RESUMO DE ARTIGOS


LUIS CLAUDIO PANDINI _ TSBCP
PANDINI, LC, Resumo de Artigos. Rev bras Coloproct, 2002; 22(4): 282-283


Chiu PWY, Lam CYW; Lam SH et al. On-table cecoscopy: a novel diagnostic method in acute diverticulits of the right colon. Dis Colon Rectum 2002; 45:611-614

O objetivo deste estudo foi realizar cecoscopia pré-operatória na intenção de melhorar o diagnóstico de diverticulite do colon direito, excluir câncer e reduzir a taxa de ressecção colônica. Na cirurgia, o ceco e colon ascendente foram mobilizados e após apendicectomia, um broncoscópio era introduzido na luz do colon através do côto apendicular. Cinco pacientes foram submetidos a este procedimento, e em todos foi diagnosticada diverticulite aguda não perfurada do colon direito. Após apendicectomia prévia, a diverticulite foi tratada conservadoramente com antibiotiocoterapia.
    Os autores concluem que a cecostomia pré-operatória é um método novo, seguro e efetivo no diagnostico de diverticulite do colon direito, podendo excluir câncer e reduzir o número de ressecções colônicas em pacientes com diverticulite não perfurada do colon direito.


Gervaz P, Pikarsky A, Utech M et al. Converted Laparoscopic colorectal surgery. Surg Endosc 2001; 15:827-31.

O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de conversão após cirurgia colorretal laparoscópica e os resultados destes pacientes após conversão.
    Foram analisados 28 estudos englobando 3.232 pacientes. A taxa média de conversão foi de 15%. Nos pacientes onde a conversão foi necessária o tempo hospitalar foi maior (11 dias) comparado com o grupo sem conversão (7 dias), assim como maior tempo operatório no grupo convertido que foi de 209 minutos comparado com 189 minutos no grupo laparoscópico. Fatores associados a maior taxa de conversão foram colectomia esquerda, ressecção anterior do reto, diverticulite e câncer.


Sargent DJ, Goldberg, RM, Jacobson SD, et al. A pooled analyses of adjuvant chemotherapy for resected colon cancer in elderly patients. N Engl J Med 2001; 345:1091-5

O propósito deste estudo prospectivo e randômico foi investigar os efeitos da quimioterapia em pacientes acima de 70 anos após cirurgia de câncer colorretal para estágio II e III.
    Foram compilados os dados de 7 estudos clínicos onde os pacientes foram divididos aleatoriamente para o tratamento com quimioterapia e nenhum tratamento após ressecção cirúrgica de tumores colônicos. Quarenta e três por cento apresentaram doença estágio II e 57% apresentaram doença estágio III. Cinco estudos utilizaram fluoracil e leucovorin e 2 estudos, fluoracil e levamisole. A quimioterapia adjuvante apresentou efeito significante na sobrevida e no tempo de recidiva tumoral. A taxa de sobrevida foi de 71% nos pacientes que receberam quimioterapia contra 64% dos pacientes que não receberam quimioterapia. Não houve correlação significante entre idade e a eficácia do tratamento. Não houve aumento dos efeitos colaterais nos pacientes com idade superior a 70 anos em 3.351 pacientes avaliados, sendo que 23 (0,7%) apresentavam idade superior à 80 anos. Baseado neste estudo os autores concluem que o uso da quimioterapia é uma forma de tratamento que deve ser considerada para a maioria dos pacientes operados de câncer de colon estágio II e III acima de 70 anos. No entanto devido ao reduzido número de pacientes acima de 80 anos, este estudo não permite extrapolar estes resultados para pacientes octogenários.


Heymen S, Pikarsky AJ, Wuss EG, Vickers D, Nogueras JJ, Wexner SD. Colorectal Dis 2000; 2: 88-93.

Este estudo comparou prospectiva e aleatoriamente quatro métodos de terapia no tratamento


MC Leod RS, Geerts Wit, Sriderman KW, et al. Subcutaneous heparin versus low-molecular-weight heparin as thromboprophylaxis in patients undergoing colorectal surgery. Ann Surg 2001; 233:438-441.

Este estudo prospectivo, randômico e multicêntrico teve como objetivo avaliar o efeito da heparina padrão subcutânea e da heparina de baixo peso molecular na prevenção das complicações tromboembólicas após cirurgias colorretais eletivas.
    Foram avaliados 936 pacientes divididos aleatoriamente, sendo que um grupo recebeu heparina padrão 5000 u cada 8 horas e outro grupo recebeu heparina de baixo peso molecular na dose de 40 mg uma vez ao dia. Para avaliar a trombose venosa profunda foi realizada a venografia no 5º. e 9º. dia de pós-operatório. A taxa de trombose venosa profunda foi de 9,4% nos dois grupos. Uma paciente do grupo de heparina de baixo peso apresentou embolia pulmonar não fatal. A taxa de sangramento foi similar em ambos os grupos. Os autores concluem que a profilaxia com heparina padrão é tão segura e eficaz quanto heparina de baixo peso molecular, e com custo substancialmente menor. Por estas razões a heparina subcutânea é o método preferencial na prevenção do tromboembolismo após cirurgia colorretal eletiva.


Genços manoglu R; Sad O; Koç D et al. Hemorroidectomy: open or closed technique? A prospective, randomized clinical trial. Dis Colon Rectum 2002; 45:70-75.

O objetivo deste estudo foi comparar prospectivamente e aleatoriamente 80 pacientes submetidos a hemorroidectomia aberta (Milligan-Morgan) e fechada (Ferguson) quanto ao tempo operatório, quantidade de analgésicos, permanência hospitalar, complicações, retorno ao trabalho e tempo de cicatrização. O tempo operatório e quantidade de analgésicos utilizados no dia da cirurgia e no primeiro dia de pós-operatório foram significantemente menores na técnica aberta. A taxa de complicações foi significativamente maior na técnica fechada. A permanência hospitalar e o tempo de retorno ao trabalho foram semelhantes nas duas técnicas empregadas. O tempo de cicatrização foi significativamente maior na técnica aberta. Os autores concluem que apesar do maior tempo de cicatrização na hemorroidectomia aberta, esta técnica é mais vantajosa com relação ao menor tempo operatório, menor desconforto pós-operatório e menor taxa de complicações que a técnica fechada.