ARTIGOS ORIGINAIS
VALOR PROGNÓSTICO DA EXPRESSÃO DA PROTEÍNA SURVIVINA EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRURGICO NO CÂNCER COLORRETAL
1Mauro DE SOUZA LEITE Pinho, 2Liz R. Ghislandi, 3 Hercílio Fronza Jr., 4Annelise Wengerkiewicz, 4Antonio Pereira Filho, 5Luís Carlos Ferreira, 5Harry Kleinubing Jr., 6 Leslie Ecker Ferreira
1Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, 2Universidade do Contestado e Programa de Mestrado em Saúde e Meio Ambiente, 3Serviços Integrados de Patologia, 4Departamento de Medicina, 5 Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José e Departamento de Medicina, 6 Laboratório de Pesquisas Biomoleculares da UNIVILLE, Joinville, SC, Brasil
RESUMO: Estudos recentes apontam existência de uma proteína com importante função inibidora da apoptose, denominada survivina, a qual apresenta aparentemente um valor prognóstico no câncer colorretal. OBJETIVOS: Avaliar a incidência e valor prognóstico da expressão tecidual da proteína survivina no câncer colorretal, além da hipótese de que a imunohistoquimica é um método adequado para sua análise na prática clínica. MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva da expressão da proteína survivina através de imunohistoquímica em espécimes tumorais referentes a 45 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do câncer colorretal. A imunorreatividade encontrada em cada espécime foi relacionada ao estadiamento e recidivas tumorais, além de uma análise qualitativa da adequação da imunohistoquímica para esta finalidade. RESULTADOS: Observou-se a expressão da proteína survivina em 40 casos (88,8%). Não foi evidenciada associação significativa entre a expressão da survivina e o estadiamento (p= 0,85) ou a presença de recidiva tumoral (p= 0,23). Em relação à imunohistoquímica, observamos que o posicionamento a nível citoplasmático desta proteína e sua reatividade em tecidos normais, ainda que em menor intensidade, representaram importantes obstáculos à sua quantificação em decorrência dos limites imprecisos observados à microscopia ótica. CONCLUSÕES: Embora apresentando uma elevada incidência de sua expressão nos casos de câncer colorretal examinados, não foi possível relacionar a expressão da survivina com o estadiamento ou prognóstico do câncer colorretal. Além disto, seu padrão de expressão citoplasmático associado à sua presença em tecidos normais mostrou-se em nossa experiência pouco adequado ao estudo quantitativo pela técnica de imunohistoquímica.
Descritores: câncer colorretal, survivina.
Introdução
Ao longo dos últimos anos, obteve-se
importante avanço na compreensão da etiopatogenia
das doenças neoplásicas através do desenvolvimento
de técnicas de biologia molecular, as quais possibilitam
a identificação de mecanismos intra e extracelulares
de controle do ciclo celular e o conseqüente
comportamento biológico dos tumores, os quais estão
relacionados à expressão e atuação de um grande número
de moléculas, em sua maior parte composta por proteínas.
A utilização crescente de técnicas como
o sequenciamento genético e a
imunohistoquimica expandiu em muito nossos conhecimentos a
respeito do grande número de genes e funções de
suas respectivas proteínas. Diversos métodos têm
sido desenvolvidos para sua detecção e quantificação
por técnicas de DNA recombinante (PCR), porém
a imunohistoquímica permanece como o método
mais disponível para a análise em bases clínicas, devido
ao seu custo reduzido e à possibilidade de sua
realização em laboratórios convencionais de anatomia patológica.
Estudos recentes apontam existência de
uma proteína com importante função inibidora da
apoptose, denominada survivina, a qual apresenta
aparentemente um importante valor prognóstico no câncer
colorretal, entre outros 1-3. Existem evidências de que a ação
da survivina seja relevante na transição de adenoma
com baixa displasia para carcinoma, o qual está
associado a uma redução da apoptose e aumento na
proliferação celular.
Assim sendo, o objetivo do presente trabalho é avaliar a incidência e valor prognóstico da
expressão tecidual da proteína survivina no câncer
colorretal, assim como a hipótese de que a imunohistoquimica
é um método adequado para sua análise, visando
uma maior aplicabilidade clínica.
MÉTODOS
Casuística
Foi realizada uma análise retrospectiva
da expressão da proteína survivina através de
imunohistoquímica em espécimes tumorais referentes a
45 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do
câncer colorretal no Departamento de Cirurgia do
Hospital Municipal São José, em Joinville, SC, sendo estes
casos selecionados de acordo com a qualidade dos blocos
de tecidos em parafina adequados para realização
da imunohistoquimica. Dentre estes foram incluídos
20 casos de pacientes do sexo feminino e 25 do
masculino, totalizando respectivamente 44% e 56% da
amostra. Em relação à localização do tumor, esta
mostrou-se compatível com a distribuição usual observada
na literatura, conforme observado na Tabela-1.
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Estadiamento Tumoral
Foram incluídos no presente estudo
apenas pacientes Dukes B e C. Pacientes Dukes A
foram excluídos da presente casuística devido a possível
viés, decorrente às baixas incidência e possibilidade
de recidiva.
Recidiva tumoral
Foi considerada recidiva da doença, a
presença de recorrência local ou metastática da
doença diagnosticada através de biopsias ou exames
de imagens. Dentro da amostra selecionada, esta foi observada em 17 (37,7%) dos casos em um
seguimento médio de 57 meses.
Método Imunohistoquimico
Todas as lâminas foram submetidas à
técnica de imunohistoquimica para a pesquisa da
expressão da proteína survivina, sendo utilizado o
anticorpo específico monoclonal Survivin Ab- 3 (clone
5E8), produzido pela Neo Markers (MS-1203-P1),
para detecção da expressão da proteína survivina.
Para avaliação de resultado do exame
de imunohistoquimica foram utilizadas duas
variáveis, sendo estas a extensão e a intensidade da coloração
da proteína survivina pelo anticorpo. Para
avaliação destas, foram determinados cinco campos
com aumento de 400 vezes, sendo utilizada a análise
por graus, segundo Altieri e cols. Visando aumentar
a reprodutibilidade desta análise subjetiva, estes
graus foram agrupados, segundo demonstrado nas
Tabelas-2 e 3, para classificação como positivos ou negativos.
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Análise Estatística
Para a análise estatística, utilizaram-se os testes qui-quadrado para demonstrar a associação
entre as variáveis estudadas, enquanto que o estudo
da correlação indicará a existência de relação entre
as variáveis.
RESULTADOS
Incidência de expressão de survivina
Observou-se a expressão da proteína
survivina em 40 casos entre o total de 45 casos
estudados (88,8%).
Extensão X Estadiamento
Conforme demonstrado na Tabela-4, não
foi evidenciada associação significativa entre a
extensão da survivina no tecido e o estadiamento tumoral
(p= 0,85).
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Extensão X Recidiva
Conforme demonstrado na Tabela-5 não foi encontrada associação significativa entre a
extensão da coloração tecidual pela survivina e a presença
de recidiva tumoral (p= 0,2347).
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Intensidade X Estadiamento
Conforme demonstrado na Tabela- 6, não
foi evidenciada associação entre intensidade da
coloração tecidual pela proteína survivina e o estadiamento
pela classificação de Dukes. (p=0,9828).
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Intensidade X Recidiva
Conforme demonstrado na Tabela-7, não
foi evidenciada associação entre intensidade da
coloração tecidual pela proteína survivina e presença de recidiva tumoral .
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Intensidade X Extensão
A análise da correlação entre a intensidade
e a extensão da expressão de proteína
survivina, observadas pela imunohistoquímica na presente
série, mostrou-se altamente significativa com r =
0,69 e p< 0,0001.
DISCUSSÃO
Tendo sido descrita pela primeira vez em 1997 por
Ambrosini1 como integrante de uma família
de proteínas inibidoras de apoptose (IAP), muitos
dos aspectos referentes à expressão da
survivina permanecem ainda bastante controversos. Dentre
estes, podemos destacar os resultados bastante
conflitantes ainda observados na literatura a respeito da
presença ou não desta proteína em tecidos normais. Reed e
cols (2001) 4 afirmam que "enquanto os tecidos
fetais contém abundante survivina em mRNA e proteínas,
a maior parte dos tecidos normais não a
apresentam". Esta afirmação pode ser confirmada pelo relato
de diversos autores como Knutsen e cols
(2004) 5, os quais foram incapazes de detectar a presença de
survivina através do método de imunohistoquímica na
mucosa normal de 74 pacientes portadores de câncer de
reto. Também utilizando a imunohistoquímica, Lin e
cols (2003) 6 falharam em encontrar qualquer
reatividade para survivina em 30 fragmentos de mucosa
intestinal normal. Por outro lado, diversos autores têm
relatado resultados absolutamente opostos a estes, através
da demonstração de proteína survivina em
tecidos normais. Utilizando a imunohistoquímica, Gianani
e cols (2001) 7 demonstraram a presença de
proteína survivina em todos os 20 casos de mucosa
colônica normal observada. Zhang e cols (2001)
8 encontraram também uma positividade de 100% para a presença
de survivina em 28 fragmentos de mucosa colonica, utilizando a técnica de RT-PCR.
A função fisiológica da proteína
survivina no epitélio intestinal
Um dos mais interessantes achados referentes à possível função da proteína survivina tem
emergido a partir de estudos que demonstram sua
expressão preferencial na base das criptas intestinais. Zhang
e cols (2001) 8 associaram este achado à redução
da expressão da proteína APC nesta região e
seu progressivo aumento na direção ascendente da
cripta em direção ao lúmen intestinal, onde a expressão
de survivina é ausente, e sugeriram a hipótese de que
a proteína APC inibe a ação da survivina. De acordo
com esta hipótese, tal arranjo seria adequado para
justificar o elevado índice proliferativo das células na base
da cripta e a maior incidência de apoptoses nas
células situadas junto à abertura luminal das criptas
intestinais, facilitada pela ausência de expressão de survivina
nesta região. Esta hipótese foi reforçada a partir dos
estudos de Boman e cols (2004) 9, os quais demonstraram
um perfil de expressão semelhante em criptas
colônicas em pacientes portadores de polipose familiar
e controles. Gianani e cols (2001) 7 adicionaram a
esta hipótese uma importante informação ao relatarem
uma diferença no padrão de expressão de survivina na
cripta intestinal, ao comparar mucosas normais e
neoplásicas. De acordo com este estudo, foi possível observar
um gradiente decrescente de expressão de survivina a
partir da base da cripta em direção à luz intestinal em
epitélio intestinal normal, enquanto tal padrão
tornou-se progressivamente alterado quando comparado
ao aspecto heterogêneo observado nos adenomas
e adenocarcinomas colônicos, respectivamente.
Embora não tenha sido considerada como
uma variável pré-definida para este estudo, a análise
do padrão de imunocoloração observado nos
espécimes incluídos no presente trabalho revelou um
aspecto correspondente àquele relatado pelos autores
acima, com predomínio de expressão de survivina na base
das criptas em segmentos de mucosa colônica
normal, sendo este padrão alterado progressivamente
nos tecidos tumorais.
Incidência de expressão em
tumores colorretais
Assim como a expressão em tecidos
normais, existe ainda grande controvérsia quanto à
real incidência da observação de expressão da
survivina no câncer colorretal, ocorrendo, como podemos
notar na Tabela-8, uma variação que oscila entre 54 e 100%.
No presente estudo, encontramos uma positividade de 88,8% nos espécimes
tumorais analisados, situando-se esta em um nível elevado
em relação à mediana de 65% entre os
resultados demonstrados na Tabela-8.
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Valor prognóstico da expressão de survivina
Este é um dos principais objetivos nos
estudos referentes à expressão de survivina no câncer colorretal.
Sarela e cols (2001) 2 observaram nos casos
positivos uma sobrevida de 5 anos significativamente
menor (94% X 52%), enquanto Rodel e cols (2002)
3 avaliaram a expressão de survivina
em adenocarcinomas de reto e encontraram uma
correlação inversa bastante significativa referente não apenas
à sobrevida (77% X 18%), mas também no que
diz respeito à recidiva local (37% X 6%) e metástases
à distância (78% X 18%). Resultados semelhantes
foram observados por Yang e cols 11, os quais analisaram
91 casos de câncer colorretal e encontraram
uma positividade significativamente maior em casos
com metástases (56% x 45%), além de uma pior
sobrevida em casos de tumores positivos para a expressão
de survivina (88,9% x 65,2%; p <0,01).
No presente estudo não foi possível
demonstrar valor prognóstico significativo entre a
expressão tumoral de survivina e o estadiamento ou índice
de recidiva tumoral, tanto na análise pela extensão
de coloração desta proteína quanto por sua
intensidade, contrariando os estudos acima citados.
Embora possamos considerar a possibilidade de ocorrência
de uma insuficiência de amostragem para alcançar
a significância estatística (erro tipo I), nossa
principal suspeita recai, no entanto, sobre a natureza
bastante subjetiva da avaliação quantitativa inerente ao
método de análise da expressão tumoral através
de imunohistoquímica, a qual discutiremos a seguir.
A imunohistoquímica como método
de avaliação da survivina
Embora represente uma das principais ferramentas no estudo da biologia molecular
através da possibilidade de identificação da presença
de determinada proteína mediante sua coloração após
sua ligação ao anticorpo específico, a
imunohistoquímica apresenta uma importante desvantagem devido
à dificuldade de obter-se uma quantificação
objetiva. Para minimizar este problema, diversas formas
de classificação têm sido utilizadas, baseando-se
em supostos graus de imunorreatividade, os quais
poderiam de alguma forma ser utilizados como
elementos comparativos entre amostras distintas. Além disto,
a própria natureza do método apresenta outros
sérios obstáculos a esta reprodutibilidade, incluindo
a presença de um grande número de variáveis
como anticorpos de diferentes origens, utilização de um
ou mais corantes, variações referentes a diluições,
tempo e temperatura de incubação, além da
eventual necessidade de realização de mais de uma bateria
de exames em momentos diferentes.
Em alguns centros, a utilização da
tecnologia destinada à análise destas lâminas de
imunohistoquímica, através da chamada citometria
digital, tem logrado oferecer um melhor controle
destas variáveis, permanecendo no entanto
relevantes questões referentes à reprodutibilidade entre
diferentes centros, observadores e métodos de coloração.
No caso da análise da expressão de
survivina, observa-se uma variabilidade entre os diferentes
autores na forma de quantificação da imunorreatividade.
Yao e cols (2004) 12 , ao analisar uma série de 126 casos
de câncer colorretal consideraram como presente
a imunorreatividade em todos os espécimes, a qual
foi, no entanto, classificada como alta ou baixa. Por
outro lado, Sarela e cols (2001) 2 analisaram uma série de
49 casos de câncer colorretal e relataram uma
positividade de apenas 61,2%. Considerando-se a natureza
subjetiva desta avaliação, torna-se difícil comparar estes
dois estudos, não podendo ser excluída a hipótese de
que espécimes cuja imunorreatividade foi
considerada como ausente por estes últimos autores, poderia
talvez ser classificada como de baixa reatividade
pelos critérios de Yao e cols 12.
Em nossa experiência, pudemos observar a presença de um fator complicador adicional ao
estudo da survivina pela técnica de
imunohistoquímica. Apesar da boa reatividade obtida e da
qualidade adequada dos métodos de coloração realizados,
o posicionamento intracelular disseminado a
nível citoplasmático desta proteína e sua reatividade
em tecidos normais, ainda que em menor
intensidade, representou um sério obstáculo adicional à
sua quantificação em decorrência do aspecto
disseminado e de limites imprecisos dentro dos tecidos.
Neste sentido, embora seja nossa intenção prosseguir
nestes estudos após possíveis tentativas de
melhor padronização de leitura dos padrões
de imunorreatividade, pareceu-nos importante
registrar estas dificuldades encontradas com o objetivo de
que nossa experiência possa servir como elemento
de auxílio para outros autores interessados na análise
da expressão tecidual de survivina.
Como conclusão, observamos então
que, apesar de uma positividade de 88,8% de
positividade para a expressão da survivina nos casos
estudados, não foi possível relacionar a expressão da
survivina com o estadiamento ou o prognóstico do
câncer colorretal. A partir de experiência inicial,
pudemos ainda concluir que o padrão de
expressão citoplasmático de survivina associado à sua
presença em tecidos normais, ainda que em menor
intensidade, mostrou-se pouco adequado ao estudo
quantitativo pela técnica de imunohistoquímica.
SUMMARY: Estudos recentes apontam existência de uma proteína com importante função inibidora da apoptose, denominada survivina, a qual apresenta aparentemente um valor prognóstico no câncer colorretal. OBJETIVOS: Avaliar a incidência e valor prognóstico da expressão tecidual da proteína survivina no câncer colorretal, além da hipótese de que a imunohistoquimica é um método adequado para sua análise na prática clínica. MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva da expressão da proteína survivina através de imunohistoquímica em espécimes tumorais referentes a 45 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do câncer colorretal. A imunorreatividade encontrada em cada espécime foi relacionada ao estadiamento e recidivas tumorais, além de uma análise qualitativa da adequação da imunohistoquímica para esta finalidade. RESULTADOS: Observou-se a expressão da proteína survivina em 40 casos (88,8%). Não foi evidenciada associação significativa entre a expressão da survivina e o estadiamento (p= 0,85) ou a presença de recidiva tumoral (p= 0,23). Em relação à imunohistoquímica, observamos que o posicionamento a nível citoplasmático desta proteína e sua reatividade em tecidos normais, ainda que em menor intensidade, representaram importantes obstáculos à sua quantificação em decorrência dos limites imprecisos observados à microscopia ótica. CONCLUSÕES: Embora apresentando uma elevada incidência de sua expressão nos casos de câncer colorretal examinados, não foi possível relacionar a expressão da survivina com o estadiamento ou prognóstico do câncer colorretal. Além disto, seu padrão de expressão citoplasmático associado à sua presença em tecidos normais mostrou-se em nossa experiência pouco adequado ao estudo quantitativo pela técnica de imunohistoquímica.
Key words: Câncer colorretal, survivina.
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Endereço para correspondência:
Mauro de Souza Leite Pinho
Rua Palmares, 380 - Atiradores
89203-230 - Joinville (SC)
Recebido em 05/04/2005
Aceito para publicação em 16/05/2005
Trabalho realizado pelo Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, Disciplina de Clínica Cirúrgica e Programa de Mestrado em Saúde e Meio Ambiente da UNIVILLE, Joinville, SC.