GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR
ESTADIAMENTO MOLECULAR DO CÂNCER COLORRETAL: O FUTURO SE APROXIMA
1Mauro de souza leite Pinho
1Hospital Municipal São José, Joinville, Santa Catarina, Brasil
PINHO MSL. Estadiamento Molecular do Câncer Colorretal: O Futuro se
Aproxima. Rev bras Coloproct, 2005;25(3): 279-284.
RESUMO: Embora grandes avanços tenham ocorrido nas últimas décadas com o objetivo de melhor correlacionar o estágio de evolução do câncer colorretal com as probabilidades de recorrência, persiste até hoje uma elevada margem de insegurança quanto à efetividade do tratamento realizado, não raramente contrariando avaliações prognósticas inicialmente favoráveis. As tentativas de avaliação prognóstica apresentam a grave limitação de restringirem-se à observação da morfologia tumoral, não fornecendo, necessariamente, informações sobre o potencial comportamento biológico do tumor, o qual está relacionado aos mecanismos intrínsecos de funcionamento das células componentes daquele tecido. O desenvolvimento de novos métodos de análise da expressão gênica, em particular através da técnica de microarrays, permitiu a observação da expressão gênica de milhares de genes de forma simultânea, tornando possível a identificação do perfil genômico dos diferentes tecidos e permitindo uma correlação com seu comportamento biológico. Estudos recentes demonstraram a possibilidade de predição do status linfonodal em tumores colorretais primários, a partir da análise de seu perfil genômico tumoral através da técnica de microarrays. Outros estudos utilizando esta mesma técnica tem permitido a identificação de conjuntos de genes, denominados como assinatura genética, cuja expressão evidenciou um valor prognóstico relacionado à recorrência e sobrevida superior ao método convencional de estadiamento tumoral, através da classificação de Dukes e suas variações. Estes resultados sugerem uma perspectiva bastante favorável em direção a um histórico salto de qualidade no que diz respeito ao melhor conhecimento e avaliação prognóstica do câncer colorretal.
Descritores: Câncer colorretal, biologia molecular, fatores prognósticos
Introdução
Dentre o amplo espectro de
características desfavoráveis do câncer destaca-se seu caráter
de grande imprevisibilidade quanto ao prognóstico
do paciente, independentemente da qualidade do tratamento instituído. Embora grandes avanços
tenham ocorrido nas últimas décadas com o objetivo de
melhor correlacionar o estágio de evolução da doença com
as probabilidades de recorrência, persiste até hoje
uma elevada margem de insegurança quanto à
efetividade do tratamento realizado, não raramente
contrariando avaliações prognósticas inicialmente favoráveis.
Ao longo deste percurso histórico,
práticamente todos os aspectos epidemiológicos,
clínicos ou morfológicos foram correlacionados
ao comportamento biológico do câncer colorretal
numa tentativa de estabelecer critérios
prognósticos confiáveis. A observação da idade ou sexo do
paciente, a localização e volume do tumor, assim como sua
forma de apresentação clínica mostraram-se
insatisfatórios para atingir estes objetivos. Bastante mais precisos,
os aspectos microscópicos tumorais revelaram um
valor prognóstico mais confiável, obtendo-se uma
melhor correlação entre os índices de recorrência ou
sobrevida e a análise do grau de diferenciação tumoral,
presença de mucina, invasão angiolinfática e
infiltrado linfocitário. Apesar de todos estes avanços, no
entanto, persistem até hoje os estudos pioneiros de Dukes
1 a respeito da análise locorregional de infiltração
tumoral e pesquisa de metástases linfonodais, como o
padrão ouro para estabelecimento do prognóstico do
paciente, embora tenha esta classificação sofrido
algumas modificações até o padrão TNM atualmente aceito
de forma consensual, preservando no entanto seus princípios básicos.
Entretanto, todas estas tentativas de
avaliação prognóstica apresentam a grave limitação
de restringirem-se à observação da morfologia
tumoral, mesmo a nível microscópico. Desta forma, a
obtenção de um registro momentâneo da evolução tumoral
não irá fornecer, necessariamente, informações sobre
o potencial comportamento biológico do tumor, o qual
está relacionado aos mecanismos intrínsecos
de funcionamento das células componentes daquele tecido.
Os estudos de biologia molecular do
câncer, realizados nos últimos anos, demonstraram que
estes mecanismos referem-se na verdade a diversas
ações nas funções de proliferação celular, correção de
reparos no DNA, disponibilidade de suprimento sanguíneo
pela angiogênese, elementos de adesão e mobilidade
das células, entre outras 2, 3 .
Sem o conhecimento dos mecanismos da carcinogênese que irão determinar o
funcionamento das células de cada tecido tumoral
individualmente, qualquer observação morfológica restringir-se-á a
uma análise retroativa do caminho percorrido até
aquele determinado estágio. Obtidas estas informações,
será estabelecida uma avaliação prognóstica baseada
em comparação com dados estatísticos oriundos de
séries históricas, as quais incluem um grande número
de casos. Embora representando ainda nossa
principal ferramenta para uma avaliação da gravidade de
cada caso, é importante que tenhamos em mente que
estes dados estatísticos referem-se a uma média da
evolução de tumores com mecanismos de carcinogênese
distintos entre si, incluindo consequentemente um
importante viés que reduz consideravelmente a confiabilidade
do referido prognóstico.
Funcionamento celular: genes e proteínas
Sabemos que as proteínas representam
o principal grupo de moléculas responsáveis
pela estrutura e funcionamento das células normais
ou patológicas. Desde a formação do citoesqueleto até
a complexa sinalização que permite uma
perfeita sincronia de ações internas e externas da
célula, milhares de proteínas atuantes no núcleo,
citoplasma ou membrana celular desempenham funções de
grande relevância, podendo, em casos de até uma
única anormalidade, levar a falhas que irão
eventualmente resultar em graves distúrbios teciduais.
Sendo estas proteínas sintetizadas a partir
da transcrição de sua respectiva sequência gênica
contida na molécula de DNA nuclear, vemos então
que eventuais anormalidades destes genes poderão
resultar em uma ação celular alterada. Desta forma,
poderemos observar tais alterações tanto a partir da análise
dos genes obtidos a partir do DNA tecidual, como
pelo estudo das proteínas expressas no referido tecido.
Estima-se hoje, a partir dos estudos
incluídos no Projeto Genoma Humano, que cada molécula
de DNA contenha cerca de 40 000 genes, os quais
seriam responsáveis pela codificação de um número
ainda indeterminado de proteínas. Embora o DNA
nuclear, contido em cada célula somática do corpo
humano, seja exatamente o mesmo independentemente de
sua localização nos mais diversos tecidos, o padrão
de ativação destes genes para a síntese das
respectivas proteínas (expressão gênica) é váriavel,
sendo responsável então pela grande variabilidade
celular existente entre estes tecidos. Como exemplo,
embora as células hepáticas contenham em seu DNA os
genes responsáveis pela codificação e expressão de
proteínas, como a insulina ou o glucagon, estes não serão
ali ativados, o que somente irá ocorrer nas
células pancreáticas.
De uma forma geral, estima-se que apenas cerca de 10 000 genes em cada célula serão
passíveis de ser ativados para expressão gênica e, sendo
estes diferentes para cada tecido, irão
consequentemente determinar a estrutura e funcionamento de
suas respectivas células. A isto denominamos perfil
genômico, o qual será então responsável pelo
respectivo perfil proteico desta célula.
Da mesma forma pela qual estes perfis
genômicos ou proteícos irão determinar a estrutura
e comportamento biológico dos tecidos normais, o
mesmo ocorrerá nos tecidos patológicos como os tumores.
Células normais e neoplásicas: qual a diferença?
As primeiras aplicações das técnicas
de biologia molecular à oncologia tiveram por
objetivo fazer uma comparação entre células normais e
tumorais em relação à expressão de alguns genes isolados,
como p53, k-ras e muitos outros 4-7. À medida que
novos genes e seus respectivos produtos proteicos
foram progressivamente sendo descobertos,
tornou-se evidente que o processo de carcinogênese
está associado não apenas à alteração de uns poucos
genes, mas a uma complexa relação entre centenas
ou possivelmente milhares de genes distintos,
atuando através de suas respectivas proteínas sobre
diferentes etapas do funcionamento celular.
O desenvolvimento de novos métodos
de análise da expressão gênica, em particular através
da técnica de microarrays, a qual utiliza o princípio
da hibridização do RNA mensageiro, permitiu
a observação da expressão gênica de milhares de
genes de forma simultânea. Desta forma, tornou-se
possível a identificação do perfil genômico dos
diferentes tecidos, demonstrando quais proteínas estão
atuando em suas células e permitindo uma correlação com
seu comportamento biológico 8.
Uma vez disponível esta ferramenta,
diversos autores realizaram estudos visando identificar
grupos de genes cujas alterações estivessem associadas
a anormalidades teciduais, buscando assim
estabelecer uma relação entre causa e efeito. Em relação ao
câncer colorretal, foram comparadas inicialmente
as expressões gênicas entre mucosa colônica normal
e adenocarcinomas. Através destas
comparações, Takemasa e cols
9 identificaram 59 genes com expressão gênica diferenciada entre um total de
4608 estudados, enquanto Stremmel e cols
10 observaram diferenças entre 100 a 500 genes entre mais de
6000 analisados. Seguindo uma metodologia
semelhante, Kitahara e cols 11 relataram uma expressão
diferente entre tecido normal e patológico em 235 genes em
um total de 9126 estudados.
Além das diferenças entre tecidos normais
e patológicos, outros autores buscaram
identificar eventuais alterações de expressão gênica entre
graus diferentes na doença neoplásica. Lin e cols
12 identificaram um grupo de 50 genes entre 23
040 estudados, os quais foram utilizados como escore
para distinguir entre adenomas e adenocarcinomas colorretais. Por outro lado, Hegde e
cols13 observaram em adenocarcinomas colorretais metastáticos
uma expressão diferenciada em 176 genes entre
19200 analisados, sugerindo que estes estejam
relacionados a este pior comportamento biológico.
Expressão gênica x
metástases linfonodais
Uma das questões mais relevantes
referentes à indicação cirúrgica no câncer colorretal refere-se
à impossibilidade de predição da presença de
metástases linfonodais, durante a avaliação pré-operatória de
um tumor primário. Apesar de grandes avanços em
métodos de imagem, como a endossonografia e a
ressonância magnética, persistem as dificuldades no sentido
de estabelecer-se a probabilidade de existência
de disseminação linfática, levando eventualmente
à necessidade de ressecções mais extensas em
lesões localizadas a fim de obter-se um estadiamento
mais adequado.
Croner e cols 14 realizaram um estudo
visando avaliar a possibilidade de predição do status
linfonodal em tumores colorretais primários, a partir da
análise de seu perfil genômico tumoral através da técnica
de microarrays. Para alcançar este objetivo,
foram identificados 50 genes com maior potencial
preditivo cuja expressão foi comparada entre espécimes
tumorais sem metástases linfonodais (estágio I e II) e um
grupo semelhante com metástases linfonodais (estágio III).
A adição deste método de avaliação acrescentou
um benefício relevante na análise do status linfonodal,
cujo valor preditivo alterou-se de 53% a 61% obtido
com os métodos convencionais para 65% a 70% após
a inclusão dos resultados dos exames de
microarray. Baseados nestes resultados, os autores concluem
que este procedimento poderá futuramente ser
incluido como forma de análise a partir de biópsias
pré-operatórias, possibilitando uma maior
confiabilidade à predição da existência de metástases linfonodais
no câncer colorretal.
Estadiamento molecular: Dukes e TNM finalmente superados?
Seguindo-se à previsível evolução a partir
da sequência de trabalhos apresentada acima, Eschrich
e cols 15 publicaram, em maio do corrente ano,
os resultados de um interessante estudo cujos
resultados podem vir a representar um verdadeiro marco
na história da oncologia
cirúrgica.
Inicialmente, destacam que enquanto a classificação proposta por Dukes e suas
subsequentes modificações possibilitam informações
prognósticas bastante confiáveis para os graus A e D, são
pouco úteis para os estágios intermediários B e C. Além
disto, esta classificação não pode ser aplicada até que
seja realizada a ressecção completa da lesão
neoplásica, incluindo uma adequada linfadenectomia.
Em seguida, apresenta a tecnologia baseada em microarrays, como tendo sido já utilizada
em tumores de mama e linfomas com bons resultados
para a predição de sobrevida dos pacientes
16-18 , destacando o fato de que, ao contrário das outras utilizadas até
o momento, esta avaliação prognóstica pode ser
realizada no momento do diagnóstico do tumor a partir de
uma biópsia, partindo-se da hipótese de que
qualquer fragmento deste tumor já irá conter as
informações necessárias para predizer seu
comportamento biológico.
Para a realização de seu estudo, os
autores selecionaram 78 casos de tumores colorretais com
um seguimento mínimo de 36 meses, subdivididos
entre sobreviventes (grupo bom prognóstico) e
não sobreviventes (grupo mau prognóstico). Estas
amostras tumorais foram então submetidas a um
sofisticado estudo estatístico, baseado em achados de
microarray, no qual foi feita uma análise da expressão de
31.872 genes com o objetivo de selecionar aqueles genes
com maior potencial de diferenciação para bom ou
mau prognóstico.
A partir desta análise estatística, os
autores identificaram um conjunto de 43 genes cuja
expressão melhor correlacionou com o tempo de sobrevida.
O potencial discriminativo deste conjunto de genes
para os grupos de sobreviventes ou não sobreviventes
foi comparado com a efetividade prognóstica
da classificação de Dukes. Conforme observamos
na Figura-1, a análise baseada neste
estadiamento molecular foi altamente significativa
(p<0.001) enquanto a classificação de Dukes mostrou-se
ineficaz para este propósito (p=0.2). A acurácia da
classificação molecular para predizer o prognóstico destes
pacientes para uma sobrevida de 36 meses foi de 90%, com
uma sensibilidade de 93% e uma especificidade de 84%.
a. Sobrevida x Dukes | b. Sobrevida x Estadiamento molecular |
Figura 1 - Análise comparativa entre os grupos de sobreviventes e não sobreviventes em 36 meses através da classificação de Dukes (p=0.2) e o estadiamento molecular (p< 0.001) utilizando-se um conjunto de 53 genes com maior poder discriminativo. |
Visando validar esta classificação, os
autores reproduziram este estudo em uma série de
amostras obtidas de um outro grupo de 95 pacientes
portadores de câncer colorretal integrantes de um banco de
dados da Dinamarca. Neste estudo, o número de
genes analisados (assinatura genética) foi reduzido de
43 para 26 genes. Novamente, mesmo utilizando
este número menor de genes, o estadiamento
molecular mostrou-se muito mais efetivo na
predição prognóstica de sobrevida (p,0.001) quando
comparado à classificação de Dukes (p=0.11),
conforme demonstrado na Figura-2.
a. Sobrevida x Dukes | b. Sobrevida x Estadiamento molecular |
Figura 2 - Análise comparativa da sobrevida através da classificação de Dukes (p=0.1) e o estadiamento molecular (p< 0.001) utilizando-se um conjunto de 26 genes préviamente selecionados a partir do estudo anterior. |
Baseados nestes achados, os autores
sugerem que este sistema de estadiamento molecular,
através da pesquisa da assinatura genética,
apresentou-se superior à forma convencional de avaliação
do prognóstico baseado nos achados
morfológicos utilizados pela classificação de Dukes e
suas modificações subsequentes. Como
primeira aplicabilidade desta classificação, sugerem
uma indicação mais acurada para a quimioterapia, de
forma a evitar tratamentos desnecessários ou sua
não indicação em casos de pior prognóstico não
detectado através do estadiamento convencional.
Este trabalho reforça os resultados
publicados por Wang e cols 19 em 2004, os quais relataram
uma acurácia de 78% na predição de recorrência em
um grupo de 36 pacientes portadores de câncer
colorretal estadiados como Dukes B. Ao utilizar o
mesmo procedimento através da pesquisa de uma
assinatura genética tumoral incluindo 23 genes, os autores
foram capazes de predizer a recorrência em 13 dos
18 pacientes que apresentaram recorrência (72%) e
a ausência de recorrência em 15 dos outros 18
pacientes que evoluiram bem (83,3%).
Assim sendo, parece-nos que estes
resultados recentes, embora ainda necessitando de
confirmação através de estudos adicionais, sugerem uma
perspectiva bastante favorável em direção a um histórico salto
de qualidade no que diz respeito ao melhor
conhecimento e avaliação prognóstica do câncer colorretal. Mais
do que nunca, portanto, é necessário que este seja um
tema considerado de grande relevância entre aqueles que
se dedicam ao tratamento do câncer colorretal, a fim
de que possamos, em um menor prazo
possível, transformar estes avanços na área da pesquisa
em biologia molecular em verdadeiros benefícios
no tratamento de nossos pacientes.
SUMMARY: Despite great advances occurred over the last decades concerning prognostic evaluation of colorectal cancer after
surgical treatment, a high rate of failures is still observed. Based on macroscopic or microscopic morphological assessment, these
prognostic staging have the drawback of not taking in account the individual tumor biological behaviour. Development of microarray essays
to identify individual tumour gene expression profiles has contributed for a better prediction of the risk of recurrence and survival.
Recent studies using these techniques have demonstrated a highly significant correlation to lymph node status. Furthermore, a significant
benefit of gene expression microarray assessment in survival prediction compared to conventional Dukes classification has provided an
encouraging route towards a more accurate prognostic evaluation and consequent improved results in the treatment of colorectal cancer.
Key words: Colorectal cancer, molecular biology, prognostic factors
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Endereço para correspondência:
MAURO PINHO
Rua Palmares 380
Joinville, Santa Catarina
Cep. 89203-230
Recebido em 24/08/2005
Aceito para publicação em 15/09/2005
Trabalho realizado pelo Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, Joinville, Disciplina de Clínica do Departamento de Medicina da UNIVILLE