ARTIGOS ORIGINAIS
ESTUDO DA EXPRESSÃO DA PROTEÍNA CADERINA-E CORRELACIONADA COM O GRAU DE DIFERENCIAÇÃO CELULAR E O ESTADIAMENTO TNM DO ADENOCARCINOMA COLORRETAL
Relationship Study Between the Cadherin-E Protein Cell Diferentiation and TNM Staging
Marcos Vinicius Araujo Denadai1; Armando Geraldo Franchini
Melani2;
Carlos Augusto Véo3; Sandra Regina Morini da
Silva4
1
RESUMO: Objetivo: Avaliar a relação de uma proteína que participa do mecanismo de adesão celular com o grau de diferenciação celular e o estadiamento TNM I e IV no CCR. Métodos: Foram estudados 100 pacientes (54 homens e 46 mulheres) tratados por CCR, estádio I - 44 pacientes, estádio IV - 56 pacientes. Os cortes histológicos do tecido tumoral foram examinados por técnica de imunohistoquímica em relação à expressão da proteína caderina-E. Os cortes histológicos foram classificados como positivos ou negativos pelo método semiquantitativo. Resultados: Para o TNM, expressão da caderina-E estádio I: positiva em 72,7 % e negativa em 35,7% ; estádio IV: positiva em 64,3% e negativa em 35,7%. Em relação ao grau de diferenciação celular, expressão da caderina-E; G I: positiva em 70% e negativa em 30%; G II: positiva em 68.4% e 31,6% negativa; G III: 63.6% positiva e 36,4 % negativa.. Não houve diferença significativa entre os grupos. Conclusão: Os resultados dessa pesquisa permitem concluir que não há relação da expressão da proteína caderina-E com o estadiamento TNM (I e IV) e o grau de diferenciação celular no CCR.
Descritores: Caderinas, neoplasias do cólon, cólon, reto, moléculas de adesão celular.
1 - INTRODUÇÃO
O carcinoma colorretal (CCR) representa um problema de saúde pública mundial. O número de
casos novos de CCR estimados para o Brasil em 2006
é de 11.390 casos em homens e de 13.970 em
mulheres. (1)
Pacientes portadores de CCR em estádios
iniciais apresentam bom prognóstico, porém, nos
estádios avançados da doença há uma redução
da sobrevida (20% em 5 anos), (2) Entretanto, alguns
pacientes com doença localizada morrem por
recidiva tumoral, mesmo recebendo o tratamento adequado.
(3)
Diante desses fatos, trabalhos na literatura foram elaborados numa tentativa de traçar um perfil
prognóstico para o CCR, levando em conta não só as
informações do exame anatomo-patológico e
de estadiamento, mas também o conhecimento das
estruturas que participam das funções básicas da
célula, como o processo de adesão celular e a capacidade
de angiogênese, envolvidos também na carcinogênese.
(4) (5)
A proteína caderina-E desempenha um
importante papel no mecanismo de adesão celular,
mediando a interação célula-célula e célula-matriz
extracelular, mantendo a integridade do tecido epitelial. Pertence
a uma família de glicoproteínas transmembrana,
presente sobre a superfície das células, cálcio dependente.
(6)
Evidências indicam que a perda da
função da caderina-E está relacionada com o processo
de diferenciação e metástases no carcinoma de mama
e de esôfago. (7) (8)
A perda da expressão da caderina-E e das cateninas foi associada com invasão tumoral e
metástases, sugerindo um potencial fator
prognóstico no CCR, em trabalhos de Ghadimi et al
(1999) (9) e Gofuku et al (1999).
(10)
Por outro lado, Kitadai et al. (1996) (11)
não evidenciaram relação estatística da perda da
expressão da caderina-E relacionada com metástases
hepáticas no CCR, e Leme et al. (2005)
(12) não relacionaram a expressão da proteína caderina-E, com
o estadiamento clínico e o
prognóstico.
A diversidade de resultados - até
controversos - em literatura específica motivou esta investigação
no sentido de procurar estabelecer a relação entre a
expressão da proteína caderina-E, considerada
como participante do processo de adesão celular, com
variáveis histopatológicas no CCR localizado (estádio I) e
avançado (estádio IV).
2 - OBJETIVO DA PESQUISA
Verificar a associação entre a expressão
da caderina-E com o grau de diferenciação celular e
com o estadiamento TNM (estádio I e IV) do adenocarcinoma colorretal.
3 - MATERIAL E MÉTODOS
Estudo de natureza retrospectiva, desenvolvido nos Departamentos de Cirurgia Oncológica e
Anatomia Patológica do Hospital do Câncer de Barretos
- Fundação Pio XII - Barretos _SP. As amostras
biológicas foram coletadas do arquivo do Laboratório
de Patologia da Fundação Pio XII e os dados clínicos
foram coletados no SAME (Serviço de Arquivos
Médico e Estatística).
3.1 - Amostra
A amostra foi constituída de 100 pacientes
portadores de CCR tratados no Hospital de Câncer de
Barretos - Fundação Pio XII - no período de 1993 a
2004, divididos em dois grupos de estadiamento,
segundo as normas do TNM (13) : 44 pacientes estádio
I (pT1 ou pT2 N0 M0) e 56 pacientes estádio IV
(qualquer T, qualquer N, M1).
3.2 - Critérios de inclusão
Foram incluídos pacientes admitidos no
hospital para tratamento, pertencendo apenas aos
estádios I e IV, classificados de acordo com o sistema
T N M, possuindo prontuário médico e blocos de
parafina que representam o tumor primário ou a
lesão metastática, arquivados no Departamento de
Patologia.
Para definir o diagnóstico e o
estadiamento, foram utilizados: biópsia do tumor colorretal,
exames de imagem (RX tórax, TC abdominal, US abdominal),
biopsia da lesão metastática, achado intra -
operatório e laudo do exame anátomo - patológico.
No grupo considerado como estádio I, 6 pacientes
receberam tratamento pré-operatório com radioterapia
e quimioterapia, e 2 pacientes receberam apenas
radioterapia neo-adjuvante, num total de 8 (18%)
pacientes em 44 casos.
3.3 - Critérios de exclusão
Foram considerados critérios de
exclusão: indisponibilidade de dados clínicos
e/ou anátomo-patológicos, estadiamentos TNM II e III, pacientes
portadores de polipose familiar, outros tipos histológicos
diferentes do adenocarcinoma e tumores metacrônicos.
3.4 - Características da amostra
Em relação ao gênero dos pacientes,
ficaram distribuídos: 18 (41%) - feminino e 26 (59 %)
- masculino no grupo estádio I e 28 (50%) -
feminino e 28 (50%) _ masculino no estádio IV. O
tipo histológico predominante foi o adenocarcinoma
clássico tubular.
Quanto ao grau de diferenciação celular,
para o estádio I: 9 (20,4%) - grau I; 33 (75%) - grau II e
2 (4.5%) dos tumores grau III. Nos pacientes do
estádio IV, 1 (1,8%) tumor foi classificado como grau I;
46 (82,1%) eram grau II e 9 (16%) tumores grau III.
Uma síntese dos resultados das variáveis
está disposta no quadro 1.
|
3.5 - Técnica Imunohistoquímica
Para avaliação da expressão da proteína
caderina-E pelo método de imunohistoquímica, foram
usados anticorpos primários monoclonais: E-cadherin Novocastra
NCL E-cad, clone 3 6 B 5, diluição de 1/ 100.
Os blocos de parafina foram recortados em micrótomo rotativo, obtendo-se cortes histológicos de
2 a 3 micra de espessura e depositados em
lâminas previamente tratadas com silano (3 _aminopropyl
-triethoxilane, SIGMA A-3648, USA) com a
reação utilizando o complexo Avidina-biotina-perxidase
(ABC) / Estreptavidina-biotina-peroxidase (StreptABC).
3.6 - Avaliação dos resultados obtidos
pelo método imunohistoquímico
A avaliação da expressão da proteína foi
realizada por leitura das lâminas histológicas em
microscópio óptico (aumento de 40 x), por 3 médicos
patologistas que desconheciam o estadiamento do material.
O critério adotado foi o seguinte: achados
considerados positivos ou normais quando se detectou
a presença da proteína caderina-E na membrana
celular em 50% ou mais das células tumorais e negativos
quando se verificou a ausência da proteína; localização
no citoplasma; menos de 50 % de células com
expressão da proteína caderina-E. Os resultados foram
obtidos em consenso entre os patologistas, aplicando-se o
método semiquantitativo.
As figuras 1 e 2 a seguir representam a expressão desta proteína pelo método imunohistoquímico.
Figura 1 - Fotomicrografia do CCR com expressão da proteína caderina-E classificada como positiva na membrana celular. (aumento 100x). | Figura 2 - Fotomicrografia do CCR com expressão da proteína caderina-E classificada como negativa na membrana celular. (aumento 100x). |
3.7 - Análise estatística
Os resultados foram submetidos a tratamento estatístico com a finalidade de determinar se
existe correlação entre a expressão da proteína caderina-E
com o estadiamento e com o grau de
diferenciação tumoral no CCR.
O teste de qui-quadrado de Pearson foi empregado para a comparação dos dados coletados
com os resultados obtidos da expressão da proteína
caderina-E, adotando como nível de significância p
= 0,05.
4 - RESULTADOS
4.1 - Expressão da proteína
caderina-E no estadiamento TNM
Em relação à caderina-E para o
estadiamento I: expressão positiva em 32/44 (72,7 %) pacientes
e expressão negativa em 12/44 (27,2%) pacientes.
Para o estádio IV: expressão positiva em 36/56 (64,2%)
pacientes e negativa em 20/56 (35,7%). Não houve
diferença significativa entre os grupos (p= 0,37).
4.2 - Expressão da proteína caderina-E
e grau de diferenciação celular
Para os tumores G I, expressão positiva em
7/10 (70%) casos e negativa em 3/10 (30%) casos.
Nos tumores G II, os achados positivos totalizaram
54/79 (68.3%) casos e 25/79 (31,6%) negativos; e nos
tumores G III, 7/11 (63.6%) casos com expressão
positiva e 4/11 (36,3 %) com expressão negativa. Não
houve diferença significativa observada entre os grupos (p
= 0,94).
Os resultados encontrados das variáveis
estudadas nos pacientes selecionados para esse
trabalho estão dispostos no quadro 2.
|
5 - DISCUSSÃO
5.1 - Avaliação da expressão da
proteína caderina-E
A identificação da caderina-E, pelo
método imunohistoquímico, foi realizada pela detecção da
coloração marrom localizada na membrana celular.
Na literatura há variação dos critérios que
determinam a positividade da expressão da
caderina-E. Alguns autores consideram positividade da
expressão da caderina-E quando 90% das células tumorais
encontravam-se coradas pelo método, enquanto
que, para outros, o critério de positividade situa-se entre 25
e 50% das células coradas.(14) (15)
O resultado encontrado foi de 32% de expressão negativa para a proteína caderina-E e 68 %
de expressão normal, no total dos 100 pacientes
estudados, estando esse valor dentro dos parâmetros
detectados pelos trabalhos da literatura (10)
(16) e com diferença estatística significativa (p< 0,001).
Vale ressaltar que a expressão da proteína
foi considerada normal ou positiva em todos os
pacientes (8) submetidos a tratamento prévio com radioterapia
e quimioterapia.
5.2 - Expressão da proteína
caderina-E com o estadiamento TNM
Na literatura existem estudos que identificam correlação entre a expressão da caderina-E com
o estadiamento TNM, como o de Mohri et al, 1997;
(17) Ikeguchi et al, 2000
(18) ; e o trabalho de Kaihara et al, 2003
(19) , que relacionaram a perda da
expressão dessa proteína com os tumores em estádios
avançados.
Delektorskaya et al, 2005, evidenciaram uma importante redução ou total ausência da expressão
da caderina-E em tumores colorretais com
metástases hepáticas (estádio IV) quando comparada a
pacientes sem metástases. (20)
Outros trabalhos revelam resultados discordantes, não encontrando relação da expressão
da caderina-E com o estadiamento, como apresentado
por Karatzas et al, 1999 (21) ; Hugh et al, 1999
(4) ; Jesus et al,2005 (22)
; Leme et al, 2005 (12) .
Neste estudo, não se identificou
correlação entre a expressão da proteína caderina-E com
o estadiamento TNM, ou seja, a perda da expressão
não se relacionou com o estádio mais avançado
da doença.
Existem diferenças metodológicas entre os
trabalhos citados, tanto na leitura dos resultados
obtidos pela imunohistoquímica, quanto na comparação com
os estadiamentos do sistema TNM, não havendo,
portanto, uma padronização adotada. Este fato pode
interferir na análise quando se comparam os
resultados da literatura.
Os trabalhos de Leme et al, 2005
(12) e Jesus et al, 2005
(22) , são equivalentes quanto à
metodologia em relação ao TNM, comparando todos os estádios
da doença com a expressão da proteína caderina-E,
não encontrando relação estatística, reforçando a
hipótese de que essa proteína não participa do processo de
progressão tumoral.
5.5 - Expressão da proteína caderina-E com
o grau de diferenciação celular
Em relação ao grau de diferenciação
celular, neste estudo, houve um predomínio de tumores grau
II (moderadamente diferenciados): 75% nos tumores estádio I e 83,9 % nos casos do estádio IV, fato
também observado em outros trabalhos da
literatura.(15)
Guzinska-Ustymowicz et al, 2004, estudando a expressão da caderina-E em 34 pacientes com
CCR, classificados pelo exame anátomo patológico como
pT1, por imuno-histoquímica, evidenciaram forte relação
com a perda da expressão e o grau histológico.
(23)
Outros estudos não mostraram relação
da caderina-E com a diferenciação celular, conforme
citados a seguir: Ilyas et al, 1997
(15), analisando 68 casos de tumores colorretais, não encontraram
relação significativa com o grau de diferenciação; Kaihara
et al, 2003 (19) e Jesus et al, 2005
(22) , analisando 117 pacientes, não identificaram correlação entre a
proteína caderina-E com o grau de diferenciação celular.
No presente estudo, não foi encontrada
correlação entre a expressão da caderina-E com
o grau de diferenciação celular. Esse fato pode
estar relacionado com o grande número de tumores grau
II encontrados e ao reduzido número de tumores grau III nessa amostra, podendo acarretar alterações na análise estatística.
6 - CONCLUSÕES
Os resultados desta pesquisa sugerem a necessidade de estudos adicionais, utilizando
métodos validados, padronizados e reprodutíveis, dos quais
se possa lançar mão, com mais confiança; do uso
de outros recursos além do estadiamento
clínico-patológico para uma abordagem do adenocarcinoma colorretal.
Não há relação entre a expressão da
caderina-E com o estadiamento TNM e o grau de
diferenciação celular no CCR.
ABSTRACT: Objective: To evaluate the relationship of a protein that take part in the same mechanism of cell adhesion with the cell differentiation degree and TNM staging I and IV in CRA. Methods: One-hundred patients (54 men and 46 women), who have received treatment for CRA, stage I _ 44 patients and stage IV _ 56 patients, have been studied. Histological cuts of tumor tissue were examined by the immunohistochemical technique as to the expression of E-cadherin proteins. Such histological cuts were classified as positive or negative through the semi-quantitative method. Results: For TNM, the E-cadherin expression for stage I: positive in 72.7% and negative in 35.7%; stage IV: positive in 64.3% and negative in 35.7%. Regarding the cell differentiation degree, the expression of E-cadherin, GI: positive in 70% and negative in 30%; GII: positive in 68.4% and negative in 31.6%; GIII: positive in 63.6% and negative in 36.4%. There was no significant difference among the groups. Conclusion: The results of this research come to the conclusion that there is no relationship between the expression of E-cadherin protein with TNM staging (I and IV) and cell differentiation degree in CRA.
Key words: Cadherin, Neoplasm, Colon, Rectum, Cell cadherin.
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Endereço para correspondência:
Marcos Vinicius Araújo Denadai
Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 178
Bairro Aeroporto
14.783-131 - Barretos (SP)
(17) 3325-3210
E-mail: mfdenadai@uol.com.br
Recebido em 26/07/2006
Aceito para publicação em 23/08/2006
Trabalho realizado na FUNDAÇÃO PIO XII - Hospital de Câncer de Barretos- SP. Departamento de Cirurgia Oncológica - Barretos - SP - Brasil.