RESUMO DE ARTIGOS
LUIS CLAUDIO PANDINI - TSBCP
Tripathi MD, Mishra B. Colonic Injuries (Primary repair and Proximal colostomy). Int Surg 2005; 90 : 297-304
Este artigo compara os resultados das
lesões traumáticas colônicas tratadas por sutura primária
ou sutura e colostomia proximal em 94 pacientes. É
sabido que certos fatores de risco têm valor preditivo em
casos de lesões colônicas, tais como: contaminação
fecal grosseira, mais que duas lesões viscerais, mais
que quatro unidades de transfusão sanguínea e extensa
lesão colônica, independente do tipo de operação realizada.
O Reparo primário é discutível, entretanto com
a presença de antibioticoterapia potente é seguro e
de menor custo que o procedimento de Reparo e colostomia protetora.
Os autores concluem que a sutura primária pode
ser realizada em quase todos os casos, exceto em
certos casos selecionados que são avaliados no
intra-operatório, levando-se em conta os fatores de
risco citados acima.
A mortalidade dos pacientes com lesões
traumáticas colônicas está mais associada aos fatores de risco
do que propriamente às lesões colônicas.
Regadas FSP, Regadas SMM, Rodrigues LV, Lima D, Silva FR, Regadas Filho FSP. Cirurgia Colorretal Laparoscópica. Experiência com 401 casos. Rev bras videocir 2005;3(4): 191-195
Este artigo apresenta a experiência na utilização do acesso videolaparoscópico para o tratamento de afecções colorretais em 401 pacientes operados no período de Dezembro de 1991 a Setembro de 2005. Duzentos e trinta e seis (59,0%) pacientes eram do sexo feminino, com idade média de 54.2 anos. As cirurgias executadas foram: Retossigmoidectomia, 114 (28,5%); Sigmoidectomia, 86 (21,5%); Reconstituição do trânsito intestinal pós Hartmann, 48 (12,0%); Cirurgia de Miles, 26 (6,5%); Colectomia Direita, 27 (6,75%); Sacropromontofixação, 13 (3,25%); Colectomia Esquerda, 10 (3,0%); e Colectomia Total, 23 (5,7%). O tempo operatório médio foi de 166,3 min. Em média, os ruídos peristálticos tornaram-se audíveis nas primeiras 15,4 horas, o início da dieta oral foi realizado em 1,6 dias, e a permanência hospitalar média foi de 4,3 dias. Foram registradas complicações transoperatórias em 21 (5,2%) pacientes e pós operatórias em 68 (17,0%). Ocorreram 25 (6,2%) conversões e dois (0,4%) óbitos.
Rutgeerts P, Sandborn WJ, Feagan BG e tal. Infliximab for Induction and Maintenance Therapy for Ulcerative Colitis. r Engl J 2005; 353:2462-76
Este estudo prospectivo controlado duplo cego _
" The active Ulcerative Colitis Trials I and 2 (Act
1 and ACT 2) avaliou a eficácia do Infliximab na
terapia de indução e manutenção em pacientes adultos
com retocolite ulcerativa. Em cada estudo, 364
pacientes com RCUI de moderada a severa foram tratados
com medicação simultânea recebendo placebo ativo
ou Infliximab (5mg ou 10 mg/kg/peso) intravenoso
nas semanas 0,2 e 6 e depois, a cada 8 semanas por
46 semanas (Act 1) ou 22 semanas (Act 2). Os
pacientes foram seguidos por 54 semanas no Act 1 e 30
semanas no Act 2.
Os autores concluíram que pacientes com
retocolite ulcerativa moderada e grave tratados com
Infliximabe nas semanas 0,2 e 6 e a cada 2 meses obtiveram
resposta clínica melhor com 8,30 e 54 semanas que
os pacientes tratados com placebo.
Carvalho F, Monteiro Santos EM, Rossi B M et al. Clinicopathological Significance of BAT 26 Instability in 184 Patients with Colorectal Cancer. Applied cancer research 2005; 25(1):36-40
O objetivo deste estudo foi avaliar a
significância clínico-patológica da instabilidade microsatélite
BAT 26 em pacientes com câncer colorretal.
A instabilidade BAT 26 foi achada em 22 (12%)
dos 184 casos e foi relacionada com tumores proximais
(p <0,001); câncer colorretal de WPCC. (p =
0,002); tumores indiferenciados (p=0,025) e
componente mucinoso (p=0,082). A sobrevida câncer-específica
em 5 anos foi de 65% e 85% para estável e instável
BAT 26 respectivamente, com nenhuma
diferença significativa.
Os autores concluem que a instabilidade BAT 26
deve ser útil como método de pesquisa para
selecionar pacientes para instabilidade microsatélite.
Baig MK, Wexner SD. Postoperactive ileus: A Review. Dis colon Rectum 2004; 47:516-526
Este interessante artigo faz uma revisão de um
tema relevante com relação à etiologia, fisiopatologia
e opções terapêuticas do íleo pós operatório.
Na conclusão dos autores, o íleo paralítico
pós operatório continua sendo um problema
significativo após cirurgia abdominal e outros tipos de cirurgia.
A etiologia é multi fatorial e é melhor tratada com
a combinação de diferentes abordagens terapêuticas.
Um importante fator que pode afetar a duração
e recuperação do ileo pós operatório inclui a
limitação do uso de narcóticos em substituição alternativa
de medicamentos analgésicos, tais como os antiinflamatórios não hormonais e colocação de
cateter epidural e anestésico local, quando possível. O
uso seletivo de descompressão nasogástrica e correção
dos distúrbios hidroeletrolíticos são também
fatores importantes a considerar.