GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR
A BIOLOGIA MOLECULAR DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
Molecular Biology of Inflammatory Bowel Diseases
Mauro Pinho1
1 Laboratório de Biologia Molecular e Disciplina de Clínica Cirúrgica do Departamento de Medicina da UNIVILLE, Joinville, SC e Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, Joinville, SC.
RESUMO: Com elevada prevalência, a Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa apresentam mecanismos fisiopatológicos os quais permanecem como um grande desafio apesar de muitas décadas de pesados investimentos em pesquisa. Entretanto, o desenvolvimento de técnicas de análise da biologia molecular tem proporcionado a identificação de um grande número de moléculas relacionadas a estas doenças as quais poderão representar um importante auxílio na compreensão de seus complexos aspectos. Existem fortes evidências hoje, de que as doenças inflamatórias intestinais (DII) são o resultado de um desequilíbrio entre a flora bacteriana comensal e o aparato imunológico da mucosa intestinal. Um dos achados mais consistentes neste sentido refere-se à elevada incidencia de mutações do gene NOD2/CARD15 em pacientes portadores de Doença de Crohn, além da comprovação de sua correlação fenotípica com esta doença. Além desta proteína, diversas outras moléculas apresentam-se alteradas nas DIIs, envolvendo diversos aspectos como imunidade inata, resposta inflamatória e função de barreira mucosa. A observação das variações de expressão destas moléculas correlacionadas à evolução clínica e respostas terapêuticas irá contribuir para que possamos em um futuro obter resposta a históricos questionamentos sobre estas complexas doenças.
Descritores: Doença de Crohn, retocolite ulcerativa, biologia molecular.
Apesar de sua elevada prevalência, a
compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da doença
de Crohn e da retocolite ulcerativa permanece como
um grande desafio apesar de muitas décadas de
pesados investimentos em pesquisa. Estudos clínicos em
grande escala, assim como análises em ciências
básicas mostraram-se insuficientes para superar a
complexidade destas doenças as quais, apesar de
apresentar uma profunda similaridade entre si, possuem uma
extensa variedade no que diz respeito à incidência,
sítio anatômico de envolvimento, formas de
apresentação, evolução e resposta terapêutica.
O grande avanço tecnológico, ocorrido ao
longo dos últimos anos que permitiu o desenvolvimento
de técnicas de análise da biologia molecular dos
tecidos, trouxe também uma renovação de esperanças
quanto à possibilidade de obtenção de respostas na área
das doenças inflamatórias intestinais. De fato, um
grande número de estudos realizados nos principais
centros de pesquisa internacionais dedicam-se desde então,
a compreender os vários aspectos envolvidos nestas
doenças. Embora estejamos ainda bastante distantes
de alcançar estes objetivos, começam a ser definidas
algumas bases, sobre as quais poderão ser erguidas
as linhas de pesquisa necessárias para proporcionar
uma visão futura deste complexo mosaico.
O objetivo deste artigo será, apresentar
uma breve revisão sobre o estado atual dos conceitos e
resultados gerados até o momento pela análise
biomolecular dos mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela
ocorrência das doenças inflamatória intestinais.
Intestinos e bactérias: um equilíbrio delicado
Embora o tubo digestivo inteiro seja amplamente colonizado por bactérias, existe entre seus
diversos segmentos uma grande variedade na
concentração destas. A presença de secreções ácidas e biliares
no estômago e intestino delgado proximal, e a presença
de um trânsito mais acelerado contribuem para uma
redução da quantidade de bactérias nestes segmentos.
A colonização bacteriana aumenta de forma
exponencial no intestino delgado dista,l devido à ausência das
referidas secreções e pelo retardo de trânsito pela ação
da válvula ileocecal. No cólon iremos observar um
aumento acentuado da flora bacteriana, na qual
coexistem cerca de 400-500 espécies em um volume
estimado entre 1010 e 1012 bactérias por grama de
conteúdo fecal ou 60% do total de fezes existentes no
intestino grosso.
Uma única camada de células epiteliais
separa todo este extenso volume de bactérias do maior
aparato imunológico do nosso corpo, formado por uma
grande massa de tecido linfático genericamente
descrita como GALT (gut associated lymphoid
tissue), a qual inclui as placas de Peyer, folículos linfóides isolados
e linfonodos mesentéricos.
Sendo assim, é realmente notável que a
coexistência entre estes dois ambientes de natureza
tão antagônica, seja capaz de preservar na maioria
das pessoas um equilíbrio no qual este extenso
sistema imunológico possa tolerar a presença do grande
volume de bactérias comensais, representando um
importante elemento na fisiologia intestinal.
Este equilíbrio, mantido através das
imunidades inatas ou adquiridas, impede a ocorrência de uma
resposta inflamatória mediada pela liberação de
diversas proteínas genéricamente classificadas como
citocinas, cuja produção é estimulada a partir da presença de
microrganismos ou outros antígenos com diversos
objetivos como: ativação dos diversos tipos de
leucócitos, apoptose, síntese hepática de proteínas de fase
aguda, febre, etc. Embora algumas destas citocinas
apresentem nomes específicos como fator de necrose
tumoral (TNF), interferon (IFN) ou
fator-b de transformação do crescimento
(TGF-b), a grande maioria é
também denominada como interleucinas
(IL), sendo então numeradas sucessivamente a partir de suas descobertas.
Doenças inflamatórias intestinais:
o desequilíbrio
Sabe-se que a ocorrência de uma doença
inflamatória crônica representa a perda do equilíbrio
acima citado, constatando-se uma elevação local dos
níveis de diversas citocinas. Na Doença de Crohn,
por exemplo, existe uma liberação de
TNF-a, IFN- a, IL-12 e IL-17, enquanto que na retocolite ulcerativa
ocorre um aumento de IL-13, entre outras.
Três hipóteses vêm sendo examinadas
como possíveis origens deste desequilíbrio imunológico,
incluindo distúrbios da flora bacteriana,
fatores imunológicos e defeitos na barreira mucosa.
Distúrbios da flora bacteriana
Existem múltiplas evidências de que as
bactérias desempenham um papel chave no surgimento
das doenças inflamatórias intestinais crônicas. Estudos
experimentais demonstram a impossibilidade do
desenvolvimento desta inflamação na ausência de
bactérias, levando à ampla aceitação atual do aforisma "sem
bactéria, não há colite".
Baseados nestes achados há muitos anos
tenta-se identificar um possível agente causal das
doenças inflamatórias intestinais. Várias bactérias
e vírus foram propostos como agentes etiológicos,
incluindo o Mycobacterium paratuberculosis,
Listeria monocytogenes, Yersinia
enterocolitica e a Escherichia coli, mas nenhuma
comprovação consistente foi demonstrada. Na verdade, as
evidências atuais sugerem que a atividade inflamatória
crônica intestinal parece, paradoxalmente, ser desencadeada
a partir de bactérias pertencentes à flora comensal
normal, as quais assumem, em condições ainda
desconhecidas, um papel patológico capaz de ativar o
aparato imunológico local.
Desregulação imunológica da mucosa e
o papel da genética
O equilíbrio imunológico baseia-se em
grande parte na existência de um mecanismo denominado
como imunidade inata. Através deste, células de defesa
como macrófagos e células dendríticas, existentes na
mucosa intestinal, são capazes de detectar a presença de
moléculas associadas a microrganismos. Estas
moléculas, genericamente descritas como PAMPs
(pathogen-associated molecular patterns), são de natureza
distintas entre si como lipopolissacarídeos,
lipoproteínas, peptoglucanos ou flagelinas.
Para que este reconhecimento ocorra, as
células de defesa possuem em sua superfície um
grande número de "sensores" ou receptores, os quais
podem ser classificados em duas grandes famílias
denominadas, respectivamente, como TLR (toll-like
receptor) e NOD (Nucleotide-binding oligomerization
domain). Uma vez ativados pelas moléculas bacterianas, os
receptores que compõem estas famílias
desencadeiam seqüências de reações em cadeia, que irão levar a
uma resposta capaz de manter o equilíbrio bactéria x
epitélio na mucosa intestinal. Dentre os receptores da
família NOD, destacam-se as proteínas NOD-1 e NOD-2
as quais são capazes de detectar componentes de
bactérias Gram positivas e negativas.
Além desta importante função, estas
proteínas desempenham hoje um papel fundamental nos
estudos sobre doenças inflamatórias intestinais, uma vez
que suas alterações têm sido consistentemente
relacionadas à fisiopatologia destas doenças não apenas na
sua incidência, mas também influindo em fatores
importantes como suas características e evolução
clínica, como analisaremos a seguir.
Proteína NOD2 (CARD 15): o fator genético
Em 2001 foi descrita uma associação
entre mutações no gene CARD15, o qual codifica a
proteína NOD-2, com a ocorrência de doenças
inflamatórias intestinais, mais especificamente a Doença de
Crohn. Desde então, um grande número de estudos tem
confirmado de forma consistente esta relação, a qual
pode ser melhor demonstrada da seguinte forma:
- Estima-se que 20-30% dos portadores de Doença de Crohn apresentem alguma mutação no
gene NOD-2/CARD15. Riis e cols encontraram uma
incidência de 23.9% de mutações deste gene entre
portadores desta doença, enquanto a incidência
observada entre pacientes com retocolite ulcerativa e
indivíduos saudáveis foi de 9,6% e 14,4%, respectivamente,
sem diferença significativa entre estes dois últimos grupos;
- Segundo uma metanálise publicada por Economou e cols envolvendo 42 estudos, indivíduos
com mutação em apenas um alelo do gene
NOD-2/CARD15 (heterozigóticos) apresentam um risco
2.3 vezes maior de apresentar a Doença de Crohn,
sendo que este risco se amplia para 17.1 vezes (10-27)
em portadores de mutações nos dois alelos
(homozigóticos). Outros autores relatam este risco como sendo
ainda maior, estimando-o entre 20 e 40%;
- Radford-Smith e Pandeya publicaram outra metanálise incluindo 12 estudos que
buscaram correlacionar a presença de mutações
NOD-2/CARD15 com aspectos relacionados à localização e o
comportamento da Doença de Crohn, e confirmaram uma
associação significativa com a forma ileal ou ileocólica e
a presença de lesões estenosantes, além de uma
possível precocidade na idade de surgimento da doença.
Além de comprovar esta importante relação
com fatores genéticos, estes achados demonstram ainda, a
possível origem do desequilíbrio bactérias/hospedeiro
observado nas doenças inflamatórias intestinais, uma vez que
a proteína NOD-2 tem por função a ativação de uma
resposta inflamatória moderada a partir do reconhecimento
de um produto bacteriano específico, denominado como
MDP. A partir destes achados, suspeita-se, entre outras
hipóteses, que esta deficiência na resposta imunológica inata
facilitaria uma infecção da lâmina própria,
desencadeando um quadro inflamatório crônico de maiores proporções.
Proteína NOD1/CARD4
Além da proteína NOD2/CARD15, outra
proteína da família NOD tem sido associada à
fisiopatologia das doenças inflamatórias intestinais, embora
existindo ainda poucas evidências a respeito. Trata-se da
proteína NOD1/CARD4, expressa no intestino delgado
e cólon, a qual também exerce papel no
reconhecimento no epitélio de agentes bacterianos como
Shigella flexeneri e E.coli invasiva. Mc Govern e cols
testaram a associação entre mutações deste gene em
uma coorte de portadores de doenças inflamatórias
intestinais e controles e comprovaram, de forma
semelhante ao NOD2/CARD15, uma relação significativa nos
casos de Doença de Crohn, mas não em casos de
retocolite ulcerativa. De qualquer forma, trata-se de outra
evidência no sentido de que estas doenças sejam o
resultado da alteração de reatividade a alguns
antígenos presentes na mucosa intestinal.
Família TLR
Além dos receptores NOD, outra família
importante de receptores de membrana em células
de defesa no epitélio intestinal pertence ao grupo
denominado como TLR (Toll-like receptor). Estes
receptores reconhecem os lipopolisacarídeos produzidos
por bactérias, em sua grande maioria comensais gram
negativas, sendo possivelmente responsáveis na
diferenciação entre estas e as bactérias patogênicas.
Onze tipos diferentes de TLR já foram identificados, e
diversos estudos têm demonstrado uma variação na
expressão destes entre indivíduos normais e pacientes
portadores de Doença de Crohn e retocolite ulcerativa.
Outros genes
Embora os segmentos gênicos referentes
à expressão das proteínas NOD tenham recebido
uma maior atenção devido à consistência e
reprodutibilidade dos resultados, diversos outros segmentos
cromossomiais têm sido citados como possíveis codificantes de
proteínas relacionadas às doenças inflamatórias
intestinais. Estes segmentos IBDs (inflammatory bowel
disease) , conforme demonstrados na tabela 1, têm sido
bastante estudados com o objetivo não apenas de identificar
possíveis componentes hereditários destas doenças,
mas também visando a compreensão dos
mecanismos moleculares envolvidos em sua etiopatogenia e
mesmo na resposta aos diferentes esquemas terapêuticos
utilizados em seu tratamento.
Defeitos na barreira mucosa
Além das alterações ocorridas na
flora bacteriana e na resposta imune à presença de
bactérias, o comprometimento da barreira mucosa é
considerado como um terceiro aspecto capaz de contribuir
para a fisiopatologia das doenças inflamatórias intestinais.
Responsável pela mediação entre as
bactérias do lumen intestinal e o sistema linfóide, a integridade
da camada epitelial tem por função atuar seletivamente
para limitar a penetração de antígenos e permitir a
passagem de líquidos, nutrientes e alguns microrganismos. Os
estudos de biologia molecular demonstram que um
grande número de proteínas são necessárias para que esta
função de barreira ocorra de forma adequada. Dentre
estas, poderíamos destacar como exemplos a
proteína transportadora de cátions orgânicos
(OCTN) e a DGL5, ambas expressas pelo cromossomo 5 (IBD5,
na tabela acima), cujas alterações estão associadas à
Doença de Crohn. Outras proteínas de grande
relevância na integridade da barreira epitelial são as
defensinas, as quais apresentam ação antibacteriana e cuja
expressão alterada tem sido demonstrada em pacientes
portadores de doenças inflamatórias intestinais, podendo
contribuir para o desequilíbrio dos mecanismos de defesa,
possibilitando uma intensificação da invasão bacteriana e
a conseqüente inflamação crônica da mucosa.
Assim sendo, observamos que a aplicação
de técnicas de biologia molecular ao estudos das
doenças inflamatórias intestinais tem possibilitado a
identificação de um grande número de moléculas envolvidas
em diferentes possíveis mecanismos fisiopatológicos
destas doenças. A observação das variações de
expressão destas moléculas correlacionadas à evolução
clínica e respostas terapêuticas irá contribuir para que
possamos em um futuro obter resposta a
históricos questionamentos sobre estas complexas doenças.
ABSTRACT: Despite its high prevalence and many years of basic and clinical research, pathophysiology of Crohn`s disease and ulcerative colitis remains a great challenge. The recent advances in molecular biology techniques have provided identification of a great number of molecules related to these diseases that may help in a near future to understand its still obscure aspects. Many evidences have recently demonstrated that inflammatory bowel diseases (IBD) result from an imbalance between bowel commensal bacterial flora and the immunological mucosal apparatus. The very consistent finding that mutations in NOD2/CARD15 gene occur in a high percentage of Crohn`s disease patients and its phenotype correlation have boosted further research to identify other IBD-related molecules. Indeed, many other variations in gene expression have been demonstrated to be related to pathophysiology of IBD including different aspects such as inate immunity, inflammatory response and mucosal barrier disfunction. The observation of the correlation between these gene expression variation, disease behaviour and response to therapeutics may contribute in a near future to understand most questions regarding these complex diseases.
Key words: Crohn`s disease, Ulcerative colitis, molecular biology.
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Endereço para correspondência:
MAURO PINHO
Rua Palmares 380
Atiradores, Joinville, SC
89203-230
E-mail: mauro.pinho@terra.com.br
Trabalho realizado no laboratório de Biologia Molecular - Disciplina de Clínica Cirúrgica do Departamento de Medicina da UNIVILLE - Joinvile - SC - Brasil.