ARTIGOS ORIGINAIS
NOVOS TRATAMENTOS PARA A INCONTINÊNCIA ANAL: INJEÇÃO DE SILICONE MELHORA A QUALIDADE DE VIDA EM 35 PACIENTES INCONTINENTES
New Treatment Modality of Anal Incontinence: Trans-Sphincteric Silicone Injection Improved Quality of Life in 35 Incontinent Patients
Lucia de Oliveira1JosÉ Marcio Neves Jorge2; Sonia Yusuf2; Angelita Habr-Gama2; DesidÉrio Kiss2; Ivan Cecconelo2
1Serviço de Fisiologia Anorretal da Policlinica Geral do Rio de Janeiro , 2 Departamento de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Universidade de São Paulo.
RESUMO: Demonstrar através do índice de incontinência e de um instrumento de qualidade de vida, o benefício da utilização do silicone como substância de preenchimento para o tratamento da incontinência anal. 35 pacientes incontinentes foram avaliados através do índice de incontinência (Cleveland Clinic Florida Scoring System-CCFSS) e instrumento de qualidade de vida (Fecal Incontinence Quality of Life-FIQL), antes e após injeção ambulatorial trans-esfincteriana de silicone. Os critérios de inclusão foram: incontinência anal associada a defeito simples do esfíncter interno ou associado a pequeno defeito do esfíncter externo em quadrante anterior. A escala de qualidade de vida avaliada inclui quatro domínios: depressão, estilo de vida, comportamento e constrangimento. Após 3 meses de tratamento, todos os pacientes foram reavaliados através do índice de incontinência e instrumento de qualidade de vida. Os resultados foram analisados estatisticamente através do programa GraphPd Instat. 28 mulheres e 7 homens com idade média de 60,3 (19-80) anos foram submetidos a injeção de silicone para o tratamento de incontinência anal. O índice médio de incontinência, antes e após a injeção, foi de 11,3 e 4,3 (p<0.001). Em relação às alterações na escala de qualidade de vida, notamos significantes alterações em todos os domínios estudados antes e após a injeção: (1) estilo de vida p<0,0001;(2)comportamento p<0,0001;(3) depressão p<0,0001; (4) constrangimento p<0,0001. Em casos selecionados, a injeção trans-esfincteriana de silicone proporciona uma melhora do quadro de incontinência anal, observada pela mudança significativa dos parâmetros do índice de incontinência e instrumento de qualidade de vida.
Descritores: incontinência anal, silicone, índice de incontinência, instrumento de qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
A incontinência anal, ou a perda do
controle esfincteriano, representa uma condição de
etiologia multifatorial, levando a um grande impacto na
qualidade de vida dos pacientes acometidos,
principalmente devido ao transtorno físico e psico-social.
1-4
Embora não se conheça a prevalência
exata desta condição, estima-se que cerca de 2 a 7% da
população geral, apresente algum grau de
incontinência anal 5,6 Sabe-se entretanto, que a incontinência é
mais comum em idosos e no sexo feminino,
provavelmente devido aos fatores relacionados ao parto e à
maior prevalência de constipação intestinal crônica nas
mulheres. 7-11
O tratamento não cirúrgico da incontinência
anal destina-se aos casos menos graves, onde a avaliação
clínica e os métodos diagnósticos não identificaram
lesões estruturais ou funcionais importantes. Entre os
métodos não cirúrgicos disponíveis, a injeção de agentes de
preenchimento, particularmente o silicone, tem demonstrado
ser uma opção eficaz em casos
selecionados.12-15
O objetivo do nosso estudo foi demonstrar os benefícios clínicos da utilização do silicone como
agente de preenchimento no tratamento da incontinência anal, particularmente avaliando-se os
parâmetros do índice de incontinência da Cleveland Clinic
Florida (CCFSS) 16 e da escala de qualidade de vida da
Sociedade Americana de Cirurgiões Colo-retais
(American Society of Colon and Rectal
Surgeons-SCRS) (Fecal Incontinence Quality of Life
scale-FIQL) 17 já devidamente validados.
MÉTODOS
Trinta e cinco pacientes com incontinência
anal avaliados através da história clínica, manometria
anorretal e ultra-sonografia de canal anal foram selecionados
para injeção trans-esfincteriana de silicone. Todos os
pacientes foram avaliados através do índice de
incontinência da Cleveland Clinic
Florida 16 (Tabela 1) e instrumento de qualidade de vida
(FIQL) 17 (Tabela 2) antes e
após três meses da injeção. Os critérios de inclusão
foram: incontinência anal associada à presença de defeito
isolado do músculo esfíncter interno, (Figura 1) ou
associada a pequeno defeito do músculo esfíncter externo
em um único quadrante. Os critérios de exclusão
foram: gravidez, tumor anorretal, doença inflamatória
intestinal, diarréia crônica, hemorróidas
sintomáticas, proctite actínica, diabetes melito
descompensado, imunodeficiência adquirida, prolapso retal,
alergia medicamentosa e impactação fecal. A manometria
anal foi realizada com sistema de perfusão
computadorizado (Dynamed) de oito canais, com técnica de retirada
manual descrita anteriormente.18
A ultra-sonografia foi realizada com aparelho Kretz Combison com transdutor circular de 345
graus, segundo técnica descrita
anteriormente.19
O instrumento de qualidade de vida avalia
quatro domínios: estilo de vida (10 ítens),
comportamento (9 ítens) , depressão (7 ítens) e
constrangimento (3 ítens) (Tabela 2).
A injeção de silicone foi realizada com
os pacientes na posição de decúbito ventral
(Figura 2) sob anestesia local, e antibióticoprofilaxia
venosa com gentamicina (1,5 mg/Kg) e metronidazol (7,5mg/Kg). As injeções foram realizadas,
guiadas por toque retal, trans-esfincterianas, em três
posições: anterior direita, posterior direita e lateral
esquerda.
Após o procedimento, realizado ambula-torialmente, os pacientes permaneceram sob
observação por um período mínimo de 1 hora. Após a
injeção, os pacientes receberam metronidazol (400mg
de 8/8h) e cefalexina (500mg de 6/6h) por 5 dias
consecutivos.
Os resultados foram analisados através do
programa estatístico Graph Pad Instat do ano
2002, versão 3.0. Para correlacionar o índice de
incontinência e as medidas de qualidade de vida nos
quatro domínios antes e após a injeção do silicone, foi
utilizado o teste t de Student para dados pareados.
Para comparação dos índices de incontinência e das
medidas de qualidade de vida, antes e após a injeção
do silicone, foi utilizado o coeficiente de correlação
de Pearson (r). Consideramos estatisticamente significantes os resultados cujo número p foi
inferior a 0,05 (p <0,05).
RESULTADOS
Trinta e cinco pacientes incontinentes, sendo 28 do sexo feminino e 7 do sexo masculino foram
submetidos a injeção ambulatorial do silicone sob
anestesia local. A idade média do grupo estudado foi de 60,3
(19-80) anos. Em relação à incontinência, após 30 dias,
ao se indagar aos pacientes sob a melhora clínica
apresentada após a injeção do silicone, 32 (91,4%) dos
35 pacientes estudados julgaram o tratamento eficaz,
considerando-se a redução dos episódios de
incontinência. Após 3 meses de tratamento, foi observado que o
índice de incontinência apresentou redução
significativa em todos os componentes avaliados: incontinência
para fezes sólidas, para líquidos, gases, necessidade do
uso de protetores de roupa e melhora da qualidade de
vida representada pelo estilo de vida. O índice médio
de incontinência antes e após a injeção foi de 11,3 e
4,3, respectivamente (p<0,001) (Gráfico 1).
Figura 1 - Defeito lateral esquerdo do músculo esfíncter
interno do ânus. |
Figura 2 - Injeção de silicone com os pacientes em decúbito ventral. |
Quando se analisou os parâmetros do
instrumento de qualidade de vida dos 35 pacientes, foi
observada alteração significativa de todos os domínios,
confirmando o benefício da utilização do silicone na melhora
da qualidade de vida destes pacientes (Gráfico 2).
Quando os resultados do índice de
incontinência foram comparados com os domínios do
instrumento de qualidade de vida observou-se correlação
positiva (r = 0,63; p < 0,001) entre a melhora do índice
de incontinência, e a variação dos domínios
"comportamento" e "constrangimento" do instrumento de
qualidade de vida (Gráficos 3 e 4 respectivamente). Isto
é, quanto maior a melhora do índice de
incontinência, maior o grau de melhora destes domínios no
instrumento de qualidade de vida.
Quando as variações do índice de
incontinência e do domínio "Estilo de vida" foram
realizadas, observou-se apenas fraca correlação (r = 0,51; p
= 0,002) (Gráfico 5).
Finalmente, quando os resultados do
índice de incontinência foram comparados com o
domínio "depressão" do instrumento de qualidade de
vida, não se observou correlação (r = 0,28; p = 0,10)
(Gráfico 6).
Em relação à complicações locais com o
método, entre os 35 pacientes, observou-se em dois
casos (5,7%) a ocorrência de hematoma em um dos
sítios do implante, tendo sido manejados
conservadoramente. Em uma paciente (2,8%) observou-se
abscesso no sítio de implante lateral esquerdo, tratado
através de drenagem local e antibiótico oral, não tendo
sido necessária a retirada do silicone.
Gráfico 1 - Índice de incontinência e seus componentes em pacientes antes e após a injeção de silicone. |
Gráfico 2 - Resultados do instrumento FIQL1 antes e após a injeção de silicone. |
Gráfico 3 - Correlação entre o índice de incontinência e o domínio "comportamento" do intrumento FIQL. |
Gráfico 4 - Correlação entre o índice de incontinência e o domínio "constrangimento" do instrumento FIQL. |
Gráfico 5 - Correlação do índice de incontinência e do domínio "Estilo de vida" do instrumento FIQL. |
Gráfico 6 - Correlação do índice de incontinência e do domínio "depressão" do instrumento FIQL. |
DISCUSSÃO
Na avaliação da incontinência anal, além
do exame físico minucioso, deve-se submeter os
pacientes a avaliação dos índices de incontinência e de
qualidade de vida. A utilização destes instrumentos
previamente validados visa quantificar e objetivar os
sintomas apresentados pelos pacientes.16
De fato, a avaliação da incontinência pela perspectiva do paciente,
e não do cirurgião, tem trazido benefícios para os
pacientes, propiciando a utilização de técnicas
menos invasivas, que entretanto tem demonstrado bons
resultados, como o biofeedback anal
20-22 a injeção de agentes de
preenchimento15 e a neuromodulação
23 . Pode-se dizer que, para o paciente, uma simples
mudança na frequência dos episódios de incontinência e na
necessidade de utilização de protetores das vestes
significa, muitas vezes, uma alteração significativa em
sua qualidade de vida, mesmo que as escalas de
incontinência não demonstrem uma resolução completa
do problema.
O instrumento FIQL foi validado no Brasil por Yusuf et al
24 . utilizando-se um grupo de 50
pacientes incontinentes. A correlação entre o FIQL ,o
questionário SF-36 e o índice de incontinência da CCF
foi estatisticamente significante. Neste estudo, a
utilização do índice de incontinência CCF e FIQL
permitiu o melhor acompanhamento clínico, e a
demonstração mais objetiva da melhora apresentada pelos
pacientes após a injeção do silicone. O índice médio de
incontinência, entre os 35 pacientes, estudados
apresentou uma mudança significativa após o
tratamento, o mesmo ocorrendo em relação ao FIQL.
Observou-se também uma correlação significativa entre a
melhora do índice de incontinência e os domínios
constrangimento e comportamento do instrumento de
qualidade de vida. O seguimento clínico dos
primeiros pacientes submetidos ao tratamento, em final de
2003 e início de 2004, tem demonstrado a manutenção
dos bons resultados iniciais, configurando um período
de seguimento de mais de 43 meses e encorajando a
utilização do silicone para novos pacientes. Maeda
et al. 25, em recente publicação, demonstrou os
efeitos à longo prazo da injeção de silicone em 6
pacientes incontinentes. Embora, aos 61 meses de
seguimento, um paciente tenha sido submetido a colostomia
devido à persistência da incontinência, os demais
pacientes apresentaram melhora significativa da
qualidade de vida, avaliada através do instrumento SF-36.
A melhora dos índices de incontinência e qualidade
de vida, também foi observada por Tjandra et
al.26 na maior série publicada, incluindo 82 pacientes
submetidos à injeção de silicone.
O resultado satisfatório em mais de 90%
dos pacientes desta casuística, seguramente nos autoriza
a considerar a utilização do silicone como agente de
preenchimento para o tratamento da incontinência anal.
O baixo índice de complicações infecciosas torna
este método atraente e promissor.
Considerando-se que muitos pacientes incontinentes são idosos, apresentam co-morbidades
associadas e algum grau de neuropatia com descenso perineal importante, a injeção ambulatorial de
silicone representa uma opção segura e eficaz,
proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida
destes indivíduos.
CONCLUSÃO
A injeção trans-esfincteriana de silicone
demonstrou, nesta série de pacientes incontinentes,
tratar-se de método eficaz, principalmente no que
diz respeito a melhora da qualidade de vida, devendo
ser considerado portanto, em casos selecionados,
como nova opção de tratamento.
ABSTRACT: To evaluate clinical impact and benefits of trans-sphincteric injection of silicone in patients with anal
incontinence using validated incontinence score and quality of life scale. 35 incontinent patients related to internal and external anal sphincter defects were selected for ambulatorial trans-sphincteric silicone injection. Inclusion criteria were: anal
incontinence associated or not to internal sphincter defects and/ or one quadrant external sphincter defects. All patients were submitted to clinical evaluation before and after injections including an incontinence scoring system (Cleveland Clinic Florida) and quality of life scale (Fecal Incontinence Quality of Life) with 4 domains: depression, self-perception, embarrassment and
lifestyle. Results: 28 female and 7 male patients with a mean age of 60.3(19-80) years underwent ambulatorial trans-sphincteric injection of silicone. Mean incontinence score improved significantly after injection: 11.3 to 4.3 (p<0.001). All domains in the quality of life scale demonstrated significant improvement after injection (p<0.0001).
Conclusion: In selected cases, trans-sphincteric silicone injection is a valuable option for the treatment of anal incontinence, improving significantly patient's quality of life.
Key words: anal incontinence, silicone, quality of life scale.
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Endereço para correspondência:
Lucia de Oliveira
Rua Visconde de Pirajá 414 / grupo 812
Ipanema - Rio de Janeiro
CEP:22410-002
Tel: (21) 2227-3608/ Fax: (21) 2227-2204
E-mail: dralucia@uninet.com.br
Recebido em 02/05/2007
Aceito para publicação em 21/06/2007
Serviço de Fisiologia Anorretal da Policlínica Geral do Rio de Janeiro e Setor de Fisiologia Anorretal da Universidade de São Paulo.