RESPOSTA DO TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO
1- A resposta correta é a letra D.
O canal anal já foi definido de várias formas
diferentes de acordo com conceitos anatômicos, histológicos
e cirúrgicos. Importantes grupos como o St. Mark's
Hospital em Londres e o Memorial Sloan-Kettering
Cancer Center em Nova Yorque definiram-no como indo da
linha pectínea até o puborretal. Já outros grupos como a
Mayo Clinic, The American Joint Committee on
Cancer (AJCC) e a União Internacional contra o Câncer
(UICC) consideram-no como da borda anal até o puborretal.
A Organização Mundial de Saúde considera que o
canal anal estende-se ao longo do esfíncter interno do
ânus, indo da superfície superior do músculo puborretal até
a borda anal.
Fenger C, Frisch M, Marti MC, Parc R. Tumours of the anal canal. In: Stanley Hamilton & Lauri Aaltonen. Pathology & Genetics. IARC Press, Lyon, 2000: 146-155.
Shank B, Cohen A, Kelsen D. Cancer of the Anal Region. In: DeVita V, Hellman S, Rosenberg, S. Cancer- Principles & Practice of Oncology. Lippincott, 1993: 1006-1022.
2- A resposta correta é a letra A.
Gawande e col. estudaram 54 casos de corpo
estranho esquecidos em cirurgias, ocorridos no estado de
Massachusetts no período de janeiro de 1985 a janeiro de
2001, comparando-os com 235 casos de pacientes
operados no mesmo período, com patologias semelhantes.
Embora todos os fatores relacionados nas alternativas
tenham sido estudados, houve relação estatística apenas
com cirurgia de emergência (risco 8,8 X), mudança
para procedimento não planejado (risco 4,1 X) e com
a obesidade ( risco 1,1 X).
Esquecer gazes, compressas ou instrumentos ocorre
em aproximadamente 1: 8801 a 1: 18760
procedimentos cirúrgicos não ambulatoriais, ou a cada 1: 1500
cirurgias de tórax ou abdome abertas; isso corresponde
ao movimento anual de um hospital de grande porte,
mas esses números podem estar subestimados, devido
à subnotificação.
Procedimentos de segurança incluem contar
as compressas no princípio e no fim da cirurgia; isso
pode ser uma boa forma de diminuir o problema, mas
não resolve totalmente, já que contagem e recontagem
podem conter erros, e é justamente nas cirurgias
complicadas (emergências, mudança de procedimento) que
esta medida de segurança tende a ser esquecida. Em caso
de dúvida (para alguns como rotina nesses pacientes
de risco), um estudo radiológico na mesa cirúrgica
pode ajudar, desde que sejam utilizadas apenas compressas
e gazes radiologicamente identificáveis.
Gawande AA, Studdert DM, LL B, Orav J, Brennan T, Zinner MJ. Risk factors for Retained Instruments and Sponges after Surgery. N England J Med 2003; 348: 229-235.
3- A resposta correta é a letra C.
A doença diverticular dos colons pode apresentar-se
de duas formas distintas:
· como uma doença difusa com incidência
maior numa faixa etária mais elevada, distribuição
universal dos divertículos no colon, com
divertículos hipotônicos, e cuja manifestação mais comum é
a hemorragia.
· como uma doença diverticular da sigmóide,
com divertículos hipertônicos, localizados no
colon sigmóide, incidindo numa faixa etária um
pouco mais jovem, e que pode provocar
inflamação (diverticulite), abscessos, fístulas e
espessamento (forma pseudotumoral).
Cruz GMG. Doença Diverticular Colônica Difusa. In: Cruz, GMG. Coloproctologia _ Propedêutica Nosológica . Revinter,2000; II: 985-1007.
4- A resposta correta é a letra E.
O ácido tricloroacético é um agente cáustico
que promove a destruição dos condilomas pela
coagulação química de seu conteúdo protéico. As suas soluções
são muito fluidas e podem espalhar-se rapidamente
quando aplicadas em excesso, causando dano às áreas
adjacentes e dor importante. Por isso deve ser aplicada com
cuidado, deixando-se secar antes do paciente mudar de
posição, para que não escorra para outras áreas. Se a dor
for intensa o ácido pode ser neutralizado com
bicarbonato de sódio ou talco.
Centers for Disease Control and Prevention. Sexually transmitted diseases treatment guidelines 2002. MMWR 2002: 51. Atlanta, USA.