VÍDEO-LAPAROSCOPIA COLO-RETAL
ENFOQUES ATUAIS & CONTROVÉRSIAS
SÉRGIO EDUARDO ALONSO ARAÚJO - TSBCP
ARAÚJO SEA, HADDAD LBP, CAMPOS FG - Conversão em Cirurgia Laparoscópica
Colorretal. Rev bras Coloproct, 2003;23(1):47-52
Resumo: A necessidade de conversão é um problema inerente à cirurgia laparoscópica. Os objetivos da presente revisão foram: caracterizar a conversão em cirurgias laparoscópicas colo-retais, conhecer sua freqüência, causas e conseqüências, além de apontar ações que objetivem diminuir a morbidade das colectomias convertidas para laparotomia. Em revisão da literatura recente, constatou-se que as taxas de conversão variaram de 7% a 77%. Alguns fatores mostraram-se preditivos de conversão para cirurgia aberta: doença maligna, obesidade e curva de aprendizado do cirurgião. As razões que mais determinaram conversão foram representadas por problemas técnicos (aderências, obesidade, operação inadequada do ponto de vista oncológico, anatomia incerta) e complicações intraoperatórias (sangramentos, enterotomias). A importância da curva de aprendizado é evidenciada quando se analisam os índices de conversão nos diversos estudos. A seleção cuidadosa do doente é fundamental para reduzir as taxas de morbi-mortalidade em cirurgia laparoscópica colo-retal.
Unitermos: laparoscopia, cirurgia colorretal, conversão
Para o segundo número da seção
"Vídeolaparoscopia Colorretal - Enfoques Atuais &
Controvérsias", convidamos o Dr. Sérgio Eduardo Alonso Araújo
(SP) para enfocar um tema extremamente interessante..
A conversão em cirurgia laparoscópica colorretal é assunto importante cuja discussão impõe numerosas
considerações e gera debates acalorados, inclusive sobre sua correta terminologia ("alternância" ?).
Novamente solicito aos colegas que queiram sugerir temas para serem abordados nesta seção, que enviem
suas propostas para fgmcampos@terra.com.br
Fábio Guilherme Campos
Introdução
A perspectiva de oferecer aos doentes
portadores de doenças do cólon e do reto tratamento
cirúrgico menos invasivo, associado a menor dor,
permanência hospitalar mais curta e retorno mais precoce
às atividades pessoais, levou diversos cirurgiões a
provar a exeqüibilidade da cirurgia colorretal por acesso
vídeolaparoscópico1-7.
A conversão para laparotomia representa
uma mudança tática durante procedimento
laparoscópico, sendo sua freqüência significativamente maior em
colectomias quando comparada a outras operações
em cirurgia geral. A colectomia laparoscópica
constitui procedimento técnico complexo associado a curva
de aprendizado diferenciada8.
Durante o início da experiência, a maioria
dos cirurgiões emprega a conversão como resultado de
dificuldade técnica, tempo operatório prolongado,
identificação anatômica difícil ou para o tratamento de
complicação intra-operatória. Por outro lado, uma vez
ultrapassada a curva de aprendizado, a conversão
passa a ser mais freqüentemente resultado da limitação
do método em si (a saber, de técnica e de
equipamento) ou do achado de uma contra-indicação
insuspeitada (como, por exemplo, tumor volumoso ou invasão
neoplásica de órgãos adjacentes).
Algumas séries publicadas a partir de 1991
9,10 relataram maior morbidade em pacientes
submetidos a colectomias por vídeo em que foi necessária a
conversão. Esses resultados levaram à noção de que
as operações convencionais seriam mais benéficas
que as convertidas, que acarretariam, inclusive, maior
risco de deiscência de
anastomose9.
A presente revisão tem como objetivo
caracterizar a conversão nas cirurgias laparoscópicas
colorretais, conhecer sua freqüência, causas e
conseqüências. Além disso, visa apontar ações que diminuam
a morbidade das colectomias por vídeo em que a
conversão tenha sido necessária.
Conceito
Atualmente não há consenso quanto à
definição de conversão em cirurgia colorretal, o que
torna bastante impreciso o trabalho de se avaliar os
efeitos desse expediente sobre um grupo de pacientes
operados e, sobretudo, compará-los. Em recente
revisão, Gervaz et al.11 avaliaram 28 estudos onde foram
arrolados 3.232 pacientes submetidos a operações
colorretais laparoscópicas. Vinte e dois desses estudos
(79%) não incluíam definição de conversão. A incidência
de operações convertidas foi maior em séries onde
uma definição específica de conversão é utilizada.
Larach et al.12 conceituaram conversão
como um desvio do plano operatório, necessitando-se de
uma grande incisão abdominal para completar o
procedimento. Agachan et al.13 a definiram como a
mudança de um procedimento laparoscópico para uma
laparotomia aberta, fazendo referência ao ponto em que
o cirurgião conclui que continuar a cirurgia pela via
laparoscópica não é mais apropriado.
Segundo Slim et al.9, a decisão de conversão
é sempre tomada no intra-operatório, quando o
procedimento laparoscópico não pode ser continuado sem
riscos ou se ocorrem complicações. Nas operações
em que a realização de incisão abdominal não esteja
planejada, como amputação do reto, reconstrução do
trânsito pós-Hartmann e sacro-promonto-fixação, a
conversão é facilmente identificável. Já quando se prevê
a realização de uma incisão, como nas colectomias
(segmentar, total, retossigmoidectomia e
retocolectomia), pode haver imprecisão na definição de conversão.
Nessa situação, a realização de incisão maior do que a
planejada ou antes do que o planejado deve
caracterizar conversão, uma vez que o cirurgião vai utilizá-la
para a realização por via aberta de um passo previsto
para ser realizado por vídeolaparoscopia.
Incidência
Os índices de conversão em operações
colorretais laparoscópicas podem variar de 7% a 77%
(Tabela-1). As principais razões para esta significativa
variação são o tamanho da casuística, a existência
de diferentes critérios para seleção dos doentes, a
grande variedade na apresentação clínica dos casos e a
experiência da equipe cirúrgica11,
14.
Tabela 1 - Taxas de conversões (publicações com mais de 200 casos)
Autor/Ano | Número de Pacientes | Taxa de Conversão (%) |
Ballantyne15, 1995 | 652 | 77 |
Bennett et al.16, 1997 | 1.194 | 25 |
Bruch et al.17, 1999 | 300 | 7,3 |
Fielding et al.18, 1997 | 359 | 7,2 |
Fleshman et al.19, 1996 | 372 | 15,6 |
Huscher et al.20, 1996 | 200 | 10,5 |
Kockerling et al.21, 1998 | 500 | 7 |
Lumley et al.22, 1996 | 240 | 7,9 |
Ortega et al.23, 1995 | 1.056 | 24 |
Pandya et al.24, 1999 | 200 | 23,5 |
Schlachta et al.25, 2000 | 416 | 11 |
Schiedeck et al.26, 1998 | 240 | 8 |
Schwandner et al.27, 1999 | 300 | 7,7 |
Stitz an Lumley28, 1996 | 320 | 8,1 |
Em nosso meio, Campos et
al.29 reuniram a experiência de 14 equipes brasileiras que
participaram do inquérito brasileiro de cirurgia laparoscópica
colorretal entre 1992 a 2001, totalizando 1843 pacientes
operados. Nesta série, a taxa média de conversão foi
de 10,7%, com grande variação entre as equipes
(taxas de 0 a 23,5% dos casos operados).
Após revisão sistemática de artigos
publicados em literatura inglesa, Gervaz et
al.11 estimaram que cerca de 85% dos pacientes submetidos a
operações colorretais por laparoscopia não necessitarão de
conversão operatória.
Causas
As indicações de conversão para
laparotomia podem ser enquadradas em duas situações:
dificuldade técnica para dar prosseguimento à operação
por laparoscopia ou complicação
intra-operatória27.
Entende-se que ambas as situações sejam
mais freqüentes durante a curva de aprendizado,
ressaltando-se a experiência da equipe cirúrgica como um dos
principais determinantes do risco de conversão. No
inquérito brasileiro, quase 60% das conversões ocorreram
durante os 50 primeiros casos operados pelas equipes
cirúrgicas29. Bruch et
al.17 relataram índice de
conversão de 8% nos primeiros 100 casos de
procedimentos laparoscópicos colorretais e 6% nos últimos 100 (de
um total de 300 operações), com média de 7,3%.
Em trabalho da mesma instituição,
Schwandner et al.27 observaram conversão em 9,3% e 5,3% nos
primeiros 150 procedimentos e após este período,
respectivamente. Em relação à sua própria curva de
aprendizado, Senagore et al.30 relataram índice de 20%
durante as 20 primeiras operações, 45% nos 20
procedimentos consecutivos e 10% nos ulteriores. Larach
et al.12 reportaram taxa de 19,5% em seu primeiro grupo (24
conversões em 123 operações) e 20,8% em seu segundo
grupo (15 conversões em 72 procedimentos). A freqüência
de conversões por complicações intra-operatórias
diminuiu de 7,3% no primeiro grupo para 1,4% no segundo.
Em 76 doentes tratados num período de 3
anos, Lord et al.31 encontraram índice de conversão de
32% durante os primeiros seis meses e 8% nos últimos 6
meses. Em estudo multicêntrico realizado em 33
instituições na Alemanha, Áustria e Suécia
(Laparoscopic Colorectal Surgery Study
Group), Marusch et al.10
observaram que as instituições com número de
operações menor que 100 apresentaram taxa de conversão
significativamente superior à das instituições com mais
de 100 operações (6,9 vs. 4,3%).
As complicações mais freqüentes são
representadas por lesão de órgãos (intestino delgado,
grosso, bexiga ou ureter), dificuldades no
reconhecimento anatômico, aderências ou uso inadequado de
instrumental. Destacam-se, também, sangramento resultante
de lesão de vasos intra-abdominais ou da parede
abdominal e ressecção de segmento intestinal sem
doença (Tabela-2).
Tabela 2 - Distribuição das indicações de conversão por complicações intra-operatórias e dificuldades técnicas
em diferentes estudos.
Indicação de conversão |
Larach12 1997 |
Pandya23
1999 |
Schlachta14 2000 |
|
Número de casos operados | 195 | 200 | 416 | |
Número (%) de casos convertidos | 39 (20%) | 47 (23,5%) | 45 (11%) | |
Complicações | Hemorragia | 6 | 6 | 3 |
Reparo de lesão | 3 | 3 | 2 | |
Segmento errado | 1 | 0 | 0 | |
Dificuldade técnica | Aderências | 13 | 5 | 9 |
Anatomia incerta | 3 | 2 | 0 | |
Obesidade | 2 | 3 | 2 | |
Flegmão | 0 | 5 | 0 | |
Falha do grampeador | 1 | 2 | 2 | |
Fixação tumoral | 6 | 10 | 20 | |
Hipercarbia | 0 | 6 | 0 | |
Tamanho tumor | 2 | 0 | 0 | |
Outros | 2 | 5 | 7 |
As dificuldades técnicas ocorrem
principalmente no início da experiência, mas também
ocorrem após o término da curva de aprendizado. Já mais
familiarizado com a técnica, o cirurgião reconhece
mais prontamente uma situação que represente um
maior desafio à via laparoscópica, indicando a conversão
mais precoce e, assim, reduz a morbidade.
Os fatores de risco para conversão foram
bem estudados por Schlachta et
al.25, em seu estudo sobre 438 procedimentos laparoscópicos. Através de
análise por regressão logística, três fatores mostraram-se
preditivos de conversão para cirurgia aberta: doença
maligna, obesidade e inexperiência do cirurgião.
A obesidade é consensualmente
considerada importante fator de risco entre vários autores
8, 10, 11, 25. As dificuldades advindas de paciente com alto
índice de massa corpórea são uma parede abdominal
espessa, omento com gordura excessiva, dificuldade de
acesso aos vasos mesentéricos e identificação do
ureter14. Nesses pacientes, esses fatores associados a um
grau de inadequação do instrumental podem levar a
dificuldade de exposição e reconhecimento
anatômico. Após análise de 1194 operações, Bennett
et al.32 observaram maior risco de conversão em operações
sobre o reto. Gervaz et al.11 apontaram a realização
de colectomia esquerda ou retossigmoidectomia e a
presença de diverticulite como as variáveis
mais freqüentemente associadas à necessidade de
conversão. Marusch et
al.10 identificaram as operações
sobre o reto e o índice de massa corpórea elevado como
fatores de risco para conversão.
Consequências
Slim et al.9 relataram 50% de morbidade
pós-operatória em dezesseis casos onde a conversão
foi necessária (de um total de 65 operações realizadas
por laparoscopia). Observou também morbidade em
21% de 252 pacientes submetidos a operações
convencionais no mesmo período na mesma instituição. O
número de deiscências de anastomose também foi
maior no grupo que necessitou conversão (25% vs. 8%)
e um paciente evoluiu com óbito. A duração da
operação, do íleo pós-operatório e da internação
hospitalar também foram menores entre os pacientes
submetidos a operação convencional.
Em estudo multicêntrico e retrospectivo
envolvendo 66 pacientes, Falk et
al.4 observaram maior incidência de complicações no grupo convertido
(44%) quando comparado a pacientes submetidos a
operações convencionais na mesma instituição (21%).
Lord et al.31 observaram internação
hospitalar média maior para os pacientes submetidos a
conversão (8,2 dias) quando comparados à média de 5,8
dias em procedimentos exclusivamente laparoscópicos.
Em série de 1.658 operações, Marusch
et al.10 observaram maior índice de complicações pós-operatórias no
grupo convertido (47,7% vs. 26,1%). As
complicações mais freqüentes foram problemas relacionados ao
trânsito intestinal, íleo prolongado, deiscência de
anastomose, distúrbios cárdio-pulmonares e infecção do
trato urinário. Obviamente, a duração da internação
em doentes convertidos foi maior.
Em contraposição, outros
autores33 não encontraram maior morbidade após conversão. Em
meta-análise de 28 estudos envolvendo 3.232 doentes,
Gervaz et al.11 enfatizaram que a conversão não é um
fenômeno marginal sem implicações clínicas. Verificou-se
que se associa a um período de internação em média
uma semana mais longo.
Comentários
Com o objetivo de não comprometer os
resultados da via de acesso laparoscópica, tanto para os
cirurgiões em fase de aperfeiçoamento como
também para os que já a ultrapassaram, dois importantes
princípios devem ser considerados a respeito da
conversão: a técnica não deve ser sacrificada com intuito
de completar o procedimento pela via fechada, e a
conversão não deve ser considerada complicação cirúrgica.
Quando se observam resultados, como maior morbidade pós-operatória e maior duração da
internação hospitalar associados às operações convertidas
23, 25, 29, supõe-se que a conversão representa ocorrência
a ser temida. No entanto, a análise do tamanho
dessas casuísticas e a data de sua publicação permite
inferir que, provavelmente, trata-se de grupos trilhando a
curva de aprendizado, o que não desmerece o mérito
dessas publicações. Pelo contrário, chama a atenção
para a ocorrência de um viés: o de que a conversão
acarreta morbidade superior à que se segue a operações por
laparotomia e pode inclusive ocasionar
mortalidade4.
A comparação entre os primeiros casos
operados por acesso laparoscópico com quaisquer casos
operados consecutivamente por via convencional no
mesmo período, ainda que pelo mesmo grupo, não
pode ser realizada, pois os grupos não são comparáveis.
Mas o que dizer dos resultados de Marusch et
al.10 relativos a 1.658 operações onde a morbi-mortalidade foi
superior no grupo que necessitou de conversão? A
resposta encontra-se nesta mesma publicação, onde se
observa que a maioria das conversões ocorreu em
instituições com menos de 100 casos operados.
Em relação aos cirurgiões que já
ultrapassaram a fase de aperfeiçoamento, deve-se considerar
a hipótese de que a redução do número de
conversões não resulta de significativo incremento na
habilidade cirúrgica, mas sim, de maior seleção dos pacientes.
A conversão passa a representar mais freqüentemente
uma limitação da via de acesso e deverá responder ao
incremento na tecnologia e equipamentos. Geralmente,
a conversão ocorre no tratamento de casos mais
complexos e, provavelmente, os resultados não derivam
da via de acesso, mas da situação clínica em si. Essa
hipótese encontra respaldo na observação subjetiva de
que as dificuldades técnicas persistem mesmo após a
realização da laparotomia (operação convertida).
Dessa forma, conclui-se que, na medida em que a experiência dos cirurgiões aumenta, as
complicações intra-operatórias tornam-se causa
menos freqüente de conversões, e as limitações técnicas
tendem a manter as taxas de comparáveis entre os
grupos (Tabela-1). Com o objetivo de reduzir os índices
de morbidade operatória, ressaltamos a necessidade
de fazer criteriosa seleção dos pacientes candidatos a
tratamento cirúrgico por vídeolaparoscopia, não
retardar a decisão de converter a operação e, uma vez
realizada a laparotomia, utilizar técnica cirúrgica apurada
para compensar as dificuldades técnicas que
provavelmente serão encontradas.
Summary: The need for conversion is an inherent problem of laparoscopic surgery. The aims of the present review are: to define conversion in colorectal laparoscopic surgery, to know its frequency, causes and consequences and to point out actions to reduce the morbidity in converted laparoscopic colectomies. In a review of the recent literature, conversion rates varied from 7% to 77%. Some factors were considered predictive for conversion to laparotomy: malignancy, obesity and surgeon learning curve. Reasons for conversion were technical problems (adhesions, obesity, inadequate cancer operation, unclear anatomy) and operative complications (bleeding, enterotomy). The importance of learning curve in laparoscopic surgery is evidenced by the analysis of the conversion rates in many series. Careful patient selection is essential to reduce morbidity and mortality rates in laparoscopic colorectal surgery.
Key words: laparoscopy, colorectal surgery, conversion
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Endereço para correspondência:
Sérgio Eduardo Alonso Araújo
R. Cristiano Viana, 450, ap 62 - Pinheiros
05411-000 - São Paulo - SP
E-mail: sergioed@terra.com.br