RESPOSTAS DO TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO
1 - A resposta correta é a letra A.
Na torção do intestino, do sigmóide ou ceco, sobre o
seu próprio meso, aparece uma imagem na radiografia
simples do abdome na qual as paredes dos segmentos
dilatados convergem como três linhas separadas para o ponto de
torção mesentérica, com densidade de partes moles; as
paredes mediais adjacentes formam uma linha central mais
espessa, enquanto cada parede lateral constitui uma linha
mais fina. Isto é o que se chama de sinal do "grão de café " ou
do "U invertido".
· Figueiredo SS, Carvalho TN, Nóbrega BB, et al.
Caracterização Radiográfica das
Manifestações Esofagogastointestinais da Doença de
Chagas. Radiol Bras 2002; 35 (5): 293-297.
· Corman ML . Vascular Diseases. In: Corman
ML. Colon & Rectal Surgery. Lippincott Williams
& Wilkins 2005: 1263-1317.
2 - A resposta correta é a letra E.
As hérnias paracolostômicas têm sido relatadas em até 58
% dos pacientes com colostomias definitivas. O risco
de desenvolvê-las tem sido relacionado à obesidade,
desnutrição, doença pulmonar obstrutiva crônica, corticoterapia,
infecção da ferida, abertura grande da parede
músculo-fascial para a passagem do estoma. Alguns têm dado grande
importância à passagem do intestino por fora do músculo
reto abdominal como fator etiológico principal, mas isto é
discutido por um trabalho com grande número de pacientes
apresentado pelo grupo do Hospital São Marcos, em
Londres. Na opinião desse grupo, exteriorizar o colon através de
um caminho extraperitoneal é que permitiu diminuir a
incidência de tais hérnias.
Se o local do estoma é inapropriado, a melhor conduta
será reposionar, talvez até no outro lado do abdome, em
área virgem de cicatrizes. Mas em geral o tratamento consiste
em tratar localmente, eventualmente com reparo direto
simples e, na maioria das vezes, acompanhado de reforço por
material sintético ou biológico.
· Araújo SEA, Habr-Gama A, Teixeira MG, et al. Role of Biological Mesh in Surgical Treatment of Paracolostomy Hernias. Clinics 2005; 60 (4 ): 271-276.
3 - A resposta correta é a letra A.
Relatos recentes sugerem que a incidência e a gravidade
da doença associada ao Clostridium difficile está
aumentando nos EUA e na Europa. A doença, anteriormente quase
que exclusiva de pacientes internados ou que estiveram
internados, ocorria após uso prolongado de antibióticos,
principalmente a Clindamicina, e em apresentações clínicas
raramente graves, com resposta alta ao tratamento com
Metronidazol ou Vancomicina.
Raramente os pacientes apresentavam um padrão
mais grave, com evolução para colectomias e óbitos.
Este outro tipo de evolução tem se tornado mais
freqüente, os pacientes de agora nem sempre
estiveram institucionalizados ou contam história de uso
prévio de antibióticos, e com freqüência respondem mal
ao Metronidazol. Acredita-se que o uso indiscriminado
de quinolonas nas comunidades para o tratamento de
várias formas de infecção tenha selecionado essa cepa
de Clostridium. Pesquisadores têm demonstrado
uma deleção genética no gen "tcdC ", que
provavelmente tem a ver com essa variedade.
· McDonald LC, Killgore GE, Thompson A, et
al. An epidemic, toxin gene-variant strain of Clostridium difficile. New Engl J Med. 2005;
353 (23): 2433-2441.
· Centers for Disease Control and Prevention
(CDC). Severe Clostridium difficile associated-disease
in populations previously at low risk - Four States,
2005. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2005; 54 (47):
1201-1205.
4 - A resposta correta é a letra D.
Vários procedimentos têm sido preconizados para
esse tipo de fístula retovaginal, com acessos
transvaginais, transanais e perineais. Qualquer tentativa de reparar
tais fístulas deve se dirigir primariamente à abertura retal
da fístula, por se tratar da região de maior pressão; isso
é válido mesmo quando a fístula teve origem num
evento vaginal, como o parto. A abordagem transanal com
fechamento do reto e cobertura com "flap" mucoso mostra
bons resultados na maioria das séries. Quando coexiste
uma laceração perineal de 4º grau, o melhor é terminar de
abrir o trajeto, fazer uma esfincteroplastia e anoplastia ,
com confecção de um corpo perineal, criado entre os
orifícios anal e vaginal.
· Corman ML. Rectovaginal and Rectourethral Fistulas. In: Corman ML. Colon & Rectal Surgery. Lippincott Williams & Wilkins: 2005; 333 a 346.