VIDEO-LAPAROSCOPIA COLO-RETAL: ENFOQUES ATUAIS & CONTROVÉRSIAS
FÁBIO GUILHERME C. M. DE CAMPOS _ TSBCP
Resumo: Após uma década de cirurgia laparoscópica colo-retal, reconhecem-se numerosas vantagens relacionadas ao tratamento de doenças benignas e na paliação de neoplasias malignas. Entretanto, não foram ainda devidamente estabelecidos os critérios para seleção e exclusão de pacientes para este procedimento. Com este objetivo, o presente levantamento visou rever a influência da idade e da obesidade como fatores de maior risco na realização de procedimentos colo-retais por vídeo-laparoscopia. A análise de diversas séries da literatura indica que a idade, isoladamente, não representa uma contra-indicação formal para ressecção laparoscópica eletiva, fato que não exclui a necessidade de averiguar se as condições cárdio-respiratórias gerais do paciente são compatíveis com a manutenção de pneumoperitônio prolongado. E, embora a realização de ressecções laparoscópicas colo-retais seja factível em doentes obesos, a experiência da literatura sugere maiores chances de conversão e, eventualmente, maiores riscos operatórios. Assim, a adição de mais dificuldades técnicas a um procedimento reconhecidamente complexo, como são as colectomias laparoscópicas, requer que a indicação de vídeo-laparoscopia neste grupo seja feita em pacientes selecionados e por equipes com grande experiência.
Unitermos: cirurgia laparoscópica colo-retal, colectomia, idade, obesidade
Por designação da Sociedade Brasileira de Colo-Proctologia, a partir desta edição tenho a honra de coordenar
esta seção intitulada "Vídeo-Laparoscopia Colo-Retal
- Enfoques Atuais e
Controvérsias".
Sua finalidade será divulgar novidades e tendências, apresentar propostas técnicas e discutir temas
controversos com a finalidade de atualizar os leitores desta importante revista sobre os rumos da cirurgia laparoscópica em
nossa especialidade.
Para tanto, gostaria de contar com a colaboração de todos para que sugerissem temas relevantes de interesse
nesta área, enviando propostas para fgmcampos@terra.com.br.
Fábio Guilherme Campos
Introdução
O advento da cirurgia laparoscópica
mudou significativamente o manuseio de diversas afecções
do aparelho digestivo nos últimos anos. Hoje, a
realização de operações colo-retais por vídeo-laparoscopia
(VL) representa um grande avanço e uma
alternativa importante à cirurgia convencional. Ainda assim,
a aceitação de procedimentos vídeo-laparoscópicos
no tratamento de doenças colo-retais encontra
numerosos opositores devido à maior complexidade técnica e
às preocupações quanto à sua indicação no tratamento
de neoplasias 2, 10.
Apesar da prévia demonstração das vantagens da
VL em pacientes selecionados, sua aplicação em toda
a população de pacientes com doenças colo-retais
ainda não está definida 13, 16,
22. Nos últimos anos, pesquisas clínicas têm enfocado a possibilidade de expandir
a indicação da VL para doentes idosos e de alto risco,
a fim de que também possam se beneficiar das
supostas vantagens atribuídas a esta via de acesso
6, 17.
A análise inicial dos fatores que poderiam
contra-indicar um procedimento laparoscópico
colo-retal sugere seu agrupamento em fatores
absolutos (intervenção emergencial, doença
cárdio-pulmonar grave, cirrose hepática, invasão tumoral em
órgãos adjacentes e procedimentos cirúrgicos simultâneos
de porte) e relativos (tumores do reto médio,
transverso ou volumosos, operações prévias múltiplas e
passado de peritonite).
Embora a experiência com a realização
de colectomias laparoscópicas continue a se
acumular, critérios para seleção e exclusão de pacientes para
o procedimento ainda não foram devidamente estabelecidos. Como fim, a adoção de alguns
critérios na seleção pré-operatória dos pacientes
poderá contribuir decisivamente para reduzir as taxas
de morbidade e conversão 3.
No presente levantamento, enfocaremos a influência da idade e da obesidade como fatores
de contra-indicação ou de maior risco na realização
de procedimentos colo-retais por VL.
Idade
A realização de laparotomias em pacientes
com idade avançada está associada a maior risco
operatório. Neste grupo, há maior prevalência de
condições mórbidas como doença coronariana,
hipertensão, diabetes, pneumopatias e alterações na
composição corpórea. Esses fatores geram maior necessidade
de cuidados intensivos pós-operatórios e maiores
taxas de complicações, o que retarda sua recuperação
e culmina com maior tempo de permanência hospitalar.
Entretanto, a consideração da
idade isoladamente como fator de risco, na ausência
de doenças concomitantes, é ainda difícil de avaliar
26. A natureza menos invasiva das operações VL
já demonstrou resultados favoráveis pós
colecistectomias em pacientes idosos, razão pela qual alguns
trabalhos recentes têm procurado investigar se esses
benefícios também se aplicam a pacientes idosos submetidos
a operações colo-retais por VL.
Vara-Thorbeck et al 25 selecionaram
18 pacientes com mais de 70 anos de idade portadores
de câncer colo-retal e alto risco cirúrgico (ASA
III-IV) para cirurgia convencional. Não houve mortalidade
e a morbidade operatória foi baixa (28%), apesar da
idade e das condições associadas.
Stewart et al 23 compararam a evolução
de pacientes com idade superior a 80 anos (média de
84) submetidos a operações eletivas por VL (42) ou
por laparotomia (35), excluindo aqueles tratados
por derivações intestinais. Os índices reportados
de morbidade (16,6% vs 42,8%), mortalidade (7,1%
vs 11,4%), tempo de hospitalização [média = 9 dias (4
a 21) vs média = 17 dias (7 a 28)] e recuperação
para atividades após 4 semanas (86% vs 57%)
mostram claramente as vantagens do grupo laparoscópico.
Nesta série não se observaram complicações
diretamente associadas à laparoscopia.
Em outro interessante trabalho, Schwandner et al
21 relataram os resultados do tratamento VL
de 298 pacientes durante período de 5 anos. Destes,
65 (21.8%) tinham idade inferior a 50 anos, 138
(46.3%) entre 51 e 70 anos e 95 (31.9%) idade superior a
70 anos. Não houve diferença estatística quanto à
incidência de conversão (3.1 vs 9.4 vs 7.4 %,
respectivamente), complicações maiores (4.6 vs 10.1 vs 9.5%)
e complicações menores (12.3 vs 15.2 vs 12.6 %)
entre os grupos. Entretanto, as durações dos
procedimentos, a permanência em UTI e o tempo de hospitalização
foram significativamente maiores nos doentes com
idade superior a 70 anos (p<0,05). Os autores
argumentam que, embora a duração da operação tenha sido
maior nos pacientes mais idosos, isto se deveu à
predominância de procedimentos mais complexos nesta faixa
etária. Concluem que, uma vez asseguradas a avaliação
pré-operatória das condições mórbidas e a instituição
dos devidos cuidados perioperatórios, a realização
de procedimentos laparoscópicos é segura e não deve
ser contra-indicada formalmente em pacientes idosos.
No tratamento de prolapso retal por
retopexia associada ou não a ressecção, Rose et al
19 relataram as vantagens da VL em grupo de pacientes em que a
idade é normalmente elevada. Esses autores ressaltam que
a morbidade operatória é, na verdade, determinada
pela experiência do cirurgião.
Por outro lado, em revisão de dados prospectivos sobre 416 ressecções
laparoscópicas, Schlachta et al
20 analisaram os fatores de maior risco associados à VL, reportando maior risco
de complicações pós-operatórias em pacientes
idosos, naqueles submetidos à ressecção do períneo e
nos portadores de fístulas. Acentuam que a
consideração desses fatores pode ajudar na seleção e informação
dos pacientes quanto às chances de complicações.
Em outro estudo comparativo, Iroatulam et
al9 cotejaram 2 grupos de pacientes submetidos à
ressecção segmentar laparoscópica, com idade abaixo ou
acima de 65 anos. Não encontraram diferença quanto a
íleo pós-operatório (3,3 dias em ambos
grupos), hospitalização (5,5 vs 6.3 dias), morbidade (18 vs
21%) e retorno às atividades parciais ou totais (3 vs
2 semanas). Por esses motivos, esses autores
recomendam a realização de cirurgia
laparoscópica independente da idade.
Reissman e colaboradores18 também
publicaram sua experiência em pacientes operados
entre 1991 e 1995, separados em grupos com idade
inferior (n = 36; média 40 anos) ou acima (n = 36; média
73 anos) de 60 anos. Procedimentos semelhantes
tinham sido realizados em ambos, e 14 pacientes (38%)
do grupo mais idoso apresentavam condições
mórbidas associadas, incluindo cardiopatia isquêmica (3),
DPOC (3), hipertensão (2), insuficiência renal crônica
(2), doença aterosclerótica (2), insuficiência
cardíaca congestiva (1) e diabetes (1). Não se observou
diferença estatística em relação à incidência de complicações
(11 vs 14%, respectivamente), conversões (8 vs 11%),
íleo (2.8 vs 4.2 dias) ou hospitalização (5.2 vs 6.5
dias). Não houve mortalidade nesta série. Baseados
nesses resultados, concluem que a evolução pós-operatória
em pacientes com mais idade é similar à de indivíduos
mais jovens, sugerindo que idade avançada não deve
ser considerada uma contra-indicação para
cirurgia laparoscópica colo-retal.
Sabe-se que qualquer procedimento
realizado por VL determina alterações hemodinâmicas
e ventilatórias intra-operatórias, que podem ser
agravadas por tempo cirúrgico prolongado e pela posição
do paciente na mesa cirúrgica. Particularmente
em pacientes com idade avançada e condições
patológicas associadas, esses fatores adversos podem ter
um impacto maior na morbidade. Entretanto, a
utilização de técnicas anestésicas avançadas e de meios
não-invasivos de monitoração da função
cárdio-pulmonar contribuem para a segurança da cirurgia
laparoscópica nesta faixa etária.
A análise conjunta dessas séries da
literatura nos permite concluir que o fator idade, por si só,
não representa obstáculo importante na seleção de
pacientes candidatos a ressecção laparoscópica eletiva.
É necessário, entretanto, uma adequada avaliação
pré-operatória de suas reservas funcionais orgânicas,
que estão mais freqüentemente comprometidas em
relação a pacientes jovens.
Obesidade
A obesidade é uma doença crônica que
pode se acompanhar de diversas alterações
clínicas mórbidas, determinando importante impacto na
vida social e psicológica do paciente. Aceita-se que
o excesso de peso eleva os riscos operatórios por
estar associado a diabetes, disfunção cardíaca e
pulmonar, maior incidência de trombose venosa,
infecções cirúrgicas, hérnia incisional e outros. Além disso,
é natural esperar que as dificuldades técnicas
intra-operatórias sejam mais significativas neste grupo
de pacientes.
Infecção e hérnias da ferida operatória
são complicações pós-operatórias comuns. Em
estudo prospectivo de 189 operações colo-retais
convencionais, correlacionou-se a espessura da camada subcutânea
de gordura com a ocorrência de infecção na ferida
12. Observaram índice de infecção de 20% quando a
camada gordurosa era maior que 3.5 centímetros e 6.8%
quando menor que 3 centímetros. Em relação à ocorrência
de deiscência de anastomose, variáveis como
desnutrição, nível da anastomose, qualificação do cirurgião e
também a obesidade têm sido responsabilizadas por maiores
taxas desta complicação 7.
Como conseqüência desses fatos, elevam-se
os custos hospitalares, o tempo de recuperação e
retorno às atividades, o que ressalta a necessidade de
medidas profiláticas contra infecção de parede e
outras complicações em pacientes obesos
11. Dentro deste contexto, o emprego de técnicas laparoscópicas
nesses pacientes tem o potencial de agregar as vantagens
do limitado trauma parietal e intracavitário,
culminando com menores repercussões sobre a função
pulmonar no pós-operatório
1.
Em contraposição, poder-se-iam
prever maiores dificuldades técnicas na identificação
e manuseio das estruturas, assim como nos
mecanismos de controle vascular. Embora até o presente
momento poucos trabalhos tenham abordado a obesidade
como fator limitante em VL colo-retal, algumas
premissas iniciais podem ser extraídas das publicações
discutidas a seguir.
Em cirurgia colo-retal, a obesidade tem
sido associada a maior chance de conversão
para laparotomia, ao lado de outras causas comuns
como inflamação, complicações intra-operatórias
e aderências 21. Em 1994, Dean et al
5 relataram que fatores pré-existentes como obesidade e
cirurgias prévias não necessariamente impedem
ressecções laparoscópicas, embora tenham ocorrido
conversões em 75% de seus pacientes com peso superior a 90
kg.
Pandya et al 14 revisaram as indicações
de conversão em 200 colectomias laparoscópicas,
numa tentativa de melhor definir as limitações técnicas
deste procedimento. Em 47 (23.5%) conversões nesta
série, as causas foram problemas técnicos em 15
pacientes (hipercarbia, dificuldade anatômica, e problemas
com grampeamento), complicações laparoscópicas em
9 (sangramento, lesão vesical e intestinal), e
"problemas que ultrapassam os limites da
dissecação laparoscópica" em 23 pacientes (abscessos,
aderências, obesidade e invasão tumoral). Destacaram que,
embora a obesidade aumente as limitações técnicas
na dissecação, ela é uma causa infreqüente de conversão.
Relatando os resultados em grupo de 300 operações laparoscópicas, Schwandner et
al. 21 identificaram como as principais causas de conversão
a presença de inflamação, obesidade, problemas
anestésicos, dificuldades técnicas (principalmente
em diverticulite), complicações intra-operatórias e
decisões relacionadas à ressecção oncológica. Em 215
pacientes operados, Croce et al 4 relataram 45
conversões (20.9%), cujas principais causas foram o
diagnóstico de tumores volumosos ou localmente invasivos
(7,4%), aderências (4,2%) e obesidade (3,7%).
Em análise prospectiva de 416
ressecções laparoscópicas, Schlachta et al
20 reportaram que a obesidade aumentou o tempo operatório e os índices
de conversão, mas não influenciou a ocorrência
de complicações intra-operatórias. Entretanto, hoje
se reconhece que a necessidade de conversão
origina conseqüências importantes na evolução pós-operatória
3,8.
Neste aspecto, Pikarsky et al.
15 publicaram um interessante trabalho comparando 31 pacientes
obesos e 131 não obesos submetidos a procedimentos
eletivos comparáveis. Nesta série, os pacientes
obesos requereram conversão mais freqüente (39% vs
13.5%, p = 0.01), apresentaram maior incidência
de complicações pós-operatórias (78% vs 24%, p
<0.01), de íleo pós-operatório (32.3% vs 7.6%, p
<0.01), infecção de ferida (12.9% vs 3.1%, p = 0.03) e
maior tempo de internação (9.5 vs. 6.9 dias, p = 0.02).
Esses dados mostram que, embora a realização de
ressecções laparoscópicas colo-retais seja factível em
doentes obesos, pode-se antecipar maior chance de
conversão e riscos operatórios neste grupo.
Tuech et al 24 analisaram comparativamente
a evolução de 29 pacientes com peso normal (IMC
entre 18 e 25), 27 com peso aumentado (IMC entre 25 e
30) e 21 obesos (IMC entre 30 e 39), todos submetidos
a colectomia laparoscópica por diverticulite
em sigmóide. Os três grupos não diferiram quanto
à classificação ASA para risco cirúrgico e
permanência pós-operatória.
Quanto ao tempo operatório, o grupo
normal foi similar ao grupo com peso aumentado (187 vs
210 min, p = 0.6), mas foi menor quando comparado
aos obesos (187 vs 247 min, p = 0.003). Não
houve diferença nos índices de conversão (17.2% vs
14.8% vs 19%, respectivamente) e morbidade (17.2%
vs 14.8% vs 19%) entre os três grupos. Por outro lado,
a necessidade de analgésicos parenterais foi
semelhante entre os primeiros dois grupos (5.7 vs 7.7 dias, p
= 0.1) e foi maior no grupo obeso (8.5 dias, p = 0.03).
Os autores concluíram que ressecções laparoscópicas
na sigmoidite diverticular podem ser indicadas com segurança em pacientes com sobrepeso ou obesos.
Embora a obesidade não seja apontada
como causa freqüente de conversão e complicações,
deve-se lembrar que critérios individuais de seleção
pré-operatória provavelmente excluíram muitos
pacientes com aumento de peso, especialmente aqueles
com obesidade mórbida, das casuísticas apresentadas.
Levando-se em conta que a experiência
dos diversos grupos em cirurgia laparoscópica colo-retal
é diferente e que os poucos estudos comparativos
entre obesos vs não obesos apresentaram
resultados conflitantes, a presente revisão não permite,
ainda, conclusões definitivas sobre esta importante
questão. Mesmo assim, o reconhecimento de que a
obesidade pode incrementar ainda mais as dificuldades
técnicas durante uma colectomia laparoscópica, além de
estar freqüentemente associada a várias alterações
clínicas, faz com que a indicação de VL neste grupo seja
feita em pacientes selecionados e por equipes com treinamento adequado.
Dentro deste critério, a associação
de obesidade e outros fatores de risco (inflamação
intensa, aderências, fístulas) provavelmente tornará o
paciente um sério candidato a desenvolver complicações
intra-operatórias que requeiram conversão para
laparotomia, perdendo, assim, as vantagens da VL e
agregando complicações originadas de uma indicação
mal sucedida.
Summary: After one decade of laparoscopic colorectal surgery, various advantages related to the treatment of benign diseases and to the palliation of malignant tumors are well recognized. Otherwise, criteria for patients' selection and exclusion for this procedure haven't yet been fully established. The present paper reviewed the role of age and obesity as risk factors in laparoscopic colorectal procedures. The analysis of many series indicates that although age itself does not represent a contraindication for elective laparoscopic resection, this fact doesn't discard the need to assess if the patient's cardiopulmonary conditions are compatible with prolonged pneumoperitoneum. Regarding obesity, literature data showed that laparoscopic colorectal resections are feasible in these patients, but one can expect greater conversion rates and, eventually, greater operative risks. Thus, the addition of technical arduousness to a recognized complex procedure requires selective indication of laparoscopic operations in this group, particularly made by highly experienced surgical teams.
Key words: laparoscopic colorectal surgery, colectomy, age, elderly, obesity.
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Endereço para correspondência:
Fábio Guilherme C. M. de Campos
Alameda Jaú, 1477 - apto. 111 A - Cerqueira César
01420-002 - São Paulo _ SP
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