ARTIGOS ORIGINAIS
Antônio Carlos Moreira de Carvalho
- TSBCP
Itamar Augusto Nonato de Oliveira - FSBCP
Antônio Natalino Manta Dantas
Carlos Rogério Barreto Silva - FSBCP
Luciane Arize
João Cláudio Guerra
Jorge Augusto Serra de Souza - TSBCP
Jayme Vital dos Santos Souza - TSBCP
Carvalho ACM; Oliveira IAN; Dantas ANM; Silva CRB; Arize L; Guerra JC; Serra JA; Souza,
JVS. Estudo Comparativo entre a Laparotomia Longitudinal Mediana Infraumbilical e a Minilaparotomia Oblíqua na Fossa Ilíaca Esquerda, no
Tratamento Cirúrgico do Megacólon
Chagásico. Rev bras Coloproct, 2002;22(4):290-295
RESUMO : O objetivo deste estudo foi comparar, prospectivamente, os resultados do tratamento cirúrgico do megacólon chagásico, empregando-se a laparotomia longitudinal mediana infra umbilical e a minilaparotomia oblíqua na fossa ilíaca esquerda, embora a intervenção cirúrgica básica fosse a técnica de Duhamel modificada em só tempo. Pacientes e Métodos: Foram estudados 28 pacientes, divididos em dois grupos: controle (GA) e experimental (GB); sendo que 14 pacientes se situam no grupo controle (GA) e 14 pacientes no grupo experimental (GB). Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, sexo, tempo de obstipação, altura da anastomose, tempo operatório, tempo de reaparecimento dos ruídos hidro-aéreos, tempo de reintrodução da dieta oral, complicações e tempo de permanência hospitalar. Resultados: O tempo médio de obstipação no (GA) foi de 27,7 dias e no (GB) de 23,3 dias. A altura da anastomose no (GA) foi de 3,71 cm e no (GB) 4,07 cm. O tempo operatório no (GA) foi 1 hora e 56 minutos e no (GB) 2 horas e 8 minutos. O tempo de restabelecimento do transito intestinal no (GA) foi 23 h e oito minutos e no (GB) 22 h. O tempo para reintrodução da dieta oral no (GA) foi 1,92 dia e no (GB) 1,85 dia. O tempo de permanência hospitalar foi de 4,86 dias no (GA) e de 5,43 dias no (GB). Essas diferenças não foram estatisticamente significantes (p > 0,05). Conclusão: A minilaparotomia oblíqua na fossa ilíaca esquerda e a laparotomia longitudinal mediana infra umbilical, para a abordagem do retossigmóide com vistas ao tratamento cirúrgico do megacólon chagásico, pela técnica de Duhamel modificada, não apresentaram diferenças quanto ao tempo operatório, evolução dos pacientes, permanência hospitalar e complicações.
Unitermos: megacolon, duhamel, minilaparotomia
INTRODUÇÃO
As abordagens operatórias habituais para
o tratamento das afecções cirúrgicas que acometem
o retossigmóide são a laparotomia longitudinal
mediana infra umbilical e a incisão infra umbilical
pararretal interna à esquerda. Com a aplicação de
procedimentos videolaparoscópicos colorretais em que as
duas primeiras incisões tornaram-se desnecessárias,
surgiu a necessidade de se criar uma via para a remoção
de segmentos ressecados do órgão e a confecção
da anastomose. Com este objetivo, passou-se a utilizar
a incisão transversa suprapúbica de Pfannenstiel
(Martins Filho et al.1995; Pupo Neto, J.A. et al. 1995).
Entretanto, no Hospital Central Roberto
Santos (Salvador-BA), no curso de cirurgias
videolaparoscópicas para o tratamento cirúrgico do
megacólon chagásico, rotineiramente, preferiu-se uma
minilaparotomia oblíqua na fossa ilíaca esquerda para
remoção do segmento retossigmoideano ressecado e a
realização da anastomose colorretal. Esta abordagem
laparotômica, tornada, assim, obrigatória, mostrou um
fácil acesso e excelente exposição à região
retosigmoideana (Santos Souza J.V. et al.,1997a e Santos Souza J.V.
et al.,1997b), dispensando, até, o emprego da
videolaparoscopia.
O objetivo do presente estudo é
comparar duas vias de acesso para o tratamento das
afecções cirúrgicas da região retosigmoideana: a
laparotomia mediana infra-umbilical e a minilaparotomia
oblíqua na fossa ilíaca esquerda, através de vários
parâmetros avaliativos técnicos e clínicos. Tomou-se como
procedimento básico a ser realizado, uma
intervenção cirúrgica padronizada, para todos os casos,
a retossigmoidectomia, com reconstituição do
transito intestinal pela técnica de Duhamel
modificada, adiante descrita, para tratamento do
megacólon chagásico.
PACIENTES E MÉTODOS
Participaram do presente trabalho 28
pacientes internados no Hospital Central Roberto Santos
da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, divididos
em dois grupos: grupo controle (submetido a
laparotomia mediana infra-umbilical) e grupo teste (submetido
a minilaparotomia na fossa ilíaca esquerda), havendo
em cada grupo 14 pacientes, sendo sete homens e
sete mulheres. A pesquisa foi aprovada pela Comissão
de Bio-Ética do Hospital e os pacientes assinaram o
termo de consentimento de participação na pesquisa. A
idade, no primeiro grupo, variou de 41 a 84 anos, com
média de 59,1 (± 12,6 anos) e no segundo grupo de 40 a
76 anos, com média de 53,9 (± 11,6 anos). Quanto ao
tipo étnico, havia, no grupo controle, cinco pessoas
brancas, duas negras e sete pardas; no grupo teste, três
pessoas eram brancas, seis negras e cinco pardas. Não
houve diferenças estatísticas, quanto a idade, sexo ou
tipo étnico, entre os dois grupos.
Os critérios de inclusão no estudo
foram: sorologia positiva para doença de Chagas;
dilatação do reto e sigmóide detectado pelo enema baritado
e ausência de antecedentes de intervenção
cirúrgica abdominal prévia. Foram excluídos do estudo
pacientes com megacólon de outra etiologia (congênito
ou tóxico), portadores de intercorrências
clínicas significativas (cardiopatias, pneumopatias,
nefropatias e desnutrição).
Todos os pacientes, além dos exames de
rotina de avaliação do risco operatório, foram submetidos
a enema baritado, radiografia contrastada do
esôfago (para se investigar a concomitância de
megaesôfago) e duas reações sorológicas específicas para a
doença de Chagas (reação de imunofluorescência indireta e
a reação de hemoaglutinação indireta).
Todos os pacientes foram assistidos por
uma mesma equipe de cirurgiões. O preparo
pré-operatório consistiu em dieta pobre em resíduos, nos
dois primeiros dias que antecederam à operação;
a profilaxia de infecção constou de preparo do
cólon, com um catártico dado na véspera da operação
(500 ml de solução de manitol a 20% diluídos em
1000ml de suco de laranja, administrados em
quantidades fracionadas) por via oral e antibióticos dados em
dose única na indução anestésica (metronidazol -
1500mg, associado a amicacina _ 1000mg), por via
venosa, lentamente. Todos os pacientes foram operados
sob anestesia geral, com posição, na mesa operatória,
de Lloyd-Davies, ou seja, posição modificada
de litotomia Trendelenburg, com o paciente em
decúbito dorsal, um coxim sob a região sacral, os
membros inferiores afastados e dobrados, com as
pernas apoiadas em perneiras. Eram passadas sonda
naso-gástrica e vesical. A antissepsia abdominal
foi realizada com tintura de Povidine e a região
perineal com Povidine tópico. Em seguida eram colocados
os campos cirúrgicos. No grupo controle, a
abordagem da cavidade peritoneal foi feita por uma
incisão mediana pubo-umbilical, medindo cerca de 16
cm, atingindo, em espessura, pele, tecido adiposo subcutâneo, rafe aponeurótico mediano e
peritôneo. No grupo teste, foi realizada uma
minilaparotomia, oblíqua, na fossa ilíaca esquerda, medindo cerca de
8 a 10 cm, indo da linha média, cerca de 2cm acima
do púbis em direção da espinha ilíaca
ântero-superior. Em espessura, comprometia pele, tecido
adiposo subcutâneo, aponeurose do grande oblíquo,
incisão do músculo pequeno oblíquo, o músculo transverso
e o peritônio. Cuidou-se, sempre, de não lesar os
vasos epigástricos, na porção inferior da incisão.
Nos dois grupos, tomou-se como
procedimento básico a ser realizado, uma intervenção
cirúrgica padronizada, para todos os casos, a
retosigmoidectomia, com reconstituição do transito intestinal
pela técnica de Duhamel modificada com o uso
do grampeador circular (CDH 33), para tratamento
do megacólon chagásico. Este tratamento
cirúrgico consiste na ressecção do sigmoide dilatado e,
em continuidade, o reto até o nível da reflexão
peritonial, onde o coto retal distal é fechado, em dois planos,
um total, contínuo, e o outro, sero-muscular, com
pontos separados , com o fio de polivicryl 2-0
(Habr-Gama, A. et al.,1982 e Haddad, G. et al.,1995). O
cólon proximal é abaixado por traz do reto e a
anastomose colorretal é realizada na porção posterior do reto,
cerca de um a dois centímetros acima da linha pectínea,
com grampeador circular, mecânico, introduzido, através
do canal anal (Bechers, J. & Deldine, P., 1979 e
Cutait, D.E. et al., 1981).
Após a retirada do grampeador, a integridade
da anastomose era testada, ocluindo-se o cólon
abaixado, logo acima da sutura, com um clampe intestinal
e insuflando-se ar pelo ânus, enquanto a
anastomose ficava imersa em solução salina, colocada na
cavidade pélvica, e se buscava verificar escape de bolhas de
ar. Demonstrada a continência da sutura, a solução
salina era aspirada e a parede abdominal fechada, por
planos anatômicos. A sonda naso-gástrica era retirada ao
final da operação e a sonda vesical no primeiro dia de
pós-operatório. Os seguintes parâmetros foram
avaliados nos dois grupos estudados, relativos à
intervenção cirúrgica: tempo operatório e altura da anastomose
em relação à margem anal; relativos à evolução clínica
pós-operatória: tempo de restabelecimento dos
movimentos peristálticos; tempo de re-introdução da dieta
oral; necessidade pós-operatória de
analgésicos; extravasamento de contraste através da
anastomose, no controle radiológico pós-operatório;
complicações relacionadas à anastomose (deiscência);
complicações por comprometimento vascular ou de inervação
de órgãos vizinhos; complicações da incisão
(infecção, deiscência, eventração e evisceração); tempo
de permanência hospitalar e óbitos .
Na análise estatística, para comparação
de médias, utilizou-se o teste de Mann-Whitney, devido
à pequena dimensão da casuística. As comparações
entre proporções foram feitas através do teste do
qui-quadrado, com correção para a continuidade.
Quando se teve um número esperado menor que cinco (<
5), em pelo menos duas células da tabela, foi utilizado
o valor de p obtido pelo teste exato de Fischer. O
nível de significância utilizado (probabilidade de erro
tipo I) foi de 5%. Os testes de hipóteses foram bi-caudais.
Figura 1 _ minilaparotomia na fossa ilíaca esquerda |
RESULTADOS
A altura da anastomose colorretal em relação
à margem anal no grupo controle teve uma média de
3,71 ± 1,4 cm e no grupo teste de 4,07 ± 1,49 cm,
porém sem diferença estatística, conforme se observa
na Tabela-1.
O tempo cirúrgico no grupo controle (116,07
± 14,44 min) e no grupo teste (128,07 ± 16,9
min) também não apresentou diferença estatística,
conforme a Tabela-1.
Tabela 1 - Variáveis contínuas.
Variáveis |
Grupo Controle |
Grupo teste | ||
X | Desvio padrão | X | Desvio padrão | |
Altura da anastomose | 3,71 | ± 1,44 | 4,07 | ± 1,49 |
Tempo cirúrgico | 116,07 | ± 14,44 | 128,07 | ± 16,11 |
Tempo até reaparecimento dos ruídos hidro-aéreos | 23,08 | ± 3,33 | 22,15 | ± 4,51 |
Tempo até reintrodução da dieta | 1,92 | ± 0,28 | 1,85 | ± 0,38 |
Tempo de permanência hospitalar |
4,86 |
± 1,92 |
5,43 | ± 2,98 |
Dados Clínicos
As médias das variáveis: tempo
até reaparecimento dos ruídos hidro-aéreos, tempo
até reintrodução da dieta e tempo de
permanência hospitalar, quando comparadas, não
mostraram diferenças, estatisticamente significantes, conforme
se observa na Tabela-2.
Tabela 2 _ Resultados da análise estatística comparando os grupos estudados segundo as variáveis
contínuas investigadas.
Variáveis | Teste U de Mann-Whitney | Valor de p |
Altura da anastomose | 82,00 | 0,444 |
Tempo cirúrgico | 58,50 | 0,068 |
Tempo até reaparecimento de ruídos hidro-aéreos | 78,00 | 0,547 |
Tempo até reintrodução da dieta | 78,00 | 0,547 |
Tempo de permanência hospitalar | 92,00 | 0,777 |
Em relação ao alívio da dor pós-operatória,
no local da incisão da parede abdominal, em dois
casos do grupo teste, não houve necessidade do uso
de analgésico, ao contrário do que ocorreu nos
demais casos de ambos os grupos.
Analisando-se os dados da Tabela-3, relativa
a variável "necessidade do uso de analgésicos"
observa-se que não ocorreu diferença estatisticamente
significante.
Tabela 3 - Distribuição dos grupos estudados segundo a introdução de analgésico.
Grupo |
Introdução Analgésico |
Total | ||||
Sim |
Não |
|||||
N | % | N | % | N | % | |
Controle | 13 | 100,0 | 00 | 0,0 | 13 | 100,0 |
Teste | 12 | 85,7 | 02 | 14,3 | 14 | 100,0 |
Teste exato de Fischer: p = 0,481 |
Quanto à continência da anastomose
avaliada, no pós-operatório, por radiografia contrastada
com substancia iodada, em apenas um caso ocorreu
pequeno extravasamento inicial, porem sem repercussão
clínica (grupo teste).
Pelos dados da Tabela-4, não houve
diferença estatística entre os dois grupos analisados.
Tabela 4 - Distribuição dos grupos estudados segundo o extravasamento de contraste iodado ao nível
da anastomose no controle radiológico pós operatório.
Grupo | Extravasamento | Total | ||||
Sim | Não | |||||
N | % | N | % | N | % | |
Controle | 00 | 0,0 | 12 | 100,0 | 12 | 100,0 |
Teste | 01 | 8,3 | 11 | 91,7 | 12 | 100,0 |
Teste exato de Fischer: p = 1,000 |
Quanto às complicações, no grupo
controle houve um caso de necrose de parede da bexiga,
levando a peritonite. Já no grupo teste, quatro casos
apresentaram complicações. Em um caso houve deiscência parcial
de anastomose e, posteriormente hemorragia digestiva
alta; outro caso apresentou uma necrose do cólon
abaixado com peritonite no quarto dia de pós-operatório;
outro caso apresentou infecção da ferida operatória que
curou com drenagem das secreções e, por fim, houve um
caso que apresentou retenção urinária transitória.
A partir das informações da Tabela 5,
conclui-se que não foram encontradas
diferenças estatisticamente significantes entre os grupos
controle e teste referente a variável "Complicações".
Tabela 5 - Distribuição dos grupos estudados segundo as complicações.
Grupo | Complicações | Total | ||||
Sim | Não | |||||
N | % | N | % | N | % | |
Controle | 01 | 7,7 | 12 | 92,3 | 13 | 100,0 |
Teste | 04 | 28,6 | 10 | 71,4 | 14 | 100,0 |
Teste exato de Fischer: p = 0,326 |
De referência a óbitos, ocorreram dois
óbitos no grupo controle, um no 14° dia de
pós-operatório, por peritonite, conseqüente a necrose de parede
da bexiga e outro, no pós-operatório imediato por
infarto agudo do miocárdio. No grupo teste houve um
óbito causado por deiscência parcial de anastomose
e hemorragia digestiva alta no 16° dia de pós-operatório
De acordo com a Tabela-6, constatou-se que não foram encontradas diferenças
estatísticas significantes entre o grupo controle e teste relativa
à variável "ocorrência de óbito".
Tabela 6 - Distribuição dos grupos estudados segundo a ocorrência de óbito.
Grupo | Óbito | Total | ||||
Sim | Não | |||||
N | % | N | % | N | % | |
Controle | 02 | 14,3 | 12 | 85,7 | 14 | 100,0 |
Teste | 01 | 7,1 | 13 | 92,9 | 14 | 100,0 |
Teste exato de Fischer: p = 1,000 |
DISCUSSÃO
O estudo comparativo prospectivo entre a laparotomia mediana infra-umbilical e a
mini-laparotomia obliqua na fossa ilíaca direita
para abordagem do cólon sigmoide, no tratamento
do megacólon chagásico, pela técnica de
Duhamel modificada, não mostrou diferenças
estatisticamente significantes quanto a vantagens técnicas avaliadas
pela facilitação em se estabelecer a altura adequada,
em relação a margem anal, da anastomose colorretal,
com o uso do grampeador mecânico circular ou, de
uma maneira mais abrangente, por um menor tempo operatório. Também, do ponto de vista de avaliação
de parâmetros clínicos pós-operatórios (tempo
de reaparecimento de ruídos hidro-aéreos, tempo
de reintrodução da dieta oral, necessidade
pós-operatória do uso de analgésicos, extravasamento de
contraste iodado no controle radiológico pós-operatório
da anastomose, superveniência de
complicações, permanência hospitalar e ocorrência de óbitos).
Em situações em que se venha necessitar de
uma visualização ampla do abdome e mobilização
de estruturas distantes, a laparotomia infra
umbilical mediana apresenta nítidas vantagens.
Entretanto, levando-se em consideração o resultado estético,
a mini-laparotomia obliqua na fossa ilíaca
direita apresenta a vantagem de ter menor extensão,
ser realizada na direção das linhas de força da
pele, favorecendo a cicatrização cutânea.
CONCLUSÃO
A laparotomia mediana infra umbilical e
a mini-laparotomia obliqua na fossa ilíaca
direita, como vias de abordagem do cólon sigmoide
para tratamento cirúrgico do megacólon chagásico,
pela técnica de Duhamel modificada, são válidas
e superponíveis, não só quanto à facilitação
técnica da operação referida mas também quanto à
evolução clínica pós-operatória.
SUMMARY: Objective: The purpose of this study was to compare prospectively the surgical treatment of the chagasic
megacolon by median infra umbilical laparatomy and by obliquous minilaparatomy in the left iliac fossae, although the basic surgical
intervention was the modified technique of Duhamel, made with a single operatory period.
Methods: Twenty-eight patients were studied, divided in two groups: control (GA) and experimental (GB). 14 in the group
control (GA) and 14 in the group experimental (GB). The study analized the variable: age, sex, period of obstipation, height of
anastomosis, operatory period, period of reappearance of bowel sounds, period of reintroduction of oral diet, complications and period of
permanence in hospital. Results: The average period of obstipation in the (GA) was of 27,7 days and in the (GB) was 23,3 days.
Anastomosis height in the (GA) was 3,71 cm and in the (GB) was 4,07 cm. Operatory period in the (GA) was 1 hour 56 minutes and in the
(GB) was 2 hours 8 minutes. Period of recovery of intestinal transit in the (GA) was of 23 hours and 8 minutes and in the (GB) was
22 hours. Reintroduction of oral diet in the (GA) took place at the 1,92 day and in the (GB) at the 1,85 day. The hospital stay was of
4,86 days in the (GA) and 5,43 days in the (GB). These differences were not statistically significant (p > 0,05).
Conclusion: Obliquous minilaparatomy in the left iliac fossae and median infra-umbilical laparotomy for the approach of
retossigmoid aiming the surgical treatment of the chagasic megacolon, utilizing the modified technique of Duhamel, did not present
differences regarding operatory period, evolution of patients, hospitalization and
complications..
Key words: megacolon, duhamel, minilaparotomy.
Referências Biliográficas
1. Almeida AD. Laparotomias. In: Goffi FA . Técnica
Cirúrgica. Bases Anatômicas, Fisiopatológias e Técnicas da
Cirurgia. 2a ed. Rio de Janeiro:
Atheneu, 1984. p. 547-60.
2. Bechers, J & Deldine, P. A propos de 50
anastomoses colorectales basses par sutures mécaniques.
Acta Chir Belg., 77: 327-33, 1979.
3. Beck D.E. Preoperative Preparation. In BECK DE. Handbook of Colorectal
Surgery. St. Louis,
QMP., 1997; p. 129-145.
4. Habr-Gama, A, Goffi FA, Raia, A., Ferrão, SDT. Nagama,
Y. Tratamento Cirúrgico do Megacólon. Operação de
Duhamel. Rev CBC., 9: 25-31, 1982.
5. Haddad, J., Raia, A., Corrêa Neto, A. Abaixamento
Retro-retal do Colon com Colostomia do Megacolon
Adquirido. Operação de Duhamel Modificada.
Rev. Bras. Colo-Proct., 15(3): 126-130, 1995.
6. Karakousis, C.P., Cheng, C., Udobi, K., Lascola,
R.J. Abdomino-inguinal Incision in Adeno-carcinoma of the Sigmoid or Cecum. Dis Colon Rectum.,
41(10): 1322-27, 1998.
Endereço para
correspondência:
Itamar Augusto Nonato de Oliveira
Rua Almirante Frontim nº 36 - Country Club
489000-000 - Juazeiro (BA)
E-mail: guto2@uol.com.br
Trabalho realizado no Serviço de Cirurgia Colorretal _ Hospital Central Roberto Santos - Salvador _ BA