GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR


BIOLOGIA MOLECULAR DO CÂNCER COLORRETAL: UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA EM ANDAMENTO

Molecular Biology of Colorectal Cancer: A Silent Revolution

Mauro de Souza Leite Pinho1

1 Professor da Disciplina de Clínica Cirúrgica da UNIVILLE, Joinville, SC. Cirurgião do Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, Joinville, SC - Brasil.


PINHO MSL. Biologia Molecular do Câncer Colorretal: Uma Revolução Silenciosa em Andamento. Rev bras Coloproct, 2008;28(3): 353-368.

Resumo: Embora os estudos sobre biologia molecular permaneçam como a principal expectativa para o surgimento de novos conceitos e recursos para o tratamento do câncer colorretal, a ausência de resultados de real impacto do ponto de vista clínico ao longo dos últimos anos podem representar uma frustração para quem não esteja acompanhando de perto a evolução das pesquisas nesta área. Assim sendo, nosso objetivo no presente texto é apresentar uma breve revisão do caminho percorrido até o momento desde os trabalhos pioneiros sobre carcinogênese colorretal até as pesquisas mais recentes sobre proteômica, demonstrando assim o constante fluxo de grandes avanços os quais possibilitam uma previsão realista a curto ou médio prazo da disponibilização de recursos de amplo impacto, com potencial para alterar de forma relevante os resultados do tratamento desta importante doença.

Descritores: Câncer colorretal; biologia molecular.

Apesar de ser um tema relativamente complexo para aqueles que atuam na prática clínica, é um verdadeiro consenso a expectativa de que os estudos baseados em biologia molecular venham a oferecer os necessários avanços na compreensão da fisiopatologia, do diagnóstico e do tratamento do câncer. Talvez em decorrência desta expectativa, temos freqüentemente a frustrante sensação de que apesar do grande volume de pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos, permanecemos ainda distantes da obtenção de resultados relevantes capazes de transformar estas esperanças em uma realidade para nossos pacientes.
   Assim sendo, é nosso objetivo nesta Seção demonstrar que embora os resultados não tenham ainda atingido nossa prática diária, importantes avanços permanecem ocorrendo, contribuindo para o esclarecimento gradual do complexo mosaico representado pelo processo de carcinogênese, o que certamente representará um grande impacto sobre a medicina do terceiro milênio. Para melhor demonstrar estes avanços, apresentaremos aqui uma breve revisão do caminho percorrido até o momento através dos estudos em biologia molecular aplicada ao câncer.

Biologia molecular: uma potente ferramenta
Ao contrário de outras linhas de estudos dedicadas ao esclarecimento dos aspectos oncológicos como a imunologia ou a microbiologia, a biologia molecular representa a aquisição de uma ampla e abrangente gama de ferramentas geradas a partir de um grande desenvolvimento biotecnológico, as quais nos permitem a identificação e manipulação das biomoléculas que os compõem. Assim sendo, trata-se na verdade do processo de entrada em um amplo universo ainda inexplorado no qual situam-se por certo muitas das respostas por nós perseguidas ao longo da história da Medicina.

Câncer colorretal: os primórdios de um modelo de carcinogênese
O primeiro grande passo da biologia molecular na compreensão da carcinogênese ocorreu exatamente nos estudos sobre o câncer colorretal. Isto foi possibilitado através dos trabalhos pioneiros de Vogelstein1 e seu grupo analisando a variação da expressão gênica na seqüência adenoma-carcinoma. A partir destes estudos foi possível identificar que a degeneração de um tecido normal até o surgimento de um câncer ocorria em conseqüência de um acúmulo de mutações de genes expressando proteínas com ação sobre o ciclo celular. Destes estudos emergiu a seqüência de mutações dos genes APC _ k-ras _ DCC _ p53, cuja imagem mais emblemática foi representada como na Figura 1, amplamente divulgada e que representou um importante passo inicial da compreensão do potencial dos estudos de biologia molecular na carcinogênese.
Figura 1 - Modelo proposto por Vogelstein e cols para a seqüência de mutações na evolução adenoma-carcinoma (Extraido de Weimberg RA e Hanahan DS in: Molecular Oncology, Scientific American Inc. 1996:New York, pg 187).

A compreensão da complexidade da carcinogênese
Embora os conceitos acima citados tenham sido de grande valor didático, tornou-se logo evidente sua excessiva simplicidade devido à demonstração de que a referida seqüência APC/k-ras/DCC/p53, compreendia não apenas um número extremamente reduzido de genes/proteínas envolvidas no processo de carcinogênese, mas também contemplavam apenas um aspecto desta, representada pelo distúrbio proliferativo.
   De fato, a crescente disponibilidade de ferramentas de biologia molecular tornou claro a coexistência de diversos processos desde a ocorrência de um desequilíbrio do ciclo celular em uma célula até o desenvolvimento de um tecido neoplásico com características invasivas. Conforme demonstrado na Figura 2, a ativação de um processo local de angiogênese para desenvolvimento tumoral, seguida da penetração na membrana basal e demais tecidos são elementos fundamentais para que a metastatização ocorra através de uma invasão e migração através dos vasos endoteliais levando a uma colonização de tecidos à distância.
Figura 2 - Etapas da carcinogênese e formação de metástases.

   A correlação entre os aspectos histológicos e a expressão das diferentes proteínas demonstrou que cada uma destas etapas é mediada por um grande número de moléculas protéicas desempenhando funções específicas como crescimento de vasos endoteliais, alterações do citoesqueleto, digestão de membranas, adesão celular, etc. Alguns exemplos desta correlação entre proteínas e as respectivas etapas da carcinogênese2 estão demonstrados na Tabela 1.

Microarrays: a visão global da expressão tecidual
Sabendo-se que cada tecido, normal ou não, tem o seu comportamento biológico determinado pelas proteínas presentes em sua composição a partir da expressão de seus respectivos genes, tornou-se necessária uma forma de determinar quais genes estão expressos (ativados) em cada tumor. Para isto, não bastaria a simples identificação do gene, pois estes estão presentes em todas as células do corpo, mesmo não sendo expressos.
   Considerando-se que a síntese protéica passa necessariamente pela formação de uma molécula de RNA mensageiro (RNAm) a qual irá fazer uma tradução em proteína posteriormente no ribossomo, conforme demonstrado na Figura 3, foi desenvolvido um método de análise da expressão gênica tecidual através da extração e identificação das moléculas de RNAm presentes. Esta técnica, denominada como microarray (microseqüências), apresenta a grande vantagem de avaliar a ativação de milhares de genes simultaneamente, independentemente de sua função, formando assim um painel demonstrativo do provável comportamento biológico tumoral 3.
Figura 3 - Etapas da síntese protéica.

Estadiamento molecular: um passo adiante
Uma vez disponível esta ferramenta, diversos autores realizaram estudos visando identificar grupos de genes cujas alterações estivessem associadas a anormalidades teciduais, buscando assim estabelecer uma relação entre causa e efeito. Em relação ao câncer colorretal, foram comparadas inicialmente as expressões gênicas entre mucosa colônica normal e adenocarcinomas. Através destas comparações, Takemasa e cols 4 identificaram 59 genes com expressão gênica diferenciada entre um total de 4608 estudados, enquanto Stremmel e cols 5 observaram diferenças entre 100 a 500 genes entre mais de 6000 analisados. Seguindo uma metodologia semelhante, Kitahara e cols6 relataram uma expressão diferente entre tecido normal e patológico em 235 genes em um total de 9126 estudados.
   Utilizando este princípio, Croner e cols 7 identificaram 50 genes os quais permitiram uma maior acuidade para a predição de metástases linfonodais. Kim e cols 8 identificaram um conjunto de 261 genes cuja expressão representou a diferença entre a ocorrência de resposta completa e incompleta em 31 pacientes submetidos à terapia neoadjuvante. Neste grupo, todos os quatro casos de resposta completa foram corretamente previstos (100%), assim como nove dos 11 casos de resposta parcial (82%).
   Ghadimi e cols 9, usando uma metodologia semelhante, identificaram um conjunto de 54 genes, cuja expressão foi capaz de diferenciar com 83% de acurácia os pacientes que apresentaram resposta à terapia neoadjuvante daqueles sem resposta (p=0.2).
   Mas talvez o estudo mais representativo desta aplicação da técnica de microarray à análise do comportamento biológico do câncer colorretal tenha sido aquele publicado por Eschrich e cols 10, os quais foram capaz de superar a classificação de TNM na acurácia da previsão da sobrevida de 36 meses em 78 pacientes baseados na pesquisa da expressão de um conjunto de 43 genes.
   Infelizmente, apesar destes resultados bastante promissores nas pesquisas, o estudo da expressão gênica tumoral através da técnica de microarray tem se mostrado, no entanto de difícil aplicabilidade na prática clínica, devido à sua complexidade, elevados custos e necessidade do congelamento imediato do tecido tumoral poucos minutos após sua ressecção, devido à labilidade das moléculas de RNAm.

Proteômica: a nova fronteira?
Apesar das dificuldades para estender os benefícios dos avanços acima relatados à prática clínica, novos e fascinantes horizontes tem sido abertos pela biologia molecular, em particular no que diz respeito aos estudos relacionados à proteômica.
   Como vimos anteriormente, todas as células somáticas apresentam o mesmo DNA em seu núcleo, contendo os mesmos genes, os quais são no entanto ativados (ou expressos) de forma seletiva de acordo com o tecido e a função desempenhada. Estes genes sofrem um processo de transcrição em RNAm, o qual, por sua vez é traduzido em uma nova proteína. Estas proteínas irão então executar suas funções específicas, definindo o comportamento biológico da célula e do tecido no qual ela está inserida.
   Por proteômica compreendemos os estudos que buscam relacionar a atividade tecidual ao conjunto de proteínas expressas em determinado momento. Ao contrário da genômica, onde pesquisamos genes ou RNAm, nos exames de proteômica buscamos identificar diretamente as proteínas presentes naquele tecido em questão.
   Ao longo dos últimos anos, as análises teciduais proteômicas tem sido realizadas com o objetivo de evidenciar no tecido algumas das muitas proteínas já préviamente identificadas, as quais podem ser observadas ao microscópio através da adição de anticorpos monoclonais marcados colorimétricamente. Este método, denominado como imunoistoquímica, encontra-se já estabelecido como um procedimento de rotina para a maior parte dos laboratórios de anatomia patológica, sendo utilizado para diversas finalidades, desde a identificação da origem de um tecido metastático até a pesquisa de receptores celulares específicos para determinados medicamentos 11. Apesar desta grande utilidade, a imunoistoquímica permite a análise da expressão de apenas uma ou poucas proteínas de cada vez, impossibilitando portanto, a identificação de todo um conjunto de proteínas teciduais capazes de cobrir o espectro biológico de um tecido tumoral, o chamado proteoma tumoral.
   Outra forma de identificar as proteínas expressas em um tecido, empregada mais em laboratórios de pesquisa, denomina-se Western Blotting, e baseia-se na análise de proteínas conhecidas separadas através de uma eletroforese, e posteriormente destacadas também pela adição de anticorpos monoclonais 3. Embora útil para pesquisas, sua complexidade e limites não tornam este método adequado para uso clínico.
   Ao contrário destes métodos, que necessitam do conhecimento prévio das proteínas a serem identificadas, uma abordagem nova e revolucionária vem sendo estudada recentemente com resultados bastante interessantes. Esta se baseia na hipótese de que a atividade proteolítica tumoral irá liberar nos tecidos e no sangue fragmentos de proteínas, os quais, embora de composição desconhecida, poderão apresentar características similares em portadores da mesma doença. Para detectar estes fragmentos, foram desenvolvidos dois métodos de análise, denominados respectivamente de SELDI e MALDI, os quais detectam no sangue, urina ou nos tecidos a presença destes fragmentos protéicos através da espectrometria de sua massa, obtendo assim picos cuja reprodutibilidade em diversos pacientes portadores de uma mesma doença irá sugerir um padrão diagnóstico relacionado a esta, conforme demonstrado na Figura 4.
Figura 4 - Exemplo de gráfico resultante de uma análise sérica pelo método de SELDI, onde podemos observar a reprodutibilidade da detecção de picos de fragmentos protéicos de tamanho semelhante em diferentes amostras de pacientes portadores de câncer colorretal. (Extraído de Zheng e cols 12).

   Embora a experiência com estes métodos seja ainda limitada, diversos estudos tem apresentados resultados bastante surpreendentes no sentido de obter elementos diagnósticos e prognósticos de alta precisão quando comparados aos métodos convencionais.
   Três estudos 12-14 analisando sangue de pacientes portadores de câncer colorretal e de controles, conseguiram fazer a diferenciação entre estes dois grupos através do método de SELDI com uma sensibilidade de 93%, 95 e 95%, respectivamente.
   Xu e cols 15, utilizando o mesmo método, foram mais específicos, e conseguiram prever o estadiamento TNM das lesões tumorais ressecadas a partir de amostras de sangue com uma acurácia acima de 85%.
   Ainda através da análise do sangue pela técnica de SELDI, Smith e cols 16 obtiveram sucesso em identificar os pacientes que apresentaram uma resposta completa à terapia neoadjuvante com uma sensibilidade de 87%.
   Desta forma, observamos que embora os resultados dos estudos sobre a biologia molecular do câncer colorretal, não sejam ainda claramente visíveis do ponto de vista clínico, inúmeros avanços têm sido realizados no sentido de uma melhor compreensão da doença, possibilitando uma previsão realista a curto ou médio prazo da disponibilização de recursos de amplo impacto, com potencial para alterar de forma relevante os resultados do tratamento desta importante doença.

Abstract: Despite remaining as the main hope for emerging new concepts and strategies for treatment of colorectal cancer, the lack of results with clinical impact over the last years may contribute to frustrate those not entirely aware about current research data. So, the aim of this paper is to present a brief review since the first molecular biology studies in colorectal carcinogenesis until recent advances in proteomics, in order to demonstrate the consistent production of new data supporting a realistic expectancy for a near future availability of high impact resources that may change dramatically the results of treatment of colorectal cancer.

Key words: Colorectal cancer; Molecular biology.

Referências
1. Fearon ER, Vogelstein B. A genetic model for colorectal tumorigenesis. Cell 1990; 61: 759-67.
2. Pinho M. Biologia molecular do câncer _ fundamentos para a prática médica. Livraria e Editora Revinter Ltda., Rio de Janeiro, 2005.
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4. Takemasa I, Higuchi H, Yamamoto H, Sekimoto M, Tomita N, Nakamori S, Matoba R, Monden M, Matsubara K.. Construction of preferential cDNA microarray specialized for human colorectal carcinoma: molecular sketch of colorectal cancer. Biochem Biophys Res Commun. 2001 Aug 3;285(5):1244-9.
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Endereço para correspondência:
Rua Palmares 380, Atiradores
Joinville, SC
89203-230
E-mail: mauro.pinho@terra.com.br

Recebido em 18/08/2008
Aceito para publicação em 20/08/2008

Trabalho realizado no Laboratório de Biologia Molecular e Disciplina de Clínica Cirúrgica do Departamento de Medicina da UNIVILLE, Joinville, SC e Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, Joinville, SC - Brasil.