ARTIGOS ORIGINAIS
RESUMO: Objetivo: Avaliar as indicações de colonoscopia na rotina de um serviço de proctologia em Hospital Geral, com base em sintomas e alguns achados clínicos importantes, confrontando - os com resultados encontrados, e com isso tentar traçar um perfil que justifique sua indicação racionalizada. Métodos: Foram analisados, de forma retrospectiva, 730 pacientes submetidos a colonoscopia total pelo Serviço de Proctologia do HSE Ministério da Saúde RJ, no período de 1996 a 1999. Foram incluídos somente os casos que se enquadravam no protocolo. Confrontamos achados endoscópicos com o quadro clínico básico. Análise estatística constou de média e desvio padrão das amostras encontradas. Usamos teste T de student para estudo de dados paramétricos e qui-quadrado para números absolutos. Consideramos P < 0,01 significante, P < 0,05 limítrofe e P > que 0,05 como sem significado estatístico. Resultados: Houve predominância de mulheres sobre os homens, não havendo diferença entre as idades dos dois grupos: 53,12+/-15,17 contra 53,18+/-16,7. Os diagnósticos mais frequentes foram: Doença diverticular não complicada N=156 (36 %), seguida por pólipos N=102 (23,5 %) e câncer colo-retal N=62 (14,3 %). Em 305 pacientes (41,7 %) os exames foram normais. O único sintoma que teve valor estatístico para positividade diagnóstica, independente de hemorróidas, foi o de sangramento vivo pelo ânus N=189 (25,9 %). No sub-grupo de dor abdominal observamos que a associação com alteração do ritmo intestinal e distensão, resultou na colonoscopia anormal em todos N=22 (100 %). A dor abdominal crônica simples teve baixo índice de aproveitamento, pois ocorreu em 125 pacientes, sendo que destes, 56 (44,8 %) tiveram exame normal. Conclusões: A colonoscopia é um excelente método na avaliação das doenças do cólon, porém nem sempre o diagnóstico está relacionado aos sintomas apresentados. A indicação mais eficaz foi perda de sangue vivo pelo ânus. Indicações para rastreamento e terapêutica endoscópica não foram aqui discutidas.
Unitermos: colonoscopia, doenças do cólon, diagnóstico endoscópico
INTRODUÇÃO
Retossigmoidoscopia permanece sendo o principal método propedêutico para investigar
sintomas intestinais. O exame poderá ser feito na primeira
consulta e sem preparo do cólon.
A finalidade básica deste exame é a
inspeção anal, o toque retal e a avaliação da mucosa do
intestino distal, complementada, se necessário, por
biópsias e solicitação de exames laboratoriais, tais como
exame parasitológico de fezes e cultura.
A colonoscopia é considerada como a
técnica de maior acuidade para o diagnóstico de lesões
estruturais do cólon, especialmente
neoplasia1. Classicamente sua principal indicação seria a de
complementar achados radiológicos duvidosos. Na hemorragia
digestiva baixa, no entanto, seria a primeira opção
propedêutica após a retossigmoidoscopia.
Para sua realização necessitamos de cólon
sem fezes, portanto preparado, o que implica em
agendamento. Em se tratando de hemorragia digestiva
baixa de grande porte, o procedimento será feito com o
paciente internado, sendo a limpeza do cólon realizada
ao mesmo tempo em que se estabiliza hemodinamicamente o enfermo.
Indicações de colonoscopia de acordo
com Nakasano2.
1: Pacientes portadores de estudo
radiológico contrastado onde poderemos nos deparar com duas
situações, a saber: a) exame anormal, sendo
necessário e conveniente estudo endoscópico com coleta de
material para estudo histológico. b) exame normal ou
duvidoso em contexto não bem explicado, como
por exemplo paciente com alteração de hábito
inestinal, anemia ou perda de sangue pelo reto.
2: Avaliação endoscópica e histológica de
extensão de doença inflamatória crônica intestinal
em paciente em tratamento, com diagnóstico
confirmado e geralmente em acompanhamento clínico por mais
de 6 meses.
3: Seguimento com pesquisa de displasia em portadores de retocolite ulcerativa com doença
inativa e após decorrer o prazo indicado para entrada
nesta rotina.
4: Pesquisa de lesão sincrônica em
portador de neoplasia de cólon. Preferencialmente
pré-operatoria, podendo no entanto ser realizada até 3 meses
do pós-operatorio. Idem para portador de adenoma
distal com mais de 1 cm de diâmetro, diagnosticado
durante sigmoidoscopia.
5: Acompanhamento pós-operatório de
acordo com rotina estabelecida pelo serviço, em
paciente operado de câncer de cólon. Idem
pós-polipectomia endoscópica de cólon.
6: Portador de síndrome de Lynch.
7: Na urgência para hemorragia digestiva baixa.
8: Descompressão colônica na síndrome
de Ogilvie, que não respondeu a tratamento clínico.
9: Terapêutica endoscópica, a saber:
polipectomias, tratamento endoscópico de lesões
sangrantes, incluindo ectasia vascular, nas dilatações de
estenoses e em estenotomias diatérmicas.
Contraindicações:
1: Portador de doença inflamatória ativa
grave como por exemplo megacólon tóxico.
2: Suspeita clínica de peritonite,
incluindo diverticulite aguda.
3: Intestino mal preparado. Eventualmente
e dependente da experiência do especialista e da
quantidade de resíduos fecais, poderá ser tentada a
introdução do aparelho ao mesmo tempo em que se
instila soro fisiológico sob pressão através o canal de
instrumentação.
4: Paciente não cooperativo.
5: Gestação (relativa).
Preparo do cólon:
Basicamente corresponde a combinação de
dieta com pouco resíduo, associada a algum agente
que facilite a limpeza intestinal, preferencialmente sem
dar cólica.
Como se pode ver acima, nas indicações
clássicas do exame predomínavam avaliação do cólon
que já havia sido estudado por outro método
complementar, fato que não ocorre atualmente na maioria dos
serviços de gastroenterologia e proctologia de
Hospital Geral terciário, onde a indicação da colonoscopia
é primária e sempre visando a algum
procedimento terapêutico.
De acordo com ASGE guidelines3 e de
estudo do uso da colonoscopia na
Europa4, sua indicação ficaria assim resumida.
1: Sangue oculto positivo nas fezes e/ou
anemia ferropriva não explicada.
2: Hematoquezia
3: Dor abdominal baixa não complicada
ou troca dos hábitos intestinais recente.
Além dos já descritos acima.
O motivo deste trabalho retrospectivo é
avaliar as indicações da colonoscopia na rotina de um
serviço de proctologia de Hospital geral, com base
nos sintomas, confrontando-os com resultados
encontrados e com isso tentar traçar um perfil que
justifique sua indicação racionalizada.
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Foram analisados, de forma retrospectiva,
730 pacientes submetidos à colonoscopia total pelo
serviço de proctologia do HSE Ministério da Saúde (Rio
de Janeiro) no período de 1996 a 1999.
Para que pudessem ser incluídos no
estudo, deveriam ter bem clara a indicação do exame,
sendo aproveitados: sintoma principal ou algum dado
relevante do exame físico, bem como de exame
complementar, além de ter colonoscopia total.
Procuramos confrontar os achados encontrados com o quadro clínico básico.
Estudo estatístico através média e desvio
padrão das amostras encontradas, com teste T de
student para dados paramétricos e qui quadrado para
números absolutos, sendo considerados estatisticamente
significativos P < 0,01, limítrofe P < 0,05 e não
significativo P > 0,05.
RESULTADOS
Dos 730 pacientes que se adequaram à
nossa proposta de estudo, a Tabela-1 mostra a
distribuição por sexo e faixa etária dos que tiveram exame normal.
Tabela 1 - Distribuição por sexo e faixa etária dos que tiveram colonoscopia normal
Pacientes N (%) | Idade (anos) ± Desvio Padrão | p |
Homens - 112 (36,7%) | 53,18 ± 16,7 | > 0,05 |
Mulheres - 193 (63,2%) | 53,12 ± 15,17 |
Na Tabela-2 temos a distribuição por sexo e faixa
etária dos que tiveram exame anormal. Houve
predomínio de pacientes do sexo feminino, tanto nos normais
como nos doentes, sem contudo ter atingido significado
estatístico. Qui-quadrado = 1,81 P> 0,05.
Tabela 2 - Distribuição por sexo e faixa etária dos pacientes com colonoscopia anormal
Pacientes N (%) | Idade (anos) ± Desvio Padrão | p |
Homens -176 (41,3%) | 60,55 ± 15,7 | > 0,05 |
Mulheres -249 (58,6%) | 60,84 ± 15,8 |
De 730 pacientes examinados, 305 tiveram exame normal (41,7 %). A Tabela-3 mostra a
distribuição dos achados endoscópicos.
Tabela 3 - Distribuição dos achados endoscópicos
Doença | N(%) |
Doença diverticular não complicada | 156 (36 %) |
Pólipos de cólon | 102 (23,5 %) |
Câncer colo-retal | 62 (14,3 %) |
Retocolite ulcerativa | 30 (6,92 %) |
Angiodisplasia | 20 ( 4,6 % ) |
Proctite sem outra particularidade | 12 (2,77 %) |
Proctite actínica | 12 (2,77 %) |
Doença de Crohn | 10 (2,30 %) |
" Lateral spreading tumor " | 6 (1,38 %) |
Seqüela de diverticulite com estenose | 5 (1,15 %) |
Tumor viloso de reto | 4 (0,9 %) |
Síndrome de Ogilvie | 3 (0,69 %) |
Endometriose reto-colica | 3 (0,69 %) |
Parasitose intestinal de cólon | 2 (0,46 %) |
Estenose pós anastomose mecânica | 1 (0,9 %) |
Fístula reto-vaginal | 1 ( 0,9 % ) |
AIDS com úlcera no íleo terminal | 1 (0,9 %) |
Úlcera de cólon em uso de AINH | 1 (0,9 % ) |
Tuberculose em cólon direito | 1 (0,9 % ) |
P> 0,05 |
Na Tabela-4 vemos os resultados
encontrados na colonoscopia, confrontando-os com sintomas e
sinais mais importantes que apresentavam. Na
Tabela-5 identificamos um sub-grupo de pacientes com dor
abdominal em cólica, associada a alteração do
trânsito intestinal com constipação recente e parada ou
diminuição intermitente de eliminação de gases pelo
ânus, junto a distensão abdominal. Todos tiveram
diagnósticos positivos na colonoscopia, sendo um deles
portador de adenocarcinoma de íleo terminal, observado
na ileocolonoscopia.
Tabela 4 - Resultados de sinais e sintomas com colonoscopia
Sinais e sintomas | N | Cólon normal N (%) | P |
Sangramento pelo ânus | 189 | 49 (25,9) | S |
Diarréia crônica | 166 | 85 (51,2) | NS |
Constipação crônica | 130 | 61 (46,9) | NS |
Dor abdominal crônica | 125 | 56 (44,8) | NS |
Anemia crônica | 61 | 24 (39,3) | NS |
Clister opaco não diagnóstico | 32 | 20 (62,5) | NS |
Massa abdominal palpável | 27 | 10 (37) | NS |
Total | 730 | 305 (41,7) |
Tabela 5 - Dor abdominal recente e suboclusão
intestinal
Diagnóstico | N |
Câncer colo-retal | 12 |
Doença de Crohn | 3 |
Sequela de diverticulite com estenose | 5* |
Síndrome de Ogilvie | 1 |
Estenose pós anastomose mecânica | 1 |
Total | 22 |
*Nesta categoria o diagnóstico endoscópico foi de estenose, a histologia foi inespecífica, sem tumor e o diagnóstico final dependeu da peça cirúrgica. |
DISCUSSÃO
Houve predomínio de pacientes do sexo
feminino, maior ainda na categoria de exame normal,
embora sem auferir significado estatístico, como se
pode ver nas Tabelas 1 e 2. A idade correspondia à da
faixa média de idade, não havendo também diferença
estatística entre os dois grupos.
O sinal e sintoma mais frequente para a
indicação do exame foi o de perda de sangue pelo ânus,
N = 189 (25,8 %) e também o único que atingiu
significado estatístico P < 0,01, estando todas as demais
indicações, embora aceitas nas rotinas de todos os
serviços especializados, sem valor preditivo quanto
a positividade diagnóstica, face ao elevado número
de exames normais, como se pode ver na Tabela-4. O
valor deste procedimento em tais circunstâncias já
havia sido relatado em (5), donde se conclui ser a
colonoscopia o método de escolha naqueles pacientes em
que a retossigmoidoscopia e o clister opaco não
identificaram a causa do sangramento. A indicação de que
haja doença no cólon é ainda maior quando o sangue
vem misturado às fezes6.
O diagnóstico mais frequente foi o de
doença diverticular dos cólons N = 156 (36%), comum na
faixa etária examinada e não necessariamente importante
para o tratamento do sintoma que o paciente possa estar
apresentando. Há quem questione a indicação da
colonoscopia em portadores de síndrome do cólon irritável,
desde que este diagnóstico esteja bem fundamentado em
bases clínicas por métodos não
invasivos7.
A dor abdominal crônica, como indicação
de colonoscopia, teve baixo índice de aproveitamento
diagnóstico, pois esteve presente em 125 pacientes (17,1
%), sendo que em 56 o exame foi normal (44,8 %).
Quando, porém, observamos sub-grupo em que a dor era mais
recente e se associava a quadro de sub-oclusão intestinal,
a positividade diagnóstica foi de (100 %) como se pode
ver na Tabela-5. A colonoscopia teve também alto índice
de produtividade diagnóstica quando utilizada para
investigação de obstrução intestinal
baixa8, onde em 23 pacientes foi possível diagnóstico em 21 (91,3 %). Na
nossa experiência o diagnóstico final de estenose benigna
dependeu da peça cirúrgica, pois o achado histológico
de ausência de tumor nestas circunstâncias se mostrou
relativo, como podemos observar também em (9).
Nenhum de nossos pacientes apresentava mucosa com
inflamação aguda ao tempo do exame endoscópico.
Indicações com base em " screening " em
função de história familiar para câncer colo-retal,
preferencialmente quando a doença eclodiu antes dos 50
anos de idade, síndrome de adenomatose familiar,
no rastreamento da displasia em doença inflamatória
intestinal e pós-polipectomia fazem parte de
diretrizes do serviço e poderão acarretar um número alto de
exames normais ou terem diagnósticos independentes
das queixas apresentadas, sem comprometer o bom
desempenho do departamento especializado, fazendo
coro com extensa literatura a
respeito10-17.
A colonoscopia é pois um excelente
método de diagnóstico e tratamento para as doenças do
cólon em pacientes adultos, pois contribuem com alta
incidência de diagnósticos, embora nem sempre
relacionados aos sintomas apresentados.
A indicação mais eficaz é na pesquisa de
perda de sangue pelo reto.
Na dor abdominal temos que levar em consideração sintomas associados, como por exemplo,
alteração do trânsito, sobretudo quando acompanhada
de sinais de suboclusão.
Devemos na medida do possível
individualizar cada caso em função de histórico clínico
detalhado e com isso otimizar os resultados, mantendo
sempre em foco o problema principal que levou o paciente
ao médico e não apenas o resultado de um exame ou
procedimento18. Muitas vezes os sintomas não se
relacionam com uma doença em particular, que poderá
inclusive ser assintomática.
Existirão também indicações que fazem parte
da rotina do serviço, não necessariamente obrigadas
a positividade diagnóstica, tais como, " screening " em
história familiar de câncer colo-retal, síndrome de
adenomatose familiar, no rastreamento de displasia em
doença inflamatória crônica intestinal e pós-polipectomia.
Por fim indicações para
procedimentos terapêuticos em pacientes já portadores de diagnóstico.
SUMMARY: A Critical Analysis of the Indication of Colonoscopy. Background: The aim of this study was to investigate the indication of colonoscopy in the routine of proctology department of a General Hospital, on the basis of symptoms and some important clinical findings and to compare the latter with the results obtained, in order to determine a pattern that would justify a rational indication of the procedure. Méthods: A retrospective evaluation was conducted on 730 patients submitted to total colonoscopy at the proctology department of HSE Health Ministry, RJ, from 1996 to 1999. Only cases that satisfied the criteria of the protocol were included in the study. Endoscopic findings were compared to the basis clinical picture. Data were analysed statistically on the basis of the mean and standard deviation of the obtained samples. The Student t-test was used for the study of parametric data and the chi-square test for absolute numbers. P<0,01 was considered significant, P<0,05 borderline and P>0,05 non significant. Results: There was a predominance of women over men, with no difference in age between groups: 53,12+/-15,17 versus 53,18+/-16,7. The most frequent diagnosis were: Uncomplicated diverticular disease (N=156, 36%), followed by polyps (N=102, 23,5%) and colorectal cancer (N=62, 14,3%). The exams were normal for 305 patients (41,7%). The only symptom with statistical value for diagnostic positivity, independent of hemorrhoids, was anal bleeding (N=189, 25,9%). In the abdominal pain subgroup, the association with changes in intestinal rhythm and distension resulted in an abnormal colonoscopy in all cases (N=22, 100%). Simple chronic abdominal pain was of low value since it occurred in 125 patients, 56 of whom (44,8) had a normal exam. Conclusions: Colonoscopy is an excellent method for the evaluation of colon disease, although the diagnosis is not always related to the symptoms observed. The most effective indication was anal bleeding. The indications for screening and endoscopic treatment were not discussed in the present study.
Key words: colonoscopy, colon disease, endoscopic diagnosis
Referências Biliográficas
1. Williams C. B. Price A B. Colon polyps and carcinoma. In: Sivak Jr M V,
ed. Gastroenterologic
Endoscopy. Philadelphia: W B Saunders Company, 1987: 921-45.
2. Nagasako K. Differential diagnosis of colorectal diseases,
1 st ed. New York: Igaku- Shoin ltd., 1982.
3. Minoli G, Meucci G, Bortoli A, et al. The ASGE
guidelines for the appropriate use of colonoscopy in an open
access system. Gastrointest Endosc 2000; 52: 39-44.
4. Vader JP, Pache I, Froehlich F, et al. Overuse and underuse
of colonoscopy in a European primary care setting.
Gastrointes Endosc 2000; 52 : 593-9.
5. Knutson CO, Max MH. Value of colonoscopy in patients
with rectal blood loss unexplained by rigid
proctosigmoidoscopy and barium contrast enema examination.
Am J Surg 1980; 139: 84- 7.
6. Mant A, Bokey EL, Chapuis PH, et al. Rectal bleeding:
Do other symptoms aid in diagnosis ? Dis Colon
Rectum 1989; 32: 191- 6.
7. Suleiman S, Sonnenberg A. Cost-effectiveness of endoscopy in irritable bowell
syndrome. Arch Intern
Med 2001; 161:369-75.
8. Cassigneul J, Vinel JP, Carballido M, et al. Emergency colonoscopy in lower intestinal occlusion.
Gastroenterol Clin Biol 1984; 8: 742-5.
9. Forde K, Treat M. Colonoscopy in the evaluation of
strictures. Dis Colon Rectum 1985; 28: 699-1.
10. Love RR, Morrissey JF. Colonoscopy in asymptomatics
individuals with a family history of colorectal cancer.
Arch Intern Med 1984; 144: 2209-11.
11. Baker JM, Gathright Jr JB, Timmcke AE, et al. Colonoscopic screening of
asymptomatic patients with a family history
of colon cancer. Dis Colon Rectum 1990; 33: 926- 30.
12. Carpenter S, Broughton M, Marks CG. A screening clinic
for relatives of patients with colorectal cancer in a district
general hospital. Gut 1995; 36: 90- 2.
13. Cripps NPJ, Heald RJ. Family based colorectal
cancer screening in a district hospital. Gut
1996; 38: 421- 5.
14. Aitken JF, Bain CJ, Ward M, et al. Risk of colorectal adenomas in
patients with a family history of colorectal cancer: some implications for
screening programmes. Gut 1996; 39: 105- 8.
15. Vasen HFA, Griffioen G, Offerhaus GJA, et al. The value
of screening and central registration of families with familial adenomatous polyposis. A study
of 82 families in
the Netherlands. Dis Colon Rectum 1990; 33: 227-30.
16. Eaden JA, MayberryJF. Colorectal cancer complicating
ulcerative colitis: a review. Am J Gastroenterol
2000; 95: 2711-9.
17 Bond JH. Polyp guideline: diagnosis, treatment
and surveillance for patients with colorectal polyps.
Am J Gastroenterol 2000; 95: 3053- 63.
18. Sonnenberg A. Sidetracks in the diagnosis of
gastrointestinal disease. Am J Gastroenterol
2000; 95: 3039- 43.
Endereço para correspondência:
Edson Jurado da Silva
Rua Rodolfo de Souza 105 - Vila Isabel
20551-270 - Rio de Janeiro (RJ)
Trabalho realizado no Serviço de Proctologia do Hospital dos
Servidores do Estado, Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, Brasil.