ARTIGOS ORIGINAIS
Trabalho de autoria do Prof. Raul Pitanga Santos, pioneiro de Protologia no Brasil, catedrático da primeira cadeira de Proctologia no nosso Pais, na Faculdade de Ciências Médicas, Rio , publicado no Jornal Brasileiro de Medicina, Maio 12 (5): 439-443, 1967.
OS ERROS EM PROCTOLOGIA
"ESTRANGULAMENTO" HEMORROIDÁRIO
R. PITANGA SANTOS
O autor mostra que não existe " estrangulamento"hemorroidário. Trata-se de uma congestão súbita e violenta dos
plexos hemorroidários (superior e inferior) formando numerosos trombos, hematomas no canal anal e região pregueada. Formam-se
duas coroas, uma mucosa e outra cutânea, geralmente a mais volumosa, o plexo venoso, está por cima do esfíncter e nunca poderia ser
por ele " estrangulado" . Além disso, são freqüentes os casos em que só a metade da circunferência anal está "estrangulada".
Mostra também, com argumentos e exames microscópicos que não se trata de flebites inflamatórias, como é o
conceito universal, e sim uma crise congestiva pura sem nenhum processo inflamatório. Mostra que a intervenção cirúrgica deve ser
feita imediatamente e não o tratamento paliativo como muitos autores aconselham.
Depois que atingem um certo desenvolvimento, as hemorróidas podem, por uma
causa congestiva brusca sofrer uma crise aguda,
geralmente denominada Estragulamento
Hemorroidário. Para os autores trata-se de "um prolapso das hemorróidas
que são estranguladas pela contração do
esfíncter, formando-se um círculo vicioso, a
contração esfincteriana impedindo a circulação de retorno
nos mamilos que vão ficando mais volumosos e
acabam gangrenando". Ainda para os autores, esta
grangrena "pode ser útil, resultando numa cura espontânea
dos mamilos gangrenados". Alguns, como
Gabriel, recomendam não operar, "por se tratar de
flebites agudas, com perigo de embolia e septicemia".
Outros, por causa da dificuldade operatória,
recomendam "meios antiflogísticos, esperando cessar "a
inflamação para poder intervir.
Há em tudo isto uma série de erros em
cadeia: 1)- não há estrangulamento, nunca; 2)- não há
gangrena hemorroidária; 3)- a pseudogangrena nunca resulta
em cura do mamilo; 4)- não se trata de
processo inflamatório e sim de processo congestivo puro,
de natureza mecânica; 5)- não há o menor perigo em
se intervir. E deve-se operar imediatamente, porque
o enfermo fica livre, ao mesmo tempo, das
hemorróidas e da crise.
Figura 1 - Crise hemorroidária (pseudoestrangulamento). Na parte média do lado direito vê-se o sulco separando a coroa externa da interna. Uma é cutânea e lisa, a outra, mucosa e irregular. Neste e no caso abaixo as duas coroas têm o mesmo volume |
Figura 2 - Outro caso em que o volume do tumor é formado por duas coroas iguais. O "estrangulamento" seria formado pela constrição do esfíncter impedindo a circulação de retorno nas hemorróidas prolabadas. Na parte central, mucosa, isto seria possível, mas na parte periférica, cutânea, igualmente volumosa, isso seria impossível porque os vasos, nesta coroa, estão acima do esfíncter, cuja contração não causará obstáculo algum à circulação. |
Figura 3 - Outro caso de Crise (estrangulamento) onde predomina a coroa externa, cutânea, cujo plexo fica à cavaleiro do esfíncter, cuja contração em nada o afeta |
O pseudo-estrangulamento nada mais é do
que uma crise congestiva intensa, processada nos
dois plexos hemorroidários, superior e inferior. (o
médio nada tem com a circulação do ânus). Às vezes a crise
é mais acentuada no plexo superior, outras vezes
no inferior. Mais raramente só num dos plexos neste
caso, o inferior.
Figura 4 - Outro caso em que predomina a coroa cutânea, formada pela congestão do plexo hemorroidário inferior que nasce por cima do esfíncter e se dirige para fora, até a circulação cava. Vê-se nitidamente nas duas figuras o sulco separando as duas coroas, a externa completa e volumosa e a interna, mucosa, atingindo apenas a metade direita das Hemorróidas. Vê-se em ambos os casos a impossibilidade de um "estrangulamento" atingindo apenas metade da circunferência estrangulada. | Figura 5 - Na figura acima, a crise (estrangulamento), só atingiu a parte cutânea do ânus (plexo hemorroidário inferior). A parte mucosa (hemorróidas internas) nada sofreu. A congestão sanguínea só se manifestou na região pregueada, situado acima do esfíncter. A crise é somente congestiva e não inflamatória e nada tem com a contração do esfíncter anal. Não se trata nunca de estrangulamento. |
Algumas vezes a crise se manifesta somente na metade da circunferência anal, a outra metade
nada apresentando de anormal (Figuras-6, 7 e 8). Quando
a crise atinge os dois plexos o ânus apresenta um
tumor arredondado ou ovóide de um tamanho que varia
de um limão a uma maçã, formado por duas
coroas separadas por um sulco. Uma coroa interna,
mucosa, arroxeada, irregular, com pequenos sulcos
separando os mamilos e uma externa, cutânea, mais liso e em
geral mais volumosa, dum tom cinza que varia com a tonalidade da pele do enfermo.
Figura 6 - Crise hemorroidária (estrangulamento) comprometendo apenas metade da circunferência anal. Vê-se a parte mucosa pequena e a parte cutânea, muito maior separadas por um sulco. | Figura 7 - Outro caso de crise, atingindo apenas a metade direita da circunferência anal. A congestão sanguínea atingiu por igual a parte mucosa e cutânea com o sulco separador. A simples observação mostra a impossibilidade de um estrangulamento circunferencial só produzindo embaraço circulatório na metade da circunferência. |
Depois de 3 ou 4 dias, por causa da
distenção sofrida, a parte mucosa, menos elástica que a
cutânea, apresenta num ou noutro ponto uma placa escura.
É um esfacelo da mucosa, conseqüência da
isquemia resultante da distenção prolongada. Este esfacelo
atinge apenas a superfície e não o conteúdo do
mamilo. (Figura-9). É fácil retirar o pequeno esfacelo com
uma pinça de dissecção e verificar que o conteúdo
do mamilo está intacto. O esfacelo é sempre
pequeno, geralmente na mucosa e num só dos
mamilos. Excepcionalmente o mesmo pode acontecer na
coroa cutânea, também limitada à superfície cutânea.
Figura 8 - Outro caso de crise hemorroidária (estrangulamento) manifestado apenas na metade esquerda da região anal. Na parte mucosa (hemorróidas internas), dois pequenos mamilos, na parte cutânea (região pregueada) a congestão atingiu toda a parte esquerda da circunferência anal, deixando a direita intacta. | Figura 9 - Microfotografia, em aumento médio, mostrando um corte de um mamilo hemorroidário num caso de "gangrena hemorroidária". Vê-se o tecido celular submucoso, infiltrado pela serosidade, sem infiltração inflamatória, com numerosos vasos trombosados onde se pode ver o endotélio liso e regular e na periferia do corte a mucosa, com um placa de necrose (gangrena) limitada, em extensão. A menos de um terço do volume do mamilo e em profundidade, à apenas alguns milímetros. Retirados o esfacelo, o conteúdo do mamilo acha-se intacto. Não se trate de gangrena hemorroidária e sim de um pequeno esfacelo da mucosa e nunca pode esperar, nestes casos, uma cura espontânea do mamilo. |
Se não há intervenção, algum tempo depois,
o esfacelo se rompe dando saída a trombos e
sangue líquido. A superfície cruenta cicatrizada, pouco
a pouco, os coalhos e o edema seroso vão
sendo reabsorvidos, e no fim de 25 a 30 dias, se não
houver uma complicação inflamatória por
manobras intempestivas de redução, completa-se a
reabsorção do edema e cicatrização da escara, voltando a
região anal a seu aspecto anterior.
Não houve cura dos mamilos, nem
gangrena, nem estrangulamento algum. A crise, abandonada a
si mesma, termina sempre em reabsorção do tumor.
O enfermo continua com as suas hemorróidas até
nova crise.
Aliviado do sofrimento, ele tem nos
primeiros tempos a impressão de que ficou bom. Mas
sofreu inutilmente um mês, perdeu pelo menos 25 dias e
cedo se convencerá que não ficou curado.
Tudo isso porque, portador de uma crise
congestiva banal, pagou à medicina o tributo de um erro
milenário, atribuindo-lhe um "estrangulamento inflamatório e
um perigo operatório que não existiam".
A simples observação de que o
estrangulamento sempre cede, sempre termina desaparecendo
(os autores aconselham a esperar que tudo desapareça
para poder operar), já mostra claramente que não
há estrangulamento. Nos outros casos de
estrangulamento, nunca há regresso, nunca há resolução espontânea.
No estrangulamento herniário, na parafimose a
gangrena é a conseqüência fatal, se não há intervenção. Na
crise, é verdade, há uma história de gangrena, ligada
ao estrangulamento, a mais leve observação logo
mostra, no entanto, que não há gangrena e sim um
esfacelo superficial e pequeno. Só a falta de exame, a
obsessão do estrangulamento, podem explicitar como um
erro tão grosseiro atravessou toda a História da Medicina.
O pior é que outras provas evidentes
expostas ao mais simples raciocínio e à mais leve
capacidade de observar, mostravam claramente que não
podia tratar-se de estrangulamento. O simples toque
digital mostra logo que o ânus está permeável, sem
nenhuma constrição, antes relaxado que apertado. Aqueles
que erradamente se obstinam em reduzir o volume o conseguem quase sempre, embora com
grande sofrimento para o enfermo e pronta saída do
volume, porque sendo este em parte externo, a redução
não pode ser mantida. As manobras de redução,
pelo traumatismo brutal e pela falta de assepsia,
aumentam a congestão local e portanto o volume e
possibilitam uma inflamação secundária, agravando a crise e
dando uma base falsa à teoria inflamatória.
Outro argumento evidente é o fato
do estrangulamento algumas vezes se processar
somente numa metade da circunferência do ânus. Como
é possível imaginar-se um estrangulamento no qual
a circulação só fica impedida na metade
da circunferência de ânus?
Mas ainda há uma razão anatômica que
não tem desculpa de ser ignorada. Entre médicos
e cirurgiões, admite-se que a circulação ano-retal
não seja estudada. Entre os proctologistas essa
desculpa não deve existir. Estrangulamento ou
processo congestivo, o acidente ocorre no sistema
arteriovenoso da região anal, isto é, nos dois plexos
hemorroidários, superior e inferior que aí nascem. O
superior responsável pelas hemorróidas internas e o
inferior pela região pregueada do ânus.
Compreende-se que, as hemorróidas
internas passando através do esfíncter, fossem por
ele estranguladas, impedindo, no plexo a circulação
de retorno. Mas o volume do estrangulamento não
é reproduzido só pelas hemorróidas internas. O
volume do tumor anal é formado por duas coroas, uma
central revestida de mucosa das hemorróidas internas e
outra periférica, revestida de pele que é a região
pregreada distendida pelo processo congestivo. Acontece que
a coroa externa, separada da interna por um sulco,
é sempre igual ou maior do que a interna, como se
pode ver nas Figuras-1 e 2. Algumas vezes só existe a
coroa externa (Figura-5) formada exclusivamente
por trombos e hematomas o plexo hemorroidário
inferior. Os vasos deste plexo nascem na parte externa
do orifício anal, atravessam a região pregueada e vão
por fora do ânus para a veia ilíaca e circulação cava.
O esfíncter por mais contraído e apertado só
poderia estrangular os vasos hemorroidários superiores, isto
é, as hemorróidas internas. O plexo
hemorroidário inferior, que forma a coroa externa, muitas das vezes
a maior (Figura-3 e 4) acha-se acima do esfíncter, e
não poderia nunca ser por ele estrangulado, pois está
a cavaleiro dele. Em hipótese nenhuma a coroa
externa que representa metade do tumor anal poderia
resultar de estrangulamento.
Que isto tenha escapado ao raciocínio
de médicos e cirurgiões, mas de todos os proctologistas!?
O Prof. Hartmann no seu Tratado de Cirurgia do
Reto, na última edição, não podendo fugir à evidência
dos fatos, reconhece que não existe estreitamento,
embora continui como todos, a atribuir o volume a
flebites inflamatórias.
O processo é exclusivamente congestivo,
não são tromboflebites sépticas, nem há o menor perigo
de septicemia. Trata-se de uma congestão súbita e
violenta nos dois plexos, superior e inferior, produzindo a
formação de trombos e hematomas que
distendem brutamente a região pregueada e o canal anal,
formando um tumor em redor do ânus e na submucosa
da circunferência do canal anal. O volume formado
não podendo caber dentro do canal é exteriorizado. As
dores são violentas, pela distenção sofrida pela pele e
mucosa de uma região de grande sensibilidade como é a
região anal.
O edema seroso que se forma na submucosa aumenta o volume do tumor e o enfermo, por causa
do volume e das dores, anda com grande dificuldade.
Não há febre, senão de um décimo no máximo,
nas pessoas nervosas, e malgrado as dores, os
enfermos corajosos se locomovem e suportam a crise.
A fase aguda dura uma semana, as dores começam então a diminuir com a reabsorção
dos exsudatos e o volume vai lentamente reduzindo-se
até desaparecer em média 30 dias após.
Nunca se formam abscessos senão
como conseqüência das tentativas de redução sem
nenhuma assepsia, fazendo-se uso de panos e papéis
para introduzir o tumor que é escorregadio pela
mucorréia que o reveste. Por maior que seja o volume do
tumor formado, a crise termina sempre em resolução.
O enfermo passada a primeira semana de dores e
mesmo dias depois, apesar das dores, continua evacuando,
o que seria impossível se o esfíncter estivesse
contraído a ponto de estrangular.
No nosso Serviço do Hospital
Evangélico, operamos dezenas de crises hemorroidárias sem
o menor inconveniente e em todos os casos com um resultado funcional perfeito. Nos exames
histopatológicos que fizemos, nos mamilos extirpados,
os numerosos vasos trombosados apresentavam suas paredes normais. O endotélio liso sem alterações,
a túnica média comprimida, mas com suas fibras
elásticas normais, coisa que nunca existe nas flebites. A
única anormalidade era o edema seroso, mas sem
infiltração leucocitária, sem traço de inflamação. (Figuras-10,
11 e 12). Na Figura-9 vê-se o corte em aumento médio
de um mamilo em crise. Além dos numerosos
vãos trombosados e do edema seroso, vê-se na periferia
o que os livros chamam "gangrena hemorroidária"
Vê-se bem que se trata de um esfacelo da mucosa
atingindo menos de um terço da superfície do mamilo e não
indo além da submucosa.
Figura 10 - Micrografia de um mamilo hemorroidário, num caso de crise (estrangulamento). Aumento médio. Vêem-se três vasos trombosados, não sendo visíveis os detalhes da parede venosa pelo pequeno aumento, ms pode-se ver o endotélio, em todas elas, liso e regular. O tecido celular submocoso edemaciado, mas sem infiltração inflamatória. | Figura 11- Outro corte de mamilo numa crise hemorroidária (estrangulamento). Veias trombosadas onde se vê o endotélio liso e regular o que não existe nas flebites inflamatórias). As duas veias no centro foram cortadas obliquamente. O tecido celular apenas infiltrado. |
É um esfacelo, fácil de destacar com
uma pinça. Não existe gangrena do mamilo
nem estrangulamento hemorroidário. Trata-se de uma
crise congestiva nos plexos hemorroidários, superior
e inferior. O processo é exclusivamente congestivo e
não inflamatório, não havendo causa alguma infecciosa,
a não ser trazida do exterior e por mão e
objetos infectados.
A crise deve ser operada imediatamente. Poupa-se ao doente muito sofrimento e perda inútil
de horas de trabalho. Perigo não há nenhum porque
não se trata de processo inflamatório e sim congestivo.
E se fosse também não haveria razão para
não operar. Todas as enfermidade anais de
causa inflamatória são operadas com o melhor
resultado. Porque não se poderia operar o estrangulamento?
Vê-se nisso a falta de convicção dos autores porque
um estrangulamento deve sempre ser operado de urgência.
A dificuldade operatória seria uma
razão respeitável. De fato, a maioria dos
processos dificilmente realiza uma operação bem feita na
Crise Hemorroidária. Autores como Miles e
outros aconselham ou esperar o fim da crise ou fazer
uma operação incompleta. Há os que usam o cautério e
os que aconselham avisar ao paciente, antes de tentar
operar, que há perigo de ele ficar incontinente. Com o
nosso processo, que descrevemos em outro trabalho,
fizemos todas as operações, com a mesma facilidade dos
casos comuns, sempre com o melhor resultado funcional.
Em outro artigo, neste simpósio, estudamos
a Patogenia das Hemorróidas e mostramos com argumentos e estudos histológicos que elas são
uma doença funcional de causa congestiva e
natureza mecânica. Nunca existem na sua formação
causas infecciosas. A crise hemorroidária é uma
hipercongestão sofrida pelas Hemorróidas e o
exame histopatológico mostra que as veias dilatadas
estão normais e a infecção ausente.
Nas crises, como nas hemorróidas, a causa
é congestiva e não infecciosa. A crise é um
acidente durante o desenvolvimento das hemorróidas. Abuso
de álcool, esforço excessivo, conjunção de
causas congestivas, dilatação anal violenta, podem
produzir crise.
Mas, o enfermo já é um portador
de hemorróidas. Pode ser um hemorroidário que se
ignora, porque as hemorróidas desenvolvem-se
silenciosamente durante alguns anos. A intervenção
imediata extingue a crise e suprime as hemorróidas, sem
nenhum perigo para o enfermo.
Quando, porém a operação não pode
ser realizada porque o enfermo a recusa ou as
condições não a permitem, por falta de recursos, de meios
de transporte, deve-se então usar os maiores
paliativos que podem melhorar os sofrimentos do enfermo
e apressar a reabsorção do edema e dos tombos.
Para as dores, os analgésicos nos
primeiros dias, se não suprirem totalmente, melhoram
o suficiente para suportar o tratamento paliativo
local. As compressas quentes são melhores que as frias.
Das soluções adstringentes, a melhor sem dúvida é a
tintura de Jucá, que é o Pau Ferro. Em partes iguais, tintura
e água filtrada, numa compressa permanente
aplicada sobre o tumor anal, ajuda a reabsorção e redução
do volume, melhorando as dores e não inflamação
que não existe. Quinze minutos de infravermelho,
de manhã e à noite, também ajudam a diminuir as
dores. As pomadas são de pouca utilidade. O repouso é
útil, por causa da aplicação das compressas úmidas.
A alimentação deve ser normal sem ser excessiva, e
a evacuação não piora a situação do enfermo e não
deve ser evitada.
O que não deve ser feito, em hipótese
alguma é tentar reduzir o prolapso. È um procedimento
absurdo porque mais de metade do volume do tumor é
externo e não pode ser metido para dentro. È um
traumatismo que só consegue aumentar a congestão, e quando
se consegue introduzir o volume, ele é
imediatamente expelido, com grande sofrimento para o enfermo.
No prazo de uma semana, o enfermo já se sente melhor
e em 30 dias o volume estará 90% reduzido. A
situação hemorroidária do enfermo, porém, continuará
no mesmo.
SUMMARY: The author states that there is no hemorrhoidal strangulation, but a sudden and violent congestion of the hemorrhoidal plexuses, creating several thromboses, hematomes of the anal duct and of the pleated region.