaes de Almeida
Marcelo Perosa de Miranda
Tércio Genzini
Adriana Furtado Costa.
RESUMO: Os apêndices epiplóicos representam saculações de gordura subserosa, localizados na borda antimesenterial do cólon,
de função ainda desconhecida. Os primeiros casos de torção foram relatados em 1919 (Hunt) mas Lynn batizou-os com o nome de
apendicite epiplóica (AE) somente em 1956.
Embora infreqüente, acomete homens e mulheres na 3ª e 4ª décadas de vida. A AE primária não apresenta fatores de risco
conhecidos, daí a dificuldade em se estabelecer um diagnóstico. Uma vez que o ceco e o sigmóide são os locais mais acometidos e a
principal manifestação da doença é a dor abdominal localizada aguda, o diagnóstico diferencial deve incluir a apendicite aguda e a diverticulite,
já que a AE representa via de regra uma condição benigna auto-limitada.
Unitermos: apendicite epiplóica, abdome agudo, diverticulite, apendicite, apêndice epiplóico
No presente artigo, são descritos três casos de AE
em indivíduos jovens que se apresentaram com dor
abdominal localizada de início súbito no abdome à esquerda. A
hipótese diagnóstica foi satisfatoriamente confirmada
pela tomografia computadorizada o que resultou em
observação da regressão da sintomatologia e evolução
favorável. O exame colonoscópico realizado durante o
acompanhamento confirmou a ausência de divertículos.
Face à experiência acima descrita e embasados na
literatura, os autores concluem que a AE representa
importante hipótese diagnóstica a ser descartada em
pacientes jovens com suspeita de apendicite aguda ou
diverticulite uma vez que sua incidência é ainda desconhecida. A
suspeita acertada pode evitar procedimentos diagnósticos
e terapêuticos desnecessários e também reduzir custos
da observação cirúrgica.
Inicialmente descritos por Vesalius em 1543, os
apêndices epiplóicos representam pequenas saculações de
gordura subserosa, localizados na borda antimesenterial do
cólon. Hunt, em 1919, relatou os primeiros casos de
torção dos apêndices epiplóicos, mas foi Lynn, em 1956
quem primeiro utilizou o termo apendicite epiplóica para
caracterizar uma inflamação do apêndice epiplóico, seja ela
primária ou secundária (1,
2).
Embora infreqüente, a apendicite epiplóica deve
ser considerada como diagnóstico diferencial nos quadros
de dor abdominal de início súbito, especialmente se não
houver obstrução associada (3,
4). Permanece porém como desafio diagnóstico, pois freqüentemente, frente a quadro
de apendicite epiplóica, evita-se a laparotomia pois trata-se
de doença benigna e de curso auto-limitado
(3, 5, 6).
Relatamos neste artigo três casos de apendicite
epi-plóica enfocando o quadro clínico, achados
tomográficos e tratamento. Por fim, foi realizada revisão da
literatura pertinente.
Relato dos Casos
Caso 1: PTH, masculino, 45 anos procurou o
Pronto-Socorro do Hospital Santa Helena queixando-se de
dor abdominal de início abrupto há 18 horas e que se
irradiava de flanco esquerdo para fossa ilíaca esquerda. Negava
vômitos, obstipação, diarréia ou febre. Ao exame físico
apresentava abdome flácido, com ruídos hidroaéreos
preservados, sem irritação peritoneal, porém bastante doloroso
em flanco esquerdo e fossa ilíaca esquerda.
Os exames laboratoriais não revelavam
alterações urinárias, mas discreta leucocitose (12.500
leu/mm3) ao hemograma.
À radiografia simples de abdome em três posições
não foram achadas alterações importantes. O exame
ultrasso-nográfico do abdome identificou imagem compatível
com espessamento de alças em flanco esquerdo e fossa
ilíaca esquerda, sugerindo tratar-se de diverticulite.
Com estes achados foi feita hipótese diagnóstica
de diverticulite não complicada, sendo introduzidos
repouso alimentar, reposição hídrica e eletrolítica parenteral
e antibioticoterapia sistêmica com Ceftriaxone.
No dia seguinte evoluiu com melhora da dor sendo
então realizada uma tomografia computadorizada do
abdome (TC). Os achados descritos na Figura 1 indicaram se
tratar de apendicite epiplóica. O paciente permaneceu mais
um dia em observação, indo de alta com abdome já indolor
à palpação.
O paciente negava quadro doloroso prévio e após
seguimento de onze meses não houve recidiva da
sinto-matologia. Exame colonoscópico realizado seis
semanas após o quadro agudo não revelou quaisquer
anormalidades, bem como ausência de divertículos.
Figura 1: imagem fusiforme com coeficientes de atenuação de gordura na fossa ilíaca esquerda, adjacente ao cólon, associada a borramento mesentérico à sua volta. |
Caso 2: MC, masculino, 28 anos, apresentou-se
no Pronto-Socorro do Hospital Santa Helena com história
de dor em hipocôndrio esquerdo, fossa ilíaca esquerda e
fossa ilíaca direita há 5 dias, negando náusea, vômito,
diarréia ou febre. Não apresentava sinais de irritação
peritoneal, parada de trânsito ou distenção abdominal, apenas dor
à palpação em fossas ilíacas. Avaliação laboratorial de
urgência (HMG, U, Cr,Hb, Ht) foi normal e a
radiografia simples do abdome não mostrava alterações.
Com hipótese diagnóstica de apendicite epiplóica,
foi realizada TC do abdome, cujo resultado consta da
figura 2. Após 24 horas de observação hospitalar
e antibioticoterapia sistêmica de amplo espectro, houve
melhora significativa dos sintomas, tendo o paciente
recebido alta hospitalar.
Após um mês do quadro doloroso abdominal foi
realizado exame colonoscópico completo sem anormalidades.
Figura 2: borramento do tecido gorduroso (processo inflamatório) anteriormente ao cólon sigmóide com centro hipoatenuante (tecido gorduroso). |
Caso 3: MCS, feminino, 45 anos, apresentou-se no
Pronto-Socorro do Hospital Santa Helena com história de
dor em baixo ventre e fossa ilíaca esquerda de início há 1
dia. Teve dois episódios de vômitos, negando febre. Não
apresentava sinais de irritação peritoneal, parada de trânsito
ou distenção abdominal, apenas dor à palpação em
hipogástrio e flanco esquerdo.
Avaliação ginecológica e laboratorial de urgência
(HMG, U, Cr, Hb, Ht) e a radiografia simples do abdome
foram normais. Realizou-se TC do abdome, cujo resultado
consta da figura 3. Após 36 horas de observação hospitalar
e antibioticoterapia sistêmica de amplo espectro, houve
melhora significativa dos sintomas, tendo o paciente
recebido alta hospitalar.
Após seis semanas da alta, foi realizado exame
colo-noscópico completo que se revelou sem anormalidades.
Figura 3: borramento dos planos adiposos junto ao cólon, na fossa ilíaca esquerda, transição descendente/sigmóide, estando normal a espessura da parede do cólon. |
Discussão
Os apêndices epiplóicos caracterizam-se por serem
estruturas adiposas pedunculadas, aderidas à
superfície colônica e revestidas por peritônio. Seu
desenvolvimento inicia-se durante o 2º trimestre da vida intra-uterina,
atingindo tamanho apreciável apenas após a puberdade
(1, 7, 8). Aproximadamente entre 50 a 100 apêndices epiplóicos
são organizados em duas fileiras, do apêndice cecal ao reto
(9), e fixos na parede do cólon por uma base larga ou
estreita. Apresentam comprimento médio de 3 cm (0,5 a 15 cm)
, sendo que os maiores são encontrados em obesos ou
naqueles que perderam peso recentemente. Podem
ser tubulares, cilíndricos, multilobulares ou achatados
(1, 3, 5, 7, 8). Cada um é suprido por uma ou duas endartérias e
drenado por uma delgada e tortuosa veia. Tal suprimento
sanguíneo, associado a sua forma pedunculada e
excessiva mobilidade, fazem dos apêndices epiplóicos estruturas
propensas para torção e isquemia, ou mesmo para um
infarto hemorrágico (10, 11, 12).
Não se sabe qual a exata função destes apêndices.
Pines et al postulavam que talvez eles funcionassem como o
grande omento, porém com limitada capacidade protetora e
de absorção de fluidos
(9). Outros autores (10, 11) sugerem
que estes apêndices poderiam servir como amortecedores
durante a peristalse, ou como depósitos de sangue
durante uma contração colônica ou de seus vasos.
Em condições normais os apêndices epiplóicos não
são vistos por nenhum método de imagem, a menos que
haja uma quantidade suficiente de líquido intraperitoneal
"contrastando" estas estruturas. A ascite volumosa
corresponde à situação clínica mais freqüentemente associada com
a possibilidade de visualização dos apêndices epiplóicos
(13, 14), no entanto Ghahremani et al relatam dois casos
em que houve um grande extravasamento de bário devido
à perfuração do cólon, e um caso após
histerossalpingografia com contraste hidrossolúvel
(13). A tomografia compu-tadorizada parece ser o melhor exame na
demonstração dos apêndices epiplóicos. Estes são vistos como
numerosas estruturas, hipoatenuantes (semelhante ao
subcutâneo ou à gordura retroperitoneal), oblongas ou
lobuladas, presas ao cólon, mas flutuando no líquido
intraperitoneal, sendo maiores e mais freqüentes no cólon
descendente, ceco e sigmóide
(5,13).
Um amplo espectro de processos patológicos pode
envolver os apêndices epiplóicos, como o aumento
lipomatoso benigno, envolvimento metastático, herniação ou
apendicite epiplóica (primária ou secundária). Devem receber
destaque os casos de apendicite epiplóica por serem uma
causa não tão incomum de abdome agudo, de difícil
diagnóstico, porém benigna e auto-limitada. Deste modo,
quando diagnosticada, afasta outras causas bastante mais
freqüentes de dor abdominal aguda, como apendicite e
diverticulite, evitando uma laparotomia desnecessária
(1, 5, 6, 7, 8, 11, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21,
22).
A apendicite epiplóica incide com maior freqüencia
entre a 3ª e 4ª décadas de vida (embora haja relatos de
pacientes de 12 a 82 anos de idade) afetando homens e
mulheres igualmente (7, 11, 22).
Em relação à apendicite epiplóica primária existem
autores que consideram a obesidade fator de risco
(11), enquanto outros apontam que menos da metade de seus
casos ocorreram em obesos (1). Não há neste momento
outras variáveis de risco para a ocorrência primária
desta afecção. Por outro lado, o acometimento secundário
dos apêndices epiplóicos encontra na diverticulite colônica
sua principal causa (7, 8, 10, 11), embora possa estar associado
a outras patologias como Doença de Crohn
(13), apendicite aguda, colecistite, pancreatite ou abscessos em fossas
ilíacas (7, 8). Embora não haja uma confirmação etiológica
definitiva, a apendicite epiplóica primária é atribuída à torção
do pedículo, ou a uma trombose venosa local com
subseqüente inflamação e isquemia do apêndice acometido
(9), podendo ou não levar ao infarto
(7, 8, 9, 11, 12). A torção aguda de
um apêndice geralmente manifesta-se por dor abdominal
localizada em fossas ilíacas, já que o ceco e o cólon
sigmóide são as regiões preferencialmente acometidas
(13, 23, 24). No entanto, ela pode manifestar-se em outros locais
dependendo da localização do processo inflamatório, ou
mesmo migrar com mudanças de decúbito do paciente
(1). A dor é usualmente descrita como aguda, severa e persistente;
enquanto na maioria ela dura apenas alguns dias (menos
de uma semana) em outras ela é remitente, levando meses
até desaparecer (3, 4, 5).
Sintomas associados como náusea, vômitos ou
febre (acompanhada de discreta leucocitose) podem ocorrer
em até 40% dos casos (3, 5, 6), porém alterações intestinais
como diarréia e obstrução são infreqüentes. Caso o paciente
não seja submetido à cirurgia, o apêndice infartado evolui
com necrose gordurosa asséptica, transformando-se em
uma massa fibrótica ou calcificada. Tal masssa pode ser
palpável em 10-30% dos casos (7, 8, 10 ,11,
12). Diversos autores relatam que após calcificados, estes apêndices
epiplóicos podem desgarrar-se do cólon e aparecer nos exames
de imagem como pequenas massas ovóides calcificadas
em padrão de "pipoca" ou "casca de ovo", intra-abdominais
e móveis, já identificados por cirurgiões durante
laparotomias. Elas tendem a migrar para a pelve, podendo
erroneamente serem interpretadas como calcificações uterinas, cisto
de ovário, teratoma ou cálculo intra-vesical
(13, 19).
Embora a apendicite epiplóica tenha uma
apresentação clínica clássica, na maioria dos pacientes a ausência
de especificidade de seus sinais e sintomas, aliada à
relativa raridade de seu evento, leva ao não diagnóstico em
aproximadamente todos os casos (5, 16,
25), pois trata-se de uma patologia benigna e auto-limitada
(3, 5, 16).
Atualmente, diversos métodos de imagem vêm
permitindo o diagnóstico não invasivo de apendicite
epiplóica, entre eles o enema opaco, a ultrassonografia, a
tomografia computadorizada ou mesmo a ressonância nuclear
magnética (5, 13, 16, 22, 26, 27, 28, 29,
30). Em recente publicação,
Barbier et al (30) reviram cinco casos de apendicite epiplóica,
nos quais foram realizados ultrassonografia,
tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. O
diagnóstico foi feito em todos os casos com a tomografia,
em três com o ultrassom, ao passo que a ressonância foi
conclusiva em apenas um caso. Deste modo, os autores
concluem que todos os métodos de imagem são capazes
de fornecer o diagnóstico de apendicite epiplóica, sendo
porém, a tomografia computadorizada, o melhor
exame (3, 4, 5, 6, 13, 16, 24, 26, 27, 28, 29, 30,
31).
Embora se trate de doença benigna auto-limitada, a
apendicite epiplóica eventualmente pode complicar, pois o
apêndice inflamado pode aderir à parede abdominal ou a
outras vísceras causando assim obstrução intestinal
ou intussuscepção. Nestes casos, a conduta cirúrgica
é mandatória, com bons resultados, e sem complicações
pós-operatórias (1, 7, 11, 32,
33).
Apesar de a literatura sobre o manejo destes
pacientes ser escassa, podemos notar uma tendência recente a
favor do tratamento clínico, apenas com analgésicos quando
o diagnóstico é feito sem a necessidade da
laparotomia (5, 6, 16, 23, 24, 30, 34,
35). Nos nossos casos aqui apresentados o
diagnóstico de apendicite epiplóica foi feito integrando-se a
história do paciente, seu exame físico, ausência de
alterações laboratoriais e, principalmente, com os achados
da tomografia computadorizada. Uma dor abdominal
focal, de início abrupto, na ausência de outros sinais
corresponde ao quadro clínico clássico de apendicite epiplóica,
enquanto que uma presença de massa paracólica, com
atenuação de gordura e inflamação local, os achados da
tomografia. Tendo o diagnóstico firmado, optamos por tratamento
clínico com analgésicos e observação do estado geral do
paciente. Em poucos dias, evoluindo com a resolução do
quadro álgico, todos foram de alta para o
acompanhamento ambulatorial. Optou-se por aumentar a especificidade
do diagnóstico através de colonoscopia a fim de excluir a
presença de divertículos nos três casos.
Concluímos que a apendicite epiplóica representa
evento não tão raro, que deve sempre ser cogitado em quadro
de abdome agudo, quando o diagnóstico não for
evidente. Também notamos que seu diagnóstico é difícil, sendo
a tomografia computadorizada o melhor exame de que
dispomos no momento, e que por se tratar de patologia
benigna de curso auto-limitado, pode ser tratada
clinicamente, sem necessidade de cirurgia.
Summary: Epiploicae appendices are saculations of subserosal fat at the antimesenteric teniae coli of the colon of unknown
function. The first cases of torsion were reported in 1919 and only named epiploic appendagitis (EA) in 1956.
Although unfrequent, it affects men and women in the third and fourth decades of life. The primary EA does not present known
risk factors, therefore there is a difficulty to establish a diagnosis.
Once cecum and sigmoid are the most common affected sites and the tipical manifestation of the disease is focal abdominal
pain, differencial diagnosis shoud include acute appendicitis and diverticulitis, because EA is almost always a self-limited benign
condition.
In this article, we report three cases of EA in young patients with abdominal focal pain that began suddenly at left abdome. The
differencial diagnosis was confirmed with CT scans which resulted on observation of symptons regret and favorable evolution. The
subsequent colonoscopic findings confirmed the absence of diverticular disease in all cases.
Face to the experience above described and embased in the literature, the authors conclusion is that EA represents an
important differential diagnosis to be ruled out in young patients with a suspicion of appendicitis or diverticulitis. Since its incidence is
still unknown, correct diagnosis can avoid unnecessary diagnostic and therapeutic procedures, as well as save costs by decreasing
hospital stay.
Uniterms: epiploic appendagitis, acute abdome, diverticulitis, appendicitis, appendices epiploicae
Referências Bibliográficas
1. Lynn TE, Dockerty MB & Waugh JM A Clinicopathologic study
of epiploic appendages. Surg Gynecol Obstet 1956; 103: 423-433
2. Hunt VC Torsion of appendices epiploicae. Ann Surg 1919; 69: 31-46
3. Desai HP, Tripodi J, Gold BM & Burakoff R Infarction of an
Epiploic Appendage. J Clin Gastroenterol 1993; 16(4):323-325
4. Rao PM, Novelline RA Case 6: Primary Epiploic Appendagitis.
Radiology 1999;210:145-148
5. Rioux M, Langis P Primary epiploic appendagitis: clinical, US and
CT findings in 14 cases. Radiology 1994;191:523-526
6. Molla E, Ripolles T, Martinez MJ, Morote V, Rosello-Sastre E
Primary epiploic appendagitis: US and CT findings. Eur Radiol 1998;8(3):435-438
7. Carmichael DH, Organ CH Epiploic disorders: conditions of the
epiploic appendages. Arch Surg 1985;120:1167-1172
8. Fieber SS, Forman J Appendices epiploicae: clinical and
pathological considerations report of 3 cases and statistical analysis of 105
cases. Arch Surg 1953;66:329-338
9. Pines B, Rabinovitch J, Biller SB Primary torsion and infarct of
appendices epiploicae. Arch Surg 1941;42:775-787
10. Ross JA Vascular loop in the appendices epiploicae: their anatomy
and surgical pathology of appendices epiploicae. Br J Surg 1950;37:464-466
11. Thomas JH, Rosato FE, Patterson LT Epiploic appendagitis. Surg
Gynecol Obstet 1974;138:23-25
12. Shehan JJ, Organ C, Sullivan JF Infarction of the appendices
epiploicae. Am J Gastroenterol 1996;46:469-476
13. Ghahremani GG, White EM, Hoff, FL, Gore RM, Liller, JW & Christ ML
Appendices epiploicae of colon: radiologic and pathologic
features. Radiographics 1992;12:59-77
14. Derchi LE, Reggiane L, Rebaud F, Bruschetta M Appendices
epiploicae of the large bowel: sonographic appearance and differentiation
from peritoneal seeding. J Ultrasound Med 1988;7:11-14
15. Rao PM CT of diverticulitis and alternative conditions. Semin
Ultrasound CT MR 1999;20(2):86-93
16. Rao PM, Wittenberg J, Lawrason JN Primary Epiploic
Appendagitis: Evolutionary Changes in CT appearance. Radiology 1997;204:713-717
17. Neff CC, vanSonnenberg E CT of diverticulitis. Radiol Clin North
Am 1989;29:743-752
18. Birnbaum BA, Balthazar EJ CT of appendicitis and diverticulitis.
Radiol Clin North Am 1994;32:885-898
19. Patterson DC Appendices epiploicae and their surgical
significance, with report of three cases. N Engl J Med 1933;209:1255-1259
20. Fiske FA Intra-abdominal torsion of appendices epiploicae. Am J
Med Sci 1936;192:354-360
21. Mittal VK, Pierce AK, Priestley JC, et al Infarcted small bowel
appendix epiploicae: a cause of acute abdome. AM J Proctol Gastroenterol
Colon Rect Surg 1981;32:23-24
22. Harper FB Abdominal pain and the appendices epiploicae. Arch
Surg 1967;95:99-101
23. Legome EL, Sims C, Rao PM Epiploic appendagitis: adding to
the differential of acute abdominal pain. J Emerg Med
1999;17(5):823-826
24. Vinson DR Epiploic addendagitis: a new diagnosis for the
emergency physician. Two case reports and a review. J Emerg Med 1999;
17(5):827-832
25. McGeer PL, McKenzie AD Strangulation of the appendix epiploicae:
a series of 11 cases. Can J Surg 1960;3:252-257
26. Farmlett EJ, Fishman EK, Jones B, Siegelman SS Torsion of lipoma
of appendix epiploicae: CT evaluation. J Comput Assist Tomogr
1985;9:366-368
27. Danielson K, CherminMM, Amberg JR, et al Epiploic appendicitis:
CT characteristics. J Comput Assist Tomogr 1986;10:142-143
28. Jennings CM, Collins MC- The radiological findings in torsion of
an appendix aepiploicae. Br J Radiol 1987;60:508-509
29. Torres GM, Abbitt PL, Weeks M CT manifestations of infarcted
epiploic appendages of the colon. Abdom Imaging 1994;19:449-450
30. Barcier C, Denny P, Pradoura JM, Bui P, Rieger A, BAzin C, Tortuyaux
JM, Regent D Radiologic aspects of infarction of the appendix epiploica.
J Radiol 1998;79(12):1479-85
31. Vriesman ACB, Puylaert JBCM Old and new infarction of an
apiploic appendage: Ultrasound mimicry of appendicitis. Abdom
Imaging 1999;24:129-131
32. Puppala AR, Mustafa SG, Moorman RH, Howard CH Small
bowel obstruction due to disease of epiploic appendage. Am J
Gastroenterol 1981;75:382-383
33. Lee MP Small bowel obstruction due to epiploic appendagitis. Am
J Gastroenterol 1990;85:771-772
34. Shablin JR, Payne CL, SoileauMK Infarction of an epiploic
appendix. South Med J 1986;79:374-375
35. Griffin HM, McManammy EP, Waugh JM Surgical significance of
epiploic appendages. Arch Surg 1942;45:351-360
Endereço para Correspondência:
SERGIO EDUARDO ALONSO ARAUJO
Rua Oscar Freire, 1967 apto 22B
CEP: 05409 011
Bairro Jd América
São Paulo / SP
Trabalho realizado no Hospital Santa Helena São Paulo / SP