ATUALIZAÇÃO
METALOPROTEINASES 1 E 7 E CÂNCER COLORRETAL
Metalloproteinases 1 and 7 and Colorectal Cancer
MÁrio JucÁ1; Benicio Luiz BulhÕes Barros Paula Nunes2; Hunaldo Lima de Menezes2; Edmundo Guilherme de Almeida Gomes3; Delcio Matos4
1 Professor Associado de Coloproctologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Coordenador da Disciplina de Coloproctologia da FAMED-UFAL; 2 Aluno em Nível de Doutorado da Universidade Federal de São Paulo; 3 Professor Assistente Mestre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas; 4 Professor Titular da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo - Brasil.
RESUMO: A metaloproteinase-1 (MMP-1) e a metaloproteinase-7 (MMP-7) são proteinases da matriz extracelular (MEC), zinco-dependentes, envolvidas no processo inicial da carcinogênese por permitirem a invasão tumoral na célula e promover o processo de metastatização. O polimorfismo dessas proteinases tem sido estudado recentemente com o objetivo de validar susa expressão e/ou atividade como marcador prognóstico. Evidências cumulativas revelam importante papel das MMP's 1 e 7 em diferentes fases da carcinogênese. A MMP-1 tem ação direta sobre a principal proteína da MEC, que é o colágeno do tecido intersticial conectivo. Sua expressão aumentada neste tecido pode indicar alto potencial de disseminação tumoral em diferentes tipos de câncer, incluindo o colorretal. A associação deste aumento da expressão também parece ser verdadeira para a MMP-7.
Descritores: Neoplasia colorretal; Metalloproteinase 1; Metalloproteinase 7.
INTRODUÇÃO
A invasão celular de um tecido pode
ocorrer durante vários estágios, sejam fisiológicos ou
patológicos. Existem barreiras que se opõem ao movimento
de invasão tecidual, como as membranas basais, a
matriz estromal e a junção entre as células. Acredita-se
que um mecanismo comum para a quebra destas barreiras, seja a atuação de enzimas proteolíticas. Os
tipos de proteinases envolvidas dependem do tipo de
tecido envolvido e das circunstâncias encontradas na
matriz. Não obstante, existem três classes de proteinases
(matriz metaloproteinases - MMP, serina proteinases
e cisteína proteinases) que têm distribuição alterada,
aumento na expressão e/ou atividade, envolvidas na
remodelação da matriz, facilitando a invasão
tumoral. Algumas evidências sugerem que proteinases,
especificamente as MMPs, estão envolvidas nos estados
iniciais da progressão tumoral1.
A carcinogênese e o desenvolvimento do
câncer colorretal são processos de várias etapas,
caracterizadas por mudanças progressivas na quantidade
ou atividade de proteínas que regulam a proliferação,
diferenciação e sobrevida celular, e são mediados
por mecanismos genéticos e
epigenéticos2, 3. Uma
seqüência ordenada de eventos não aleatórios leva ao
desenvolvimento do câncer colorretal (CCR), passando
o epitélio por transformação
invasiva4, sendo a progressão do epitélio intestinal normal até o
desenvolvimento do carcinoma invasivo estimada entre 7 e 12
anos5. A membrana basal e a matriz extracelular
representam duas barreiras físicas à invasão maligna, e suas
degradações pelas MMPs têm papel fundamental na
progressão tumoral e disseminação das
metástases4, 6-11. Como os tumores primários necessitam crescer
para se tornarem invasivos, a angiogênese é induzida
como um dos principais mecanismos de sustentação da
progressão tumoral12. Além disso, o desenvolvimento
de uma microvasculatura funcional requer a
organização tubular de células endoteliais, e sua maturação
como veias estruturalmente estáveis e funcionalmente
ajustáveis. A maturação dos vasos sangüíneos envolve
o recrutamento de células murais, e deposição de
uma matriz extracelular (MEC). Observações recentes
sugerem que as MMPs podem ter papel importante na maturação da neovascularização
tumoral13, ficando evidente que as MMPs participam dos mecanismos
fisiológicos de desenvolvimento celular, e patológicos
da carcinogênese12.
O tecido conectivo humano tem como
proteína estrutural principal o colágeno, sendo os tipos I, II
e III os mais abundantes, proporcionando a
sustentação deste tecido, além de guiarem a migração,
proliferação e diferenciação
celular14. O colágeno intersticial é
composto por 3 cadeias alfa de aproximadamente 1000
resíduos com repetidas cadeias trigêmeas Gly-X-Y,
onde X e Y são prolina e hidroxiprolina,
respectivamente, sendo esta conformação de tripla hélice o que faz
o colágeno intersticial ser resistente à maioria
das proteinases. As enzimas que podem clivar esta
estrutura são conhecidas como
colagenases15 e catepsina K, esta última produzida pelos
osteoclastos16. Enquanto a catepsina K quebra o colágeno I em um meio
ácido especializado primariamente na reabsorção
óssea, as demais enzimas colagenolíticas agem em pH
neutro, e são membros da família das MMPs, sendo
produzidas por diversos tecidos, incluindo as
células estromais, epiteliais, macrófagos e
leucócitos17.
MATRIZES METALOPROTEINASES (MMPs)
As MMPs são uma família de enzimas
zinco-dependentes, intimamente relacionadas, que
degradam a matriz extracelular, e são consideradas como
importantes facilitadoras para a invasão e
disseminação tumoral5-7,
18-41. Estas enzimas coletivamente podem degradar todos os componentes da matriz
extracelular e são classificadas em grupos, incluindo
colagenases, gelatinases, estromalisinas e metaloproteinases
de membrana23, 32, 34, 42. Podem ser divididas em dois
grupos estruturalmente distintos: as secretadas e as
de membrana43, 44. As MMPs são secretadas
como zimógenos inativos, e estudos in vitro
demonstraram que o sistema u-PA/plasmin localizado na
membrana celular, direta ou indiretamente, ativa um número
de pro-MMPs, tais como pro_MMP-1, pro_MMP-3, pro_MMP-9, pro_MMP-10 e
pro_MMP-1345-47. Em adição à ativação zimogênica, a atividade da MMP é
regulada pelos inibidores teciduais de
metaloproteinases (IT-MMPs)48. As suas denominações são dadas a
partir de sua atividade
catalítica1. Existem membros da
família das MMPs com atividade enzimática,
virtualmente contra todos os componentes da MEC e
membranas basais. Mais importante, a família das MMPs inclui
as únicas enzimas capazes de clivar e desnaturar
fibras do colágeno. As composições da MEC e
membrana basal variam de acordo com a localização, mas
geralmente incluem várias formas de colágeno,
glicoproteínas (laminina, fibronectina, entactina,
nidogênio), proteoglicanas e glicosaminoglicanas. A penetração
e/ou degradação da membrana basal ou MEC
requer várias atividades proteolíticas diferentes, devido à
diversidade de sua composição macromolecular. Por
isso, durante a remodelação da matriz ocorre uma
cascata complexa de eventos proteolíticos envolvendo
múltiplos membros da família das
MMPs1,79.
Os inibidores de tecido de metaloproteinases (IT-MMPs) são os principais inibidores fisiológicos
das MMPs49-51. São proteínas secretadas que se une
às MMPs individualmente, e regulam a atividade de
cada MMP. Juntas, as MMPs e IT-MMPs formam um sistema biológico complexo que controla estritamente
a degradação da MEC. As MMPs e IT-MMPs têm
uma participação significativa na facilitação da
invasão tumoral e metástases23, 25, 32, 34, 49,
50, não apenas na degradação direta da MEC, mas também na
interação com outros sistemas biológicos implicados na
invasão tumoral, incluindo moléculas de adesão,
proteínas citoesqueléticas e fatores de
crescimento36, 52,85.
A família das MMPs podem ser agrupadas e subdivididas de acordo com o número e
características de domínios protéicos funcionais específicos. Com
exceção da matrilisina, todas MMPs possuem um
domínio hemopexina/vitronectina-like carboxiterminal
que pode ter diferentes funções em cada um dos
membros das MMPs. A região em "dobradiça", que liga os
domínios hemopexina e catalítico, pode ser importante
e determina a especificidade do substrato.
Geralmente, esta região é variável na espessura e composição
entre os membros da família, mas todas MMPs
capazes de degradar fibras colágenas contém uma
"dobradiça" de diferentes tamanhos e
composições53. Em todos
os membros da família MMP, o domínio catalítico
contem três histidinas conservadas. A estrutura de toda
a colagenase ativa confirma que, o zinco contido nos
sítios catalíticos é coordenado por estas histidinas
conservadas. Todas MMPs são sintetizadas
como zimógenos inativos. Após a ativação, as MMPs
são expostas à regulação por uma família de inibidores
naturais de proteínas denominadas inibidores teciduais
de metaloproteinases (IT-MMP), que ligam tanto as proMMPs ou MMPs ativas, inibindo a ativação
auto-catalítica de enzimas latentes, bem como a
capacidade proteolítica de proteinases ativas. IT-MMPs podem
ser inativadas proteoliticamente por diversas
proteinases, como por exemplo a elastase neutrofílica (uma
serina proteinase), tripisina e
estromalisina-354. As MMPs também podem ser inibidas por associações
não covalentes com a
á2-macroglobulina21.
Vários estudos têm investigado MMPs e
IT-MMPs específicas no câncer colorretal, e vários
outros estudos têm proposto significância prognóstica
para MMPs individualmente (MMP-155,
MMP-756, MMP-957,
IT-MMP158 e IT-MMP259) neste tipo de
tumor. Entretanto, cada um destes estudos tem colocado
o foco em uma única MMP ou IT-MMP, não
existindo estudos maiores na expressão das MMPs e
IT-MMPs no câncer colorretal. Estes achados diversos de
MMPs e IT-MMPs individualmente em diferentes grupos
de câncer colorretal, levaram CURRAN et al
(2004)38 a realizarem um estudo compreensivo de MMPs em
uma série bem caracterizada de câncer colorretal para
se entender a interação entre as várias
MMPs/IT-MMPs e compreender completamente a biologia das
MMPs/IT-MMPs no câncer colorretal. Neste estudo,
foram analisados por imuno-histoquímica a expressão de
todas as principais MMPs e IT-MMPs em um grupo bem caracterizado de câncer colorretal, sendo
demonstrado que a composição molecular das
MMPs/IT-MMPs identifica o grupo de pacientes com pior prognóstico.
MATRIZ METALOPROTEINASE-1 E CÂNCER COLORRETAL
A colagenase intersticial foi o primeiro membro identificado da família das
MMPs60. Desde então, as MMPs estão relacionadas a mais de 25 tipos
de enzimas zinco-dependentes que compartilham
domínios funcionais comuns, tendo seus nomes
descritivos associados a um substrato preferencial, e a um
sistema de numeração dentro da família MMP,
baseados em sua ordem de descobrimento5, 40,
61. Desta forma, a colagenase intersticial é também denominada
de Metaloproteinease-1 (MMP-1) e degrada,
especificamente, os colágenos tipo I, II e
III28, 62. Estas enzimas são codificadas por diferentes genes, e produzidas
por uma variedade de tipos celulares, incluindo
células epiteliais, mesenquimais, inflamatórias e
neoplásicas63.
Uma colagenase típica é sintetizada como
uma pré-próenzima e secretada, como uma pró-enzima
inativa que consiste em um pró-peptídeo, um
domínio catalítico, uma pequena região de ligação rica em
prolina e um domínio hemopexina C-terminal (Hpx). A
estrutura em forma de cristal da MMP-1 indica que
seus domínios catalítico, e Hpx estão conectados com
uma ligação
peptídica64, mas o entendimento de como
o domínio Hpx se comporta na quebra do colágeno é
ilusório. Todavia, a base estrutural da especificidade
da degradação do colágeno entre certos membros
das MMPs, não está claramente compreendida. Um
enigma adicional é o mecanismo pelo qual
colagenases clivam a tripla hélice de colágeno, quando as
dimensões do sítio ativo da colagenase e a estrutura
do colágeno intersticial são
consideradas65. O sítio de ligação do substrato da MMP-1 forma uma fenda
profunda com o zinco localizado na porção inferior, e
a entrada deste encaixe é de apenas 5Å de largura,
o suficiente para acomodar apenas uma cadeia
polipeptídica14.
Várias linhas de evidência sugerem que
as MMP´s regulam o crescimento celular e a
sobrevida, participando diretamente na geração de sinais que
induzem à proliferação de células tumorais, ativando
os precursores dos fatores de crescimento na
superfície celular, liberando e ativando aqueles latentes
seqüestrados na MEC e alterando a estrutura dos
componentes essenciais da MEC5, 40, 66. A MMP-1 é uma
típica enzima de membrana celular. Enquanto todas
MMPs secretadas são normalmente liberadas
como proenzimas, a MMP-1 pode ser liberada como
enzima ativa antes de chegar à superfície
celular63, tendo papel fundamental na remodelação da MEC,
degradando diretamente vários de seus componentes e
indiretamente ativando a
pró-metaloproteinase-235. A presença
deste tipo de MMP em espécimes de CCR tem sido
associada com um pior prognóstico, independentemente
do estadiamento de DUKES5, 27, 28, 55, 56, 61,
67. Entretanto, ROEB et al
(2004)68 evidenciaram que a
expressão da MMP-1 teve correlação significante com
as metátases hematogênicas do CCR, mas nenhuma
correlação com outros fatores clínico-patológicos,
sugerindo que outros estudos são necessários para se
ter uma melhor evidência deste aspecto, bem como de
qual a origem deste aumento da expressão da MMP-1
no CCR. Este aumento da expressão da MMP-1 em
pacientes com metástases de CCR, também foi
verificado por HORIUCHI et al
(2003)69.
BAKER et al (2000)70 realizaram estudo
no qual os níveis de MMP-1 no tumor colorretal
foram maiores que no tecido normal, sendo ainda correlacionado significantemente com o estádio
de Dukes, diferenciação tumoral, invasão
linfática (p<0,05), acreditando que os níveis de MMP-1
parecem ser mais importantes na progressão do CCR, e
o seguimento destes pacientes é necessário para
determinar o quanto altos níveis de MMP-1 está
associado com um pior prognóstico27, 33, 52, 55,
71-73. SARDINHA et al
(2000)62 verificaram uma associação entre a
expressão de MMP-1 e o aumento do
estadiamento tumoral. Também no ano de 2000, SHIOZAWA et
al27 encontraram imunorreatividade para MMP-1 em
76,1% dos adenocarcinomas colorretais estudados (108
casos), sendo sua expressão menos freqüente e de
menor intensidade nos carcinomas intramucosos do
que nos invasivos (p<0,0001). SUNAMI et
al (2000)28 encontraram uma correlação significante da
expressão da MMP-1 nas metástases hematogênicas, porém
não conseguiram correlação com outros achados
clínico-patológicos. Em 2003, BENDARDAF
et al35 verificaram níveis de expressão da MMP-1
significantemente acima da mediana, naqueles casos de tumores
localizados no lado esquerdo do cólon, porém não
houve associação significativa com o sexo,
diferenciação histológica ou níveis de antígeno
carcinoembriogênico. Porém, houve associação significante de baixos
níveis com maior sobrevida (p=0,05). NOSHO
et al (2005)66 encontraram uma superexpressão de MMP-1
em 37,8% dos 90 tumores colorretais estudados, tendo
uma correlação estatisticamente significante com o
tamanho do tumor (p=0,0035).
MATRIZ METALOPROTEINASE-7 E CÂNCER COLORRETAL
A metaloproteinase 7 (MMP-7) faz parte da família das endopeptidases, com atividade
hidrolítica de amplo espectro para as proteínas
extracelular, 74. A MMP-7 é o menor membro das
MMPs75-76. Comparando com as outras MMPs, a MMP-7 se
distingue pelo seu baixo peso molecular (28 kDA) e ausência
do domínio C-terminal. Foi identificada primeiro em
útero de ratas pós-parto77,
78.
Apesar de ser classificada estrutural e funcionalmente como uma estromalisina, pertencendo
ao mesmo grupo das MMP-3, -10, -11 e -26,
percebe-se que há uma sobreposição entre as sub-classes,
significando que as MMPs não têm necessariamente
um substrato definido, sendo esta característica ainda
mais marcante em processos patológicos, como a
proteólise relacionada à invasão tumoral. Além disso, a
ativação das mesmas pode envolver uma reação em
cascata, visto que as atividades das MMPs interferem
umas com as outras, através da ativação de
proenzimas 80.
A MMP-7 tem uma ampla atividade proteolítica, degradando vários componentes da
membrana extracelular, entre eles os proteoglicanos,
laminina, elastina, caseína, fibronectina e o colágeno tipo
IV81-84. A degradação do colágeno tipo IV, em
particular, torna a MMP-7 um importante fator de metástase,
uma vez que o colágeno tipo IV é o maior componente
da membrana basal. Uma característica importante
da MMP-7 é a sua presença exclusivamente em
tecido tumoral, não sendo encontrada em tecido colônico
sadio. Outra característica que lhe torna peculiar, é que
a sua secreção é feita unicamente por células de
tecido epitelial68, 82.
A atividade das MMPs é regulada por
expressão gênica, por ativação da pró-enzima, por
inativação da enzima ativa e por inibidores tissulares
específicos. As MMPs ampliam o processo de invasão tumoral,
não só através da degradação das proteínas da matriz
extra-celular, bem como pela ativação das cascatas
que promovem a motilidade e a solubilização de fatores
de crescimento ligadas à matriz extra-celular
37.A expressão da MMP-7 é induzida por fatores de
crescimento célula-célula e célula-matriz. O seu gene é
induzível por estímulos extra-celulares que ativam um fator
de transcrição dimérico, o complexo ativador de
proteína 1 (AP-1), que vai se ligar ao promotor de MMPs
no núcleo celular e ativar a sua transcrição. A indução
da expressão e atividade da AP-1 são mediadas por
três classes de proteína quinases ativadas por
mitógenos (MAPK), ERKs, quinase do N-terminal de JUN
ativada por estresse (JNK) e a de p38. A proteína
quinase C (PKC) ativa a via de sinalização de
ERK1/ERK2. Recentemente, tem-se mostrado que a super
expressão de isoformas de PKC resulta na ativação do
promotor de MMP-142. Por outro lado, alguns
autores têm sugerido que a beta catenina é um importante
fator regulador na super expressão da
MMP-786. Estudos têm demonstrado que a troglitazona apresenta
um efeito inibidor na síntese de MMP-7, por se ligar a
um receptor hormonal expressado em tecido adiposo,
nas adrenais e no baço, o receptor gama
peroxisomal proliferador ativado (PPAR-g) que diminui a
síntese de prostaglandinas 87.
A MMP-7 tem sua expressão aumentada nas neoplasias de cabeça e pescoço,
pulmão88;
cólon89,
estômago90;
pâncreas91; mama92.
A MMP-7 é a única das MMPs que só
está expressa nos adenomas e neoplasias malignas, mas
não em células colônicas normais. A contribuição da
MMP-7 no câncer colo-retal está bem estabelecida por
manipulação genética da sua expressão no modelo
experimental Min/ + (neoplasia intestinal múltipla)
desenvolvido em ratos para câncer
colorretal76,95. O nível da expressão da MMP-7 aumenta da seqüência
adenoma para carcinoma e este nível de aumento se
correlaciona com o estágio da doença e aparecimento de
metástases, bem como um decréscimo na sobrevida.
Análises multivariadas confirmam que a expressão da
MMP-7 é um indicador significante de conseqüência de
mortalidade96,97,98.. Enquanto as MMP's classicamente
têm sido implicadas na destruição da membrana basal,
e associadas com estágios avançados do tumor e
aparecimento de metástases, recentes estudos têm
demonstrado que a MMP-7 está expressa em uma alta
porcentagem de câncer colo-retal em fase
inicial99. Estudos experimentais têm demonstrado que em
ratos heterozigotos no modelo Min o RNA mensageiro
foi induzido em 88% dos adenomas. Estes resultados
sugerem que a MMP-7 pode contribuir para o
desenvolvimento de tumor precoce95. Por outro lado,
estudos clínicos têm mostrado que a MMP-7 tem a sua
expressão aumentada em até 85% dos tumores
colo-retais malignos95. Entretanto, outros fatores que regulam
o gene de transcrição da MMP-7, desencadeando
câncer colo-retal precoce ainda permanece
sem elucidação83, 100. De fato, com relação à MMP-7,
tem se demonstrado tanto uma correlação positiva
entre esta protease e potencial metastático quanto
câncer colo-retal precoce. Um entendimento de como o
gene da MMP-7 é regulado a nível transcricional é
necessário para a determinação de como esta protease
está super expressa em estágios precoces da
tumorigênese do cólon. Examinando a seqüência de DNA do
gene promotor, um maior discernimento pode ser obtido
dentro dos fatores que regulam expressão do gene. A
seqüência de análise da MMP-7 humana fomenta a
revelação da presença de um número potencial de
fator de transcrição, ligando elementos dentro da
primeira base par no sítio do início da transcrição. Isto
envolve o fator T-celular (TCF), ativador de proteína 1
(AP-1) e o sítio de ligação E-26 (ETS). A beta catenina
tem mostrado interação com o sítio TCF, enquanto os
fatores de transcrição AP-1 e ETS têm mostrado
serem acionados por estímulos
mitogênicos69, 98, 100.
Existem duas teorias para o crescimento do câncer colo-retal invasivo e metástase em
pacientes com super expressão da MMP-7: uma é devido ao
efeito direto da MMP-7, pelo fato de ela exibir um
amplo espectro de especificidade e efetividade na
degradação de vários componentes da membrana basal. A
outra aponta para os efeitos indiretos da MMP-7, com
a ativação das gelatinases A e B. Estudos
preliminares mostram não haver diferença no grau de atividade
das gelatinases nos tumores, sugerindo que a atividade
da MMP-7 no câncer colo-retal é por efeito direto.
Entretanto, outros efeitos indiretos da enzima não podem
ser demonstrados, como a ativação de outras MMPs
ou inativação de inibidores das
proteinases77, 101.
O papel da MMP-7 nas metástases foi
testado diretamente, utilizando-se antisenso oligonucleotídeo
em ratos com câncer colo-retal e metástase hepática,
o que causou a inibição desta protease, diminuindo a
invasão da membrana basal pela enzima, e inibindo
a metástase hepática. Este resultado demonstra que
a MMP-7 tem um importante papel nas metástases,
e estágios avançados do câncer colo-retal. Estudos
recentes in vitro demonstram que a presença do
antisenso oligonucleotídeo inibe a MMP-7, prevenindo a
invasão do cólon e metástase em até
50%75, 102-104.
Intestinos de pacientes com doença
inflamatória intestinal apresentam risco de desenvolver
câncer colo-retal e exibem níveis aumentados de MMP-1,
-3, -7 e _14. A MMP-7 é a única protease que está
aumentada em adenomas, comparando com tecido intestinal normal. A MMP-7 também se encontra
expressada focalmente em 50% dos adenomas colônicos
benignos, e super expressa em 90% dos adenomas de pacientes com polipose adenomatosa
familiar75.
A MMP-7 é também sintetizada no
endotélio vascular adjacente ao tumor, mas não em tecidos
sadios. Em adição, estudos demonstram que cultura
de células endoteliais de veia umbilical humana
secreta MMP-7. Este resultado sugere a possibilidade de
esta enzima estar envolvida na angiogênese do
tumor77, 78, 105.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Matrilisina é uma das metaloproteinases
que tem um papel crítico na invasão tumoral e
na remodelagem da matrix extracelular no
câncer colorretal. Muito embora, nenhuma
metaloproteinase sozinha ou mesmo suas associações possam
justificar o processo de desorganização pluricelular,
que culmina com uma transcrição de mRNA, levando
à transformação maligna de uma célula. O
entendimento desses mecanismo certamente em um
determinado momento, junto com a diversidade de conhecimentos que estão sendo desenvolvidos,
trarão um caminho para a prevenção e algumas vezes
o prognóstico de indivíduos onde a expressão
desses marcadores possam ser decodificadas para
uma estratificação clínica.
ABSTRACT: The metalloproteinase-1 (MMP-1) and metalloproteinase-7 (MMP-7) are proteinases of the extracellular matrix (MEC), zinc-dependent, involved in the initial process of carcinogenesis, allowing the invasion by the tumor cell and promoting the process of metastasis. The polymorphism of these proteinases has been studied recently in order to validate its expression and / or activity as a marker prognosis. Evidence shows cumulative important role of MMPs 1 and 7 in different stages of carcinogenesis. The MMP-1 is direct action on the main protein of the MEC, which is the collagen of interstitial connective tissue. Its increased expression in this tissue may indicate high potential for spread in different tumor types of cancer, including colorectal. The association of this increase of expression also appears to be true for MMP-7.
Key words: Colorectal neoplasms; Matrix metalloproteinase 1; Matrix metalloproteinase 7.
Referências
1. Coussens LM, Werb Z - Matrix metalloproteinases and
the development of cancer. Chem Biol 1996; 3(11): 895-904.
2. Wu AW, Gu J, Ji JF, Li ZF, Xu GW. Role of COX-2
in carcinogenesis of colorectal cancer and its relationship
with tumor biological characteristics and patients' prognosis.
World J Gastroenterol 2003; 9(9): 1990-1994.
3. Xiong B, Sun TJ, Hu WD, Cheng FL, Mao M, Zhou YF
- Expression of cyclooxygenase-2 in colorectal cancer and
its clinical significance. World J Gastroenterol 2005; 11(8):
1105-1108.
4. Ghilardi G, Biondi ML, Mangoni J, Leviti S, Demonti M,
Guagnellini E et al - Matrix metalloproteinase-1
promoter polymorphism 1G/2G is correlated with colorectal
cancer invasiveness. Clin Cancer Res 2001; 7(8): 2344-2346.
5. Wagenaar-Miller RA, Gorden L, Matrisian LM -
Matrix metalloproteinases in colorectal cancer: is it worth
talking about? Cancer Metastasis Rev 2004; 23(1-2): 119-135.
6. Murphy G, Koklitis P, Carne AF - Dissociation of
tissue inhibitor of metalloproteinases (TIMP) from
enzyme complexes yields fully active inhibitor. Biochem J
1989; 261(3): 1031-1034.
7. Matrisian LM - Metalloproteinases and their inhibitors
in matrix remodeling. Trends genet 1990; 6(4): 121-125.
8. Liotta LA, Stetler-Stevenson WG, Steeg PS - Cancer
invasion and metastasis: positive and negative regulatory
elements. Cancer Invest 1991; 9(5): 543-51.
9. Joo YE, Seo KS, Kim J, Kim HS, Rew JS, Park CS et al -
Role of tissue inhibitors of metalloproteinases (TIMPs) in
colorectal carcinoma. J Korean Med Sci 1999; 14(4): 417-423.
10. Stetler-Stevenson WG, Yu AE - Proteases in invasion:
matrix metalloproteinases. Semin Cancer Biol 2001; 11(2): 143-52.
11. Moilanen M, Sorsa T, Stenman M, Nyberg P, Lindy
O, Vesterinen J et al - Tumor-associated
trypsinogen-2 (trypsinogen-2) activates procollagenases (MMP-1, -8,
-13) and stromelysis-1 (MMP-3) and degrades type I
collagen. Biochemistry 2003; 42(18): 5414-5420.
12. Deryugina EI, Quigley JP - Matrix metalloproteinases
and tumor metastasis. Cancer Metastasis Rev 2006; 25(1): 9-34.
13. Chantrain CF, Henriet P, Jodele S, Emonard H, Feron
O, Courtoy PJ et al - Mechanisms of pericyte recruitment
in tumour angiogenesis: A new role for metalloproteinases. Eur
J Cancer 2006; 42(3): 310-318.
14. Chung L, Dinakarpandian D, Yoshida N, Lauer-Fields JL,
Fields GB, Visse R et al - Collagenase unwinds triple-helical
collagen prior to peptide bond hydrolysis. EMBO Journal
2004; 23(15), 3020-3030.
15. Visse R, Nagase H - Matrix metalloproteinases and
tissue inhibitors of metalloproteinases: structure, function,
and biochemistry. Circ Res 2003; 92(8): 827-839.
16. Garnero P, Borel O, Byrjalsen I, Ferreras M, Drake
FH, Mcqueney MS et al - The collagenolytic activity of
cathepsin K is unique among mammalian proteinases. J Biol Chem
1998; 273(48): 32347-32352.
17. Sternlicht MD, Werb Z - How matrix metalloproteinases
regulate cell behavior. Annu Rev Cell Dev Biol 2001; 17:
463-516.
18. Liotta LA - Tumor invasion and metastases - role of
the extracellular matrix. Cancer Res 1986; 46(1): 1-7.
19. Mignatti P, Rifkin DB - Biology and biochemistry of
proteinases in tumor invasion. Physiol Rev 1993; 73(1): 161-195.
20. Stetler-Stevenson WG, Aznavoorian S, Liotta LA - Tumor
cell interactions with the extracellular matrix during invasion
and metastasis. Annu Rev Cell Biol 1993; 9: 541-573.
21. Birkedal-Hansen H - Proteolytic remodeling of
extracellular matrix. Cur Opin Cell Biol 1995; 7(5): 728-735.
22. Chambers AF, Matrisian LM - Changing views of the role
of matrix metalloproteinases in metastasis. J Natl Cancer
Inst 1997; 89(17): 1260-1270.
23. Curran S, Murray GI - Matrix metalloproteinases in
tumour invasion and metastasis. J Pathol 1999; 189(3): 300-308.
24. Kähäri VM, Saarialho-Kere U - Matrix
metalloproteinases and their inhibitors in tumour growth and invasion. Ann
Med 1999; 31(1): 34-45.
25. Curran S, Murray GI - Matrix metalloproteinases:
molecular aspects of their roles in tumour invasion and metastasis. Eur
J Cancer 2000; 36(13): 1621-1630.
26. Nelson AR, Fingleton B, Rothenberg ML, Matrisian LM
- Matrix metalloproteinases: biologic activity and
clinical implications. J Clin Oncol 2000; 18(5): 1135-1149.
27. Shiozawa J, Ito M, Nakayama T, Nakashima M, Kohno
S, Sekine I - Expression of matrix metalloproteinase-1 in
human colorectal carcinoma. Mod Pathol 2000; 13(9): 925_933.
28. Sunami E, Tsuno N, Osada T, Saito S, Kitayama J,
Tomozawa S et al - MMP-1 is a prognostic marker for
hematogenous metastasis of colorectal cancer. Oncologist 2000; 5(2):
108-114.
29. Stetler-Stevenson WG - The role of matrix
metalloproteinases in tumor invasion, metastasis, and angiogenesis. Surg
Oncol Clin N Am 2001; 10(2): 383-392.
30. Stetler-Stevenson WG, Yu AE - Proteases in invasion:
matrix metalloproteinases. Semin Cancer Biol 2001; 11(2): 143-152.
31. Yamauchi K, Ogata Y, Nagase H, Shirouzu K _ Inibition
of liver metastasis from orthotopically implanted colon
cancer in nude mice by transfection of the TIMP-1 gene
into KM12SM cells. Surg Today 2001; 31(9): 791-798.
32. Brinckerhoff CE, Matrisian LM - Matrix
metalloproteinases: a tail of a frog that became a prince. Nat Rev Mol Cell
Biol 2002; 3(3): 207-214.
33. Overall CM, López-Otín C - Strategies for MMP
inhibition in cancer: innovations for the post-trial era. Nat Rev
Cancer 2002; 2(9): 657-672.
34. Yana I, Seiki M - MT-MMPs play pivotal roles in
cancer dissemination. Clin Exp Metastasis 2002; 19(3): 209-215.
35. Bendardaf R, Lamlum H, Vihinen P, Ristamaki R, Laine
J, Pyrhonen S - Low collagenase-1 (MMP-1) and
MT1-MMP expression levels are favourable survival markers in
advanced colorectal carcinoma. Oncology 2003; 65(4): 337-346.
36. Leeman MF, Curran S, Murray GI - New insights into
the roles of matrix metalloproteinases in colorectal
cancer development and progression. J Pathol 2003; 201(4):
528-534.
37. Stamenkovic I - Extracellular matrix remodelling: the role
of matrix metalloproteinases. J Pathol 2003; 200(4): 448-464.
38. Curran S, Dundas SR, Buxton J, Leeman MF, Ramsay
R, Murray GI - Matrix metalloproteinase/tissue inhibitors
of matrix metalloproteinase phenotype identifies poor
prognosis colorectal cancers. Clin Cancer Res 2004; 10(24): 8229-8234.
39. Mariani SM - Conference report-Extracellular matrix
and cancer: revisiting metalloproteinases highlights from the
annual meeting of the American Society for Cell Biology;
December 13-17, 2003; San Francisco, California. MedGenMed
2004; 6(1): 25.
40. Zucker S, Vacirca J - Role of matrix
metalloproteinases (MMPs) in colorectal cancer. Cancer Metastasis Rev
2004; 23(1-2): 101-117.
41. Tauro JR, Gemeinhart RA - Matrix metalloprotease
triggered delivery of cancer chemotherapeutics from hydrogel
matrixes. Bioconjug Chem 2005; 16(5): 1133-1139.
42. Westermarck J, Kähäri VM - Regulation of
matrix metalloproteinase expression in tumor invasion. FASEB J
1999; 13(8): 781-792.
43. Collen A, Hanemaaijer R, Lupu F, Quax PHA, Van Lent
N, Grimbergen J et al - Membrane-type matrix
metalloproteinase-mediated angiogenesis in a fibrin-collagen matrix. Blood
2003; 101(5): 1810-1817.
44. Maskos K, Bode W - Structural basis of
matrix metalloproteinases and tissue inhibitors of
metalloproteinases. Mol Biotechnol 2003; 25(3): 241-266.
45. Eeckhout Y, Vaes G - Further studies on the activation
of procollagenase, the latent precursor of bone collagenase.
Effects of lysosomal cathepsin B, plasmin and kallikrein,
and spontaneous activation. Biochem J 1977; 166(1): 21-31.
46. Mazzieri R, Masiero L, Zanetta L, Monea S, Onisto
M, Garbisa S et al - Control of type IV collagenase activity
by components of the urokinase-plasmin system: a
regulatory mechanism with cell-bound reactants . EMBO J 1997;
16(9): 2319-2332.
47. Deryugina EI, Ratnikov BI, Yu Q, Baciu PC, Rozanov
DV, Strongin AY - Prointegrin maturation follows rapid
trafficking and processing of MT1-MMP in furin-negative colon
carcinoma LoVo cells. Traffic 2004; 5(8): 627_641.
48. Woessner JF - Matrix metalloproteinases and their
inhibitors in connective tissue remodeling. FASEB J 1991; 5(8):
2145-2154.
49. Jiang Y, Goldberg ID, Shi YE - Complex roles of
tissue inhibitors of metalloproteinases in cancer. Oncogene
2002; 21(14): 2245-2252.
50. Baker AH, Edwards DR, Murphy G -
Metalloproteinase inhibitors: biological actions and therapeutic opportunities.
J Cell Sci 2002; 115(19): 3719-3727.
51. Holten-Andersen MN, Hansen U, Brunner N, Nielsen
HJ, Illemann M, Nielsen BS - Localization of tissue
inhibitor of metalloproteinases 1 (TIMP-1) in human
colorectal adenoma and adenocarcinoma. Int J Cancer 2005;
113(2): 198-206.
52. Egeblad M, Werb Z - New functions for the
matrix metalloproteinases in cancer progression. Nat Rev
Cancer 2002; 2(3): 161-174.
53. Takino T, Sato H, Shinagawa A, Seiki M - Identification of
the second membrane-type matrix metalloproteinase
(MT-MMP-2) gene from a human placenta cDNA library.
MT-MMPs form a unique membrane-type subclass in the MMP family.
J Biol Chem 1995; 270(39): 23013-23020.
54. Itoh Y, Nagase H - Preferential inactivation of tissue
inhibitor of metalloproteinases-1 that is bound to the precursor of
matrix metalloproteinase 9 (progelatinase B) by human
neutrophil elastase. J Biol Chem 1995; 270(28): 16518-16521.
55. Murray GY, Duncan ME, O'Neil P, Melvin WT, Fothergill
JE - Matrix metalloproteinase-1 is associated with poor
prognosis in colorectal cancer. Nat Med 1996; 2(4): 461-462.
56. Adachi Y, Yamamoto H, Itoh F, Arimura Y, Nishi M, Endo
T et al - Clinicopathologic and prognostic significance
of matrilysin expression at the invasive front in human
colorectal cancers. Int J Cancer 2001; 95(5): 290-294.
57. Zeng ZS, Huang Y, Cohen AM, Guillem JG - Prediction
of colorectal cancer relapse and survival via tissue RNA levels
of matrix metalloproteinase-9. J Clin Oncol 1996; 14(12):
3133-3140.
58. Zeng ZS, Cohen AM, Zhang ZF, Stetler-Stevenson W,
Guillem JG - Elevated tissue inhibitor of metalloproteinase 1 RNA
in colorectal cancer stroma correlates with lymph node and
distant metastases. Clin Cancer Res 1995; 1(8): 899-906.
59. Ring P, Johansson K, Höyhtyä M, Rubin K, Lindmark G
- Expression of tissue inhibitor of metalloproteinases
TIMP-2 in human colorectal cancer - a predictor of tumour stage. Br
J Cancer 1997; 76(6): 805-811.
60. Gross J, Lapiere CM _ Collagenolytic activity in
anphibian tissues; a tissue culture assay. Proc Natl Acad Sci USA
1962; 48(6): 1014-1022.
61. Zinzindohoue F, Lecomte T, Ferraz JM, Houllier AM,
Cugnenc PH, Berger A et al - Prognostic significance of MMP-1
and MMP-3 functional promoter polymorphisms in
colorectal cancer. Clin Cancer Res 2005; 11(2-1): 594-599.
62. Sardinha TC, Nogueras JJ, Xiong H, Weiss EG, Wexner
SD, Abramson S - Membrane-Type 1 matrix
metalloproteinase mRNA expression in colorectal cancer. Dis Colon
Rectum 2000; 43(3): 389-395.
63. Murai S, Umemiya T, Seiki M, Harigaya K - Expression
and localization of membrane-type-1 matrix metalloproteinase,
CD 44, and laminin-5gamma2 chain during colorectal
carcinoma tumor progression. Virchows Arch 2004; 445(3): 271-278.
64. Li J, Brick P, O'Hare MC, Skarzynski T, Lloyd LF, Curry
VA et al - Structure of full-length porcine synovial
collagenase reveals a C-terminal domain containing a calcium-linked,
four-bladed beta-propeller. Structure 1995; 3(6): 541-549.
65. Bode W - A helping hand for collagenases: the
haemopexin-like domain. Structure 1995; 3(6): 527-530.
66. Nosho K, Yoshiday M, Yamamoto H, Taniguchi H, Adachi
Y, Mikami M et al - Association of Ets-related
transcriptional factor E1AF expression with overexpression of
matrix metalloproteinases, COX-2 and iNOS in the early stage
of colorectal carcinogenesis. Carcinogenesis 2005; 26(5): 892-899.
67. Van Der Stappen JW; Hendriks T; Wobbes T -
Correlation between collagenolytic activity and grade of
histological differentiation in colorectal tumors. Int J Cancer 1990;
45(6): 1071-1078.
68. Roeb E, Arndt M, Jansen B, Schumpelick V, Matern S
- Simultaneous determination of matrix
metalloproteinase (MMP)-7, MMP-1, -3, and -13 gene expression by
multiplex PCR in colorectal carcinomas. Int J Colorectal Dis 2004;
19(6): 518-524.
69. Horiuchi S, Yamamoto H, Min Y, Adachi Y, Itoh F, Imai K
- Association of ets-related transcriptional factor
E1AF expression with tumour progression and overexpression
of MMP-1 and matrilysin in human colorectal cancer. J
Pathol 2003; 200(5): 568-576.
70. Baker EA, Bergin FG, Leaper DJ - Matrix
metalloproteinases, their tissue inhibitors and colorectal cancer staging. Br J
Surg 2000; 87(9): 1215-21.
71. Hotary K, Allen E, Punturieri A, Yana I, Weiss SJ -
Regulation of cell invasion and morphogenesis in a three-dimensional
type I collagen matrix by membrane-type matrix
metalloproteinases 1, 2, and 3. J Cell Biol 2000; 149(6): 1309-1323.
72. Hotary KB, Yana I, Sabeh F, Li XY, Holmbeck K,
Birkedal-Hansen H et al - Matrix metalloproteinases (MMPs)
regulate fibrin-invasive activity via MT1-MMP-dependent and
-independent processes. J Exp Med 2002; 195(3): 295-308.
73. López-Otín C, Overall CM - Protease degradomics: a
new challenge for proteomics. Nat Rev Mol Cell Biol 2002;
3(7): 509-519.
74. Bertini I, Calderone V, Cosenza M. Conformational
variability of matrix metalloproteinases: Beyond a single 3D
structure. PNAS 2005; 102 (15): 5334-5339.
75. Hasegawa S, Koshikawa N, Momiyama N, Moriyama K,
Miyazaki K, Ichikawa Y, Ichikawa T, Mitsuhashi M,
Shimada H, Miyazaki K. Matrilysin-specific antisense
oligonucleotide inhibits liver metastasis of human colon cancer in a nude
mouse model. Int J Cancer 1998; 76(6): 812-816.
76. Kioi M, Yamamoto K, Higashi S, Koshikawa N, Fijita
K, Miyazaki K. matrilysin (MMP-7) induces
homotypic adhesion of human colon cancer cells and enhances
their metastatic potential nude mouse model. Oncogene
2003; 22(54): 8662-8670.
77. Adachi Y, Yamamoto H, Itoh F, Hinoda Y, Okada Y, Imai
K. Contribution of matrilysin (MMP-7) to the metastatic
pathway of human colorectal cancers. Gut 1999; 45(2): 252-258.
78. Nishizuka I, Ichikawa Y, Ishikawa T, Kamiyama M,
Hasegawa S, Momiyama N, Miyazaki K, Shimada H.
Matrilysin stimulates DNA synthesis of cultured vascular
endothelial cells and induces angiogenesis in vivo. Cancer Letters
2001; 173(2): 175-182.
79. Cawston, TE . Fragments of human fibroblast
collagenase. Purification and characterization. Biochem J. 1989 October
1; 263(1): 201_206.
80. Saha D, Roman C, Beauchamp D. New strategies for
colorectal cancer prevention and treatment. World J Surg 2002;
26(7): 762-766.
81. Wilson CL, Matrisian LM. Matrilysin: An epithelial
matrix metalloproteinase with potentially novel functions. Int
J Biochem Cell Biol 1996; 28(2): 123-136.
82. Ichikawa Y, Ishikawa T, Momiyama N, Yamaguchi S,
Masui H, Hasegawa S et al. Detection of regional lymph
node metastase in colon cancer using RT-PCR for
matrix metalloproteinase 7, matrilysin. Clin Exp Metastasis
1998; 16(1): 3-8.
83. Masaki T, Matsuoka H, Sugiyama M, Abe N, Goto
A, Sakamoto A, Atomi Y. Matrilysin (MMP-7) as a
significant determinant of malignant potential of early invasive
colorectal carcinomas. Br J Cancer 2001; 84(10):1317-321.
84. Yanagisawa N, Geironson L, Al-Soud WA, Ljungh
A. Expression of matrix metalloproteinase-2, -7 and _9 on
human colon, liver and bile duct cell lines by enteric nd
gastric helicobacter species. FEMS Immunol Med Microbiol
2005; 44(2): p197-204.
85. McCawley LJ, Matrisian LM. Matrix
metalloproteinases: they're not just for matrix anymore. Curr Opin Cell Biol.
200; 13(5):534-40.
86. Brabletz T, Jung A, Dag S, Hlubek F, Kirchner T.
Beta-catenin regulates the expression of the matrix metalloproteinase-7
in human colorectal cancer. Am J Pathol 1999; 155(4):
1033-1038.
87. Sunami E, Tsuno NH, Kitayama J, Saito S, Osada T,
Yamagushi H, Tomozawa S, Tsuruo T, Shibata Y, Nagawa H.
Decreased synthesis of matrix metalloproteinase-7 and adhesion to
the extracellular matrix proteins of human colon cancer cells
treated with troglitazone. Surg Today 2002; 32(4): 343-350.
88. Muller D, Breathnach R, Engelmann A, Millon R, Bronner
G, Flesch H et al. Expression of
collagenase-related metalloproteinase genes in human lung or head and
neck tumours. Int J Cancer 1991; 48(4): 550-556.
89. Yamamoto H, Itoh F, Hinoda Y, Senota A, Yoshimoto
M, Nakamura H et al. Expression of matrilysin mRNA
in colorectal adenomas and its induction by truncated
fibronectin. Biochem Biophys Res Commun 1994; 201(2): 657-664.
90. McDonnell S, Navre M, Coffey RJ Jr, Matrisian
LM. Expression and localization of the matrix
metalloproteinase pump-1 (MMP-7) in human gastric and colon
carcinomas. Mol Carcinog 1991; 4(6): p527-533.
91. Bramhall SR, Neoptolemos JP, Stamp GW, Lemoine
NR. Imbalance of expression of matrix metalloproteinases
(MMPs) and tissue inhibitors of the matrix metalloproteinases
(TIMPs) in human pancreatic carcinoma. J Pathol 1997; 182(3):
347-355.
92. Basset P, Bellocq JP, Wolf C, Stoll I, Hutin P, Limacher
JM, Podhajcer OL, Chenard MP, Rio MC, Chambon P. A
novel metalloproteinase gene specifically expressed in stromal
cells of breast carcinomas. Nature 1990; 348(6303): 699-704.
93. Roeb E, Matern S. Matrix metalloproteinases: Promoters
of tumor invasion and metastasis - A review with focus
on gastrointestinal tumors. Z Gastroenterol. 200; 39(9):807-13.
94. Lew RA. The zinc metallopeptidase family: new faces,
new functions. Protein Pept Lett 2004; 11(5): 407-414.
95. Wilson CL, Heppner KJ, Labosky PA, Hogan BLM,
Matrisian LM. Intestinal tumorigenesis is suppressed in mice
lacking the metalloproteinase matrilysin. Proc Natl Acad Sci
USA 1997; 94(4): 1402-1407.
96. Ougolkov AV, Yamashita K, Mai M, Minamoto T.
Oncogenic b-catenin and MMP-7 (matrilysin) congregate in
late-stage clinical colon cancer. Gastroenterology 2002; 122(1):60-71.
97. Yamamoto H, Iku S, Adachi Y, Imsumran A, Taniguchi
H, Nosho K, Min Y, Horiuchi S, Yoshida M, Itoh F, Imai
K. Association of trypsin expression with tunour
progression and matrilysin expression in human colorectal cancer. J
Pathol 2003;199(2): 176-184.
98. Husoy T, Olstorn HB, Knutsen HK, Loberg EM, Cruciani
V, Mikalsen SO, Goverud IL, Alexander J. Truncated
mouse adenomatous polyposis coli reduces connexin32 content
and increases matrilysin secretion from Paneth cells. Eur J
Cancer 2004; 40(10): 1599-1603.
99. Lloyd JM, McIver CM, Stephenson SA, Hewett P, Rieger
N, Hardingham JE. Identification of early-stage colorectal
cancer patients at risk fo relapse post-ressection by
immunobead reverse transcription-PCR analysis of peritoneal lavage
fluid for malignant cells. Clin Cancer Res 2006; 12(2): 417-423.
100. Lynch C, Crawford HC, Matrisian LM, McDonnell
S. Epidermal growth factor upregulates matrix metallopreoteinase-7 expression trough activation of
PEA3 transcription factors. Int J Oncol 2004; 24(6): 1565-1572.
101. Seiler N, Schneider Y, Gosse F, Schleiffer R, Raul
F. Polyploidisation of metastatic colon carcinoma cells
by microtubule and tubulin interacting drugs: effect
on proteolytic activity and invasiveness. Int J Oncol 2004;
25(4): 1039-1048.
102. Miyazaki K, Koshikawa N, Hasegawa S, Momiyama
N, Nagashima Y, Moriyama K, Ichikawa Y, Ichikawa
T, Mitsuhashi M, Shimada H. Matrilysin as a target
for chemotherapy for colon cancer: use of
antisense oligonucleotides as antimetastatic agents. Cancer
Chemother Pharmacol 1999; 43(Suppl): S52-S55.
103. Kumar A, Collins H, Van Tan J, Scholefield JH, Watson
AS. Effect of preoperative radiotherapy on matrilisyn
gene expression in rectal cancer. Eur J Cancer 2002; 38(4): p505-510.
104. Kurokawa S, Arimura Y, Yamamoto H, Adachi Y, Endo T,
Sato T, Suga T, Hosokawa M, Shinomura Y, Imai K.
Tumor matrilysin expression predctis metastatic potential of stage
I (pT1) colon and rectal cancers. Gut 2005; 54(12): 1751-1758.
105. Takahashi Y, Ellis LM, Mai M. The angiogenic switch
of human colon cancer occurs simultaneous to initiation
of invasion. Oncology Reports 2003; 10: 9-13.
Endereço para correspondência:
Mario Jucá
Rua Adolfo Gustavo S/N - Lote 2 - Serraria
Maceió - AL
57045-340
Recebido em 25/02/2008
Aceito para publicação em 20/03/2008
Trabalho realizado na Disciplina de Coloproctologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas - UFAL - Brasil.