RESPOSTA DO TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO
1 - A resposta correta é a letra D.
A difilobotríase ou "teníase do peixe"
acomete eventualmente pessoas que ingerem peixe cru. O
seu diagnóstico vem sendo feito com maior freqüência
no Brasil nos últimos 2 anos. Na maioria das vezes
a infestação é assintomática, e o paciente
toma conhecimento dela através de um exame
parasitológico de fezes, que identifica o ovo do parasita, ou
através da percepção da eliminação de parte do
verme (estróbilo, conjunto de proglótides). Mais raramente
o paciente pode apresentar desconforto abdominal, diarréia, vômitos e perda de peso. Nas
infestações parasitárias maciças pode haver obstrução
intestinal. O exame parasitológico de fezes faz o diagnóstico
na maioria dos casos, mas a identificação das
proglótides eliminadas tem valor diagnóstico. A droga de
escolha é o praziquantel, na dose de 5 a 10 mg por quilo
de peso corporal, administrado em dose única,
ou alternativamente pode ser usada a niclosamida, 2 g
em dose única.
· Parasites and Health _ DPDx _ Centers for Disease Control _ USA - http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/diphyllobothriasis.htm - acessado em 29-10-2005.
2 - A resposta correta é a letra A.
A síndrome do "blue rubber bleb nevus" é
uma condição rara, com incidência aproximada de 1:
14.000, caracterizada pela presença de
hemangiomas, localizados principalmente na pele e no tubo
gastrointestinal. As lesões cutâneas costumam ser
azuladas, variam em tamanho de milímetros a centímetros,
e ocorrem mais comumente no tronco e extremidades. As lesões gastrointestinais podem ocorrer da boca
ao ânus, costumam comprometer múltiplos
segmentos, mas são mais comuns no intestino delgado.
Podem apresentar-se com quadro de anemia por
múltiplos pequenos sangramentos ou com quadro de
hemorragia digestiva importante. O tratamento deve incluir
uma busca ativa e ser personalizado, já que sendo
uma doença difusa, o paciente pode acabar com a
síndrome do intestino curto. As lesões maiores devem
ser ressecadas, mas as menores podem ser tratadas
com uma "sutura em bolsa".
· Teixeira MG, Perini MV, Marques CF,
Habr-Gama A, Kiss D, Gama-Rodrigues JJ. Blue Rubber Bleb Nevus Syndrome: case report. Rev
Hosp Clin Fac Med Sao Paulo. 2003 58 (2): 109-112.
· Fishman SJ, Smithers CJ, Folkman J, Lund DP,
Burrows PE, Mulliken JB, Fox VL. Blue rubber bleb nevus syndrome: surgical eradication of
gastrointestinal bleeding. Ann Surg. 2005; 241(3): 523-8.
3 - A resposta correta é a letra
D.
Pacientes com elevação do CEA após o
tratamento inicial devem ser investigados para a localização
de recidivas. O "PET SCAN", um exame baseado na
fusão de uma tomografia computadorizada com
uma cintigrafia, tem sua melhor indicação na pesquisa
de recidivas com exames de imagem normais.
· Corman ML . Carcinoma of the Colon. In: Corman ML. Colon & Rectal Surgery. Lippincott Williams & Wilkins 2005: 767-903.
4 - A resposta correta é a letra D.
A Organização Mundial de Saúde e o Ministério
da Saúde recomendam o tratamento imediato dos
pacientes portadores de doenças sexualmente transmitidas
(DSTs). A solicitação de exames não disponíveis, o
agendamento para datas distantes e o encaminhamento para
outras unidades fazem com que 70 % dos portadores de
DSTs no Brasil sejam tratados em farmácias. O
preconizado é que o paciente receba no mesmo dia
diagnóstico, tratamento e aconselhamento. Nada impede que
sejam solicitados exames confirmatórios, se disponíveis,
mas isso não deve atrasar o tratamento. O diagnóstico
deve ser baseado na abordagem sindrômica:
corrimentos uretral e vaginal, úlcera genital, verrugas e dor
pélvica. Sidney Nadal propôs 3 síndromes para a região
anorretal: úlcera anal, verrugas e proctites. Num paciente
HIV negativo com proctite, as duas causas mais
prováveis são infecção por gonococo e clamídia, e
na impossibilidade de distingui-las, que aliás é
bastante comum, devemos tratar as duas.
· Nadal SR, Carvalho JJM. Abordagem
Sindrômica das Doenças Sexualmente Transmitidas. Rev
Bras Coloproct, 2004; 24 (1): 70-72.
· Doenças Sexualmente Transmissíveis - Manual
de Bolso - Coordenação Nacional de DST e
Aids. Ministério da Saúde. Brasília - DF - 2000.