RELATO DE CASO
FÁBIO VIEIRA TEIXEIRA
BENEDITO PILON
RAFAEL MARCHIONI
TEIXEIRA FV, PILON B, MARCHIONI R. Tratamento da retite actínica hemorrágica com o uso de solução de formalina
intra-retal:Relato de caso.Rev bras
Coloproct, 2002;22(3): 184-189
RESUMO: A retite actínica é observada em até 20% de pacientes submetidos a radioterapia pélvica para o tratamento de tumores como o câncer de próstata e de útero. Cinco por cento desses pacientes irão desenvolver forma grave da doença com sangramento retal intenso que muitas vezes requer transfusões sangüíneas. Atribuiu-se o nome retite actínica hemorrágica (RAH) a essa manifestação grave da RA. Relatamos o caso de uma paciente portadora de RAH em que não obtivemos sucesso com o tratamento com enemas de retenção de sucralfato. Optou-se pela instilação intra-retal de solução de formalina à 4% com sucesso total na hemostasia retal após 2 sessões de tratamento. Os autores concluíram que o uso da solução de formalina intra-retal nos pacientes portadores de RAH é um método eficaz, com baixo custo e praticamente isento de complicações. Tal modalidade terapêutica deveria ser considerada como primeira escolha nos casos de RAH cujo sangramento é intenso e requeiram transfusões sangüíneas.
Unitermos: retite, retite actínica, formalina, radioterapia
O uso da radioterapia visando o tratamento de
neoplasias pélvicas como o câncer da próstata, do reto, da bexiga
e do útero é comum e mundialmente difundido.
(1) Apesar do benefício no tratamento do câncer, o uso
desse tipo de terapia coadjuvante não está isento de
efeitos colaterais indesejáveis, principalmente tardios. A
retite actínica (RA), inflamação crônica do reto induzida
pela radiação, é uma complicação que é vista em cerca
de 1% a 20% dos pacientes submetidos à radioterapia
da região pélvica. 1,2 A radiação pode causar danos
tardios ao reto com subseqüente fibrose do tecido conjuntivo
e endarterite das arteríolas.
5,6 Essas alterações histológicas podem resultar em isquemia do
tecido, friabilidade da mucosa, sangramento,
ulcerações, estenoses e até fistulas com órgãos vizinhos,
como bexiga e vagina5,6 Os principais sintomas são dor
retal, tenesmo, urgência fecal, diarréia muco-sangüinolenta
e algumas vezes incontinência
fecal.1-3 O tratamento da RA com medicamentos tópicos intra-retais
como enemas de corticóide 7, sucralfato
8,9 e 5-ASA 10 têm resposta limitada e os sintomas podem persistir
por até vários anos após o início do tratamento.
6
Acredita-se que 5% a 8% dos pacientes com RA podem desenvolver forma grave da doença
com sangramento retal intenso que requer
tratamento imediato. Tal complicação ficou conhecida
como retite actínica hemorrágica (RAH).
2, 11 A RAH é de difícil controle clínico. Alguns autores têm
proposto o uso de soluções de formalina intra-retal
com sucesso em parar o sangramento retal. 1,4,12-14
Em 1995, Mathai e Seow-Choen relataram o uso
de solução de formalina a 4% intra-retal em 29
pacientes portadores de RAH, de difícil controle, após
a tentativa sem sucesso do uso de outros agentes tópicos como corticóides, sucralfato,
acido tranexâmico e 5 ASA. 14 Os autores concluíram
que por ser método barato, eficiente e de fácil
execução, a instilação intra-retal de solução de
formalina deveria ser considerada como primeira escolha
no tratamento da RAH. 14
O objetivo do nosso trabalho é relatar o
caso clínico de uma paciente portadora de RAH
com tratamento inicial com enema de sucralfato inefetivo
e sucesso na tentativa de parar o sangramento retal
com o uso de uma solução de formalina intra-retal.
RELATO DE CASO
M.J.S., 77 anos, feminina, branca, natural
e procedente de Júlio Mesquita (SP), referia
quadro clínico de sangramento retal ás evacuações fazia
6 meses. Concomitantemente referia tenesmo e dor
retal às evacuações. Quatorze meses anteriores à
primeira consulta em outro serviço, a paciente foi submetida
a radioterapia pélvica como terapia coadjuvante
no tratamento de câncer uterino. Relatava que o
quadro de sangramento teve início aproximadamente 6
meses após o término da radioterapia e houve uma piora
nos últimos 3 meses, sendo necessárias várias
transfusões de concentrado de hemácias para reposição da
perda sangüínea. A paciente ficou internada em outro
serviço por 10 dias, onde foi diagnosticada retite actínica
e iniciado tratamento com enema de predinisona (20
mg a cada 12 horas) por um período de1 mês, porém,
sem sucesso. Foi encaminhada ao Serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário
da Faculdade de Medicina da Universidade de
Marília (HU _ UNIMAR) para tratamento.
A paciente encontrava-se anêmica e
com sangramento ativo via retal. Após medidas
visando estabilizar o estado hemodinâmico da paciente,
foi realizada colonoscopia que evidenciou mucosa
da transição reto-sigmoidéia com múltiplas
erosões, friável ao toque do aparelho e com sangramento
ativo. (Figura-1) Foi iniciado tratamento tópico com
enema de sucralfato (20 ml de água destilada misturada a
3g de sucralfato) 2 vezes por dia. Após 20 dias
de tratamento, a paciente encontrava-se bem, sem
queixas de sangramento às evacuações. Á
retosigmoidoscopia, a mucosa tinha aspecto melhor que antes do início
do tratamento.(Figura-2). Propusemos a manutenção
do tratamento por mais 1 mês. Decorridos 40 dias
de tratamento com enema de sucralfato, a paciente apresentou novamente evacuações com sangue vivo
e coágulos, o que motivou nova internação e
várias transfusões sangüíneas. À retosigmoidoscopia,
a mucosa apresentava sangramento ativo. Optou-se
por instituir nova terapêutica. Iniciamos com a
instilação via retal dirigida, com ajuda de um
retosigmoidoscópio flexível, de 500 ml de solução de formalina a 4%
(200 ml de solução de formalina a 10% misturados a
300 ml de água destilada). A paciente foi colocada
em posição lateral de Sims sob sedação com
propofol assistida por um anestesiologista. O retosigmoidoscópio flexível foi introduzido
e identificada área com sangramento ativo.
Foram instiladas, via uma sonda retal posicionada junto à
área lesada, alíquotas de 50 ml da solução de formalina.
A solução de formalina foi deixada em contato com
a mucosa retal por aproximadamente 1 minuto e posteriormente foi instilada solução fisiológica a
0,9% com o objetivo de lavar toda mucosa retal.
Essa manobra foi realizada por 10 vezes até o final
da solução de 500 ml. Tomou-se o cuidado para
não permitir o contato prolongado da solução de
formalina com a região perineal uma vez que a formalina
poderia causar lesões cutâneas e no canal anal.
1,4,2 A paciente ficou internada para observação com dieta sem
resíduos e hidratação parenteral. Não se observou nenhum
tipo de complicação posterior ao procedimento. A
paciente saiu de alta 24 horas posteriormente ao procedimento.
A paciente foi acompanhada em nível ambulatorial
e estava assintomática com hábito intestinal de 1 a
3 vezes ao dia com fezes pastosas sem evidência
de sangramento, fazendo uso esporádico de
loperamida. Decorridos 2 meses após o tratamento com solução
de formalina, a paciente retornou ao ambulatório
com queixa de sangramento esporadicamente. Foi
realizada uma retosigmoidoscopia que não
evidenciou sangramento ativo. Mesmo assim, foi realizada
nova instilação de solução de formalina. No entanto,
no procedimento foram utilizadas somente 200 ml de solução de formalina a 4%. A paciente foi mantida
em observação por 24 horas e recebeu alta. Decorridos
11 meses após o início do tratamento a paciente
encontra-se em acompanhamento ambulatorial,
assintomática, com hábito intestinal de 1 a 2 vezes por dia,
fezes pastosas sem sangramento.
Desde o diagnóstico inicial até os dias de
hoje a paciente recebeu 32 bolsas de concentrado
de hemácias. Após o tratamento com formalina
intra-retal, a paciente não necessitou mais ser transfundida.
O último exame sigmoidoscópico evidenciou mucosa
sem sangramento com aspecto cicatricial.( Figura-3)
Figura 1 _ Aspecto da mucosa reto-sigmoidéia com sangramento intenso e ulcerações _ retite actínica hemorrágica. |
Figura 2 _ Aspecto da mucosa reto-sigmoidéia com parada do sangramento e epitelização parcial _ 20 dias após o uso de enemas de sucralfato. |
Figura 3 _ Aspecto da mucosa reto-sigmoidéia após 8 meses de tratamento com solução de formalina a 4% instilada via retal _ Nota-se a mucosa cicatrizada sem evidência de sangramento. |
DISCUSSÃO
A radioterapia pélvica com o objetivo
do tratamento de neoplasias como o câncer de próstata
e de útero, tem sido ferramenta eficiente no
tratamento coadjuvante dessas doenças. No entanto, em até
20% dos pacientes submetidos a essa modalidade
terapêutica têm sido observadas complicações em longo
prazo como a retite e a cistite actínica.
1,2 Além disso, 5% dos pacientes que desenvolvem algum tipo de
lesão actínica do reto irão apresentar sangramento ativo
da mucosa retal e colônica que, na maioria das
vezes, requer tratamento imediato e várias
transfusões sangüíneas.3,12,15,16
Tal complicação tem sido
reportada na literatura como retite actínica hemorrágica
(RAH) ou retite actínica grau III segundo a
classificação proposta por Aeberhard em 1990.
1,3,12,20
A RAH é de difícil controle clínico e
as tentativas de tratamento cirúrgico com ressecção
do segmento retal afetado têm mostrado
resultados desanimadores.1,4,14,15,18 O reto e as
estruturas circunvizinhas expostas à radiação adquirem
aspecto fibroso.15 A proctocolectomia é de difícil execução
uma vez que todas estruturas adjacentes ao reto
estão aderidas o que dificulta a dissecção, além do
tecido irradiado ser pouco irrigado.15 Combinados esses
dois fatores, a manipulação dos tecidos submetidos
à radiação bem como a confecção de
anastomoses intestinais estão sujeitas a grande probabilidade
de complicações pós-operatórias como fístula
e deiscência.14,15
Recentemente, tem sido descrito na
literatura o uso do argônio (argon plasma coagulation)
no tratamento da RAH não responsiva a medidas
clínicas,3. Os resultados iniciais obtidos por alguns autores
foram animadores,3. No entanto, sem dúvida alguma, tanto
a coagulação com laser bem como a com gás de
argônio são tratamentos de alto custo que poucos centros
do mundo dispõem ou poderiam dispor.14,12,15
Vários autores têm sugerido diversos
agentes para uso tópico retal na tentativa de diminuir
o sangramento observado em pacientes portadores de RA. Entre os mais usados o sucralfato merece
um destaque pelo seu baixo custo e praticidade. Em
1991, um estudo prospectivo e randomizado foi
conduzido por Kochhar e colaboradores em que 37
pacientes consecutivos portadores de retite actínica
foram divididos em 2 grupos. Os pacientes do grupo I
(n=18) receberam por via oral 1,5 g 3 vezes de
sulfassalazina associado ao tratamento tópico com enemas de
retenção com predinisolona (20 mg) a cada 12 horas.
Os pacientes do Grupo II (n= 19) receberam placebo
via oral 3 vezes ao dia associado a enemas de
retenção com sucralfato (2 g) a cada 12 horas. Os
pacientes submetidos ao tratamento com enemas de
sucralfato mostraram uma resposta clínica melhor comparada
aos pacientes submetidos ao tratamento com enemas
com predinisolona. 9. Sasai e colaboradores reportaram
o sucesso clínico no tratamento da retite
actínica hemorrágica com uso oral de 3 a 4 gramas de
sucralfato ao dia. 21 Os autores atribuíram o sucesso obtido
com a hemostasia da mucosa retal às propriedades
do sucralfato em se ligar com a mucosa e formar
uma camada sobre as ulcerações e erosões, além
de aumentar a produção de muco pelo reto bem
como estimular a proliferação do epitélio retal lesado
pela radiação. 21 No caso descrito por nós, não
obtivemos, pelo menos em longo prazo, o sucesso descrito
por outros autores usando enemas de sucralfato. Cerca
de 1 mês após iniciarmos o tratamento com enemas
de retenção com sucralfato a paciente teve recidiva
do sangramento que aparentemente havia cessado.
8 À retosigmoidoscopia a mucosa tinha aspecto ulcerado
, com sangramento ativo. Figura-1.
A aplicação tópica via retal de solução
de formalina tem se mostrado efetiva no tratamento
da RAH. 1,4,12-16 Baseado no uso com sucesso da
solução de formalina na cistite actínica hemorrágica, em
1986, Rubinstein e colaboradores relataram o caso de
uma paciente portadora de RAH que recebeu a
instilação de formalina via colostomia objetivando a
hemostasia retal. 16,17,18,19 A paciente havia recebido
várias transfusões sangüíneas e tinha sido submetida a
outros tratamentos anteriores sem sucesso.
16,17. O uso da solução de formalina teve sucesso absoluto com
parada do sangramento retal e recuperação da paciente.
16
Mathai e Seow-Choen reportaram o uso intra-retal, via retosigmoidoscopia, de gazes embebidas
com solução de formalina a 4% em 29 pacientes
portadores de RAH. Um mês após o tratamento cerca de 60%
dos pacientes não tiveram mais sangramento retal.
Onze pacientes (38%) referiram sangramento retal esporádico e somente 1 paciente não obteve
sucesso com o tratamento. Os autores concluíram que, por
ser um método eficiente, de simples execução e de
custo irrisório, a instilação intra-retal de solução de
formalina deveria ser a primeira opção no tratamento da
RAH. (14) Saclarides e co-autores reportaram o uso
intra-retal de solução de formalina a 4% em 16
pacientes portadores de RAH. Doze pacientes (75%)
obtiveram resposta imediata após uma única sessão de tratamento.
Em três pacientes (19%) foram necessárias mais
3 aplicações para se obter melhora do sangramento
retal. Não foram observadas complicações importantes
após o procedimento embora 4 pacientes (25%)
tenham desenvolvido lesões (úlceras e fissuras) perianais
em decorrência do contato dessa região com a solução
de formalina. 12 Concluíram que a instilação
intra-retal de solução de formalina a 4% deveria ser
considerada como primeira opção no tratamento da RAH.
Em casaos de sangramento esporádico deveriam ser
usados outros agentes tópicos como sucralfato ou
esteróides, uma vez que o uso de enema de retenção com
5-ASA tem sido relatado como inefetivo no tratamento
da RAH. 10,12 Recentemente, em um estudo
prospectivo, Counter e colaboradores reportaram o sucesso do
uso da solução de formalina a 4% em 90% (n=9)
tiveram sucesso total com parada do sangramento após
uma única sessão de tratamento. Três pacientes
(27%) tiveram recorrência do sangramento sendo
necessárias outras sessões de tratamento. As
complicações reportadas foram mínimas. Um paciente
relatou incontinência fecal a fezes líquidas e 1
paciente reportou estenose anal que foi tratada com
dilatação anal não sendo necessário tratamento cirúrgico.
4
Optamos em tratar nossa paciente com
solução de formalina a 4% baseados no sucesso obtido
por outros autores com esse tipo de tratamento.
1,4,12,14 Apesar de descritas como inevitáveis, acreditamos
que estudos deveriam ser delineados com objetivo
de encontrar medidas profiláticas contra as lesões
actínicas do reto observadas após radioterapia da região
pélvica. A retite actínica hemorágica é uma doença de
difícil controle clínico e que causa muitos transtornos
ao paciente e que deveria ser tratada agressivamente.
Os pacientes que apresentarem sangramento retal
profuso que necessite de transfusões sangüíneas deveriam
ser considerados para o tratamento com solução
de formalina.2,4,12,14
SUMMARY: Radiation-induced proctitis has been observed in 20% of patients underwent radiotherapy to treat pelvic cancers. Five per cent of these patients will develop a complication with intense bleeding of the rectal mucosa: radiation-induced hemorrhagic proctitis (RIHP). We report a case of a RIHP patient in which a retention sucralfate enema has been tried with no success. The use of a 4% formalin solution instilled into the rectum was considered. Bleeding stopped after two formalin instillations. Topical 4% formalin intra rectal instillation is safe and effective in treatment of RIHP. If bleeding becomes profuse or if transfusions become necessary, prompt formalin treatment should be the first option to treat RIHP patients.
Key words: radiation proctitis, radiotherapy, formalin
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Endereço para Correspondência:
Prof. Dr. Fábio V. Teixeira
Rua: 21 de Abril nº 385, Bairro Maria Izabel,
Marília _ SP, Brasil
CEP 17515-2220
Tel/Fax: 14 4224255
E-mail: fabioteixeira@unimedmarilia.com.br
Agradecimento
Gostaríamos de agradecer a auxiliar
de enfermagem Maura Bérgamo Toni
pela ajuda no desenvolvimento desse trabalho.
* Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de Marília (UNIMAR) _ Hospital Universitário, Rua Dr. Próspero Cecílio Coimbra, 80 _ Cidade Universitária CEP 17525-160 - Marília _ SP, Brasil
Site: http:// www.unimar.br