por Carlos Henrique Marques dos Santos,
supervisor do Programa de Residência Médica em Coloproctologia do Hospital Regional do Mato Grosso do Sul (HRMS) e coordenador do Serviço de Coloproctologia do HRMS e do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap)
Colaboradores
Editor: Mariangela Cabelo
Prefacista: Angelita Habr Gama
Ilustrador:Romero Marques
Diagramação: Mariangela Cabelo
Preparação: Hugo Lopes de Oliveira
Revisor: Fábio Fujita
Apresentação
Este livro foi escrito pensando em permitir uma consulta rápida sobre como fazer o diagnóstico e conduzir situações comuns da coloproctologia, tendo como base a melhor evidência científica disponível. Foi concebido para auxiliar jovens coloproctologistas, residentes da especialidade e da cirurgia geral, graduandos e médicos generalistas que se deparam com situações que tenham visto em algum momento na graduação, mas não tenham sedimentado o conhecimento para o manejo adequado.
Os 21 temas que compõem a obra foram escolhidos pela frequência com que aparecem nos pronto-atendimentos e ambulatórios, sem abranger, obviamente, toda a coloproctologia, dado não ser essa a finalidade do livro — para isso existem muitas publicações mais completas e profundas. O único capítulo que foge desse critério é “Infecção anal em paciente com leucemia”, que foi incluído por ser uma situação bastante desafiadora e haver poucas publicações disponíveis.
Apesar de acreditar muito na medicina baseada em evidências e procurar segui-la, é importante deixar claro que ela pode não representar uma verdade absoluta. Isso fica explícito na conclusão de diversas revisões sistemáticas com meta-análise em que os autores afirmam haver necessidade de mais estudos prospectivos randomizados para que se tenha maior clareza sobre o tema.
Por outro lado, temos condutas consagradas que são embasadas em evidências pobres, como a indicação de drenagem para os abscessos perianais. Nesse caso, para que a evidência melhorasse, precisaríamos de estudos com grupos de pacientes sem drenagem de abscesso para comparar com o grupo submetido ao procedimento, de forma randomizada. Acontece que esse estudo não será realizado, simplesmente porque não seria considerado ético não drenar o abscesso. Ou seja, em algumas situações continuaremos a fazer o certo mesmo que não haja boa evidência publicada.
Temos de acompanhar a evolução dos métodos diagnósticos que tanto nos tem ajudado. Apesar disso, o leitor vai perceber que a história clínica e o exame físico aparecem quase sempre com alto grau de recomendação para o diagnóstico. Considero muito importante chamar atenção para aquilo que é básico da medicina, mas que permanece atual: ouvir o paciente e examiná-lo adequadamente ainda é a principal ferramenta para um diagnóstico correto.
Ajudar você, leitor, e, consequentemente, nossos pacientes foi o objetivo principal do livro nesse formato.
Boa leitura!
Dr. Carlos Henrique Marques dos Santos
Prefácio
É com enorme prazer que faço o Prefácio do livro Coloproctologia baseada em evidências, de autoria do ilustre e querido colega Carlos Henrique M. Santos. Conheço-o desde 1998 quando ele fez residência de coloproctologia no serviço por nós iniciado e conduzido na Beneficência Portuguesa em São Paulo. Tive, portanto a oportunidade de constatar, além de sua habilidade cirúrgica, o entusiasmo para o aprendizado e a aquisição de novos conhecimentos, bem como a vocação para o ensino.
Essas características de sua personalidade, sua dedicação ao estudo e ao trabalho, se refletem na excelente assistência a seus doentes, bem como no exercício de sua vocação acadêmica comprovadas por sua atividade em duas faculdades de medicina e como coordenador da residência de coloproctologia no serviço em que atua em Campo Grande/MS.
O livro oferece textos objetivos e curtos, que já começam com o grau de recomendação e evidência científica em relação a diagnóstico e conduta das diferentes e bem documentadas afecções colorretoanais.
A leitura deste livro auxiliará jovens coloproctologistas, bem como residentes de cirurgia geral e do aparelho digestivo, no exercício de sua profissão médica.
Dra. Angelita Habr Gama
Sumário
Lista de siglas, 11
Lista de tabelas, 12
Lista de figuras, 13
Apresentação, 15
Prefácio — dra. Angelita Habr Gama, 17
1. Trombose hemorroidária, 19
Diagnóstico, 19
Tratamento, 22
Seguimento, 25
2. Doença hemorroidária na gravidez, 27
Diagnóstico, 27
Tratamento, 29
Seguimento, 30
3. Fissura anal aguda, 33
Diagnóstico, 33
Tratamento, 36
Seguimento, 38
4. Abscesso perianal, 41
Diagnóstico, 41
Tratamento, 43
Situações específicas, 45
Seguimento, 47
5. Infecção anal em paciente com leucemia, 51
Diagnóstico, 51
Tratamento, 53
Seguimento, 54
6. Infecções sexualmente transmissíveis, 55
Diagnóstico, 55
Tratamento, 59
Seguimento, 61
7. Prurido anal, 63
Diagnóstico, 63
Tratamento, 66
Seguimento, 69
8. Procidência retal, 71
Diagnóstico, 71
Tratamento, 73
Seguimento, 75
9. Hidradenite supurativa, 79
Diagnóstico, 79
Tratamento, 81
Seguimento, 82
10. Doença pilonidal infectada, 85
Diagnóstico, 85
Tratamento, 86
Seguimento, 87
11. Gangrena de Fournier, 89
Diagnóstico, 89
Tratamento, 91
Seguimento, 93
12. Hemorragia digestiva baixa, 97
Diagnóstico, 98
Tratamento, 101
Seguimento, 103
13. Isquemia mesentérica aguda, 107
Diagnóstico, 108
Seguimento, 113
14. Obstrução intestinal, 117
Diagnóstico, 118
Tratamento, 121
Seguimento, 126
15. Perfuração intestinal, 129
Diagnóstico, 130
Tratamento, 133
Seguimento, 135
16. Hérnias paraestomais, 139
Diagnóstico, 139
Tratamento ,140
Seguimento, 143
17. Diverticulite, 145
Diagnóstico, 146
Tratamento, 146
Seguimento, 147
18. Megacolo tóxico, 151
Diagnóstico, 151
Tratamento, 153
Seguimento, 154
19. Pseudo-obstrução colônica aguda, 157
Diagnóstico, 157
Tratamento, 158
Seguimento, 162
20. Proctite actínica, 165
Diagnóstico, 165
Tratamento, 166
Seguimento, 168
21. Colite por C. difficile, 171
Diagnóstico, 171
Tratamento, 173
Seguimento, 174
Anexo I – Recomendações de classificação do sistema GRADE, 191
Índice, 193
Sobre o autor, 201
Sobre a prefaciadora, 201
Sobre o ilustrador, 202
