ARTIGOS ORIGINAIS
MAGALY GEMIO TEIXEIRA - TSBCP
MANUELA SOUSA
MARISTELA GOMES DE ALMEIDA - TSBCP
EDÉSIO SILVA FILHO
ADAUTO PONTE
JOÃO ELIAS CALACHE - TSBCP
ANGELITA HABR-GAMA - TSBCCP
DESIDÉRIO ROBERTO KISS - TSBCP
Unitermos: Doença de Crohn, cirurgia, doença perianal
INTRODUÇÃO
A doença de Crohn manifesta-se no
intestino grosso em aproximadamente 50 % dos doentes.
Pode ser exclusiva no cólon, o que ocorre em 1/3 dos
doentes, ou associada a comprometimento do
intestino delgado14. A localização colônica associa-se
com freqüência a manifestação perianal. Sem dúvida,
esta constitui-se na complicação mais grave da doença e
é responsável por infligir sofrimento intenso aos
seus portadores. O doente pode apresentar sangramento
e secreções que determinam graus variáveis de
dermatite, além de odor, febre e dor que restringe a
mobilidade. Estes sintomas interferem com a vida familiar, social
e sexual dos doentes. Além do sofrimento físico, há
o medo sempre presente de que a incontinência
anal, conseqüência natural e provável da evolução
da manifestação perianal, determine a necessidade
de operação mutilante que resulta em ileostomia
definitiva. O doente demonstra relutância em aceitar
o procedimento e o cirurgião em indicá-lo,
principalmente, em se tratando de jovens. No entanto,
a qualidade de vida destes doentes melhora
consideravelmente, após tratamento cirúrgico, embora a
possibilidade de recorrência não possa ser afastada. A
identificação de fatores que possam estar
associados a recorrência, poderia colaborar para a escolha da
melhor técnica operatória para cada caso em particular.
O objetivo deste trabalho foi o de verificar
se doentes com colite e enterocolite de Crohn
apresentam resultados diversos quando submetidos a PCT.
O conhecimento da evolução destes doentes de
acordo com a localização da doença pode nortear a
indicação cirúrgica, o momento de sua realização e o tipo
de operação para cada doente.
PACIENTES E MÉTODOS
Foram operados 183 doentes dos 314
atendidos no ambulatório de Doenças Inflamatórias do
Cólon, do Serviço de Cirurgia dos Cólons, Reto e Ânus
do Departamento de Gastroenterologia do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, no período de setembro de 1984 a
abril de 2000.
O diagnóstico de doença de Crohn
foi estabelecido através de quadro clínico,
exames radiológicos, endoscópicos e histológicos.
Cento e setenta e cinco doentes eram do
sexo feminino. A idade média dos doentes, quando do
início da sintomatologia, foi de 29,6 anos (variando entre 5
e 70 anos). O intervalo de tempo entre o início
da sintomatologia e o diagnóstico foi de 2.9 anos. O
tempo de seguimento foi de 9.1 anos em média.
Os dados foram coletados prospectivamente.
Trinta e um doentes foram submetidos a proctocolectomia com ileostomia definitiva, dos
quais 20 apresentavam colite exclusiva e 11 entero-colite
de Crohn.
Foram avaliadas as indicações
cirúrgicas, número de operações realizadas em cada
doente, complicações pós-operatórias precoces e
tardias, associação com manifestação extra-intestinal,
número de internações para tratamento clínico intensivo e
a situação final dos doentes, por ocasião do
último seguimento ambulatorial realizado.
Foram consideradas como manifestações extra-intestinais,
as articulares, com testes para artrite
reumatóide negativos, dermatológicas, hepato-biliares, renais
e oftalmológicas.
O índice de recorrência foi avaliado
pela necessidade de re-operação.
A análise estatística foi realizada através
do qui-quadrado e do teste exato de Fischer.
RESULTADOS
A distribuição dos 312 doentes, quanto
à extensão da doença e ao número de doentes
operados, figura na Tabela-1.
Tabela 1 - Distribuição dos doentes quanto à extensão da doença e ao número de doentes operados em cada grupo.
GRUPO | TOTAL | OPERADOS | % |
D | 84 | 56 | 66,7 |
D+PA | 29 | 15 | 51,7 |
C | 27 | 10 | 37,0* |
C+PA | 72 | 35 | 48,6* |
D+C | 35 | 22 | 62,8 |
D+C+PA | 61 | 44 | 72,1 |
PA | 6 | 1 | 16,7 |
TOTAL | 314 | 183 | 58,3 |
Qui-quadrado:1.603;graus
de liberdade:2; p=0,4486 D=acometimento exclusivo de intestino delgado; D+PA = acometimento de intestino delgado e região perianal; C=acometimento exclusivo de cólon; C+PA= acometimento de cólon e região perianal; D+C=acometimento de intestino delgado e grosso; D+C+PA=acometimento de intestino delgado e grosso e região perianal; PA=acometimento exclusivo de região perianal. |
As indicações para PCT foram doença
perianal extensa nos 31 casos, associadas a fístulas em
quatro doentes, sendo duas retovaginais, uma
sigmoido-vesical, uma colo-cutânea, associada a
perfuração bloqueada em um doente, a retardo de crescimento
em um e a pioderma gangrenoso em um.
O número de procedimentos necessários
para que o doente tivesse todo o intestino grosso
ressecado e feita uma ileostomia terminal figura na Tabela-2.
Tabela 2 - Número de operações necessárias para que o doente ao final do tratamento cirúrgico tivesse todo o intestino grosso ressecado e permanecesse com ileostomia terminal.
Operação | Número de doentes |
Primeira | 12 |
Segunda | 9 |
Terceira | 4 |
Quarta | 5 |
Sexta | 1 |
TOTAL | 68 |
Nos 19 doentes em que a operação não foi realizada no primeiro tempo, a média de procedimentos/doente foi de 2,9. As complicações pós-operatórias verificadas no conjunto de operações figuram na Tabela-3.
Tabela 3 - Complicações pós-operatórias.
Complicações | C | D+C |
Hérnia Paracolostômica | 0 | 1 |
Complicação Perineal | 3 | 3 |
Disfunção Erétil | 1 | 0 |
Deiscência de Parede | 1 | 0 |
Fístula | 0 | 1 |
SDRA | 1 | 0 |
Total | 6 | 5 |
SDRA=síndrome do desconforto respiratório agudo. |
A principal complicação tardia observada
nos doentes pós PCT foi a não cicatrização do períneo
em quatro doentes, sendo que um foi submetido a
operação tipo amputação do reto com grande incisão
perineal, ao invés de dissecção interesfincteriana, padrão
do Serviço. Três doentes foram submetidos a
colectomia total com ileostomia e sepultamento do reto
que ulteriormente foi ressecado por via perineal,
com incisão ampla.
A correlação entre o número de operações e
a presença de manifestações extra-intestinais figura
na Tabela- 4. Não houve relação entre o fato do
doente ser operado mais de uma vez com o aparecimento
de manifestação extra-intestinal.
Tabela 4 - Distribuição dos doentes segundo o número de operações e a associação com manifestação extra-intestinal (MEI).
Operação | Com MEI | Sem MEI | Total |
ÚNICA | 6 (19,35%) | 6 (19,35%) | 12 |
MÚLTIPLA | 11 (35,5%) | 8 (25,8%) | 19 |
TOTAL | 17 | 14 | 31 (100%) |
Qui-quadrado de Pearson 0,185;Significância 0,667. |
A média de procedimentos orificiais
realizados antes da PCT realizada como primeira opção
cirúrgica foi de 1,1 /doente. No grupo em que a PCT foi
realizada como conseqüência de mais de um procedimento,
a média foi de 1,6/doente.
A distribuição dos doentes quanto a
necessidade de internação para tratamento clínico
intensivo figura na Tabela -5. Não houve relação entre o
número de internações clínicas e procedimentos
cirúrgicos múltiplos.
Tabela 5 - Distribuição dos doentes quanto a necessidade de internação para tratamento clínico intensivo de acordo com o número de operações necessárias para realizar PCT.
OPERAÇÃO | INTERNAÇÕES | TOTAL | |
SIM | NÃO | ||
Única | 6 (19,35%) | 6 (19,35%) | 12 |
Múltipla | 15 (48,4%) | 4 (12,9%) | 19 |
Total | 20 | 11 | 31 (100%) |
Teste exato de Fischer. Significância 0,127. |
No grupo de 20 doentes com colite, apenas
uma doente apresentou recorrência da doença de Crohn
que se manifestou na pele, com lesões em
parede abdominal, regiões inguinais, membros inferiores
e períneo que obrigou a desbridamentos das
áreas acometidas em duas ocasiões.
No grupo com entero-colite, seis dos 11 doentes necessitaram re-operação para tratamento
de recorrência da doença de Crohn; três doentes
evoluíram com fístulas entero-cutâneas, um com
estenose intestinal, um com doença perineal, um com
obstrução intestinal que motivou, ao longo do período
de seguimento, quatro intervenções cirúrgicas. Todas
as recorrências ocorreram próximas à ileostomia ou
no períneo.
O índice de recorrência foi de 5% (1/20)
no grupo com colite exclusiva e de 54,5% (6/11) na
entero-colite e a diferença foi estatisticamente
significativa (Teste exato de Fischer, significância 0,004).
Não houve óbitos neste grupo de doentes.
DISCUSSÃO
A comparação dos resultados do estudo
da recorrência da colite de Crohn é difícil pela falta de
uniformidade dos estudos. São englobados casos de
enterite e entero-colite e até de retocolite ulcerativa nos
estudos menos recentes. A falta de uniformidade ocorre
também na caracterização da técnica cirúrgica empregada,
uma vez que alguns autores incluem anastomoses
íleo-retais como ressecções segmentares. Os conceitos
de recorrência são diversos, variando desde
apenas sintomatologia clínica até necessidade de reoperação.
O risco de recorrência da colite de Crohn
pós tratamento cirúrgico é menor que na
enterite15.
Foram encontrados índices de recorrência
de aproximadamente 30% após proctocolectomia
e ileostomia terminal6,8 e de 50% a 70% pós
colectomia com anastomose íleo retal ou
colectomia segmentar9,11,12. Quarenta a 60% dos doentes em que
o reto não é retirado desenvolvem proctite grave
ou doença perianal 8,13.
Na ausência de doença perianal importante
e frente à não aceitação da estomia pelo doente é
aceitável que se faça a colectomia com anastomose colo ou
íleo retal, embora o cirurgião esteja consciente de
que futuramente o doente acabará tendo que ser
reoperado para retirada do reto remanescente. A recidiva
retal ocorre em 30-70% dos doentes e a necessidade de
re-operação chega a 50% 2,
9.
Ambrose and Keighley2 relataram
recorrência pós colectomia e anastomose íleo-retal de 64% ,
Longo et al9, 63% após 10 anos,
Ritchie12 de 49% e Flint e
Strauss5 de 41%. Destoando destes dados, estão
os resultados de Khubchandani et al7 , em 1989,
mostrando recorrência , representada por proctectomia de 8%
. Aqui novamente ressaltamos a dificuldade de
comparar dados, uma vez que alguns autores levam
em consideração a recorrência clínica e outros apenas
a que motiva novo tratamento cirúrgico.
Estudo envolvendo toda a população de Estocolmo com
doença de Crohn entre 1955 e 1989, totalizando 833
doentes com colite, mostrou que o risco cumulativo em 10
anos de recorrência foi de 58% após colectomia e
íleo-reto anastomose e de 47% pós colectomia
segmentar3 . Estes índices caíram para 37% pós proctocolectomia total
e ileostomia. No entanto, esta casuística
englobou doentes com lesão ileal, o que torna falha a
comparação entre dados. De qualquer forma, este estudo
confirma o alto grau de recorrência pós colectomia total
ou segmentar e o fato de que aproximadamente
metade dos doentes que apresentaram recorrência tiveram
de ser reoperados. Allan et al 1 relataram 66%
de recorrência pós ressecção segmentar. A
ressecção segmentar foi realizada em muitos casos
para tratamento de estenose localizada em
cólon comprometido macroscopicamente, o que explicaria
a sintomatologia precoce.
Whelan et al.16 sugeriram conexão
entre recorrência e doença perianal. Esta
associação determinando risco maior de recorrência foi
também observada por outros autores, caracterizando
doença de maior gravidade3. Outro fator
considerado importante na recorrência da doença de Crohn seria
o motivo pelo qual foi indicado o tratamento
cirúrgico. Whelan et al16 verificaram que os doentes com
fístulas estavam mais sujeitos à recorrência. Em
nossa casuística, a doença fistulisante ocorreu em
cinco doentes associadamente a doença perianal,
tornando difícil saber qual teria exercido maior importância
na determinação da recorrência. A possibilidade de
dois tipos diferentes de doença de Crohn, uma
forma maligna , fistulizante e uma benigna, não
perfurativa, havia sido sugerida por deDombal et
al 4 em 1971 . Outros autores concordaram com o conceito e
nos incluimos neste grupo10.
Não verificamos relação entre presença
de manifestação extra-intestinal e recorrência da doença.
A média de procedimentos orificiais para
o tratamento da doença perianal foi maior no grupo
em que a indicação para PCT foi retardada, como era
de se esperar. Estes procedimentos representam a
tentativa de preservar o aparelho esfincteriano.
Nos doentes em que a indicação para PCT
foi retardada, o número de internações hospitalares
para tratamento clínico foi 2,3 maior , embora
não significativa do ponto de vista estatístico. No
cômputo geral do que representou o retardo na
indicação cirúrgica, devemos considerar o número de
operações necessárias para o doente ser submetido a PCT,
o número de internações para tratamento clínico e
de procedimentos orificiais para que o doente
pudesse tentar conservar o reto e o aparelho esfincteriano.
É preciso ponderar quanto a custos envolvidos
no tratamento, efeitos colaterais de drogas e
afastamento do trabalho, além do desgaste psicológico a que
o doente é submetido face a tantos
procedimentos ineficazes.
A relutância na indicação precoce de PCT
com ileostomia definitiva, em doentes que já
apresentam incontinência anal, motiva número significativo
de reoperações, com acúmulo de morbilidade nos
diversos procedimentos. É compreensível que doentes jovens
e que apresentem a doença há pouco tempo, relutem
em se deixar operar. Além do receio da ileostomia, há
a esperança de que se descubra a cura da doença a
tempo de salvar o aparelho esfincteriano. Esta esperança
é também estimulada pelos cirurgiões que se
sentem constrangidos em indicar o procedimento. O fato é
que, embora grandes avanços estejam ocorrendo,
ainda estamos longe de encontrar a cura total. O
doente permanece afastado de suas atividades habituais
e deixando de viver plenamente enquanto permanece com doença perianal extensa e incontinência anal.
Por outro lado, o cirurgião deve pesar a indicação de
PCT associada a menor risco de necessidade de
novas intervenções cirúrgicas e o trauma psicológico que
pode ser determinado pela ileostomia em doente que não
a aceite.
O tipo de técnica cirúrgica sem dúvida
é importante no cálculo da probabilidade de
recorrência. Técnicas que evitem a ileostomia associam-se a
risco dobrado de recorrência 3. É claro que estes
são argumentos que devem ser discutidos com o
doente, que deverá tomar a decisão final. É importante
frisar que não há possibilidade de traçar estudos
bem conduzidos prospectivos e randomizados na doença
de Crohn. O resultado do tratamento cirúrgico
implicaria em estudo de mais de 10 anos, sendo que o
tratamento da doença tem mudado muito nos últimos
anos, representando um viés quando da comparação
entre dados. O número de doentes necessário para tal
estudo é difícil de ser obtido pelo fato da multiplicidade
de manifestações que a doença apresenta e que
podem interferir potencialmente nos resultados.
A maioria dos trabalhos, incluindo nossos achados, demonstra que a melhor técnica para evitar
a recorrência é sem dúvida alguma a PCT com
ileostomia definitiva. Esta conclusão fica muita nítida quando
os doentes são separados por grupos, como neste
trabalho, em que a recorrência ocorreu em apenas um doente
e manifestou-se por um tipo de lesão pouco
freqüente que foi a localização da doença na pele. No grupo
das entero-colites, no entanto, a necessidade de
novos tratamentos cirúrgicos que ocorreu em mais da
metade dos doentes, sinaliza que as ressecções devem ser
mais restritas, uma vez que com grande probabilidade
o doente deverá sofrer novas operações por
recorrência em intestino delgado.
CONCLUSÕES
Os doentes com colite exclusiva extensa e incontinência anal podem se beneficiar da
indicação da proctocolectomia total com ileostomia
definitiva, uma vez que apresentam baixo índice de
recorrência pós-operatória.
A indicação deve ser precoce, nos casos
de incontinência anal, uma vez que o retardo da
indicação cirúrgica nestes doentes faz com que sejam
submetidos a múltiplos tratamentos cirúrgicos, expondo-os
a morbilidade dos procedimentos e resultando em
sofrimento adicional.
Em doentes com entero-colite, a conduta
deve ser conservadora, uma vez que os índices de
recorrência neste grupo são elevados.
SUMMARY: The association between Crohn´s colitis and perianal disease and anal incontinence is frequent. There is some reluctance in performing total proctocolectomy in young patients. The aim of this report is to verify if patients with Crohn´s colitis or enterocolitis show different results when operated on. The follow-up after surgery can teach us to choose the proper operation and the right moment to perform it. Thirty one in a group of 183 patients were submitted to total proctocolectomy. Twenty patients had colitis and 11 enterocolitis. All were operated on with severe perianal disease, associated in 4 to fistulas (2 rectovaginal, 1 sigmoidovesical,1 colocutaneous), in 1 with perforation, 1 growth failure and 1 pioderma gangrenosum. Twelve patients had PCT as first procedure; 9 as second, 4 as third, 5 as fourth and 1 as sixth. The reluctance in performing PCT as first procedure was responsible for a total of 68 operations. Perineal cicatrization was delayed in 4 patients. In all of them, the perineal incision was large. Recurrence defined as need of re-operation was respectively 5% and 54,5% in the colitis and enterocolitis group. All recurrences occurred near the stoma or perineum. Patients submitted to PCT as first procedure had less need of hospitalization and anal operations. There was no correlation with extra intestinal manifestation in any group. There were no deaths. We concluded that PCT is the best procedure to treat Crohn´s colitis with severe perianal disease and anal incontinence and should be the first choice, decreasing the number of re-operations. To treat Crohn´s enterocolitis, as far as the recurrence rate is concerned, it is better to perform partial resections.
Key words: Crohn´s disease, surgery, perianal disease
Referências Biliográficas
1. Allan A, Andrews H, Hilton CJ, Keighley MR, Allan
RN, Alexander-Williams J. Segmental colonic resection in an
appropriate operation for short skip lesions due to Crohn's
disease in the colon. World J Surg , 1989 13: 611-616.
2. Ambrose NS, Keighley MR. Clinical impact of colectomy
and ileorectal anastomosis in the management of Crohn's
disease. Gut, 1984: 25; 223-227.
3. Bernell O, Lapidus A, Hellers G. Recurrence after
colectomy in Crohn's disease. Dis Colon
Rectum, 2001; 44: 647-654.
4. deDombal FT, Burton I, Golligher JC. Recurrence of
Crohn's disease after primary excisional surgery.
Gut,1971;12: 519-527.
5. Flint G, Strausss R. Ileorectal anastomosis in patients
with Crohn's disease of the colon. Gut, 1977; 18: 236-239.
6. Hellers G. Crohn's disease in Stockholm County
1955-74. Acta Chir Scand, 1979; 490 (suppl): 5-81.
7. Khubchandani IT, Sandfort MR, Rosen L, Sheets JA,
Stasik JJ, Riether RD. Current status of ileorectal anastomosis
for inflammatory bowel disease. Dis Colon
Rectum, 1989; 32: 400-403.
8. Lock MR, Fazio VW, Farmer RG. Proximal recurrence
and the fate of the rectum following excisional surgery for
Crohn's disease of the large bowel. Ann
Surg, 1981; 194: 754-760.
9. Longo WE, Oakley JR, Lavery IC, Church JM, Fazio
VW. Outcome of ileorectal anastomosis for Crohn's colitis.
Dis Colon Rectum; 35: 1066-1071, 1992.
10. McDonald PJ, Fazio VW. Perforating and non
perforating Crohn's disease. An unpredisctable guide to recurrence
after surgery. Gut, 1989; 29:588-592.
11. Prabhakar LP, Laramee C, Nelson H, Dozois RR. Avoiding
a stoma: role for segmental or abdominal colectomy in
Crohn's disease. Dis Colon Rectum, 1997; 40: 71-78.
12. Ritchie JK. The results of surgery for large bowel
Crohn's disease. Ann R Coll Surg Engl, 1990; 72:155-157.
13. Stern HS, Goldberg SM, Rothenberger DA. Segmental
versus total colectomy for large bowel Crohn's disease.
World J Surg, 1984; 8: 118-122.
14. Teixeira MG. Tratamento Cirúrgico da Doença de
Crohn. S.Paulo, 2000. Tese (Livre-Docência)- Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo.
15. Vender R, Rickert R, Spiro H. The outlook after total
colectomy in patients with Crohn's colitis and ulcerative colitis.
J Clin Gastroenterol, 1979;1:209-217.
16. Whelan G, Farmer RG, Fazio VW, Goormastic M.
Recurrence after surgery in Crohn's disease.
Gastroenterology, 1985; 88: 1826-1833.
Endereço para correspondência:
Magaly Gemio Teixeira
R.General Mena Barreto 756 _ Jardim Paulistano
04106-141 _ São Paulo (SP)
Tel: 11-3885-1365 - Fax: 11-3887-6571
E-mail: mgemio@aol.com
Trabalho realizado no Serviço de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.