RESPOSTAS DO TESTE DE AUTO-AVALIAÇÃO
José Ricardo Hildebrandt Coutinho
1 - A resposta correta é a letra B.
O emprego do PET scan já está bem determinado
na investigação da recidiva do câncer colorretal, onde
ele tem se mostrado particularmente útil na
identificação de recidivas quando os métodos tradicionais de
imagem como tomografia, ultrassonografia e
ressonância magnética são normais.
O alto custo limita seu emprego, mas ele também
tem se mostrado útil para, mesmo nos casos de recidiva
já documentada por outros métodos, mostrar outros
sítios de doença que podem mudar a conduta terapêutica.
Alguns autores têm mostrado a sua utilidade
no estadiamento do câncer retal virgem de
tratamento, com mudança de estadiamento em 31% e mudança
de conduta terapêutica em 14 % dos casos.
Os carcinomas mucinosos e os tumores neuro-endócrinos são menos sensíveis ao método,
possivelmente por sua baixa taxa metabólica.
Como as alterações inflamatórias aumentam a
captação da glicose, exames realizados logo após a
radioterapia poderão se acompanhar de taxas maiores de
falso-positivos.
· Nivatvongs S. Diagnosis. In Gordon
PH, Nivatvongs S. Principles and Practice of
Surgery for the Colon, Rectum, and Anus. Informa Healthcare 2007: 65-98.
· Davey K, Heriot AG, Mackay J, et al.
The Impact of 18-Fluorodeoxyglucose Positron Emission Tomography-Computed
Tomography on the Staging and Management of
Primary Rectal Cancer. Dis Colon Rectum
2008;51:997-1003.
· Varma MG, Madoff RD. Fecal
Incontinence. Clinics in Colon and Rectal Surgery
2001;14:253-263.
· Gordon PH, SchoutenWR. Fecal
Incontinence. In: Gordon PH, Nivatvongs S. Principles
and Practice of Surgery for the Colon, Rectum, and Anus. Informa Healthcare 2007: 293-331.
3- A resposta correta é a letra D.
A febre pós-operatória é um evento relativamente
freqüente após cirurgias abdominais. Em estudos
restritos à cirurgias gastrointestinais e ginecológicas maiores,
ela apareceu em 15 a 39% das vezes. A avaliação
rotineira com hemocultura, cultura de urina e estudo
radiológico do tórax raramente leva a identificação de
uma causa infecciosa, porque na maioria das situações
a febre faz parte de um mecanismo natural de
resposta inflamatória ao trauma cirúrgico. O uso da
tomografia computadorizada dá um retorno maior,
principalmente quando é tardio, ou seja, quando nos afastamos
um pouco do procedimento cirúrgico. As maiores
chances de obter um resultado positivo nos exames
diagnósticos ocorrem quando o paciente apresenta
temperatura acima de 38,5 ºC, quando a febre ocorre após o 6º
dia, e em pacientes "inflamados", com freqüência
cardíaca acima de 90 batimentos/min, com 20 ou mais
incursões respiratórias por minuto, leucocitose acima de
12.000, ou leucopenia abaixo de 4.000, ou mais de 10%
de neutrófilos imaturos.
· Da Luz Moreira A, Vogel JD, Kalady MF, Hammel MS, Fazio VW. Fever Evaluations after Colorectal Surgery: Identification of Risk Factors that Increase Yield and Decrease Cost. Dis Colon Rectum 2008;51:508-513.
4- A maioria das dificuldades com um estoma ocorre devido à sua colocação incorreta. Isso pode ser eliminado com um planejamento pré-operatório adequado, o qual inclui a participação do cirurgião, da estomaterapeuta e do paciente. A criação adequada do estoma aumenta a habilidade para cuidar e manter a bolsa aderida por mais tempo, sem vazamento, e sem danos à pele. O estoma deve ser colocado no ápice superior da prega gordurosa infra-umbilical do quadrante inferior, para aumentar sua visibilidade pelo paciente, abaixo da linha da cintura, através do músculo reto abdominal, longe de cicatrizes e proeminências ósseas. Mas a colocação de um estoma precisa ser personalizada para cada paciente, levando em consideração vários aspectos. Em pacientes obesos ele pode ser colocado acima da cintura, no abdome superior, em local onde possa ser visto para ser melhor manipulado. Para tanto o local do estoma deveria ser marcado antes da sua ida para o centro cirúrgico, avaliando o paciente em pé, deitado e sentado.
· Brand MI, Dujovny N. Preoperative Considerations and Creation of Normal Ostomies. Clinics in Colon and Rectal Surgery 2002;3:173-182.