ARTIGOS ORIGINAIS
SIDNEY ROBERTO NADAL - TSBCP
CARMEN RUTH MANZIONE - TSBCP
SÉRGIO HENRIQUE COUTO HORTA - TSBCP
VIVIANNE DE MOURA GALVÃO - FSBCP
NADAL SR; MANZIONE CRM; HORTA SHC; GALVÃO
VM. Avaliação dos Efeitos Imediatos do Interferon Beta Recombinante
em Condilomas Acuminados Perianais Recidivantes de Doentes
HIV-Positivos. Rev bras Coloproct, 2002;22(4):268-272
RESUMO: A imunodepressão provocada pela infecção pelo HIV aumenta a incidência de recidivas e de câncer em portadores de condilomas acuminados perianais. O uso de interferon mostrou eficácia em 50% das mulheres com infecção genital pelo Papilomavirus humano (HPV) e soronegativas para o HIV. Esse produto tem ação antivirótica por inibir a multiplicação viral e impedir a infecção de células não contaminadas; tem ação antiproliferativa, impedindo a proliferação epitelial dos condilomas e ação imunoestimulante, devido a estimular as células natural killer, linfócitos T-citotóxicos e macrófagos. O produto não é exclusivo para HPV e também pode agir contra o HIV, melhorando a imunidade sistêmica e regional. OBJETIVO: Por esse motivo decidimos utilizar o interferon beta recombinante em 23 doentes HIV+, homossexuais masculinos, para conhecer sua eficácia em doentes imunodeprimidos, portadores de condilomas acuminados perianais recidivantes. MÉTODO: A dosagem foi de três milhões de unidades em dias alternados durante cinco semanas (total de 45 milhões de unidades). Para avaliar a imunidade sistêmica, fizemos a média das últimas dosagens de linfócitos T CD4+, previamente ao tratamento, e comparamos com medidas realizadas 30 dias após o término da medicação. Comparamos também a massa verrucosa no período anterior ao esquema terapêutico, no dia da última aplicação e depois de 30 dias. RESULTADOS: Dez doentes (43,5%) referiram sintomas de febre, calafrios, mialgia, mal estar e cefaléia que cedia com analgésicos comuns e que persistiam entre 3 e 4 horas após aplicação do produto. Um doente apresentou quadro de inapetência que provocou desnutrição grave até o terceiro mês após o término da terapia. Os condilomas desapareceram em três doentes (13%), reduziram em número e volume em 14 (61%) e permaneceram inalterados em seis (26%) até o dia da última dose. No 30º dia, oito doentes (34,8%) estavam sem lesões visíveis, 13 (56,5%) apresentavam diminuição da massa condilomatosa e dois (8,7%) não responderam ao tratamento. Observamos 24,6% de aumento médio das dosagens de linfócitos T CD4+ até 30 dias após o término do tratamento. CONCLUSÃO: O interferon beta 1 recombinante foi efetivo na redução da massa verrucosa dos doentes HIV-positivos portadores de condilomas acuminados perianais recidivantes.
Unitermos: Condilomas acuminados, Infecção pelo HIV, AIDS, Interferon
INTRODUÇÃO
Apresentam alguns aspectos especiais nos doentes HIV-positivos, tais como o
rápido crescimento,1,9 podendo alcançar
tamanhos extraordinários e invadir
mucosa,1 ser resistentes ao tratamento medicamentoso
tópico,1,15 ter incidência elevada de
recidivas1,18 e se associar com displasias
e neoplasias.4,8,9,16-20 É também descrita a
possibilidade de progressão de carcinoma "in situ" para
invasor, embora não haja casos relatados, além do que o
manejo destes pacientes não é
claro.18
Existem diversas modalidades de tratamento, incluindo medicações tópicas, crioterapia,
excisão cirúrgica e
fulguração.1,21 Atualmente, os
principais problemas que afligem os que tratam esses doentes
são a associação com displasias e a freqüência
aumentada de recidiva. Todavia, com a utilização dos
esquemas de tratamento da AIDS com drogas
anti-retrovirais associadas, incluindo os inibidores de protease,
a incidência de displasias diminuiu, provavelmente
pela melhora da imunidade determinada pela
medicação.22
Revisando a literatura, encontramos índices
de reincidência entre 10 e 88%, dependendo do
tratamento
instituído.5,18,21,23-25 Entretanto, é difícil diferenciar
as recidivas verdadeiras dos casos de
reinfecção.18,25
Há os que associaram as recidivas à presença de
infecções latentes pelo HPV em epitélio aparentemente
normal.26 Daí a importância do seguimento por longo prazo e
a pesquisa de meios terapêuticos para reduzir
essa ocorrência. Atualmente, dois grupos de drogas têm
sido testados, os interferons (IFN) e os imunomoduladores.
Os IFN têm mostrado propriedades
antivirais contra essas
infecções.27 O IFN beta mostrou-se
mais efetivo e menos tóxico que os IFN alfa ou
gama.28 Os IFN têm sido usados em mulheres para tratamento
de condilomas genitais e displasias associadas ao
HPV. Frega et al.,29 utilizando IFN beta
intramuscular associado com timoestimulina, observaram
remissão dos condilomas em 36,8% e nenhum efeito em
36,8% das pacientes. Welander et al.30 erradicaram 44%
das lesões usando IFN alfa intralesional e não
tiveram recidivas até 19 semanas. Entretanto, esses
produtos ainda não foram testados em doentes
HIV-positivos com condilomas acuminados perianais.
Apesar da introdução dos inibidores da
protease estar causando menos displasias, o número de
recidivas continua semelhante22 por fatores que
desconhecemos. Os IFN estão sendo usados como coadjuvantes
no tratamento dessas lesões, principalmente o IFN
beta, que parece ser o mais efetivo, mais barato e com
menos efeitos colaterais. O objetivo do nosso estudo foi
testar a efetividade do IFN beta em condilomas
acuminados perianais de doentes HIV-positivos, quanto à
redução das lesões
verrucosas.
MÉTODO
Avaliamos prospectivamente 23 doentes HIV-positivos portadores de condilomas acuminados
anais recidivantes. Todos eram homens com média de
idade de 32,4 anos e estavam medicados com o coquetel
de drogas anti-retrovirais. Ressecamos uma das lesões
sob anestesia local para confirmação
anátomo-patológica e para avaliar presença de displasia. O esquema
de tratamento consistiu de três milhões de UI de
interferon beta 1 recombinante, por via intramuscular,
três vezes por semana, em dias alternados, por
cinco semanas, sem outro tratamento específico para
os condilomas. Orientamos comprimidos com 750 mg
de paracetamol para minorar os efeitos colaterais.
Para avaliar a imunidade sistêmica fizemos
a média das últimas dosagens de linfócitos T
CD4+, previamente ao tratamento, e comparamos com medidas realizadas 30 dias após o término
da medicação. Comparamos, também, a massa
verrucosa no período anterior ao esquema terapêutico, no dia
da última aplicação, e depois de 30 dias. O exame
constou de inspecção estática e dinâmica, toque retal
e retoscopia, possibilitando o diagnóstico das
lesões clínicas. As lesões foram fotografadas no início,
no dia da última aplicação e 30 dias após o esquema
para avaliar a área envolvida pela massa
verrucosa. Consideramos reduzidas as lesões cujo
tamanho diminuiu em 50% ou mais em relação ao
inicial. Utilizamos o teste do qui-quadrado e o teste exato
de Fisher na análise estatística dos
resultados, considerando o nível de significância de 5%.
RESULTADOS
Dez doentes (43,5%) referiram sintomas de febre, calafrios, mialgia, mal estar e cefaléia que
cediam com analgésicos comuns e que persistiam entre três
e quatro horas após aplicação do produto. Um
doente apresentou quadro de inapetência que
provocou desnutrição grave até o terceiro mês após o término
do uso do produto. A reversão do estado clínico foi
obtida com nutrição parenteral total.
O valor médio dos linfócitos T CD4+, antes
do início do esquema terapêutico, variou de 64 a 900 e
a média global foi de 370 células/mm³. No 30º dia
após o término do tratamento, o número dessas
células diminuiu em três doentes (13%), manteve-se
estável em quatro (17,4%) e aumentou em 16 casos
(69,6%). A média foi de 461 com extremos entre 44 e
944/mm³. Apesar do aumento de 24,6%, a análise estatística
não mostrou diferença significante.
No dia da última dose, os condilomas
desapareceram em três (13%), reduziram em número e
volume em 14 (61%) e permaneceram inalterados em
seis doentes.(26%). No 30º dia, oito doentes
(34,8%) estavam sem lesões visíveis, 13 (56,5%)
apresentavam redução da massa condilomatosa e em dois
(8,7%) não houve resposta.
DISCUSSÃO
O IFN beta aplicado três vezes por semana,
num total de nove injeções, mostrou eficácia, reduzindo
em até 50% a área dos condilomas, com poucos
sintomas colaterais, que incluem cefaléia e
astenia.31,32 Já o IFN alfa pode ser indicado para condilomas, mas é caro,
de ação muito lenta e de difícil
uso,21 tendo efeitos colaterais sistêmicos e taxa de recidiva elevada (50
a 85%).33 Por esse motivo optamos pelo IFN beta.
Sintomas de mialgia, cefaléia e mal
estar ocorreram em 43,5% dos nossos doentes,
enquanto outros citaram índices de até 87% usando o
mesmo esquema.34,35 Os sintomas tiveram a duração de três
a quatro horas. Por esse motivo, orientamos
aplicação da medicação à noite, antes de dormir, e os
sintomas não foram mais relatados, provavelmente
porque desapareceram durante o sono. Necrose cutânea
foi ocasionalmente relatada, principalmente em
lesões pequenas e limitadas,36 motivo pelo qual
decidimos pelo uso sistêmico e não intralesional,
temendo provocar lesões dolorosas e de difícil cicatrização
em doentes com imunodepressão.
O mecanismo de ação dos IFNs ainda não
está bem definido. Acredita-se que não tenham apenas
ação antiviral, mas que também induzam novos
antígenos de superfície nas células infectadas, tornando-as
mais reconhecíveis pelo sistema
imunológico.21 Além
disso, bloqueiam a ação dos oncogenes e estimulam a
dos genes supressores de tumor, afetando a
diferenciação celular.21 Já quanto à provável ação contra o HIV,
está descrito que o IFN beta aumenta a especificidade
dos linfócitos T citotóxicos contra as células infectadas
pelo HIV37 e que determina diminuição da produção viral
e aumento da vida média dos linfócitos T
CD4+.38 O mesmo observamos em nossa casuística, na qual o
uso do produto elevou as dosagens dessas células
em 24,6%, embora sem significância estatística.
O produto foi efetivo em 91,3% dos doentes,
sendo que as lesões desapareceram em 34,8% e diminuíram
em 56,5% até o 30º dia após o término do
esquema terapêutico. Em mulheres soronegativas com
infecção genital recidivante, a taxa de sucesso ficou entre 36,4%
e 79%.29,34,39,40 Acreditamos que ao eliminar os
condilomas não estamos erradicando a doença, pois os
vírus continuarão presentes e as verrugas poderão reaparecer.
O intuito destes novos esquemas de tratamento não é apenas eliminar os condilomas, mas
diminuí-los em número e volume, facilitando a ressecção
cirúrgica, além de reduzir a taxa de
recidivas.21,31,32
Concluímos que o IFN beta 1 recombinante
intramuscular foi efetivo na redução da massa
verrucosa dos doentes HIV-positivos, portadores de
condilomas acuminados perianais recidivantes.
SUMMARY: Objective: We decided to prescribe recombinant interferon-beta in 23 HIV-positive patients, male homosexuals with recurrent anal condylomata acuminata to know its efficiency in an immunological deficient population. METHODS: Three MIU of interferon-beta were intramuscularly administered three times weekly for five weeks. To evaluate systemic immunity, we calculated T CD4+ counts media before and compared to a new exam 30 days after therapy. We also compared tumors sizes in different times: before treatment, on the last dose day and 30 days after. RESULTS: Ten patients (43.5 percent) developed flu-like syndrome, during three or four hours after application, which subsided with paracetamol. One patient presented anorexia with severe malnutrition up to the third month after therapy. He got better with total parenteral nutrition. Warts disappeared in three patients (13 percent), reduced in number and size in 14 (61 percent) and remained the same in six (26 percent) up to the last dose day. On the 30th day after therapy, eight patients (34.8 percent) had no visible lesions, 13 (56.5 percent) showed decreasing number and size of verrucas and two (8.7 percent) had no response. Number of T CD4+ lymphocytes increased in 24.6 percent. CONCLUSION: We concluded that recombinant interferon-beta was effective in reducing recurrent anal condylomata acuminata of HIV-positive patients.
Key words: Anal condylomata acuminata, Anal Pappilomavirus infection, HIV infection, AIDS, Interferon.
Referências Biliográficas
1. Safavi A, Gottesman L, Dailey TH. Anorectal
surgery in the HIV+ patient:update. Dis Colon
Rectum 1991;34:299-304.
2. Nadal SR, Manzione CR, Galvão VM et al.
Perianal diseases in HIV-positive patients compared with a
seronegative population. Dis. Colon Rectum,
42:649-54, 1999.
3. Wexner SD, Smithy WB, Milson JW, Dailey TH:
The surgical management of anorectal diseases in AIDS
and pre-AIDS patients. Dis Colon Rectum 1986;
29:719-723.
4. Miles AJG, Mellor CH, Gazzard B et al. Surgical
management of anorectal disease in HIV-positive
homosexuals. Br J Surg 1990;77:869-871.
5. Beck DE, Jaso RG, Zajak RA: Surgical management
of anal condylomata acuminata in the HIV-positive
patient. Dis Colon Rectum 1990;33:180-183.
6. Kiviat N, Rompalo A, Bowden R et al.. Anal
human papillomavirus infection among human
immunodeficiency virus-seropositive and seronegative men.
J Infect Dis 1990;162:358-361.
7. Levy AJ. Anal carcinoma. In, Levy AJ HIV
infection and development of cancer. ASM Press.
Washington D.C. 1994.
8. Metcalf AM, Dean T. Risk of dysplasia in anal
condyloma. Surgery 1995;118:724-6.
9. Consten ECJ, Slors FJM, Noten HJ et al. Anorectal
surgery in human immunodeficiency virus-infected
patients: clinical outcome in relation to immune status.
Dis Colon Rectum 1995;38:1169-1175.
10. Denis BJ, May T, Bigard MA, Canton P. Lésions
anales et péri-anales au cours des infections
symptomatiques par le VIH. Étude prospective d'une série de 190
patients. Gastroenterol Clin Biol 1992;16:148-154.
11. Holly EA, Whittemore AS, Aston DA et al. Anal
cancer incidence: genital warts, anal fissure or fistula,
hemorrhoids and smoking. J Natl Cancer Inst
1989;81:1726-1731.
12. Palefski J, Gonzales J, Greenblatt RM et al.
Anal intraepithelial neoplasia and anal papillomavirus
infection among homosexual males with group IV HIV
disease. JAMA 1990;263:2911-2916.
13. Ramanujam PS, Venkatesh KS, Barnett TC, Fietz
MJ. Study of human papillomavirus infection in patients
with anal squamous carcinoma. Dis Colon
Rectum 1996;39:37-39.
14. Almeida Filho GL, Passos MRL, Lopes PC.
Papilovirose humana (condiloma acuminado) In,
Passos MRL, Doenças Sexualmente Transmissíveis. Ed
Cultura Médica, Rio de Janeiro, 3ª ed., 1991 p.93-106.
15. Orkin BA, Smith LE. Perianal manifestations of
HIV infection. Dis Colon Rectum 1992;35:310-314.
16. Carter PS, de Ruiter A, Whatrup C et al. Human
immunodeficiency virus infection and genital warts as
risk factors for anal intraepithelial neoplasia in
homosexual men. Br J Surg 1995;82:473-474.
17. Critchlow CW, Surawicz CM, Holmes KK et al.
Prospective study of high grade anal squamous intraepithelial neoplasia in a cohort of homosexual
men: influence of HIV infection, immunosuppression
and human papillomavirus infection. AIDS 1995;9:
1255-1262.
18. Modesto VL, Gottesman L. Doenças
sexualmente transmitidas e manifestações anais da AIDS.
Clin Cir Am Norte 1994;74:1501-1534.
19. Palefsky J, Holly, EA, Gonzales J et al. Natural
history of anal cytologic abnormalities and papillomavirus
infection among homosexual men with group IV HIV
disease. J AIDS 1992;5:1258-1265.
20. Surawicz CM, Critchlow C, Sayer J et al. High
grade anal dysplasia in visually normal mucosa in
homosexual men: seven cases. Am J
Gastroenterol 1995;90:1776-1778.
21. Baker GE, Tyring SK. Therapeutic approaches
to papillomavirus infections. Dermatol Clin
1997;15:331-340.
22. Manzione CR, Nadal SR, Calore EE et al.
Comportamento dos condilomas acuminados anais em portadores
de HIV após a introdução dos inibidores da protease.
Rev bras Coloproct 2000;20(supl1):62.
23. Nadal SR, Manzione CR, Horta SHC et al.
Tratamento tópico dos condilomas acuminados perianais em
doentes HIV+. Rev bras Coloproct 1999;19:79-82.
24. Jensen SL: Comparison of podophyllin application
with simple surgical excision in clearance and recurrence
of perianal condylomata acuminata. Lancet
1985;1146-1148.
25. Jablonska S. _ Traditional therapies for the treatment
of condyloma acuminata. Australas J.
Dermatol 1998;39(suppl.1P):2-4.
26. Brown DR, Fife KH. Human papillomavirus
infections of the genital tract. Med Clin North
Am 1990;74:1455-1485.
27. Dailey TH: Anorectal disease in AIDS. In, Wexner
SD, Vernava III AM, Clinical Decision Making in
Colorectal Surgery. New York, Igaku-Shoin, 1995.
28. Bonnez W, Oakes D, Bailey-Farchione A et al. A
randomized, double-blind, placebo-controlled trial of
systemically administered interferon-alpha, -beta, or
-gamma in combination with cryotherapy for the
treatment of condyloma acuminatum. J Infect
Dis 1995;171:1081-9.
29. Frega A, di Renzi F, Stentella P, Pachi A.
Management of human papiloma virus vulvo-perineal infection
with systemic beta-interferon and thymostimulin in
HIV-positive patients. Int J Gynaecol
Obstet. 1994; 44:255-8.
30. Welander CE, Homesley HD, Smiles KA et
al. Intralesional interferon alpha-2b for the treatment
of genital warts. Am J Obstet Gynecol 1990;162:348-54.
31. Bornstein J, Pascal B, Zarfati D et al. Recombinant
human interferon-beta for condylomata acuminata: a
randomized, double-blind, placebo-controlled study
of intralesional therapy. Int J STD AIDS 1997;8:614-21.
32. Dinsmore W, Jordan J, O'Mahony C et al.
Recombinant human interferon-beta in the treatment of
condylomata acuminata. Int J STD AIDS 1997;8:622-8.
33. Wiltz OH, Torregrosa M, Wiltz O. Autogenous
vacine: the best therapy for perianal condyloma
acuminata? Dis. Colon Rectum 1995;38:838-41.
34. Gonzalez-Sanchez JL, Martinez-Chequer
JC, Hernandez-Celaya ME, Barahona-Bustillos E,
Andrade-Manzano AF. Randomized placebo-controlled
evaluation of intramuscular interferon beta treatment of
recurrent human papillomavirus. Obstet Gynecol
2001;97(4): 621-4.
35. Gurtubay I, Morales G, Gallego J, Martin E, Maravi
E. Tolerance to interferon beta-1b amongst patients
with remittent recurrent multiple sclerosis after more
than one year of treatment. An Sist Sanit
Navar 1998;21(1):15-9.
36. Yang CH, Chen CH, Chan HL. Skin necrosis following
a recombinant interferon-beta-1b injection. Chang
Gung Med J 2002;25(11):774-7.
37. Hadida F, De Maeyer E, Cremer I et al.
Acquired constitutive expression of interferon beta after
gene transductioin enhances human immunodeficiency
virus type 1-specific cytotoxic T lymphocyte activity by
a RANTES-dependent mechanism. Hum Gene Ther
1999;20:1803-10.
38. Vieillard V, Cremer I, Lauret E et al. Interferon
beta transduction of peripheral blood lymphocytes
form HIV-infected donor increases Th1-type cytokine
production and improves the proliferative response to
recll antigens. Proc Natl Acad Sci U S A 1997;
94:11595-600.
39. De Aloysio D, Miliffi L, Iannicelli T, Penacchioni
P, Bottiglioni F. Intramuscular interferon-beta treatment
of cervical intraepithelial neoplasia II associated with
human papillomavirus infection. Acta Obstet Gynecol
Scand 1994;73(5):420-4.
40. Olmos L, Vilata J, Rodriguez Pichardo A, Lloret A,
Ojeda A, Calderon MD. Double-blind, randomized clinical
trial on the effect of interferon-beta in the treatment of
condylomata acuminata. J STD AIDS 1994;5(3):182-5.
Endereço para correspondência:
Dr. Sidney Roberto Nadal
Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 381 / 23
05415-030 - São Paulo - SP
E-mail: srnadal@terra.com.br
Trabalho realizado pela Equipe Técnica de Proctologia do Instituto de Infectologia Emílio Ribas _ São Paulo(SP)