RESPOSTAS DO TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO
1 - A resposta correta é a letra C.
A neuropatia femoral tem sido documentada no
pós-operatório de cirurgias pélvicas, urológicas,
ginecológicas ou proctológicas. A maioria dos autores a
atribui à compressão nervosa pelos afastadores
auto-estáticos sobre o músculo ilio-psoas, provocando uma
lesão isquêmica ou por esgarçamento.
Os sinais típicos da neuropatia femoral são fraqueza da flexão do
quadril, da extensão do joelho, e parestesias da
região anteromedial da coxa. Uma forma de
apresentação clássica é uma queda ao tentar andar no
pós-operatório. O diagnóstico é feito pelo exame físico e
deveria ser confirmado por estudos de condução nervosa.
O tempo de cirurgia, a magreza e a incisão de Pfannenstiel
têm sido propostos como fatores predisponentes.
O tratamento consiste em fisioterapia intensa, uma
vez que causa reversíveis (por exemplo, hematoma
do psoas) tenham sido excluídas. O prognóstico é
bom, com recuperação parcial ou completa,
principalmente da parte motora; alguns pacientes ficam com
algum grau de parestesia. Algumas manobras têm sido
propostas para diminuir a chance de lesão nervosa,
como utilizar afastador de ramos curtos, impedir o
contacto do músculo com as lâminas do afastador e verificar
o pulso femoral após a colocação do afastador.
· Femoral Neuropathy: An Infrequently
Reported Postoperative Complication. Report of Four
cases. Celebrezze Jr JP, Pidala MJ, Porter JA, Slezak FA. Dis Colon Rectum 2000; 43(3):
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2- A resposta correta é a letra A.
Após os condilomas, as úlceras são as
afecções perianais mais comuns em pacientes HIV positivos,
e dentre as várias causas possíveis a infecção pelo
herpes vírus simplex é a mais comum.
· Nadal SR, Manzione CR, Calore EE. Lesões Ulceradas. In: Nadal SR, Manzione CR. Proctologia na AIDS. DiLivros 2007; 43-63.
3 - A resposta correta é a letra E.
4 - A resposta correta é a letra B.
A endometriose é uma das condições ginecológicas
benignas mais comuns, atingindo em torno de 10 %
das mulheres jovens. A transformação maligna é um
acontecimento raro que ocorre em aproximadamente 1%
dos casos, sendo que em 75% das vezes ocorre nos ovários
e em 25% em outros sítios; o colorreto é acometido em
5% das vezes. Existem 4 tipos de tumores malignos que
podem se formar, o adenocarcinoma endometrióide
(mais comum), o sarcoma do estroma endometrióide,
o adenossarcoma mulleriano e o adenofibroma
endometrióide (tumor de malignidade
borderline). Eles podem se apresentar muitos anos após a menopausa em pacientes
que fazem reposição hormonal com estrogênios, tenham
elas útero e ovários ou não; o diagnóstico prévio fica mais
evidente se a paciente sabe ter sido portadora de
endometriose na idade fértil. O diagnóstico diferencial do
adenocarcinoma endometrióide com o adenocarcinoma colônico nem
sempre é fácil, mas é fundamental, já que o manuseio,
principalmente a adjuvância, é diferente nas duas situações.
A suspeita inicia na macroscopia, com o encontro de
uma massa que causa um estreitamento importante da luz,
mas com pouco ou nenhum comprometimento mucoso. A microscopia pode ser óbvia, mas por vezes o achado
de focos de endometriose na peça pode não ser tão
evidente, devido a atrofia ou a um mascaramento pelo
crescimento exagerado do tumor; o encontro de focos de
diferenciação escamosa fala a favor de carcinoma endometrióide
enquanto a necrose "suja" e atipias nucleares de alto
grau sugerem carcinomas primários do cólon. Na dúvida
o material deve ser encaminhado para
imunohistoquímica; as citoqueratinas CK-7 e CK-20 têm
distribuição anatômica geralmente restrita a neoplasias associadas
a epitélios; entre os adenocarcinomas colônicos 75 a 95
% têm o fenótipo CK-7 negativo, CK-20 positivo,
enquanto 80 a 100 % dos adenocarcinomas endometrióides
têm CK-7 positivo, CK-20 negativo.
· Chen KT. Endometrioid Adenocarcinoma
Arising from Colonic Endometriosis Mimicking
Primary Colonic Carcinoma. Int J Gynecol
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· Yantiss RK, Clement PB, Young RH.
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