ARTIGOS ORIGINAIS
ESTUDO DEMOGRÁFICO DO CÂNCER DE CÓLON E RETO NO ESTADO DE SERGIPE
Demographic Study of Colon and Rectum Cancer in the State of Sergipe
Juvenal da Rocha Torres Neto - TSBCP1; FÁbio Ramos Teixeira3; Ana Carolina Lisboa Prudente2; Cristiane Jesus Silvino3; Jofrancis Santos Arciere3; MÁrio Costa Vieira Filho3
1Professor, Doutor e Chefe do Serviço de Colo-proctologia da Universidade Federal de Sergipe, 2Médica residente em Colo-proctologia. Hospital Universitário, 3Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Sergipe - BRASIL.
Resumo: No Brasil, o câncer colorretal (CCR) foi a quinta causa de morte por câncer em homens e a quarta, em mulheres no período de 1995-1999. No entanto, há poucos registros sobre os aspectos epidemiológicos desta patologia em Sergipe, sendo assim foco de atenção desse estudo. Objetivo: Catalogar todos os casos de CCR diagnosticados no estado de Sergipe no período de 03 anos (2003-2005), traçando-se um estudo demográfico. Método: Os dados foram colhidos em laudos de todos os laboratórios de anatomia patológica do estado. Resultados: O CCR foi mais freqüente em mulheres (n=201; 56,62%) que em homens (n=154; 43,38%). A média de idade foi 60,27 anos, e 39 (10,99%) tinham até 40 anos. Adenocarcinoma foi o tipo histológico mais encontrado, presente em 295 (83,10%) pacientes. Em Sergipe, a incidência de CCR em 2003, 2004 e 2005 foi de 4,57; 4,72 e 5,29 por 100.000 homens e, 6,07; 5,57 e 6,98 por 100.000 mulheres respectivamente. Na capital, nos respectivos anos, esses números aumentaram para 10,25; 10,57 e 10,29 por 100.000 homens e 12,92; 13,16 e 15,07 por 100.000 mulheres. Conclusões: Os dados obtidos são semelhantes aos da literatura, mostrando um aumento nas incidências anuais da neoplasia.
Descritores: Câncer, cólon, reto, epidemiologia.
INTRODUÇÃO
O câncer colorretal (CCR) é responsável
por grande parte dos óbitos na maioria das populações
estudadas, inclusive no Brasil. Os dados do Sistema
de Informações sobre Mortalidade do Ministério da
Saúde indicaram, para o ano 2001, entre as causas
de mortes definidas, a exceção das doenças do
aparelho circulatório, as neoplasias como a primeira causa
de óbito nas regiões Sudeste e Sul e a segunda, nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, perdendo
apenas para as causas externas (1).
O Instituto Nacional do Câncer (INCA)
informa que o câncer de cólon e reto entre 1995 e 1999
foi a quinta causa de morte por câncer nos homens,
perdendo apenas para o acometimento do pulmão,
estômago, próstata e esôfago. Entre as mulheres, se
constituiu como a quarta causa de morte por câncer no
país, perdendo apenas para mama, pulmão e estômago
(2).
O CCR apresenta uma ampla variação de
freqüência em todo o mundo, e sua incidência tem-se
aumentado nos países industrializados
(3,4). Os tumores malignos que acometem o cólon e o reto a cada ano
somam cerca de 945 mil casos novos, sendo a quarta causa
mais comum de câncer no mundo e a segunda em países
desenvolvidos. No Brasil, o CCR é o quinto tumor mais
incidente em homens e o quarto, em mulheres. Estima-se
que o número de casos novos de câncer de cólon e reto
para o Brasil em 2006 seja de 11.390 casos em homens e
de 13.970 em mulheres. Estes valores correspondem a
um risco estimado de 12 casos novos a cada 100 mil
homens e 15 para cada 100 mil mulheres
(5).
Em Sergipe, estima-se para o ano 2006 que a taxa bruta de incidência por 100 mil seja de 3,40
para homens e 6,11 para mulheres. No entanto, esses
números aumentam para 8,08 para homens e 11,60
para mulheres na capital (5).
Em um estudo realizado por Neves et al, a mortalidade por câncer de cólon e reto é maior
nas regiões Sul e Sudeste, ficando as regiões Norte e
Nordeste com taxas de mortalidade cerca de duas
vezes menores (6), o que pode ser em decorrência
da subnotificação e subdiagnóstico da doença.
No estado de Sergipe, pouco se sabe a respeito dos aspectos epidemiológicos desta patologia, o
que pode estar levando a uma abordagem inadequada
por parte das políticas de saúde pública, sendo
indispensável à realização de um estudo epidemiológico no
estado. Portanto, objetivamos, a partir dos arquivos de
todos os laboratórios de Anatomia Patológica do
Estado de Sergipe, realizar um estudo demográfico que
traduza melhor a realidade da neoplasia colorretal.
PACIENTES E MÉTODOS
Trata-se de um estudo retrospectivo de todos os pacientes com diagnóstico de câncer de cólon e
reto no estado de Sergipe em um período de 3 anos (2003 - 2005).
Os dados dos pacientes foram colhidos nos laudos de todos os laboratórios de anatomia patológica
de Aracaju, cidade onde estão todos os laboratórios
do estado. As informações foram colhidas de acordo
com o protocolo para câncer de cólon e reto, tendo
como principais variáveis: gênero, idade, procedência,
raça, tipo histológico, grau de diferenciação e
distribuição topográfica dos tumores. A partir desses dados,
foi calculada a incidência anual.
Os dados foram pesquisados com a devida autorização dada pelos responsáveis das
instituições citadas acima, através de documento que garante
que o estudo manterá o sigilo sobre a identidade dos
pacientes e que o mesmo não trará nenhum dano à
instituição. Não foi necessário o uso do termo de
consentimento livre e esclarecido assinado pelo paciente,
pois o trabalho consistiu unicamente na coleta de
dados contidos nos prontuários dos pacientes.
Após a coleta de dados, estes foram
comparados para excluir possíveis pacientes que se
encontraram descritos em mais de uma instituição, que
serviriam de fonte de dados, em função da
assistência multidisciplinar do câncer de cólon e reto.
A taxa de incidência anual foi calculada
dividindo-se o número de casos novos (numerador)
surgido no ano pela população residente (denominador)
no ano considerado. A fonte para se obter a
população residente foi o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística _ IBGE (7). A taxa de incidência anual
também foi ajustada para o gênero, utilizando-se nesse caso
o número de casos novos anuais e a população
residente por gênero. A incidência foi relatada como o
número de casos novos de câncer de cólon e reto por 100
mil habitantes.
Realizamos uma análise descritiva dos
principais dados com planilhas elaboradas com o auxilio
do Microsoft Excel® 2007.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe.
RESULTADOS
Foram encontrados 355 casos de câncer de cólon e reto confirmados pelos exames de
anatomia patológica em um período de 3 anos,
compreendidos entre janeiro de 2003 a dezembro de 2005.
O CCR foi mais freqüente em mulheres (n=201; 56,62%) que em homens (n=154; 43,38%)
(figura 1). A idade variou de 5 a 98 anos, com média
de 60,27 (desvio padrão de ±16,79), e 39 (10,99%)
tinham até 40 anos. Destes, 19 (48,72%) eram mulheres e
20 (51,28%) eram homens.
Figura 1 - Incidência de câncer colorretal por gênero no período de 2003 a 2005 em Sergipe. |
Figura 2 - Distribuição de câncer colorretal segundo a idade dos pacientes, estratificada por décadas. |
Figura 3 - Distribuição do câncer colorretal quanto ao tipo histológico. |
Figura 4 - Distribuição de adenocarcinoma quanto ao grau de diferenciação. |
Figura 5 - Distribuição de adenocarcinoma quanto à localização. |
Figura 6 - Distribuição de adenocarcinoma quanto à localização. |
Figura 7 - Incidência de câncer colorretal nos cólons direito e esquerdo no período estudado (2003 a 2005). |
Figura 8 - Distribuição do câncer colorretal em relação ao estádio do tumor no momento do diagnóstico. |
Figura 9 - Distribuição do câncer colorretal em relação à profundidade do tumor (pT) segundo o TNM. |
Figura 10 - Incidência de câncer colorretal por 100.000 habitantes em relação ao gênero no estado de Sergipe. |
Figura 11 - Incidência de câncer colorretal por 100.000 habitantes em relação ao gênero na capital. |
Figura 12 - Comparativo da incidência total e específica para pacientes acima de 50 anos em Sergipe e Aracaju. |
DISCUSSÃO
O estudo analisou 355 pacientes, sendo 201 (56,62%) mulheres e 154 (43,38%) homens, perfil
concordante com dados disponibilizados pelo INCA
(5). A estatística americana também mostra um padrão
semelhante, observado por Devessa et al
(8), o que difere da estatística japonesa, onde há uma prevalência
do gênero masculino em relação ao gênero feminino,
observado por Tamura et al (9).
A população mais acometida tinha entre 40
e 80 anos, com pico de incidência na sétima década
de vida, sendo a média de idade de 60,27 anos,
semelhante à encontrada na literatura
(3,4,10,11,12). Dados da Sociedade Americana de Câncer apresenta uma média
de idade ao diagnóstico de 71 anos. Em nossa
casuística, 39 pacientes tinham até 40 anos, o que
representa 10,99% da amostra, sendo 19 (48,72%) mulheres e
20 (51,28%) homens. Mauad et al. mostraram
incidência semelhante, de 12,6%, de pacientes com até 40
anos, com discreta predominância do gênero
masculino (51,22%) (13).
Com relação à procedência, houve uma
predominância de pacientes provenientes da
capital (50,14%), sendo que em 16 (4,51%) casos não foi
possível obter esta informação.
Adenocarcinoma foi significativamente o tipo histológico mais encontrado, presente em 295
(83,10%) pacientes, padrão semelhante à encontrada na
literatura (3). Dos que apresentaram adenocarcinoma, os
moderadamente diferenciados (n=146; 49,49%), foram
o grau de diferenciação mais comum, seguido dos
bem diferenciados (n=81; 27,46%) e pouco
diferenciados (n=17; 5,76%). Em 51 (17,29%) casos não havia
informação a respeito do grau de diferenciação. Júnior
et al. mostraram uma gradação na qual os
moderadamente diferenciados (69,8%) foram mais freqüentes,
seguido dos bem diferenciados (22,6%) e dos pouco
diferenciados ou indiferenciados (5,1%)
(3).
Quanto à distribuição topográfica
dos adenocarcinomas, o reto foi o sítio mais comum,
presente em 121 (41,02%) dos pacientes, seguido do sigmóide (n=38; 12,88%) e ceco (n=30; 10,17%).
Notou-se, então, um predomínio de tumores do cólon
esquerdo (n=187; 63,39%), contra o cólon direito
(n=88; 29,83%). Esses dados são semelhantes à literatura
brasileira (3,4,10), onde o reto é o local mais acometido.
Dados americanos apontam para uma maior freqüência
de tumores em sigmóide, seguido do reto e
ceco (8,14). A literatura tem apontado para um aumento da
incidência de tumores no cólon direito nos últimos anos
(15), fato observado em nossa casuística, quando foi
comparada a incidência de tumores do cólon esquerdo
com o direito no período de 2003 a 2005.
Em nosso estudo, a maioria dos tumores foi detectada em fases mais avançadas da doença.
Houve uma predominância de tumores em estádio III
(n=61; 45,52%), seguindo-se o estádio II (n=49; 36,57%),
estádio I (n=17; 12,69%), estádio IV (n=6; 4,48%) e
estádio 0 (n=1; 0,75%). Estádios mais avançados
no momento do diagnóstico também foram observados
em outros estudos, o que reflete diretamente em um
pior prognóstico da doença. A Sociedade Americana
de Câncer observou que 39% dos casos de CCR
foram diagnosticados quando o câncer ainda estava
confinado ao sítio primário (estádio localizado), 36%
foram diagnosticados depois que o câncer espalhou para
os linfonodos regionais ou diretamente além do sítio
primário e 19% foram diagnosticados depois que o
câncer já tinha metastatizado (estadio avançado). As
taxas relativas correspondentes de uma
sobrevivência de 5 anos foram de 89,8% para localizado, 67,7%
para regional, 10,3% para distante e 35,8% para
desconhecidos (16). Ressalta-se aqui a importância das
políticas de saúde na detecção e tratamento precoce do
CCR, melhorando o prognóstico e sobrevida desses
pacientes. Já existe um trabalho sendo desenvolvido em
parceria com a Sociedade Brasileira de
Coloproctologia na prevenção do câncer colorretal. Apesar de
relatarmos neste estudo uma incidência elevada de
câncer em estádio avançado, temos acompanhado, através
do serviço de colonoscopia dos diversos centros do
nosso estado, o diagnóstico e tratamento endoscópico
de adenomas e adenocarcinomas, que com certeza já
estão interferindo de forma positiva no controle da
doença, embora ela ainda assim esteja aumentando a
sua incidência.
Quanto à profundidade do tumor segundo o
sistema TNM, a maioria dos casos foi classificada
como pT3 (n=69; 73,40%), seguido de pT2 (n=17;
18,09%), pT4 (n=4; 4,26%), pT1 (n=3; 3,19%) e pTis
(n=1; 1,06%). Dos que apresentaram adenocarcinoma,
houve um predomínio de Dukes C (n=46; 52,27%) e
B (n=34; 38,64%), seguido de Dukes A (n=4; 4,55%) e
D (n=4; 4,55%). Júnior et al também mostraram
comportamento semelhante, sendo pT3 responsável por
64,7% do total e, Dukes B, C e D, por 85% dos casos, o
que correspondeu a um prognóstico mais reservado
(3).
Foi possível calcular a incidência anual, pois
os dados foram colhidos a partir dos laudos de todos
os laboratórios de anatomia patológica do estado.
Dados do INCA estimaram no estado para o ano 2003 que
a taxa bruta de incidência por 100.000 habitantes
fosse de 2,12 para homens e 3,20 para mulheres. Na
capital, esses números aumentaram para 4,70 para homens
e 8,51 para mulheres. O que corresponde a 20 casos
do gênero masculino no estado e 10 na capital contra
30 casos do gênero feminino no estado e 20 na capital
(17). Nosso estudo revelou uma incidência maior tanto
no estado quanto na capital. A incidência de CCR no
estado para uma população de 100.000 foi de 4,57 e
6,07 para homens e mulheres, respectivamente, em
2003. Na capital, esses números aumentaram para 10,25
para homens e 12,92 para mulheres (tabela 2). O
que correspondeu a 42 casos do gênero masculino e 23
na capital contra 58 casos do gênero feminino no estado
e 33 na capital. Em 2004 e 2005, a incidência de CCR
no estado foi 4,72 e 5,29 por 100.000 homens e, 5,57
e 6,98 por 100.000 mulheres, respectivamente. Na
capital, nos respectivos anos, esses números
aumentaram para 10,57 e 10,29 por 100.000 homens e 13,16 e
15,07 por 100.000 mulheres. As incidências observadas
no estado foram bem menores do que as encontradas
nas estatísticas americanas (16) e japonesa
(9). No entanto, esses valores foram bem maiores que as
estimadas pelo INCA para a região nordeste
(5).
Como a maioria dos protocolos de rastreamento do CCR preconiza pesquisar pacientes
assintomáticos e sem fatores de risco, acima dos 50 anos de idade
(18), analisamos esse grupo etário em separado. A
análise da incidência desse grupo foi calculada através da
divisão do número de casos novos com idade igual
ou superior a 50 anos pela população residente
referente a este grupo etário no estado e capital nos anos
de 2003, 2004 e 2005. Foi observado o risco de
desenvolver CCR de 30,00; 29,59 e 37,01 por 100.000
pessoas no estado e, 57,24; 55,08 e 68,13 por 100.000
pessoas na capital, respectivamente.
No serviço de coloproctologia do Hospital
Universitário da UFS, criamos um ambulatório de
referência para acompanhamento dos pacientes portadores
de neoplasia do cólon, reto e ânus com o objetivo de
otimizar políticas de prevenção e tratamento desses pacientes.
A idéia é priorizar o atendimento inicial de todo
paciente encaminhado ao serviço com suspeita de neoplasia,
e posterior padronização do seu atendimento.
Buscaremos manter atualizado nosso banco de dados, para que em futuras publicações ou
reuniões sobre o tema tenhamos uma estatística e
dados demográficos mais próximos da nossa realidade
que dados de outros países.
CONCLUSÕES
Foram encontrados 355 casos de câncer de cólon e reto, havendo uma maior prevalência em
pacientes de gênero feminino (56,62%) em relação ao
gênero masculino (43,38%). O pico de incidência
ocorreu na sétima década de vida, sendo a média de
idade ao diagnóstico de 60,27 anos. Adenocarcinoma foi
significativamente o tipo histológico mais encontrado,
presente em 295 (83,10%) pacientes. Destes, o reto foi
o local mais acometido, presente em 121 (41,02%)
pacientes. Foi observado um aumento da incidência de
tumores no cólon direito. A maioria dos tumores foi
detectada em fases mais avançadas da doença,
havendo uma predominância de tumores em estádio III
(45,52%). Houve um aumento nas incidências anuais da
neoplasia tanto no estado quanto na capital. Nossos dados
revelaram uma incidência maior que as estimadas pelo
INCA tanto em Sergipe quanto em Aracaju. No estado
de Sergipe, a incidência de CCR em 2003, 2004 e 2005
foi de 4,57; 4,72 e 5,29 por 100.000 homens e, 6,07; 5,57
e 6,98 por 100.000 mulheres respectivamente. Na
capital, nos respectivos anos, esses números
aumentaram para 10,25; 10,57 e 10,29 por 100.000 homens e
12,92; 13,16 e 15,07 por 100.000 mulheres.
ABSTRACT: In Brazil, the colorretal cancer (CRC) was the fifth cause of death for cancer in men and fourth, in women in the period of 1995-1999. However, there are few registers on the epidemiologicals aspects of this pathology in Sergipe, being this the focus of this study. Objective: To catalogue all CRC cases diagnosed in Sergipe in the period of 03 years (2003-2005), tracing a demographic study. Method: The data had been harvested in findings of all pathological anatomy laboratories on the state. Results: The CRC was more frequent in women (n=201; 56,62%) than in men (n=154; 43,38%). The average age was 60,27 years old, and 39 (10,99%) had up to 40 years old. Adenocarcinoma was the histology type more found, present in 295 (83,10%) patients. In Sergipe, the incidence of CRC in 2003, 2004 and 2005 was 4,57; 4,72 and 5,29 per 100.000 men and, 6,07; 5,57 and 6,98 per 100.000 women respectively. In the capital, in this respectives years, these numbers had increased to 10,25; 10,57 and 10,29 per 100.000 men and 12,92; 13,16 and 15,07 per 100.000 women. Conclusions: The achieved data are similar to the ones of the literature, showing an increase in the annual incidences of the neoplasm.
Key words: Cancer, colon, rectum, epidemiology.
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Endereço para correspondência:
Fábio Ramos Teixeira
Av. Oceânica, 1077, Apt. 401, Bloco A, Bairro: Atalaia Velha
49035-000 Aracaju-SE
Ramos15@superig.com.br
Recebido em 21/12/2007
Aceito para publicação em 03/01/2008
Trabalho realizado na Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Medicina.